Os smartphones são uma parte indispensável da vida quotidiana há mais de uma década. Desde a verificação de e-mails à navegação nas redes sociais e acesso a informação, estes dispositivos moldaram a forma como se interage com o mundo. Mas Bill Gates acredita que esta era está a chegar ao fim e prevê um futuro em que as tatuagens electrónicas se tornarão a nova norma.
De acordo com a Medium, Gates identifica as tatuagens electrónicas, desenvolvidas pela Chaotic Moon e posteriormente adquiridas pela Accenture, como o próximo grande salto na tecnologia pessoal. Em vez de segurar um telefone nas mãos, estas tatuagens podem permitir comunicar, aceder à internet e até monitorizar a saúde, tudo sem um ecrã à vista.
A principal vantagem? Estão incorporadas na pele, permitindo interagir com o mundo através de gestos simples ou do toque. As tatuagens serão discretas, mais intuitivas e alimentadas por minúsculos nano condensadores, que não requerem baterias ou ecrãs volumosos, o que as torna uma alternativa mais subtil aos dispositivos móveis actuais.
Como funcionam? Pense nelas como aplicações temporárias na pele que utilizam tinta inteligente preenchida com nano condensadores. Estas tatuagens podem comunicar com os dispositivos circundantes, permitindo-lhe fazer coisas como enviar mensagens, navegar na web ou até mesmo desbloquear portas — tudo com um simples deslizar ou gesto.
Além da comunicação, também podem monitorizar sinais vitais como o ritmo cardíaco, a temperatura corporal e até detectar potenciais problemas de saúde antes que se tornem graves. São, na sua essência, um rastreador de saúde e uma ferramenta de comunicação combinados. E como são invisíveis significa que já não é preciso estar a segurar um telemóvel. É uma experiência fluida, onde a tecnologia se torna parte de si, e não algo que transporta.
Por mais entusiasmante que possa parecer, levanta questões sobre privacidade. Estas tatuagens recolheriam uma quantidade imensa de dados pessoais, desde a sua localização até às suas métricas de saúde. Quem é o proprietário desses dados? Como garantir a sua protecção?
Ainda assim, há vantagens inegáveis. As tatuagens podem substituir a necessidade de palavras-passe, cartões de crédito ou até chaves físicas. Em teoria, podem proporcionar um nível de segurança muito mais robusto do que tudo o que existe hoje, graças à sua singularidade biométrica.
Há também o impacto social. Se estas tatuagens se tornarem populares, isso poderá significar o fim do vício dos ecrãs. Sem a distracção constante de olhar para o ecrã de um smartphone, é possível experimentar uma interacção mais focada e menos fragmentada com a tecnologia. Esta mudança pode alterar os comportamentos sociais e até a forma como as pessoas se relacionam.