Angola registou mais de sete milhões de acessos à internet gratuita nos últimos três anos, resultado das políticas públicas voltadas para a transformação digital. A informação foi avançada pelo director-geral do INFOSI, André Pedro, durante a Conferência Nacional do Retalho em Angola (CNRA), realizada em Luanda.
Segundo o responsável, o país ocupa actualmente a terceira posição entre os que mais disponibilizam internet livre à juventude. Nos últimos quatro anos, o número de utilizadores que beneficiaram dessa plataforma ultrapassou os 10 milhões.
Entre os principais projectos em curso, destaca-se o Programa Centros Ngola Digital, criado em 2019 pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social. Existem já mais de 200 centros equipados com computadores e internet, voltados para crianças da 4.ª classe, estudantes e menores de lares de acolhimento, promovendo o acesso inicial à tecnologia e incentivando a criatividade digital.
No domínio do retalho digital, André Pedro sublinhou que o Governo está a criar condições para impulsionar o comércio online, através da liberalização das licenças de multisserviços, que passam a ser gratuitas e permitem aos jovens empreendedores criar pequenas empresas em qualquer ponto do país.
O director destacou ainda o surgimento de startups angolanas como a Sócia, que facilita compras partilhadas entre consumidores, e anunciou que o Data Center do Governo será inaugurado em Fevereiro de 2026, reforçando a infraestrutura tecnológica nacional.
FONTE: JORNAL DE ANGOLA
