Referiu que esta aposta se insere numa visão clara e decidida de modernizar o Estado, aumentar a eficiência e a qualidade dos serviços públicos, promover a inclusão digital e posicionar o país na rota do desenvolvimento sustentável e da competitividade global.
“Neste contexto, apelamos aos Estados-membros que sejam intensificados investimentos em infraestruturas tecnológicas, enquanto factor determinante para a redução do esforço individual de cada Estado, ao mesmo tempo que fortalece a capacidade institucional colectiva e permite a realização de investimentos conjuntos com custos reduzidos e maior impacto na sociedade”, asseverou.
De acordo com a líder do parlamento angolano, neste percurso, se conta com o envolvimento activo das instituições públicas, da sociedade civil, do sector privado e da juventude angolana, que é uma das maiores forças criativas e transformadoras da nossa nação.
“É nesse espírito de cooperação e mobilização colectiva que a Assembleia Nacional tem vindo a desempenhar um papel relevante”, frisou.
A nível parlamentar, adiantou que Angola também dispõe de infra-estruturas modernas, equipadas com tecnologia avançada que permite garantir maior eficácia ao processo legislativo, transparência institucional e proximidade com os cidadãos em toda a extensão do país, continuando a estar conectadas através de vídeo-conferência, tanto para as sessões plenárias como para as reuniões das Comissões de Trabalho Especializadas e outras sobre temáticas específicas.
Com efeito, segundo Carolina Cerqueira, o parlamento tem partilhado a experiência do processo de digitalização dos arquivos e de reconversão tecnológica, salientando as recentes visitas a Angola das administrações parlamentares da África do Sul e do Botswana.
No entanto, reconheceu que os desafios são inúmeros, desde a regulação adequada das novas tecnologias até à protecção da privacidade e soberania digital, mas o caminho é inevitável: “ou nos adaptamos e lideramos, ou ficamos para trás. Angola escolheu liderar, com responsabilidade, visão e ambição de não ficar para trás”.
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Segundo a presidente, foi com essa visão que se criou na Assembleia Nacional a Academia Parlamentar, com o objectivo de reforçar a capacitação institucional em matérias de interesse parlamentar, incluindo inteligência artificial e inovação tecnológica, investigação e protecção de dados.
Para Carolina Cerqueira, a inteligência artificial é um desses instrumentos relevantes, que associada ao processo de concretização e consolidação dos objectivos da SADC representa uma mais-valia inquestionável, na medida em que proporciona maior eficiência, transparência e celeridade aos processos dos parlamentos.
Sustentou que permite ainda o acesso mais rápido à informação, ao reforço da capacidade de análise legislativa e a aproximação entre os representantes e os cidadãos.