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Quinta-feira, Novembro 20, 2025
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Transformação Digital: Governo aposta na IA para melhorar serviços públicos

O Governo angolano está a apostar forte na expansão do uso da Inteligência Artificial (IA) na administração pública, na modernização das infra-estruturas digitais e no reforço da cibersegurança. A informação foi avançada por André Pedro, director-geral do Instituto Nacional de Fomento da Sociedade da Informação (INFOSI), durante a segunda mesa-redonda da VIII Conferência E&M sobre Transformação Digital, realizada nesta quarta-feira, 19, em Luanda.

Ao intervir no painel, André Pedro comparou o crescimento da IA a uma “auto-estrada digital”, onde cada utilizador precisa escolher o “veículo” que melhor se adapta ao seu nível de preparação e às suas necessidades.

O dirigente recordou ainda um caso prático que ilustra o impacto da tecnologia: o processo de reorganização dos domínios nacionais, em 2023, quando o Governo decidiu efectuar um “apagão” geral para assumir o controlo do sector. Segundo explicou, a equipa conseguiu gerir a operação com eficácia graças a soluções de IA capazes de tratar grandes volumes de pedidos.

“Chegámos a receber perto de 6 mil e-mails por dia. A IA estava treinada para identificar questões repetidas, até 50 iguais e responder automaticamente, agilizando todo o atendimento”, disse.

André Pedro sublinhou que, desde 2021, o Executivo tem vindo a posicionar a IA como ferramenta estratégica tanto para o sector público como para as empresas privadas. Como exemplo, destacou o contrato assinado em dezembro de 2023, que deu início ao processo de construção do datacenter governamental de âmbito nacional, cuja entrada em funcionamento está prevista para os próximos meses.

CEO da New Cognito, Sérgio Lopes, alerta que Angola precisa acelerar a aposta na Inteligência Artificial

Decorreu hoje, 19 de Novembro, numa das salas de conferências do Hotel Epic Sana, a 8ª Conferência Economia & Mercado sobre Transformação Digital, que reuniu especialistas, académicos e líderes empresariais para debater o futuro tecnológico do país.

À margem do evento, o portal MenosFios conversou com Sérgio Lopes, CEO da New Cognito , empresa angolana focada em cibersegurança, gestão de dados, IA e transformação digital  e professor convidado da Católica Business School, que fez uma análise profunda sobre o estado actual da Inteligência Artificial (IA) em Angola.

Para Sérgio Lopes, a informação partilhada no painel sobre a IA Telcos e a próxima revolução digital, foi “extremamente relevante”, pois espelha com clareza o nível real de adoção da Inteligência Artificial no setor das telecomunicações.

Segundo o especialista, Angola enfrenta um desafio de grande dimensão, que não deve ser assumido apenas pelo governo ou pelas Telcos, mas sim pela sociedade no seu todo.

“Não podemos ficar de fora deste tsunami. Temos de o surfar, ter uma boa prancha, adotar boas práticas e agir com responsabilidade, sobretudo ao nível da ética, transparência e cumprimento da legislação”, destacou.

O CEO da New Cognito destacou ainda, que o maior obstáculo ainda são as pessoas.

Não basta saber o que é Inteligência Artificial , é preciso formar cidadãos e profissionais capazes de utilizar estas tecnologias de forma consciente e responsável.

Sérgio, embra a importância de conhecer leis como:

Lei de Proteção de Dados

• Lei das Comunicações Eletrónicas

• Proposta de Lei para Regular a Inteligência Artificial

• Normas e frameworks da União Africana, SADC, União Europeia, Estados Unidos e China

Para ele, só com literacia digital sólida será possível criar profissionais capazes de inovar e liderar no continente.

[Angola] Nova lei de Inteligência Artificial prevê multas elevadas e prisão até 12 anos

As infracções à legislação sobre Inteligência Artificial (IA) podem resultar em penas de prisão até 12 anos para quem proceder à implantação ou usar de forma dolosa os sistemas de IA, bem como em multas que podem atingir 750 milhões Kz para pessoas singulares e 1,5 mil milhões Kz para empresas.

As sanções constam na proposta de Lei sobre a IA, colocada em consulta pública desde Setembro deste ano pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS).

No documento, constituem crimes puníveis com penas de prisão de um a 12 anos as acções que violem a privacidade e os direitos fundamentais salvaguardados pela proposta, que promovam discriminação ou incitem ao ódio através de algoritmos, bem como aquelas que causem danos graves à segurança nacional, à ordem pública ou ao processo democrático.

O artigo 76.º da proposta criminaliza ainda a facilitação de crimes contra o Estado, incluindo espionagem, terrorismo ou outros actos que atentem contra a segurança nacional, além dos que comprometam de forma irreparável a integridade das instituições.

A recolha de informações pessoais sem consentimento ou o uso indevido de IA para avaliações privadas é considerada uma transgressão administrativa grave, passível de multa de até 1,5 mil milhões Kz no caso das empresas e 750 milhões Kz para pessoas singulares.

Na prática, supermercados, bancos e outros estabelecimentos comerciais passam a ser obrigados a explicar as razões da recolha de dados dos clientes e a finalidade do seu uso. O cliente, por sua vez, ganha o direito de recusar que os seus dados sejam utilizados para treinar sistemas de IA ou exigir que sejam anonimizados, garantindo a protecção da sua privacidade.

O incumprimento destas disposições pode resultar em contra-ordenações e coimas, conforme previsto na proposta. Esta medida reforça o princípio da transparência e explicabilidade, considerados pilares fundamentais da regulamentação da indústria de IA. Tais princípios impõem aos operadores o dever de fornecer informações claras sobre produtos e serviços baseados em IA, explicando, de forma adequada, o seu funcionamento, propósito e intenção.

Há outras transgressões que são consideradas graves como a falta de registo de IA crítica (aplicadas em áreas como saúde, educação) dentro do prazo legal, ou a não comunicação de incidentes de ciberataques “significativos” às autoridades.

Além das contra-ordenações graves, as empresas podem ser simultaneamente punidas com coima e com sanções acessórias, como a perda dos equipamentos ou sistemas utilizados na prática da contra-ordenação, encerramento do estabelecimento por período de dois anos, assim como privação do direito a subsídio ou benefício outorgado por entidade ou serviço público por período de dois anos e também suspensão de registos, licenças ou quaisquer autorizações dadas nos termos da presente lei e demais legislação complementar, por período de dois anos, conforme o artigo 73.º da proposta.

As autoridades defendem que a iniciativa busca “proteger os cidadãos”, garantir segurança digital e evitar abusos num momento em que o uso da IA cresce rapidamente em vários sectores.

WhatsApp confirma introdução de nomes de utilizador a partir de 2026

O WhatsApp confirmou que vai implementar o sistema de nomes de utilizador a partir de 2026, numa mudança considerada uma das maiores da história da plataforma. A empresa comunicou a novidade aos seus parceiros corporativos.

De acordo com a actualização, os nomes de utilizador vão passar a funcionar lado a lado com os números de telefone, permitindo identificar cada conta de forma única. A funcionalidade está em desenvolvimento há cerca de dois anos e representa uma alteração profunda na estrutura do aplicativo , sem afectar o funcionamento diário dos milhões de utilizadores.

A empresa recomenda que todas as organizações que dependem de números de telefone ajustem os seus sistemas até Junho de 2026, garantindo compatibilidade com o novo modelo.

Com esta mudança, o WhatsApp aproxima-se de plataformas como o Telegram, oferecendo mais flexibilidade e privacidade.

Entre as vantagens destacadas estão:

  • Nomes de utilizador universais, sem depender do país;
  • Privacidade reforçada, pois os utilizadores não terão de partilhar o número de telefone para conversar;
  • Uso opcional do nome de utilizador, sem substituir o número;
  • Empresas mais fáceis de encontrar, através de nomes identificáveis e verificados.

Serviços como Telegram e Signal já utilizam o nome de utilizador como principal identificador, reduzindo a exposição de dados pessoais e facilitando a comunicação, tendência que o WhatsApp passa agora a acompanhar.

Fonte: Tecmundo

Falha na Cloudflare deixa X, OpenAI e outras plataformas fora do ar

Uma falha registada na tarde desta terça-feira (18), na Cloudflare, empresa responsável por parte da infraestrutura que sustenta grande parte da internet, provocou instabilidades em vários serviços online. Entre os afectados estiveram o ChatGPT da OpenAI, o Facebook, a rede social X e outras plataformas que dependem das soluções da empresa.

Num comunicado inicial, a Cloudflare afirmou estar “ciente de um problema que pode estar a afectar vários clientes” e garantiu que a equipa técnica já está a investigar a origem da falha, prometendo actualizações assim que houvesse novas informações.

A empresa é conhecida por fornecer redes de distribuição de conteúdos (CDN), ferramentas de cibersegurança e sistemas que ajudam a manter sites operacionais mesmo em períodos de grande tráfego. Até o Down Detector, site que regista interrupções de serviços online, apresentou falhas durante o incidente.

De acordo com a Cloudflare, os sistemas estão a começar a recuperar gradualmente, embora alguns utilizadores possam ainda enfrentar erros acima do normal enquanto decorrem as acções de mitigação.

Fonte: Euronews

Angola destacada como motor da energia limpa em África

 

A Forvis Mazars Group apresentou, na Cidade do Cabo (África do Sul), o relatório “Powering Africa’s Future”, que analisa as principais tendências energéticas do continente e posiciona Angola como um dos países mais promissores na transição para uma energia mais limpa.

O estudo sublinha que Angola tem feito progressos importantes na diversificação da sua matriz energética, reforçando o investimento em fontes renováveis, ao mesmo tempo que se mantém como um dos maiores produtores de petróleo e gás em África.

Segundo o relatório, o país dispõe de cerca de 9 mil milhões de barris de petróleo em reservas provadas e 11 triliões de pés cúbicos de gás natural. Em 2024, Angola foi o segundo maior produtor de petróleo do continente, representando 18% da produção africana, atrás da Nigéria (22%) e à frente da Argélia (16%). O sector petrolífero continua a ser o principal pilar económico nacional, contribuindo com cerca de 60% do PIB e empregando 36 mil trabalhadores. Entre 2019 e 2024, foram atribuídas 32 concessões petrolíferas, somando mais de 18 mil milhões USD em investimentos.

No domínio da electricidade, o país tem acelerado a transição energética. A barragem de Laúca (2,07 GW) atingiu plena operação em 2023, enquanto Caculo-Cabaça (2,17 GW) está prestes a tornar-se a maior central hidroeléctrica do continente. Actualmente, mais de 70% da energia produzida em Angola é de origem hídrica, colocando o país entre os líderes regionais em energia limpa. A capacidade instalada atingiu 6,3 GW em 2024, com metas de crescimento para 9,64 GW até 2027, no âmbito da estratégia “Angola Energia 2025”, que inclui também projectos solares, eólicos e de biomassa.

Embora países como Nigéria, Argélia e Egipto liderem em volume total de produção e refinação, Angola distingue-se pelo elevado potencial hidroeléctrico e pelos esforços consistentes na transição energética, assumindo um papel estratégico no futuro energético de África.

Para Paulo Moreira, Director-Geral da Forvis Mazars Angola, “num sector em rápida transformação, os nossos clientes procuram clareza e confiança”. O responsável afirma que a missão da empresa é transformar a complexidade regulatória em oportunidades sustentáveis. Acrescenta ainda que “Angola vive um momento de mudança profunda no sector eléctrico e das renováveis, e o país tem todas as condições para se afirmar como líder regional na produção de energia limpa e na captação de investimento sustentável”.

Fonte: Jornal O País

Instagram testa mudanças que limitam o que os seguidores conseguem ver nos perfis

 

O Instagram iniciou testes que podem alterar de forma significativa a forma como os utilizadores acompanham a actividade de outras contas. A plataforma está a ocultar a lista de perfis que cada usuário segue, dificultando assim que terceiros consultem facilmente as suas conexões e interacções.

De acordo com a página Publicitários Criativos, vários utilizadores, em diferentes países, notaram a novidade nos últimos dias. Ao tentar abrir a aba “seguindo” em certos perfis, muitos deparam-se agora com a mensagem:

“Nenhum resultado. Estamos a limitar algumas informações que você pode ver, como seguidores e contas seguidas, para proteger a nossa comunidade.”

Até ao momento, o Instagram ainda não fez um anúncio oficial sobre esta funcionalidade. No entanto, os relatos indicam que o teste está a ser implementado de forma gradual, começando por contas mais pequenas ou por regiões específicas, podendo posteriormente avançar para um lançamento global.

Fonte: Bnews

Startup Wongo expande-se para Cabo Verde: um salto na formação digital inclusiva em África

A startup angolana Wongo, focada em capacitação digital e inclusão tecnológica, anunciou a sua expansão para Cabo Verde, indo de encontro com a sua missão de empoderar África através da inovação. Fundada durante a pandemia para formar registadores de vacinas em zonas remotas de Angola, a Wongo já capacitou mais de 10.000 pessoas, com uma taxa de conclusão de 87%.

Cabo Verde assume agora o papel de centro de desenvolvimento do Virtual Intelligent Development Avatar (VIDA), o avatar de IA criado pela Wongo, acessível em dispositivos de baixa conectividade e suportando mais de 200 línguas e dialetos africanos. O anúncio foi feito pela CEO Rosemere Carina Simões no Web Summit Lisboa 2025, onde a Wongo Cabo Verde assinou um Memorando de Entendimento com a SheTech, representada pela CEO, Ruana Miranda e testemunhado por Milton Cabral (Diretor Geral das Telecomunicações e Economia Digital de Cabo Verde)

Créditos da Foto: Wongo/Rosemere Simões

Esta parceria estratégica foca-se na formação em Inteligência Artificial, Empreendedorismo Digital e Gestão de Projetos, priorizando a inclusão de género: 60% das vagas para mulheres e 40% para homens.

“A Wongo nasceu em Angola com o propósito de capacitar pessoas através da tecnologia. A partir de Cabo Verde, estamos a criar uma nova narrativa de crescimento colaborativo para África e para o mundo”, afirmou Rosemere Simões.

Licenciada pelo INEFOP como o primeiro centro angolano de IA, a Wongo oferece cursos acessíveis como “IA para Empreendedores” e “Empreendedorismo Digital”.

Na nota partilhada pela startup, pode-se verificar que esta expansão reforça o compromisso com a inovação inclusiva, unindo talentos e combatendo desigualdades tecnológicas.

Executivo aprova propostas de leis sobre impostos e startups

A proposta garante isenção de imposto industrial, imposto predial e direitos aduaneiros por três anos, constituindo uma aposta na diversificação e modernização da economia nacional.

O secretário de Estado para a Indústria, Carlos Rodrigues, afirmou que o selo de startup será atribuído a empresas com projectos inovadores, modelo de negócio escalável, menos de cinco anos de existência e volume de negócios abaixo de três milhões e meio de dólares.

[Web Summit 2025] Kilunga apresenta uma plataforma para cobrir toda cadeia de valor no agronegócio

O selo terá validade de cinco anos, renováveis por igual período, estando igualmente previsto um pré-selo de 12 meses para empreendedores que ainda não formalizaram a empresa.

Os investidores terão redução de 75 por cento no imposto sobre aplicação de capitais, medida que visa estimular o financiamento de iniciativas tecnológicas e criativas.

O governante sublinhou que esta proposta introduz pela primeira vez em Angola um quadro regulatório ajustado ao empreendedorismo inovador, alinhado ao Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027.

A Proposta de Lei das Startups segue agora para a Assembleia Nacional com carácter de urgência, reforçando a prioridade atribuída à inovação e à diversificação económica.

Startup Portuguesa “Granter” Vence PITCH do Web Summit 2025

A startup portuguesa Granter sagrou-se vencedora da competição PITCH do Web Summit 2025, em Lisboa (10-13 de Novembro), seleccionada entre 2.725 candidatas e 105 finalistas ao longo de três dias.

Crédito da foto: Ramsey Cardy/Web Summit via Sportsfile

Esta iniciativa, central no programa de startups do evento, oferece visibilidade global, exposição mediática e acesso a investidores, destacando inovações em IA.A Granter desenvolve ferramentas de inteligência artificial para auxiliar empresas na identificação e candidatura a financiamentos públicos.

O produto principal, o AI Grant Consultant, automatiza todo o processo – desde a descoberta de oportunidades até à preparação, submissão e gestão de candidaturas. Funciona como um “funcionário de IA”, aprendendo com projectos passados, objectivos estratégicos e dados financeiros da empresa.

Durante o Summit, lançou o QuickMatch, uma ferramenta gratuita de IA para descoberta instantânea de fundos europeus, versão simplificada para remover barreiras iniciais no labirinto dos subsídios.

África teve ,mais uma vez, uma startup no pódio, com a solução nigeriana VarsityScape (gestão de academias online com IA). O terceiro lugar no pódio ficou com a startup britânica SegmentStream (plataforma de marketing IA para análise de anúncios).

Portugal consegue ter assim duas startups no topo da competição em dois anos consecutivos, mostrando que o investimento no ecossistema digital está a dar fundos.

Adicionalmente, Lisboa conta agora com 17 Unicórnios, ou seja startup privada avaliada em mais de 1 bilhão de dólares, que não está listada em bolsa de valores.