A Meta está a aumentar a sua presença em África através da sua filial irlandesa, a Edge Network Services Ltd, que adquiriu uma participação no ambicioso cabo submarino de fibra óptica da operadora de telecomunicações Safaricom.
A Edge Network Services, sediada na Irlanda e que actua como braço de infrae-strutura de conectividade da Meta, irá financiar parte do projecto do cabo Daraja da Safaricom, avaliado em 23 milhões de dólares. O cabo submarino, com 4 108 quilómetros de extensão, ligará Omã a Mombaça e deverá garantir maior largura de banda, redução de custos e maior fiabilidade da Internet até 2026.
De acordo com o relatório, a Safaricom, identificada como promotora principal do projecto, lidera a iniciativa do cabo Daraja. A avaliação do impacto ambiental, já entregue à Autoridade Nacional de Gestão do Ambiente (Nema) do Quénia, destaca a dimensão e a importância estratégica desta infraestrutura.
O CEO da Safaricom, Peter Ndegwa, elogiou a parceria e destacou que esta reflecte a visão da empresa de telecomunicações em moldar o futuro digital do Quénia.
“Este investimento garante o controlo a longo prazo da infraestrutura de alta velocidade para o país e sustenta o nosso crescimento em 4G, 5G e banda larga fixa”, afirmou.
Com a desaceleração das receitas provenientes da voz, a Safaricom passou a centrar-se nos serviços de dados e digitais, enquanto a Meta reforça a sua carteira global de infraestruturas submarinas, na qual se incluem os sistemas 2Africa e Pearls, com 50 000 km de extensão.
Estes sistemas, concebidos para ligar África de forma mais directa à Europa, ao Médio Oriente e à Ásia, consistem em redes submarinas de cabos de fibra óptica que estão a ser desenvolvidas por algumas das maiores empresas mundiais de tecnologia e telecomunicações, entre as quais a Meta.
O sistema Daraja contará com 24 pares de fibras, mais do dobro dos habituais oito a 16, oferecendo ao Quénia uma capacidade inédita numa altura em que enfrenta a concorrência crescente da Starlink e da Airtel.