De acordo com a publicação The New Times, o táxi aéreo de dois lugares, totalmente eléctrico e equipado com tecnologia de navegação autónoma de última geração, levantou voo sem piloto a bordo, num momento marcante tanto para o Ruanda como para o continente africano.
“Isto é mais do que uma simples demonstração. É um vislumbre da forma como o Ruanda encara as suas cidades e a sua economia: conectadas, eficientes e sustentáveis”, afirmou o Ministro das Infraestruturas do Ruanda, Jimmy Gasore.
O ministro sublinhou que, ao elevar os transportes para os céus, os táxis aéreos elétricos autónomos do Ruanda representam uma solução prática para o desafio crescente do congestionamento do tráfego urbano. “Com a capacidade de evitar estradas congestionadas e ligar pontos-chave em minutos, em vez de horas, esta tecnologia promete aliviar a pressão sobre os transportes terrestres, reduzir os tempos de deslocação e melhorar a mobilidade urbana. Isto está alinhado com a visão de Kigali de cidades mais inteligentes e ecológicas, onde a tecnologia impulsiona a eficiência e a sustentabilidade”, reforçou.
O projecto resulta de uma parceria entre o governo do Ruanda, a China Road and Bridge Corporation (CRBC) e a empresa de tecnologia de mobilidade aérea urbana EHang.
O director-geral da CRBC no Ruanda, Huang Qilin, saudou a colaboração como um testemunho do compromisso em trazer soluções de ponta para África. “Estamos disponíveis para trabalhar com o Ruanda no sentido de explorar o potencial da economia de baixa altitude”, afirmou.
Gasore acrescentou que o lançamento reforça a reputação do Ruanda como um centro tecnológico e de inovação em rápido crescimento. Destacou ainda que o país foi pioneiro no uso de drones para serviços de entrega de suprimentos médicos. “O governo também investiu em infraestruturas de carregamento e em estruturas políticas que apoiam a mobilidade elétrica, incluindo autocarros e motociclos elétricos, que já estão a transformar o transporte urbano”, concluiu.