5 hackers russos mais famosos da história

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Os hackers são responsáveis por encher o imaginário dos usuários da Internet, uma vez que não faltam histórias sobre eles. Os cibercrimes, ou crimes cometidos na esfera digital, ocorrem por inúmeros motivos, como dinheiro, fama, inveja ou até mesmo puro prazer, tornando algumas pessoas que os cometem conhecidas por conta de suas más ações..

Confira, a seguir, uma lista com 5 dos principais hackers russos da história da Internet:

  1. Murat Urtembaiev Quando um jovem formado pela Universidade Estatal de Moscovo e funcionário da fábrica de automóveis VAZ se viu em péssimas condições financeiras em 1983, ele recorreu aos empregadores por ajuda. A direção da fábrica desencorajou Murat Urtembaiev de procurar outro emprego e prometeu-lhe uma promoção e aumento de salário.No entanto, com o passar do tempo, o jovem percebeu que estava a ser enganado pela administração e resolveu elaborar um plano de vingança: alteraria secretamente o programa usado para operar uma linha de montagem e o infectaria com um vírus; ele então interviria e solucionaria o problema, obtendo o devido reconhecimento dos gestores da fábrica.

    Após a intervenção de Urtembaiev, a fábrica ficou paralisada por três dias. Como essa não era a intenção – apenas planejava causar o problema para eliminá-lo imediatamente -, ele foi até a administração e confessou os planos. Como o código penal soviético na altura não estipulava punição para crimes cibernéticos, Urtembaiev foi acusado de vandalismo e recebeu uma sentença suspensa e uma multa pesada. Também se tornou o primeiro hacker soviético a ser capturado.

  2.  Stepanov, Petrov e Maskakov – os primeiros hackers a serem condenados na Rússia

    Em 2013 e 2014, as casas de apostas on-line britânicas foram alvos de uma extorsão em escala sem precedentes. Em meio a jogos importantes, as empresas receberam e-mails com ameaças. Hackers desconhecidos ameaçaram destruir os seus sites com ataques DDoS – e, assim, interromper fluxos de lucro – a menos que as empresas transferissem dezenas de milhares de dólares para uma conta obscura registrada em um terceiro país. A recusa em cumprir a exigência resultou em enormes perdas financeiras para a empresa.

    A investigação conduzida pela polícia britânica apontou indivíduos localizados na Rússia, e as autoridades do país entraram em contacto com a Polícia russa solicitando assistência. Em pouco tempo, os policiais russos prenderam três indivíduos e os acusaram de crimes cibernéticos. Os culpados – especialistas em tecnologia na casa dos vinte anos, que teriam ganhado cerca de US$ 4 milhões por meio de extorsões – receberam uma sentença que alguns consideraram muito severa: oito anos em uma prisão de alta segurança.

    MAIS: 74% do dinheiro obtido com ransomware vai para hackers com ligações à Rússia

  3. Vladímir Levin – um hacker que teria transformado US$ 100 em US$ 10 milhõesEm 1994, um hacker transferiu de forma fraudulenta mais de US$ 10 milhões das contas do Citibank, com sede nos Estados Unidos, e tentou sacá-los por meio de contas registradas em vários países ao redor do mundo.Quando os cúmplices de Levin que tentaram sacar os fundos foram detidos a pedido do FBI, eles entregaram Vladímir Levin, um funcionário de uma pequena empresa comercial com sede em São Petersburgo chamada AO Saturn. Em 1994, o código penal russo não tinha uma cláusula contra crimes cibernéticos e Levin  – era, tecnicamente, uma pessoa inocente aos olhos das autoridades russas. Também permaneceu imune aos pedidos de extradição das autoridades dos EUA, já que a lei russa proíbe a extradição de cidadãos russos.

    Foi necessário um esforço por parte do banco e das autoridades estrangeiras para atrair Levin para o Reino Unido, onde ele acabou preso e extraditado para os EUA para julgamento.

    Depois que o tribunal dos EUA condenou Levin a quatro anos de prisão, surgiram rumores de que as habilidades técnicas e de informática do russo eram muito inferiores para um criminoso de tal magnitude e elegância técnica. Uma teoria, alimentada por revelações anônimas feitas online, sugere que Levin não foi o cérebro por trás do roubo, mas que apenas comprou o acesso ao sistema bancário por meros US$ 100 de um grupo de hackers da Rússia – que haviam feito a invasão sem intenção de causar danos, mas por mera curiosidade e vontade de explorar vulnerabilidades nos servidores do Citibank. Levin, porém, foi o único a ser punido.

  4. Evguêni Bogatchov – um hacker cuja cabeça chega a valer US$ 3 milhões“Procurado pelo FBI”, lê-se no pôster que retrata um homem de meia-idade com a cabeça raspada e um sorriso sinistro no rosto. Na foto está Evguêni Bogatchov, um cidadão da cidade costeira de Anapa, no sul da Rússia, e um dos hackers mais famosos do mundo.

    A recompensa de US$ 3 milhões oferecida pelo Departamento de Estado dos EUA por informações que levem à prisão ou condenação de Bogatchov são uma prova da posição desse indivíduo entre os cibercriminosos mais procurados do mundo.

    Utilizando os apelidos online de ‘lucky12345’ e ‘slavik’, Bogatchov desenvolveu e utilizou softwares maliciosos tipo Trojan chamados Zeus e GameOver Zeus para supostamente se envolver em uma “ampla empresa de extorsão”, segundo afirmou o FBI.

    Estima-se que as actividades de Bogatchov tenham resultado em perdas financeiras de mais de US$ 100 milhões. Ainda hoje, o escritório do FBI em Pittsburgh recebe regularmente pistas sobre o seu paradeiro, mas nenhuma delas levou à prisão do famoso hacker russo.

  5. Fancy Bear – os hackers por trás do escândalo do Comitê Nacional DemocrataNo auge da corrida para as eleições presidenciais dos EUA em 2016, uma série de e-mails do Comitê Nacional Democrata foi roubada e vazada em um ataque cibernético de audácia sem precedentes. A investigação subsequente conduzida pelo procurador especial Robert Mueller revelou que os hackers por trás do grupo Fancy Bear estavam associados à inteligência militar russa. As autoridades estatais da Rússia, no entanto, negaram veemente a acusação. 

    Seja qual for a sua afiliação, o grupo é conhecido por seus métodos avançados e altamente sofisticados e uma ampla gama de alvos. Ao longo dos anos, diversos governos e organizações não governamentais teriam sido vítimas do Fancy Bear. Os hackers supostamente usam um software malicioso chamado X-Agent, que lhes permite controlar os computadores infectados, capturar imagens, observar as teclas digitadas e roubar senhas.

    Nas palavras de Kurt Baumgartner, pesquisador de segurança da equipe de investigação global da Kaspersky Lab, lutar contra o Fancy Bear é “como jogar xadrez contra alguém e nunca saber quem é o oponente”.

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