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Segurança de endpoint: por que é importante para empresas?

A rede foi comprometida por um ataque silencioso que entrou precisamente por onde ninguém imaginava: o computador de um colaborador que trabalhava a partir de casa. Este tipo de situação, infelizmente, é comum — e não afecta apenas empresas multinacionais. Qualquer negócio, independentemente da sua dimensão, está sujeito a este tipo de invasão digital.

A boa notícia é que existe uma forma inteligente de reduzir estes riscos: a segurança de endpoint. Se nunca ouviu falar deste termo ou ainda tem dúvidas sobre o seu significado na prática, este texto é para si.

O que é segurança de endpoint?

A segurança de endpoint, ou proteção de endpoint, é o conjunto de estratégias, tecnologias e práticas orientadas para proteger todos os dispositivos finais (endpoints) que se ligam à rede de uma empresa. Isso inclui:

Ou seja, qualquer equipamento que possa enviar ou receber dados através de uma rede corporativa é considerado um endpoint — e, por isso, necessita de proteção.

Diferentemente dos antivírus tradicionais, que apenas detectam ameaças comuns nos dispositivos, as soluções de segurança de endpoint actuam de forma mais abrangente e proativa, monitorizando comportamentos suspeitos, bloqueando acessos indevidos e protegendo em tempo real contra ataques sofisticados, como ransomware, malware persistente e phishing.

Porque é que a segurança de endpoint é importante para as empresas?

A resposta pode resumir-se numa só expressão: superfície de ataque.

Com o crescimento do trabalho híbrido, a utilização de dispositivos pessoais e a proliferação de soluções na cloud, o número de “portas de entrada” para os cibercriminosos aumentou exponencialmente.

Cada dispositivo ligado à rede é uma potencial vulnerabilidade. Não é por acaso que, segundo dados recentes da Forrester e da Cybersecurity Ventures, mais de 70% das violações de dados têm origem nos endpoints.

E, na maioria das vezes, o colaborador nem se apercebe de que algo está errado — tudo acontece de forma silenciosa, através de scripts automatizados ou técnicas avançadas de engenharia social.

Eis algumas das consequências directas da falta de protecção dos endpoints:

Como funciona a segurança de endpoint?

A segurança de endpoint actua de forma contínua e integrada. Quando bem implementada, combina diversos recursos essenciais, tais como:

Estes agentes são softwares que actuam directamente nos endpoints, monitorizando o comportamento do sistema e impedindo actividades suspeitas ou maliciosas.

Em soluções mais avançadas (como a Kaspersky, por exemplo), existe uma plataforma de gestão central, onde os administradores de TI podem visualizar o estado de todos os dispositivos, aplicar políticas de segurança, configurar actualizações e responder rapidamente a incidentes.

As soluções modernas recorrem a machine learning e inteligência artificial para identificar padrões de ataque, mesmo antes de estes estarem documentados em bases de dados tradicionais.

Conhecida como EDR (Endpoint Detection and Response), esta funcionalidade permite detectar ameaças em tempo real e agir de imediato: isolar dispositivos, remover malware e restaurar sistemas comprometidos.

A segurança de endpoint assegura que os dispositivos estejam em conformidade com as políticas de TI da empresa, evitando que acções — intencionais ou não — por parte dos utilizadores abram brechas de segurança.

A segurança de endpoint não é apenas para grandes empresas

Este é um ponto crucial. Muitas pequenas e médias empresas acreditam ser “invisíveis” aos olhos dos hackers — mas a realidade é precisamente o oposto.

As empresas de menor dimensão são frequentemente alvos preferenciais, justamente por terem menos camadas de segurança. E, quando sofrem um ataque, enfrentam maiores dificuldades em recuperar a operação e os dados perdidos.

Por isso, se a sua empresa possui 10, 50 ou 100 dispositivos ligados à rede, já é hora de considerar uma solução profissional de segurança de endpoint.

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