Os números confirmam o Internet banking como o principal foco de insatisfação entre os utilizadores, supera os serviços como depósitos à ordem e caixas automáticos, que completam o grupo dos mais problemáticos.
De acordo com o Banco Nacional de Angola (BNA), a maior parte das queixas está relacionada com falhas no sistema, dificuldades de acesso, erros em transferências e lentidão no processamento de operações online. A concentração destas reclamações reflete o aumento do uso das plataformas digitais bancárias e também revela pontos de fragilidade tecnológica e operacional que continuam a afectar a experiência dos clientes.
Apesar disso, o número total de reclamações no sistema financeiro angolano diminuiu 34% em relação ao mesmo período de 2024, caiu de 16.548 para 10.856 queixas. Essa redução foi impulsionada pela melhoria dos mecanismos de segurança e autenticação nos serviços de mobile banking, que registaram uma queda expressiva de 8.693 para apenas 604 queixas.
O relatório do BNA destaca ainda que Luanda concentrou 72% das reclamações, reforça o papel da capital como principal centro financeiro do país. No sector bancário, o Standard Bank liderou o ranking de instituições com mais reclamações, seguido pelo BFA e pelo BAI.
Em suma, o Internet Banking continua a ser o maior desafio do sistema financeiro digital angolano, exige investimentos contínuos em estabilidade, segurança e qualidade de atendimento online, para acompanhar a crescente adoção dos serviços bancários digitais no país.