Ataques recorde tornam-se cada vez mais frequentes
Este incidente marca um novo máximo histórico, mas a frequência de ataques desta dimensão está a aumentar de forma alarmante. Há apenas três semanas, a Cloudflare já tinha anunciado a mitigação de um ataque massivo de 11.5 Tbps e 5.1 Bpps, que na altura era o maior alguma vez divulgado publicamente. Dois meses antes, a empresa já tinha lidado com outro ataque recorde que atingiu um pico de 7.3 Tbps.
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Estes ataques volumétricos, com um elevado número de pacotes, são particularmente difíceis de gerir para equipamentos de rede como firewalls, routers e balanceadores de carga, que lutam para processar o volume de pedidos, mesmo que a largura de banda total seja controlável.
Botnet AISURU pode ser a origem do caos
Embora a Cloudflare não tenha partilhado muitos detalhes sobre os ataques mais recentes, a divisão de investigação XLab da empresa chinesa de cibersegurança Qi’anxin atribuiu o ataque anterior de 11.5 Tbps à botnet AISURU.
Segundo os investigadores, a AISURU infetou mais de 300.000 dispositivos em todo o mundo. O número de infeções disparou em abril de 2025, após o comprometimento de um servidor de atualização de firmware de routers da marca Totolink. A botnet explora também vulnerabilidades em câmaras IP, gravadores de vídeo digital (DVRs/NVRs), chips da Realtek e routers de marcas como T-Mobile, Zyxel, D-Link e Linksys.