A informação foi avançada, esta terça-feira, em Luanda, pelo vice-governador do BNA, Domingos Pedro, na abertura do IX Encontro de Supervisão Bancária da Comunidade de País de Língua Portuguesa (CPLP).
Na ocasião, referiu que o quadro normativo visa fazer face ao crescente fenómeno de ataques cibernéticos a nível internacional, realidade a qual Angola está igualmente exposta.
Assegurou que o instrumento vai ser partilhado, em breve, com as instituições financeiras e a sociedade, em geral.
Neste sentido, disse que o Banco Central está a trabalhar com as instituições financeiras, no sentido de reforçar os seus mecanismos internos de segurança e informação, considerando que o ataque a uma instituição levanta a questão da prevenção em outras.
Vice-governadora do BNA defende digitalização da banca para inclusão financeira
Recordou que, nos últimos anos, Angola tem estado a implementar um conjunto de reformas alinhadas às boas práticas internacionais, com o objectivo de aumentar a confiança no sistema financeiro e gerar maior valor para a sociedade.
Reconheceu que os países da CPLP encontram-se em diferentes fases de desenvolvimento a nível da cibersegurança, a julgar pelas realidades e desafios que cada país enfrenta.
Entende que, independentemente dos diferentes níveis de maturidade, o risco cibernético continua a apresentar muitos desafios comuns, exigindo dos reguladores e supervisores uma atenção contínua e focada, de modo a garantir o pleno funcionamento do sistema financeiro, assente em princípios sólidos, seguros e eficazes.
O Encontro de Supervisão Bancária da Comunidade de País de Língua Portuguesa (CPLP) é uma plataforma de partilha de conhecimento e troca de experiências entre supervisores, contribuindo para a robustez e estabilidade dos sistemas financeiros dos países da comunidade.
Com a duração de dois dias, a IX edição reúne responsáveis de bancos centrais de oito países para analisarem, entre outros temas, “Inteligência Artificial”, “Risco Cibernético”, “Branqueamento de Capitais” e “Financiamento ao Terrorismo”.