Construindo o futuro 5G numa base LTE

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O último relatório da GSA mostra que, até o final de Maio de 2020, 386 operadoras anunciaram em todo o mundo que estavam a investir no 5G, dentre as quais 81 operadoras em 42 países/ territórios lançaram serviços comerciais 5G, incluindo o mais recente lançamento do MTN 5G na África do Sul.

A quinta geração de redes móveis, o 5G, permitirá banda larga móvel aprimorada, comunicações de missão crítica e comunicação massiva da Internet das Coisas (IoT) entre equipamentos.

Entretanto, a necessidade imediata é de comunicações digitais online, que podem facilmente ser facultadas pelas redes 4G ou LTE.

A boa notícia é que o LTE é também a base para a mudança revolucionária para o 5G.

Diminuir a clivagem digital e capacitar mais pessoas no mundo com conectividade online é fundamental para superar a pobreza e alcançar um futuro sustentável. Tal exigirá uma constante expansão da cobertura e adopção da banda larga móvel LTE (4G).

Viver e trabalhar online está a ser reconhecido como um direito humano. Infelizmente, bilhões de pessoas permanecem excluídas das oportunidades da economia online, de acordo com Emmanuel Coelho Alves, Director Sénior de Marketing da Huawei.

“É necessário redobrarmos os nossos esforços para uma maior transmissão e inclusão digital, para apoiar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas e, colocar online os 3,9 bilhões da população mundial excluídos’’, afirmou ele. ‘’Não será fácil, mas com esforços intersectoriais do governo e parceiros do sector privado, da academia e da sociedade civil… nós podemos alcançar este objectivo.’’ 

Emmanuel Alves falou na recente conferência LTE 2020 online, realizada pelo Sistema Global de Comunicações Móveis(GSMA).

Emmanuel Alves disse ainda que houve progresso na expansão da cobertura global de banda larga móvel, com quase 66% das áreas actualmente abrangidas. Destas, 90% tinham acesso a redes de alta qualidade, como 3G e 4G.

Cerca de 80% da população mundial tem hoje cobertura móvel, de acordo com o último relatório da GSMA. Destas, mais de 50% das conexões são já em 4G.

Na África Subsaariana, existem 456 milhões de assinantes móveis únicos, representando 44% da população, com esta proporção que deverá aumentar para 50% até 2025.

O relatório da GSMA antevê que África será a região global que mais se expande, com uma taxa de crescimento anual composta de 4,6%. No entanto, o número de assinantes de banda larga móvel permanece significativamente baixo, com 239 milhões de assinantes e uma taxa de adesão de apenas 23%.

Levar o povo africano para o seio da economia móvel exigirá a expansão contínua dos serviços de banda larga móvel, como o 4G, com uma taxa de adesão prevista de 39% em 2025.

“O 4G fornece um recurso extremamente bom para quando se passar para o 5G posteriormente,” afirmou Alves. “O 4G tem sido extensivamente implantado nos últimos anos. Este constitui a estrutura base na cidade , alavancando o MIMO (entradas múltiplas e saídas múltiplas) em pontos de acesso com tráfego significativo.

Ao aplicar um padrão conhecido como ENDC (E-UTRAN New Radio – Dual Conectividade), as operadoras de redes são capazes de usar ambos escalonamentos de processos, 4G e 5G, em simultâneo. 

É também possível usar uma tecnologia chamada DSS (partilha dinâmica de espectro) para permitir a alocação em tempo real de recursos do espectro entre o 4G e o 5G, dependendo do tráfego da rede. Tal pode ser alcançado com precisão de milissegundos.

“Actualmente, o 4G é a principal estrutura de banda larga móvel e, o que está a substituir o 3G,” afirmou Alves. “Mas além disso, o 4G possui recursos flexíveis que permitem que 4G e 5G funcionem juntos a partir do nível da rede.

Líderes da indústria acreditam que, a médio prazo, o 4G será a estrutura de eleição para as comunicações móveis globais, enquanto o 5G será usado principalmente em comunicações mais industriais.

No entanto, as redes 4G já têm os recursos para garantir uma experiência ideal para os usuários 5G, incluindo serviços como realidade virtual, realidade aumentada e jogos na nuvem.

Assim, faz sentido que as redes nacionais invistam no 4G para garantir oportunidades de crescimento futuro, enquanto já suportam capacidades 5G de ponta.

Mohamed Madkour, Vice-presidente de marketing e soluções globais de redes wireless da Huawei, afirmou, na conferência AfricaCom 2019 na Cidade do Cabo, no ano passado, que todo o investimento na expansão do 4G e na organização de recursos no local reduzirá a quantidade de dinheiro necessária para activar o 5G num futuro próximo. Portanto, cada Rand gasto no 4G, é um Rand investido no 5G.”

Quer seja visto da perspectiva de uma operadora, ou de uma política, o 4G não é, portanto, apenas um passo intermediário em direcção ao 5G. A base do 4G já anuncia a chegada do nosso futuro 5G.

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