Kaspersky alerta: Ransomware continua em alta em África

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A empresa de cibersegurança Kaspersky alertou mais uma vez para o facto de os cibercriminosos sofisticados visarem cada vez mais África, à medida que o ransomware e as ameaças persistentes avançadas (APT) aumentam na região.

Ao falar no fim de semana anual de cibersegurança da empresa para a região do Médio Oriente, Turquia e África (META), a equipa de investigação e análise global da empresa de cibersegurança destacou as crescentes ameaças digitais que afectam os países africanos.

O Quénia, a Nigéria e a África do Sul surgiram como pontos críticos, com o Quénia a registar uma das taxas mais elevadas de incidentes de ameaças na Web, com 20,1% no primeiro trimestre de 2025.

“Embora o ransomware seja menos prevalente em África devido a níveis mais baixos de digitalização e restrições económicas, países como a África do Sul e a Nigéria estão a assistir a um aumento acentuado dos ataques”, afirmou Sergey Lozhkin, director das regiões da Kaspersky.

África segue exposta à crescente ameaça de ciberataques

A Kaspersky registou um aumento de 0,01 pontos percentuais nos casos de ransomware em África em relação ao ano anterior, atingindo 0,41%, ainda abaixo das médias globais e do Médio Oriente, mas um sinal preocupante para a infraestrutura digital emergente do continente.

Os especialistas alertaram para o facto de os atacantes estarem a aperfeiçoar as suas tácticas, mudando o foco para pontos de entrada não convencionais, como dispositivos IoT, aparelhos inteligentes e hardware mal configurado.

“À medida que estas economias se expandem digitalmente, sectores como a indústria transformadora, as finanças e a administração pública estão a tornar-se alvos importantes”, afirmou Lozhkin.

O panorama da cibercriminalidade está a evoluir rapidamente, alimentado por ferramentas de IA e pelo acesso da dark web a grandes modelos linguísticos, que permitem a agentes menos qualificados lançar campanhas convincentes de phishing e malware.

Grupos como o FunkSec, que utiliza código gerado por IA e um modelo de resgate de baixo custo, estão a redefinir as operações de ransomware.

“As organizações africanas enfrentam o duplo desafio da expansão das pegadas digitais e da limitada sensibilização para a cibersegurança. Isto torna essenciais as estratégias de defesa em camadas, incluindo a segmentação da rede, a monitorização em tempo real e a formação regular do pessoal”, afirmou Lozhkin.

Para reforçar as defesas, a empresa recomenda a utilização de ferramentas como a sua ferramenta gratuita Anti-Ransomware Tool for Business e o Kaspersky Next Suite para visibilidade e resposta a ameaças.

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