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África: A transformação digital sob ameaça cibernética

A Microsoft publicou oficialmente a 6.ª edição do Microsoft Digital Defense Report, um relatório onde destaca as grandes tendências de cibersegurança entre julho de 2024 e junho de 2025.

A expansão das redes móveis e da Internet de banda larga levou milhões de africanos a entrar no mundo digital nos últimos anos. Essa conectividade crescente tem impulsionado a inovação, o comércio e os serviços financeiros digitais. Contudo, os mesmos factores abriram novas portas para ataques cibernéticos.

A Microsoft observa um aumento contínuo de ataques de phishing, ransomware e exploração de falhas em servidores e dispositivos não actualizados. Esses ataques visam frequentemente instituições governamentais, universidades, bancos e pequenas empresas.

Embora a África Subsariana represente uma pequena fração da actividade global de Estados-nação, a tendência é ascendente. O continente está a tornar-se mais visado à medida que as infraestruturas digitais se expandem e as economias nacionais se tornam mais dependentes de sistemas em linha.

Um dos maiores desafios para os governos e organizações africanas é a escassez de profissionais de cibersegurança e a falta de políticas unificadas de defesa digital. Muitos países ainda estão a desenvolver equipas nacionais de resposta a incidentes (CSIRT) e centros de partilha de informação.

Países mais visados na África Subsariana

Origem dos ataques e motivações

A China mostra interesse crescente em países africanos com projectos de infra-estrutura digital e telecomunicações, enquanto Rússia e Irão mantêm operações de influência política e recolha de informação.

Sectores mais atacados em África

A Microsoft recomenda integração precoce de segurança nos projectos de transformação digital, adoção de autenticação multifator (MFA) e formação contínua de pessoal técnico.

Apesar dos desafios, há sinais de progresso. Vários países africanos estão a adoptar estratégias nacionais de cibersegurança, e cresce o número de parcerias público-privadas focadas em infra-estruturas críticas e capacitação digital.

O relatório conclui que a resiliência digital africana dependerá da capacidade dos países em cooperar regionalmente, investir em tecnologias seguras e formar a próxima geração de especialistas em segurança cibernética.

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