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Quinta-feira, Dezembro 18, 2025
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WWW faz 34 Anos: As três letras que deram início à revolução digital

A 6 de agosto de 1991, Tim Berners-Lee, do CERN, foi o protagonista de um gesto que mudou por completo o mundo: nesse dia, o engenheiro informático lançou a primeira página da história da World Wide Web, destinada a simplificar a comunicação entre investigadores. Inicialmente ridicularizado como “inútil”, este projeto marcou o início de uma revolução digital que redefiniu o nosso mundo

O nascimento da World Wide Web remonta ao início da década de 80, quando Tim Berners-Lee, então investigador do CERN, laboratório de física de partículas localizado em Genebra, começou a conceber a ideia de um sistema para facilitar a comunicação entre investigadores. A inspiração veio em parte da observação das dificuldades na partilha de informação e documentos científicos entre colegas de todo o mundo.

Criador da WWW defende que plataformas têm de ser mais seguras

Em março de 1989, Berners-Lee apresentou ao seu supervisor um documento intitulado “Gestão da Informação: uma Proposta”. Este documento, inicialmente considerado “vago mas interessante”, descrevia um projeto de sistema de gestão de informação que viria a ser a base da web. A ideia era criar um “hipertexto” que permitisse aos utilizadores ligar documentos e partilhar informação numa rede global.

Berners-Lee trabalhou nesta ideia com o apoio do seu colega belga Robert Cailliau. Em 1990, os dois começaram a desenvolver um protótipo que incluía três componentes principais: Html (HyperText Markup Language): uma linguagem de marcação para criar e estruturar documentos de hipertexto; Uri (Uniform Resource Identifier): sistema de identificação e localização de documentos na rede; Http (HyperText Transfer Protocol): um protocolo de comunicação para transferência de documentos de hipertexto entre clientes e servidores.

Em dezembro de 1990, o CERN viu o primeiro software de servidor e browser concluído. Berners-Lee criou o primeiro navegador web, conhecido como World Wide Web (mais tarde renomeado Nexus) e o primeiro site, que descrevia o design da própria World Wide Web.

Após meses de trabalho, a 6 de agosto de 1991, foi publicado o primeiro site em “http://info.cern.ch”. Este site fornecia informações sobre o projecto www e explicava como outras pessoas poderiam utilizá-lo e contribuir para esta nova rede de comunicação. No início, o site era apenas acessível aos funcionários e colaboradores do CERN. A 23 de agosto de 1991, o primeiro utilizador externo ao CERN visitou o site, marcando o início da propagação da Web fora da comunidade científica.

O verdadeiro ponto de regresso chegou em 1993 , quando o CERN decidiu fazer da World Wide Web uma plataforma open source. Isto permitiu que qualquer pessoa acedesse e contribuísse para a web sem qualquer custo, incentivando a rápida expansão. A criação do primeiro browser de massas, o Mosaico, da Universidade de Illinois, marcou o início de uma difusão exponencial: os sites, que em 1995 já eram 25 mil, atingiram um milhão em 1999 e mil milhões em 2014.

Diferença entre web e Internet

Muitas vezes há confusão entre web e Internet, mas são conceitos distintos. A Internet é a vasta rede global de computadores que se ligam entre si utilizando protocolos normalizados. É a infraestrutura física e virtual que suporta a comunicação entre dispositivos e a transmissão de dados. A World Wide Web, por outro lado, é um serviço que funciona na Internet. É um sistema de documentação hipertextual acessível através de um web browser. Ou seja, enquanto a Internet é a rede que liga os computadores, a Web é o conjunto de páginas e conteúdos que podemos navegar graças a esta rede.

Namíbia testa uso de inteligência artificial no ensino público

O projecto-piloto, intitulado YYeni AI Lüderitz, combina tutoria com inteligência artificial e ensino tradicional orientado por professores. Segundo o Ministério da Educação, Inovação, Juventude, Desporto, Artes e Cultura, o objectivo é alargar o modelo a 25 escolas e 2 500 alunos até 2026.

O projecto, com duração prevista de cinco meses, foi lançado em julho de 2025 na Escola Secundária de Lüderitz.

A Telecom Namibia está a assegurar o apoio à conectividade para o piloto. O director executivo da empresa, Stanley Shanapinda, afirmou que esta iniciativa integra o compromisso mais amplo da Telecom Namibia em reduzir desigualdades, promover a inovação e construir uma sociedade conectada e orientada pelo conhecimento.

Cabo Verde vai proibir uso de telemóveis no ensino básico

A empresa também está a fornecer conectividade à internet para o primeiro Diálogo Consultivo da Juventude da Commonwealth, atualmente em curso, organizado pelo mesmo ministério em Windhoek, até sexta-feira.

O evento reúne representantes da juventude dos 56 países da Commonwealth para discutir políticas e iniciativas de desenvolvimento que enfrentem desafios globais comuns.

O apoio da Telecom Namibia inclui uma ligação dedicada de 100 Mbps, garantindo a transmissão em direto e a cobertura digital das sessões do diálogo.

A conectividade permite interação em tempo real entre delegados, meios de comunicação e participantes virtuais.

WhatsApp lança novas ferramentas para combater burlas em grupos

O WhatsApp partilhou novidades sobre as suas medidas para prevenir esquemas fraudulentos, a plataforma acaba de revelar uma nova funcionalidade destinada a proteger os utilizadores de possíveis burlas. A plataforma de mensagens passará a exibir alertas específicos sempre que um utilizador for adicionado a um grupo por alguém que não esteja na sua lista de contactos.

Esta nova camada de segurança promete dar mais controlo e informação ao utilizador antes mesmo de interagir com um grupo desconhecido.

Um novo alerta para proteger os utilizadores

Este novo ecrã de aviso fornecerá detalhes cruciais sobre o grupo em questão. Os utilizadores poderão ver o número total de membros, se partilham algum contacto com outros participantes no grupo e a data de criação da conversa. Além disso, o alerta incluirá lembretes de senso comum sobre como evitar burlas online.

A partir deste aviso, o utilizador tem total liberdade para decidir o que fazer. Pode sair do grupo imediatamente, sem sequer visualizar a conversa, ou pode optar por entrar no chat para verificar se é um grupo em que deseja realmente participar.

A luta contra as burlas não fica por aqui

O WhatsApp confirmou que vai “continuar a testar novas abordagens” para implementar alertas semelhantes em mensagens diretas individuais. Embora estas ferramentas ainda pareçam estar em fase de desenvolvimento, a empresa indicou que está a trabalhar em formas de detetar burlões que iniciam o contacto noutras plataformas antes de moverem a conversa para o WhatsApp.

Para além das ferramentas na aplicação, a empresa de mensagens revelou que tem identificado e bloqueado ativamente um número significativo de contas usadas para perpetrar fraudes. Durante a primeira metade de 2025, o WhatsApp afirmou ter detetado e banido mais de 6,8 milhões de contas associadas a centros de burla.

A crescente prevalência de esquemas fraudulentos em plataformas de redes sociais tem sido um tema recorrente, com a Federal Trade Commission a publicar vários relatórios sobre o assunto ao longo dos anos.

SIC detém quatro homens apanhados a vender processadores de mineração de criptomoedas

Os suspeitos foram descobertos por intermédio de uma publicidade que fizeram no Facebook, durante um trabalho de monitoramento que direcção nacional de combate aos crimes informáticos efectuou nas redes sociais.

A detenção em flagrante dos indivíduos, que têm entre 24 e 41 anos, ocorreu esta segunda-feira, 04, no bairro Tanque Serra e os quatro vão ser encaminhados para o juiz de garantias, acusados do crime de posse e tentativa de venda de equipamentos de mineração de criptomoedas.

Para além dos processadores, em posse dos acusados, foram ainda apreendidos dois computadores portáteis, duas placas de viaturas, uma pistola de fabrico artesanal, duas catanas e quatro telemóveis, meios estes que, segundo o SIC, eram utilizados em acções criminosas.

Como se produz criptomoeda?

As criptomoedas são geradas a partir de um sistema informático de grande resolução que, ao contrário do que se pensa, que é que estas resultam da resolução de equações matemáticas, procura antes códigos, como se fosse um sorteio, amealhando a moeda à medida que acerta nos códigos aleatórios.

À medida que o software acerta nesses códigos, vai amealhando criptomoedas, que lhe chegam através do registo da descoberta no banco de dados denominado blokchain, que é uma espécie de sistema de armazenamento de dados por blocos interligados.

Em síntese, como estes códigos não são infinitos, os centros de mineração competem uns com os outros em todo o mundo por eles, sendo que quanto maior for a capacidade de processamento, maior sucesso se tem, em teoria.

Gasto gigantesco de energia e impacto ambiental negativo

Mas a questão problemática para o Estado angolano, sendo que é daí que resulta parte da preocupação do Presidente João Lourenço, que a fez chegar às autoridades na sexta-feira, 07, de forma incisiva, é que estes centros ilegais usam vastas quantidades de energia da rede pública, muitas das vezes com ligações pirata.

E quanto maior e potente é o sistema em rede usado para minerar este valioso recurso digital, sendo a mais conhecida, havendo muitas outras, a Bitcoin, que vale actualmente cerca de 100 mil USD por unidade, mais energia consome.

Segundo dados recolhidos em estudos internacionais, alguns destes “spots” podem gastar o equivalente a uma pequena cidade e, actualmente, em todo o mundo, estima-se que minerar criptomoedas custe o equivalente ao consumo de energia de países como a Austrália.

Só uma destas unidades sem dimensões extraordinárias tem, por norma, um consumo superior a 3,5 quilowatts-hora (kWh).

Há ainda a acrescentar que esta actividade tem um impacto ambiental gigantesco se não contar com energia gerada localmente por fontes alternativas, como a solar, eólica ou hídrica.

Cabo Verde vai proibir uso de telemóveis no ensino básico

O objectivo é reduzir distrações, promover a concentração e prevenir riscos como o cyberbullying e o acesso a conteúdos impróprios. Em declarações à rádio pública cabo-verdiana, o director nacional da Educação, Adriano Moreno, explicou que a medida visa reduzir distrações durante as aulas, incentivar a concentração, fomentar a convivência saudável entre os alunos e prevenir o uso inadequado dos dispositivos móveis.

“Nós queremos, sobretudo, aumentar a concentração dos alunos e diminuir, em certa forma, o uso de ecrãs digitais que não sejam em ambientes pedagógicos. E, nesse sentido, no ano passado já tínhamos proibido o uso de qualquer equipamento digital durante os momentos de avaliação”.

Cabo Verde lança plataforma digital para celebrar 50 anos de independência

“Já tinham sido também realizadas, em algumas escolas, alguma experiência e também aliando aquilo que se faz a nível internacional. Nós estivemos cientes dos diferentes estudos que se fizeram a este nível e entendemos, por bem, que seria uma boa forma de aumentarmos a concentração dos alunos, diminuir o bullying e outras formas de utilização excessiva dos ecrãs digitais. Por isso, é que avançámos com essa medida”, disse o director nacional da Educação, Adriano Moreno.

O uso pedagógico do telemóvel vai ser permitido exclusivamente sob orientação e supervisão dos professores, como recurso complementar às estratégias de ensino-aprendizagem. A proibição do uso de telemóveis aos alunos do ensino básico obrigatório até ao 8.º ano já tinha sido implementada no terceiro trimestre do ano lectivo 2023/24 numa escola pública na cidade da Praia e noutras escolas privadas do país. Agora a medida é alargada a todas as escolas do arquipélago.

Grupo Yango abre novo escritório regional em Abidjan para impulsionar o crescimento africano

O Grupo Yango, uma empresa de tecnologia com sede nos Emirados Árabes Unidos que opera em mais de 30 países, abriu um novo escritório regional africano em Abidjan. O hub coordenará as operações crescentes da empresa em todo o continente e marca um novo capítulo no compromisso a longo prazo da Yango com África. Com cerca de 200 funcionários já no terreno, a empresa planeia escalar as suas capacidades locais no próximo ano.

A Yango foi lançada pela primeira vez na Côte d’Ivoire em 2018, marcando o ponto de partida em África. Desde então, a empresa expandiu-se para 16 países em todo o continente, construindo um portfólio diversificado de serviços digitais. Com Abidjan agora como sede continental, o Grupo Yango aprofunda a sua presença regional e acelera a inovação adaptada às realidades locais.

Este novo escritório regional em Abidjan é um novo capítulo na nossa jornada em África. A nossa estratégia é construir ecossistemas digitais que empoderem os países a partir de dentro, usando tecnologias globais, mas sempre enraizadas nas realidades locais“, disse Daniil Shuleyko, CEO do Grupo Yango.  “África foi onde o nosso caminho começou, e hoje estamos a investir no futuro, fazendo de Abidjan o lar do nosso maior escritório em África, e o centro da nossa estratégia para o continente.

Construir ecossistemas digitais em África

A estratégia do Grupo Yango está centrada na construção de ecossistemas digitais inclusivos e adaptados localmente, que vão muito além dos serviços individuais. Ao combinar as suas tecnologias globais com uma abordagem local, a empresa pretende apoiar a transformação digital do continente.

Em toda África, a Yango já oferece um amplo portfólio de serviços — do transporte por aplicativo e entrega de comida à navegação, comércio electrónico e pagamentos digitais —, todos integrados numa única Super App. Esses serviços ajudam a desbloquear oportunidades económicas para motoristas, entregadores, pequenas empresas e usuários.

À medida que o Grupo Yango se expande, planeia escalar esse modelo para novos países, criando plataformas que reflectem as necessidades locais e fortalecem cadeias de valor. A Yango também prevê lançar soluções mais personalizadas para empresas em toda a região, ajudando-as a crescer através da tecnologia.

Bolsa Yango será expandida a nível pan-africano

Como parte de sua estratégia de longo prazo para apoiar a transformação digital em África e não só, a Yango está a ampliar o seu investimento em talentos locais, constituindo-se num facilitador fundamental da adopção e inovação de tecnologia sustentável em todo o continente. A empresa está agora a dar o próximo passo, expandindo a Bolsa Yango a um nível pan-africano, com o objectivo de dotar centenas de milhares de jovens talentos com competências digitais orientadas para o futuro nos seus mercados africanos. Já em curso na Côte d’Ivoire, o programa estabelecerá Abidjan como o seu centro regional de coordenação e formação para o continente.

A nossa missão vai além de fornecer serviços digitais”, disse Daniil Shuleyko. “Ao investir em talento e competências, em especial entre os jovens, estamos a ajudar a construir a base para a inovação a longo prazo e ecossistemas digitais auto-sustentáveis em toda África. Com programas como a Bolsa Yango, queremos capacitar a próxima geração de líderes tecnológicos africanos.

Engenharia social, um problema de segurança cada vez mais grave.

Verificou-se um aumento impressionante de 1450% de ataques de engenharia social, segundo o segundo relatório Threat Trends publicado pela LevelBlue. Este crescimento contribuiu para a triplicação do número de incidentes de cibersegurança na primeira metade de 2025.

A principal causa por detrás deste aumento explosivo de ciberataques são as campanhas ClickFix, uma forma popular de engenharia social baseada em CAPTCHA falsos. Estes ataques tiram partido da confiança que os utilizadores têm em interfaces de segurança conhecidas e tornaram-se agora o método de ataque dominante. A HP Wolf Security já tinha alertado para a ascensão destas CAPTCHA falsas, que enganam os utilizadores ao explorarem a sua familiaridade com este tipo de mecanismo.

“Um dos aspectos mais marcantes da primeira metade de 2025 é o grau de sofisticação que os cibercriminosos atingiram na arte de enganar”, afirmou Fernando Martinez Sidera, investigador principal de ameaças na LevelBlue. Os atacantes começaram a abandonar os tradicionais ataques Business Email Compromise (BEC) — embora estes continuem a ser o método mais comum para aceder a uma organização — para apostarem em manipulação social mais direccionada.

O que são ataques de engenharia social e como funcionam?

Crescimento acentuado dos incidentes

De acordo com o relatório Threat Trends, a LevelBlue (nova designação da antiga AT&T Cybersecurity) indicou que, nos primeiros cinco meses de 2025, a percentagem de clientes que sofreu um incidente subiu de 6%, registado na segunda metade de 2024, para 17% em 2025. Ainda não há dados sobre a gravidade desses incidentes e, por isso, não é possível avaliar com precisão o real impacto deste aumento. No entanto, trata-se de uma subida significativa.

Infiltração mais rápida nas redes

Outro destaque do relatório prende-se com a velocidade com que os atacantes se movimentam nas redes depois de obterem acesso. O tempo médio de propagação lateral — o tempo que um atacante demora a mover-se de um sistema para outro após o acesso inicial — está agora abaixo dos 60 minutos. Em casos extremos, esse movimento acontece em apenas 15 minutos, o que demonstra a eficácia das técnicas modernas de ataque.

O que fazer para se proteger

A LevelBlue prevê que a engenharia social continue a ser o principal método de ataque até ao final de 2025 e durante 2026. Assim, as organizações devem reforçar as suas defesas. A empresa recomenda várias boas práticas:

  • Sensibilizar os colaboradores sobre o risco das CAPTCHA falsas.
  • Reforçar a atenção aos ataques que ocorrem através do navegador.
  • Limitar o uso do PowerShell e da linha de comandos.
  • Criar e aplicar protocolos de verificação, como MFA (autenticação multifactor) e plataformas de gestão de identidade (IAM).
  • Usar MFA para qualquer acesso via VPN.
  • Quando for indispensável usar RDP, implementar uma jump server como camada de proteção.
  • Remover a aplicação Quick Assist do Windows dos terminais.
  • Impedir o download de ferramentas RMM alternativas, pois são usadas com frequência por atacantes.
  • Manter os sistemas actualizados com as últimas correções de segurança.

Será isto suficiente?

Muitas destas medidas fazem parte do que se considera higiene básica de segurança. As organizações que ainda não as adoptaram devem urgentemente rever as suas práticas. Contudo, é legítimo questionar se tais medidas são suficientes para travar o crescimento dos ataques baseados em engenharia social.

O mais importante continua a ser a capacidade dos colaboradores em reconhecer tentativas de manipulação. Isso continua a ser um enorme desafio, sobretudo porque os atacantes inovam constantemente e o leque de técnicas é muito variado.

É essencial reforçar a atenção à engenharia social e a métodos como CAPTCHA falsas e campanhas ClickFix. O relatório da LevelBlue, ao apontar um crescimento de 1450%, revela dois factos: primeiro, que este tipo de ataque era raro anteriormente, e segundo, que recebeu pouca ou nenhuma atenção por parte das organizações. Isso torna esta técnica ainda mais atrativa para os atacantes. Foco e acção, por isso, são medidas indispensáveis.

[Angola] compras online triplicam no primeiro semestre do ano

Com o crescimento dos negócios online, que se têm tornado cada vez mais frequentes, registando grandes avanços em todo o mundo, o número de compras online também tem aumentado, ano após ano, no País. Com o lançamento em 2021 do Gateway de Pagamentos Online (GPO), a nova tendência de consumo cresce de forma ainda mais acentuada.

O número de compras online triplicou no primeiro semestre deste ano, ao registar um crescimento de 186% face ao mesmo período de 2024, quando se registou um total de 4,2 milhões de operações contra os 12,0 milhões deste ano, de acordo com cálculos do Expansão com base em dados da Empresa Interbancária de Serviços (EMIS).

Estas operações, durante os primeiros seis meses do ano, transaccionaram cerca de 64,0 mil milhões Kz, mais 46,0 mil milhões do que no período homólogo, ou seja, um crescimento de 256%. Em termos práticos o valor quadruplicou.

O GPO da rede Multicaixa é uma plataforma disponibilizada pela EMIS que permite o pagamento de produtos e serviços, sem leitura de cartão nos sites ou lojas virtuais de vendas através dos canais digitais (MultiCaixa Express), ou seja, permite a compra e venda de produtos de forma totalmente online. O pagamento pode ser efectuado por todos os cartões emitidos por bancos angolanos.

O surgimento da pandemia da Covid-19 teve um efeito positivo na disseminação deste serviço, que também foi crescendo devido às dificuldades de acesso às Caixas Automáticas, permitindo evitar as longas filas e os enormes constrangimentos que se registam no acesso ao dinheiro físico. Desde a implementação do GPO pela EMIS, o número e o valor das compras online até Junho deste ano são os mais altos já registados. Para se ter uma ideia, o valor registado no I semestre deste ano já é 16% maior do que o valor registado em todo o ano de 2023, enquanto a diferença no número de operações é de 63% a mais.

Além disso, com a entrada em cena do “Código QR”, que permite a realização de pagamento de compras utilizando a aplicação móvel Multicaixa Express (MCX), sem necessidade de usar o cartão multicaixa físico, esta tendência de consumo ganhou ainda mais espaço entre os utilizadores dos serviços da EMIS.

Apesar da rápida evolução que se tem verificado nesta nova tendência de consumo, há ainda um longo caminho pela frente já que as compras online representam apenas 1% do total de compras realizadas na rede multicaixa desde 2020, enquanto o número de operações desta modalidade de comércio equivale a 4% das compras. Desde 2020 já foram realizadas 21,9 milhões de operações e foram transaccionados 132,9 mil milhões Kz em compras online em kwanzas.

Quénia lidera ranking mundial de utilização do ChatGPT

O relatório, divulgado esta semana, assinala uma mudança na forma como a IA está a ser integrada no quotidiano no Quénia e reflete o rápido crescimento do ecossistema tecnológico do país.

O documento mostra que 42,1% dos utilizadores quenianos com 16 anos ou mais utilizaram o ChatGPT no último mês, uma percentagem superior à de qualquer outro país.

O Quénia surge à frente de países tradicionalmente avançados em tecnologia, como os Emirados Árabes Unidos (42%), Israel (41,4%), Malásia (39,8%) e Brasil (39,7%). No fim da tabela estão a Rússia (10,8%), a China (7,3%) e o Japão (5,8%).

O relatório também coloca o Quénia em terceiro lugar a nível mundial no tráfego do site do ChatGPT. O país contribui com 4,81% das visitas globais e está apenas atrás dos Estados Unidos e da Índia.

ChatGPT agora acessa arquivos do Google Drive e Dropbox

Os analistas atribuem a adoção do ChatGPT no Quénia a dois factores principais:

  1. Uma população jovem e familiarizada com tecnologia. Com uma idade média de apenas 20 anos, o Quénia tem uma das populações mais jovens do mundo, muitas das quais exploram ativamente ferramentas de IA para educação, negócios e criação de conteúdos.

  2. Elevada penetração da internet móvel. Mais de 48% da população queniana utiliza regularmente a internet móvel, o que torna ferramentas de IA como o ChatGPT altamente acessíveis, mesmo em regiões semiurbanas e rurais.

O relatório surge apenas alguns dias depois de a OpenAI ter revelado dados impressionantes sobre o volume de interações processadas diariamente pelo ChatGPT. Segundo a empresa, a plataforma recebe mais de 2,5 mil milhões de pedidos a nível global todos os dias.

Embora a OpenAI não tenha especificado como esses pedidos se distribuem por caso de uso, o ChatGPT continua a ser popular para tarefas que vão desde escrita e programação a brainstorming, tutoria e pesquisas casuais.

Inovação e Tecnologia marcaram o encerramento da Feira Internacional de Angola com mais de 80 mil visitantes

A 40.ª edição da Feira Internacional de Angola (FILDA), realizada de 22 a 27 de Julho, encerrou com balanço positivo, registando a presença de mais de 80 mil visitantes e apresentando soluções inovadoras, com destaque para o sector da tecnologia.

Sob o lema “50 anos, consolidando a independência económica e a integração de Angola no Mundo”, a feira voltou a afirmar-se como a maior bolsa de negócios do país, reunindo empresas nacionais e internacionais que apresentaram produtos e serviços diversificados, com forte aposta em recursos digitais e tecnológicos.

No sector da publicidade da FILDA, o criador de conteúdos digitais Nuno Baio, conhecido pela sua forte presença no empreendedorismo, foi escolhido como rosto oficial da feira, reforçando a aposta na modernização da imagem do evento.

Esta edição da FILDA consolidou-se como um marco estratégico na promoção da economia angolana, evidenciando o papel crescente da inovação e da tecnologia na transformação dos negócios.