O “MITO” da Teleaula em Angola

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Este artigo foi enviado por Eric Martins. Quer partilhar conhecimento com os demais seguidores do MenosFios? Siga os passos.

Neste tempo de pandemia é importante frisar que houve um desacelerar do desenvolvimento macroeconómico em todo mundo. Em termos de produtividade verificou-se essa a particularidade, mas indo mais afundo veremos que os países que tem um índice elevado de literacia tecnologia conseguiram dar sequência (mesmo que a meio gás) ao seu horizonte de objetivos. As companhias que mais sofreram são aquelas que a nível de execução de processos e procedimentos necessitam ate ao mais baixo nível de pessoas in loco.O sector da educação que é uma franja muito sensível no nosso país não ficou de fora onde poucas são as instituições académicas que conseguiram com eficiência realizar aulas, certificações e acompanhamento do corpo estudantil e muitos pais sentiram-se sobrecarregados pelos custos associados, por tentar manter o percurso estudantil recorrendo a aulas privadas. As crianças que vivem em áreas rurais são as que mais vivenciaram tal impacto, devido a já exclusão de integração de políticos e dificuldades vivenciadas neste meio (acesso a energia, internet etc.). Mas como iremos ter eficácia no ensino a distancia com iliteracia tecnológica e défice de equipamentos informáticos end-to-end(professor-alunos) onde o acesso a internet é escasso?

Caso para se dizer que a COVID-19 instaurou aos olhos do governo a notoriedade da 4ª Revolução Industrial, onde este capitulo da pandemia poderá servir de alavancagem e motivação para massificação do e-learning em Angola, projetando o país a uma dimensão em que as TIC´s poderão dar suporte ao sector.

Imaginemos uma zona de difícil acesso onde um nível de significativo de crianças tem de percorrer quilómetros para chegar a instituição de ensino, e há também défice de mobilidade por parte do corpo docente, uma solução visível para este cenário onde podemos ser auxiliados com as ferramentas que as TIC´s podem proporcionar, poderá ser a criação de um ponto de acesso a banda larga (por uma transmissão via  satélite) tal como acontece no projeto liderado pela Avanti no Uganda que vem instalando banda larga alimentada por satélite em escolas rurais africanas com iniciativa chamada iknowledge, habilitando assim a informação e inovação mais perto do perímetro rural impactando deforma magnânima.

Apos retorno o Governo devera criar políticas de acompanhamento ás crianças que não puderam aderir o ensino a distancia, bem como reconhecer que alfabetização digital, o acesso a internet tornou-se uma ferramenta imprescindível para combater as assimetrias na conjuntura educacional, podendo o governo aliciar empresas ligadas as TIC´S a abraçar e contribuir nesta massificação oferecendo por exemplo, isenções aduaneiras ou outro qualquer tipo de incentivo, visto que o custo-benefício para estas empresas poderá não ser vantajoso.

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