De acordo com com os analistas da Elliptic, é um novo recorde, com o anterior a remontar a 2022, altura em que os hackers roubaram um total de 1,35 mil milhões de dólares.
Estima-se que, desde 2017, a Coreia do Norte “amealhou” pelo menos 6 mil milhões de dólares roubados em ciberataques. Porém, os analistas notam que o valor total poderá ser ainda mais elevado.
Citando informação avançada pelas Nações Unidas e por agências de vários países, a empresa indica que os valores roubados pelos cibercriminosos desempenham um papel relevante no financiamento de armas nucleares e de programas de desenvolvimento de mísseis na Coreia do Norte.
Este ano, mais de 30 ataques foram atribuídos à Coreia do Norte. Um dos maiores incidentes ocorreu em fevereiro, com o roubo de 1,46 mil milhões de dólares em ativos digitais, tokens Ethereum, à correctora de criptomoedas Bybit.
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As exchanges continuam a ser um dos principais alvos, no entanto, os cibercriminosos têm vindo a mudar a sua estratégia, passando a visar indivíduos que detêm vastas quantias de criptomoedas.
A maioria dos incidentes registados este ano foram cometidos através de ataques de engenharia social, com os hackers a enganarem ou manipularem as vítimas para ganhar acesso às suas criptomoedas.
Os analistas da Elliptic detalham que esta é uma mudança em relação aos ataques anteriores, em que falhas técnicas eram frequentemente exploradas para cometer roubos. “Esta mudança realça que o ponto fraco na segurança das criptomoedas é, cada vez mais, humano, em vez de técnico”, afirma a empresa.