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Segunda-feira, Junho 23, 2025
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SIC prende grupo chinês por mineração de criptomoedas no Kilamba

O Serviço de Investigação Criminal desmantelou nesta semana um centro clandestino de mineração de criptomoedas, que operava sob disfarce de uma fábrica de blocos no bairro Tanque Seco, município do Kilamba.

Segundo o director do Gabinete de Comunicação Social e Imprensa do SIC, Manuel Halaiwa, no local foram instalados dois Postos de Transformação (PT) de 2.500 kVA cada, alimentado por mais de mil processadores específicos para a mineração de bitcoin.

Pelo que foi revelado, a acção era liderada por cidadãos chineses e funciona há mais de três anos sob a fachada da empresa de construção civil Lizago e do Projecto e Construção Limitada.

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Manuel Halaiwa ressaltou que a acção integra os esforços das autoridades no combate às actividades ilegais de mineração de criptomoedas no país, uma prática que representa uma ameaça ao sector energético e financeiro nacional.
O responsável alerta que a mineração clandestina de criptomoedas tem impacto directo no consumo irregular de electricidade, podendo resultar em prejuízos avultados para o Estado.

Estudo defende apresentação de contas no sector das TIC

A Associação Angolana de Internet (AAI) defende que as empresas do sector das TIC devem divulgar publicamente contas periódicas, à semelhança do que acontece no sector da banca, no sentido de garantir mais transparência ao mercado, uma medida que consta num documento denominado Estratégias para Redução dos Preços dos Serviços de Telecomunicações, que será brevemente entregue ao Governo e aos operadores.

Este nível de transparência deverá permitir ao INACOM (regulador do mercado) e às entidades que compõe o comité de preços regulados uma melhor avaliação dos eventuais ajustes aos preços dos serviços de telecomunicações no mercado nacional, defende a associação.

No País, os preços das telecomunicações são justificados por factores internos e externos, nomeadamente a inflação e a depreciação do Kwanza face ao Euro e ao Dólar, com este último a ter uma influência enorme nas transacções entre participantes do ecossistema das TICs, já que grande parte dos serviços e produtos são importados por falta de uma indústria de tecnologia e de prestação de serviços a nível nacional.

Os preços das telecomunicações estão no regime de preços regulados, justificado pelo facto de as empresas utilizarem recursos públicos como, frequências, planos de numeração, que são entregues às empresas em regime de concessão. O que significa que as alterações de preços devem ser autorizados pelo regulador, que estabelece previamente limites nos preços dos serviços prestados pelos operadores.

O estudo da AAI a que o jornal Expansão teve acesso, refere que a regulação se justifica também pelo facto de, apesar dos incentivos à concorrência, persistir em Angola as características de um mercado monopolizado, “onde o principal operador [Unitel], detido pelo Estado por via da nacionalização, tem uma quota de mercado superior 80%”.

Segundo o diagnóstico sobre o preço dos serviços de telecomunicações, as boas regras de gestão de serviços públicos aconselham uma acção da regulação para evitar a prática de preços muito altos que prejudiquem os consumidores ou para evitar a prática de preços muito baixos (dumping), que possam levar à falência os pequenos operadores e colocar uma forte barreira à entrada de novos concorrentes.

“Há outras medidas que podem contribuir para melhorar a regulação dos preços, como, por exemplo, a criação de um índice económico composto pelas principais componentes com maior impacto nos custos dos operadores, tais com preços dos combustíveis, custo da força de trabalho, e outras componentes que tenham impacto no aumento dos custos”, diz o estudo.

O documento revela que 25% do preço pago pelos consumidores para aceder à Internet serve para cobrir o custo de acesso aos cabos submarinos do Backbone IP Internacional (rede de telecomunicações que interliga várias redes menores permitidos troca de dados). Isso também se deve aos “actuais efeitos da sobrefacturação dos serviços de uma empresa [Angola Cables], quase monopolista, para cobrir um investimento de questionável interesse e valor para o País, que se apresentam nefastos para o sector das TIC e, em última instância, para os angolanos”.

Dona do Facebook vai investir 60 Mil Milhões para expandir Meta AI

Este ano, a Meta planeia investir até 60 mil milhões de euros no desenvolvimento de serviços de IA. Com o foco reforçado na tecnologia, a empresa de Mark Zuckerberg também tem novos planos para o Meta AI, o seu rival do ChatGPT que continua a sua expansão pelo mundo sem passar, no entanto, pela União Europeia devido a questões relacionadas com a privacidade dos dados.

A tecnológica afirma em comunicado que a sua visão passa portornar o Meta AI numa das “experiências de assistente inteligente mais personalizadas de sempre”. Para já, uma das principais apostas centra-se no desenvolvimento de novas funcionalidades que apresentem informação e recomendações ajustadas aos utilizadores.

A Memory Boost, por exemplo, permite que o assistente se lembre de certos pormenores partilhados pelos utilizadores em conversas, recordando a informação para guiar recomendações futuras.

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A funcionalidade começou a ser implementada gradualmente no ano passado e, agora, vai chegar às conversas individuais com o Meta AI no Facebook, Messenger e WhatsApp para iOS e Android nos Estados Unidos e Canadá.

Meta avança que quer levar a personalização do seu assistente no Facebook, Messenger e Instagram ao próximo nível, baseando-se em dados, por exemplo, da atividade do utilizador nas plataformas, de modo a que seja possível responder aos pedidos dos utilizadores com informação que é mais relevante. Tal como a funcionalidade anterior, numa primeira fase, esta opção também estará limitada aos utilizadores nos Estados Unidos e Canadá.

Regulador italiano ordena bloqueio de DeepSeek no país

A Autoridade Italiana para a Proteção de Dados Pessoais ordenou o bloqueio “urgente e com efeitos imediatos” da aplicação chinesa de inteligência artificial DeepSeek, depois de não ter recebido informação solicitada.

Em comunicado citado pela agência noticiosa Efe, o organismo afirmou que o modelo de linguagem foi bloqueado, limitando a utilização dos dados dos utilizadores italianos e tendo iniciado um inquérito sobre o assunto.

A Itália tinha pedido, na quarta-feira, aos proprietários do sistema, a Hangzhou DeepSeek Artificial Intelligence y Beijing DeepSeek Artificial Intelligence, para que explicassem que informação está a ser utilizada para treinar este motor, tendo a resposta sido “totalmente insuficiente“.

A medida de limitação, adotada para proteger os dados dos utilizadores italianos, surge na sequência da comunicação recebida hoje destas empresas e cujo conteúdo foi considerado totalmente insuficiente“, argumenta o regulador.

A autoridade italiana acrescentou que os administradores do DeepSeek não operam em Itália e, como tal, não lhes pode ser aplicada a regulamentação europeia.

A aplicação já apresentava problemas em Itália desde quarta-feira, tendo desaparecido dos catálogos das principais lojas digitais.

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A DeepSeek tinha recebido um prazo de 20 dias para esclarecer certos aspetos do seu funcionamento.

O regulador pretendia perceber “que dados pessoais são recolhidos, de que fontes, para que finalidades qual a base jurídica para o seu tratamento e se são armazenados em servidores localizados na China“.

A autoridade questionava ainda as empresas sobre a forma como o sistema de linguagem era treinado e se os dados pessoais são recolhidos através de ‘web scraping’, “para esclarecer como são informados sobre o processo os utilizadores registados e não registados“.

Na segunda-feira, a aplicação liderou a tabela de descargas na App Store, tanto na China como nos Estados Unidos, batendo o popular ChatGPT.

A ferramenta de código aberto teve um impacto significativo na comunidade internacional de programadores e no setor tecnológico devido à sua eficiência e baixo custo.

Após as notícias, o conglomerado norte-americano de semicondutores Nvidia sofreu uma das piores perdas de capitalização alguma vez registada na praça bolsista nova-iorquina.

Afrimoney e Thunes firmam parceria para expandir remessas internacionais em Angola e África

A carteira digital Afrimoney anunciou uma aliança estratégica com a multinacional Thunes, com o objevtivo os serviços de remessas internacionais em Angola e em toda a África.

Segundo o comunicado enviado a redacção da MenosFios, o acordo entre as partes visa alavancar a rede de pagamentos de clientes que estejam em Angola, como em qualquer parte do continente africano.

Num continente onde as remessas são uma fonte vital de rendimento para milhões de pessoas, esta parceria irá alavancar a avançada rede de pagamentos da Thunes e a ampla base de utilizadores da Afrimoney para facilitar transferências de dinheiro mais rápidas, eficientes e económicas” pode ler-se no comunicado.

O documento ressalta ainda que com a parceria as remessas enviadas do estrangeiro para Angola se tornem mais acessíveis, permitindo que os destinatários recebam fundos em tempo real, diretamente nas suas contas Afrimoney.

Estamos entusiasmados por colaborar com a Thunes, uma empresa com um histórico comprovado em pagamentos internacionais. Esta aliança permitirá que ofereçamos aos nossos clientes serviços de remessas seguros e contínuos, essenciais para as famílias que dependem de fundos enviados do exterior”, disse Kátia Conceição, CEO da Afrimoney.

Já o o director de Rede da Thunes, Aik Boon Tan, afirmou que “receber a Afrimoney na Rede Global Direta da Thunes permite-nos expandir significativamente a nossa presença em África. Ao combinar as nossas capacidades tecnológicas com o conhecimento local da Afrimoney, estamos preparados para oferecer aos membros da nossa Rede proprietária uma velocidade incomparável, maior controlo, visibilidade, protecção e eficiência de custos nas transferências transfronteiriças, possibilitando pagamentos em tempo real para milhões de utilizadores da Afrimoney em Angola,” realçou.

A Africell Mobile Money “Afrimoney” é umas das empresas autorizadas pelo Banco nacional de Angola a emitir moeda electrónica, onde já tem em Luanda a sua primeira Agência de Serviços de Pagamento Afrimoney, para atender aos agentes e utilizadores daquela carteira digital.

Novo Livro Branco das TIC com mesmos objectivos

A nova estratégia global do sector das TIC, plasmada no Livro Branco das Tecnologias de Informação e Comunicação de Angola (LBTIC) para o período 2023-2027, praticamente não sofreu actualizações significativas face à de 2019-2022, visto que os grandes desafios no sector se mantêm, como a forte presença do Estado, as dificuldades na expansão de infraestruturas de banda larga, ou a melhorias dos serviços.

Mas se pouco ou nada mudou nos desafios do sector neste período, o que acaba por justificar as poucas alterações ao documento, a nova ‘bíblia’ das TIC vai agora ‘atacar’ questões mais actuais como a cibersegurança ou a Inteligência Artificial.

O LBTIC 2023-2027, aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 272/24, de 5 Dezembro do ano passado, é uma actualização da versão anterior (2019-2022). O Livro Branco das TIC pode ser considerado como a ‘bíblia do sector’, mostra os princípios que vão guiar o futuro das tecnologias em Angola durante cinco anos.

Entre os grandes desafios está a ausência de infraestruturas de conectividade robusta, a alta concentração do mercado do serviço móvel (dados e voz) e a pouca concorrência neste segmento de mercado, que é de maior abrangência e, por conseguinte, com um impacto enorme no dia-dia dos cidadãos.

Além dos obstáculos macroeconómicos enfrentados, de uma forma geral, pelo País, que limitam a capacidade de as empresas se autofinanciarem para expandir e melhorar os serviços, há também a dificuldade de atrair investidores privados e incapacidade para reter recursos humanos especializados no País.

Estes desafios impedem não só o acesso universal de toda a população angolana aos serviços tecnológicos, mas também uma maior contribuição do sector na economia, o que é um dos grandes objectivos do documento, que está alinhado com o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN 2023-2027).

Este documento estratégico do Governo tem a ambição de, por exemplo, instalar 1.980 quilómetros de cabos de fibra óptica em todo o território e reabilitar 413 km de cabos de fibra óptica, além de instalar pontos de acesso gratuito de Internet em todo o País e expandir a rede de laboratórios de TIC nas escolas.

Em termos de objectivos, uma das principais actualizações prende-se com a estratégia do Governo de atingir, até 2027, uma cobertura de 93% da população nacional no serviço de banda larga móvel (internet e voz), mais 17 pontos percentuais em relação à cobertura actual da tecnologia 3G, em linha com o PDN 2023-2027. Sendo que em relação às metas para a cobertura 4G e 5G, as mais actuais e avançadas redes de conexão móvel sem fios, o PDN aponta para 32% e 21% para 2027, respectivamente.

Já para a Inteligência Artificial (AI), o LBTIC aponta para Plano Estratégico Nacional de IA, sem trazer o posicionamento do Governo quanto a esta tecnologia emergente.

Consultório MenosFios: Saiba tudo sobre a IA DeepSeek

A startup chinesa DeepSeek lançou um modelo de IA capaz de rivalizar com a tecnologia da OpenAI e Google, mas com um orçamento muito inferior. A tecnologia coloca em causa os avultados investimentos no treino da inteligência artificial e o preço dos modelos de negócio.

O DeepSeek se destaca pela qualidade semelhante ao que a OpenAI, Google e Meta têm apresentado ao mundo, no entanto, apresenta uma capacidade para reduzir custos de treino e maior eficiência, o que pode redefinir as verdadeiras regras do jogo da IA.

Tudo indica que o mundo ocidental foi apanhado de surpresa pela capacidade da startup chinesa, levando mesmo as principais gigantes tecnológicas a darem um trambolhão em Wall Street. Pior ficou a Nvidia, que depois do crescimento meteórico, ultrapassando a Apple em valorização, caiu de forma aparatosa, perdendo 600 mil milhões de dólares numa única sessão, ou seja, 17% do seu valor, batendo o recorde da maior queda de sempre de uma empresa dos Estados Unidos, aponta a CNBC.

Esta parece ser a resposta da China, poucos dias depois dos Estados Unidos terem imposto restrições às exportações de chips de inteligência artificial produzidos no país. A Rússia e a China estão numa lista negra restrita, mas a administração de Trump decidiu trancar ainda mais o acesso ao resto do mundo, excetuando um grupo de países que considera aliados estratégicos, onde Portugal e muitos Estados da União Europeia estão de fora.

Por outro lado, o executivo dos Estados Unidos pretende investir 500 mil milhões de dólares na tecnologia. A questão que se coloca agora é se será necessário tanto dinheiro para alcançar a supremacia da IA pelos Estados Unidos.

Afinal quem é a DeepSeek? Quanto custam os modelos de treino? E como veio abalar o mundo tecnológico? No Consultório MenosFios de hoje fique a conhecer melhor a startup chinesa que promete continuar a dar que falar.

Quem é a DeepSeek?

A DeepSeek é uma empresa privada chinesa, fundada apenas em julho de 2023 por Liang Wenfeng, formado na Universidade de Zhejiang, em engenharia eletrónica. Segundo o MIT Technology Review, a sua startup foi incubada na High-Flyer, um fundo hedge (fundos de protecção ou cobertura de risco) que o próprio fundou em 2015.

O objetivo da DeepSeek, à semelhança da OpenAI de Sam Altaman, é construir um modelo AGI (Inteligência artificial Geral), uma forma de IA capaz de igualar e até ultrapassar a inteligência humana em diversas tarefas.

A equipa é composta por jovens recém-formados nas melhores universidades chinesas, fomentando uma cultura de inovação. É apontado que a empresa dá prioridade às habilidades técnicas do que a tradicional experiência de trabalho. Isso garante a união de um grupo composto por indivíduos com muita habilidade, mas igualmente com uma perspetiva refrescante no desenvolvimento de inteligência artificial.

Como é que a DeepSeek contornou as sanções dos Estados Unidos?

Por incrível que pareça, apesar do anúncio do modelo DeepSeek R1 ter afundado a Nvidia em Wall Street, para conseguir obter a capacidade de processamento para treinar o modelo a startup tem como base os chips A100 da Nvidia. Liang Wenfeng terá conseguido assegurar um stock de processadores antes dos Estados Unidos proibirem a Nvidia de exportar os chips para a China em setembro de 2022.

Estima-se que a DeepSeek tenha conseguido juntar 10 mil chips A100, mas o número parece bem superior, cerca de 50 mil, segundo o analista Dylan Patel, fundador da empresa de consultaria de IA, SemiAnalysis.

Como evoluíram os modelos de IA da DeepSeek?

Um dos pontos de destaque do DeepSeek R1, o modelo que tem estado na boca do mundo, é a sua melhor capacidade de aprendizagem e maior eficiência no uso de memória. Mas até aqui chegar, a empresa lançou outros modelos. O primeiro foi o DeepSeek Coder em novembro de 2023, um modelo open source desenhado para programar tarefas. Seguiu-se o modelo DeepSeek LLM com 67 mil milhões de parâmetros, criado para competir com outros modelos de linguagem de grande escala.

Em maio de 2024 foi lançado o DeepSeek-V2, que já tinha sido elogiado pela grande performance e baixo custo. Este modelo gerou mesmo uma agitação da concorrência na China, em que o preço disruptivo enfrentou as gigantes tecnológicas como a ByteDance, Tencent, Baidu e Alibaba, levando-as a baixarem o preço das suas ofertas para se manterem competitivas.

A evolução dos modelos da DeepSeek é palpável, com o DeepSeek-Coder-V2 a conseguir gerar 236 mil milhões de parâmetros. Como explica a Forbes, o modelo foi desenhado para ultrapassar desafios complexos de programação.

Atualmente, a empresa está a desenvolver os seus mais recentes modelos, o DeepSeek-V3 e o DeepSeek-R1. O V3 tem capacidade de 671 mil milhões de parâmetros, sendo apontado como muito eficiente em relação à concorrência e uma grande performance.

Já o DeepSeek-R1, lançado esta semana, assume-se a par com a performance do OpenAI 01. Estes são modelos de “outro campeonato”, os tais que procuram alcançar o AGI: são mais lentos a processar, mas oferecem respostas mais eficientes.

A empresa também tem na sua lista de oferta o DeepSeek-R1 Distill, versões mais ligeiras em open source, mas altamente capazes. A empresa oferece modelos até 32 e 70 mil milhões de parâmetros, referindo que estão a par com o OpenAI 01 mini.

Ao contrário dos métodos tradicionais que se baseiam em afinações supervisionadas, o DeepSeek utiliza a chamada aprendizagem reforçada. Os modelos aprendem através de tentativa e erro, melhorando automaticamente através de recompensas algorítmicas. O modelo aprende através da interação com o seu ambiente, recebendo feedback das suas ações, um pouco semelhante ao processo dos humanos que aprendem através da experiência.

Como aponta a Forbes, este formato permite desenvolver maiores capacidades de raciocínio e adaptar-se a novas situações de forma mais eficiente. Esta técnica aproxima-se da nova abordagem de treino dos modelos  com computação de inferência (inference-time computing), que pode ser a solução para a questão de os dados úteis da internet para treino terem sido esgotados.

Esta nova computação é uma técnica que fatia os pedidos em tarefas mais pequenas, transformando cada uma numa nova prompt para o modelo resolver. Cada passo obriga a um novo pedido, que aqui é conhecido como fase de inferência.

No caso da DeepSeek-R1, é explicado que o modelo ativa apenas uma pequena fração dos seus parâmetros para determinada tarefa, tal como na computação de inference-time. Esta ativação seletiva permite uma redução significativa de custos computacionais, melhorando a sua eficiência.

Concurso da SONANGOL chega ao Zaire e Huambo para impulsionar empreendedorismo digital

O concurso da multinacional angolana SONANGOL que visa impulsionar o empreendedorismo nacional chegou as províncias do Zaire e Huambo, com o objectivo de impulsionar o empreendedorismo local.

Denominado “Sona Jovem 5.0 -Ideias que transformam”, o programa visa munir os jovens de capacidades técnicas, competências comportamentais e liderança, para que estejam preparados para o mercado de trabalho ou ao auto-emprego.

No Huambo, o acto de divulgação do programa decorreu no Centro Cultural Manuel Rui e contou com a participação massiva de jovens empreendedores vindos dos 17 municípios da província.

O coordenador do programa, Edson Pongolola, explicou que o “Sonajovem 5.0” está a ser desenvolvido no âmbito dos festejos dos 50 anos da Independência Nacional e da existência da Sonangol.

O responsável informou que podem candidatar-se ao programa jovens angolanos com iniciativas que estejam viradas para os sectores das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Agro-pecuária, Comunicação, Prestação de Serviços, Energias Renováveis, Minerais, Petróleo, Economia Curricular, entre outras áreas.
Edson Pongolola avançou que as candidaturas podem ser apresentadas a partir do portal www.sonajovem.co.ao, por jovens dos 18 aos 40 anos, incluindo aqueles angolanos que vivem no estrangeiro.
No município do Soyo, o lançamento do programa contou com a presença de representantes das diversas instituições públicas e privadas.
De acordo com o analista do projecto Rodrigo Pereira, a nível nacional já foram efectuadas cerca de oito mil candidaturas, das quais 21 da província do Zaire.
A acção, continuou, compreende cinco fases, nomeadamente a inscrição, triagem, incubação e a selecção final, em que serão escolhidas 50 startups que vão ser acompanhadas pela Sonangol por um período de 12 meses.
O objectivo, adiantou o analista do projecto, é também promover, orientar e educar os jovens para que estejam preparados para dominar as ferramentas de trabalho e o sucesso nos negócios. Rodrigo Pereira avançou que o projecto vai ser implementado em todas as províncias, de acordo com as políticas do Plano de Desenvolvimento Nacional (PND).

Efectivos do CISP de Benguela recebem formação em segurança digital

Mais de 104 efectivos do Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) da província de Benguela receberam recentemente conhecimentos sobre segurança digital, no âmbito do programa de sensibilização digital.

A iniciativa foi da Empresa Interbancária de Serviços, S.A (EMIS) e visou aprimorar as competências dos efectivos em segurança na internet e manuseio de dispositivos móveis e das redes sociais para divulgação de produtos e criação de soluções tecnológicas simples para negócios locais.

A sessão formativa promoveu ainda a integração entre os efectivos, que saíram motivados e aptos para enfrentar os desafios da segurança pública na província.

Segundo Daniel Félix, em representação do Director-Geral provincial do CISP, essa formação frisa a importância da formação contínua para efectivos da corporação.

Enfatizou que a digitalização pode transformar e optimizar os serviços prestados à população.

Frisou ainda que a interacção entre os participantes reflectiu o interesse em aplicar os conhecimentos adquiridos em suas actividades diárias.

O projecto “Cidadão Digital” tem como objectivo expandir o acesso aos serviços digitais para a população angolana e a iniciativa está na sua terceira fase.

OpenAI investiga se chinesa DeepSeek usou modelo da empresa para treinar chatbot

A OpenAI, dona do ChatGPT, está a investigar se a chinesa DeepSeek treinou o seu chatbot com o modelo de inteligência artificial (IA) desenvolvido pela empresa norte-americana, avançou hoje o The Wall Street Journal.

A OpenAI, empresa liderada por Sam Altman, já tinha dito ter registado tentativas de entidades chinesas para extrair grandes volumes de dados das suas ferramentas de IA.

As interrogações recaem sobre o novo chatbot de código aberto DeepSeek R1, que causou um terremoto tecnológico nos últimos dias com uma reação adversa de adversários de tecnologia como a Nvidia, que perdeu 600 mil milhões de dólares (cerca de 575 mil milhões de euros) se capitalização na segunda-feira, a maior queda diária na história de Wall Street.

É de vital importância que trabalhemos em estreita colaboração com o Governo dos EUA para proteger melhor os modelos mais capazes, dos esforços de rivais e concorrentes para tomar a tecnologia dos EUA“, disse a OpenAI em comunicado.

O texto acusa mesmo diretamente as empresas sediadas na China de “tentarem constantemente destilar os modelos das principais empresas de inteligência artificial dos EUA“.

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Este processo, conhecido como destilação, baseia-se na aprendizagem de máquinas, permitindo que modelos de IA menos sofisticados sejam treinados a partir de grandes bases de dados de modelos mais eficientes que tenham sido objeto de grandes na fase de desenvolvimento.

As suspeitas da OpenAI levantam a possibilidade de que o desempenho do novo modelo R1 do DeepSeek, que se destaca por ter sido desenvolvido com um investimento muito menor do que as várias versões do ChatGPT, possa ser menos impressionante do que parece.

O sul-africano David Sacks, czar das criptomoedas e da IA do Presidente norte-americano Donald Trump, afirmou na terça-feira que há “provas consistentes” de que a DeepSeek “destilou” conhecimentos dos modelos da OpenAI.

No entanto, a posição da DeepSeek, há dias, ao explicar o seu sucesso, baseava-se no facto de ter conseguido tirar o máximo proveito de chips menos avançados graças a uma “programação inteligente” com o mais alto desempenho.