12.6 C
Angola
Segunda-feira, Dezembro 22, 2025
Início Site

TikTok assina acordo para venda da operação nos Estados Unidos

O TikTok assinou um acordo para a venda da sua operação nos Estados Unidos, segundo um documento interno citado pela agência Reuters. A informação foi comunicada aos trabalhadores pelo CEO da ByteDance, empresa chinesa que detém a plataforma, Shou Zi Chew.

De acordo com o memorando, a ByteDance vai ceder mais de 80% do controlo do TikTok nos EUA a um consórcio formado pelas empresas Oracle, Silver Lake e MGX, com sede em Abu Dhabi. As três companhias vão criar uma nova entidade, denominada TikTok USDS Joint Venture LLC, responsável pela gestão da plataforma no mercado norte-americano.

A nova empresa ficará encarregue da protecção dos dados dos utilizadores, da segurança dos algoritmos, do software e da moderação de conteúdos do TikTok nos Estados Unidos. O fecho do acordo está previsto para 22 de Janeiro, enquanto a conclusão total da transacção deverá ocorrer num prazo máximo de 120 dias.

Este acordo surge como uma solução para anos de incerteza em torno do futuro do TikTok nos EUA, iniciados em Agosto de 2020, quando o então Presidente Donald Trump tentou proibir a aplicação no país. Actualmente, a rede social é utilizada por mais de 170 milhões de pessoas em território norte-americano.

Em 2024, uma lei aprovada nos Estados Unidos obrigou a ByteDance a transferir o controlo da operação local para investidores americanos, como condição para a continuidade do serviço. O prazo para a venda terminou na passada terça-feira (16), depois de ter sido adiado por três vezes.

A legislação teve como objectivo prevenir um eventual acesso do governo chinês aos dados de utilizadores americanos, uma preocupação que nunca foi comprovada oficialmente pelas autoridades norte-americanas.

Quanto à estrutura accionista, 50% da TikTok USDS ficará nas mãos de novos investidores, incluindo a Oracle, a Silver Lake e a MGX, com 15% cada. Outros 30,1% pertencerão a afiliadas de investidores actuais da ByteDance, enquanto 19,9% continuarão sob controlo da empresa chinesa.

FONTE:G1

X recorre à Justiça para manter direitos sobre a marca Twitter

A rede social X, controlada por Elon Musk, entrou com uma acção judicial nos Estados Unidos para impedir que a startup Bluebird cancele e registre a marca Twitter, antigo nome da plataforma.

A disputa surgiu após a Bluebird solicitar, no início de dezembro, ao Escritório de Patentes e Marcas dos EUA o cancelamento do registo da marca, alegando que a empresa de Musk teria abandonado oficialmente o nome. A startup também pediu o registo da marca Twitter para lançar uma nova plataforma chamada “twitter.new”.

Em resposta, a X afirma que a marca Twitter continua a pertencer legalmente à empresa, apesar da mudança de nome ocorrida após a aquisição da rede social por US$ 44 mil milhões, em 2022. Na altura, Musk anunciou o fim gradual da identidade visual ligada ao pássaro azul.

O caso agora será analisado pela Justiça norte-americana, podendo definir o futuro do uso da marca Twitter no mercado digital.

Hackers acedem a dados de clientes do Pornhub e ameaçam divulgação

O grupo de hackers ShinyHunters afirmou ter acedido a dados de utilizadores premium do site de conteúdos para adultos Pornhub, ameaçando tornar as informações públicas caso a empresa não pague um resgate em criptomoedas.

Segundo os atacantes, parte da base de dados já foi divulgada como forma de pressão. Até ao momento, dados de 14 utilizadores do serviço premium terão sido partilhados online.

A agência Reuters confirmou a autenticidade das informações com pelo menos três ex-utilizadores afectados, dois no Canadá e um nos Estados Unidos. De acordo com estas fontes, os dados são reais, embora tenham vários anos.

Em declarações à Reuters, o grupo ShinyHunters afirmou estar a exigir o pagamento de um resgate em Bitcoin para impedir a publicação completa dos dados e garantir a sua eliminação definitiva. Os hackers recusaram-se, no entanto, a revelar como conseguiram aceder às informações.

A violação de dados foi inicialmente noticiada pelo portal especializado em cibersegurança BleepingComputer. Até ao momento, o Pornhub não comentou oficialmente o incidente.

O ShinyHunters é um grupo já conhecido no meio da cibercriminalidade, associado a vários ataques de grande impacto nos últimos meses, incluindo o roubo de dados de clientes da Salesforce e de cadeias de retalho de luxo no Reino Unido.

O Pornhub afirma receber mais de 100 milhões de visitas por dia, sendo uma das plataformas digitais mais populares do mundo, o que volta a levantar preocupações sobre segurança digital, protecção de dados e privacidade dos utilizadores.

FONTE: SIC NOTÍCIAS

Angola cria Centro Nacional de Cibersegurança para prevenir e responder a incidentes digitais

O país passa a contar com um Centro Nacional de Cibersegurança, entidade responsável pela prevenção, detecção e resposta a incidentes no espaço digital, bem como pela supervisão dos mecanismos de defesa e resiliência do ciberespaço.

A criação do centro foi autorizada pelo Presidente da República, João Lourenço, através do Decreto Presidencial n.º 263/25, de 10 de Dezembro, que aprova igualmente o respectivo Estatuto Orgânico.

Segundo o diploma, o centro vai reforçar a segurança digital, proteger infra-estruturas e serviços críticos de informação e promover uma cultura de segurança cibernética, alinhada com normas e boas práticas internacionais.

O Centro Nacional de Cibersegurança é um instituto público, dotado de personalidade jurídica e de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, com actuação em todo o território nacional, funcionando sob a superintendência do Titular do Poder Executivo, através do sector das Telecomunicações e Tecnologias de Informação.

A decisão surge num contexto de crescente digitalização da economia e da vida social, que expõe instituições e cidadãos a ameaças cibernéticas cada vez mais complexas. O decreto sublinha que a cibersegurança constitui uma prioridade estratégica e um pilar essencial para a soberania digital.

O centro deverá ainda cooperar com organismos internacionais, representando o país em fóruns e iniciativas ligadas à cibersegurança.

FONTE: GOVERNO DE ANGOLA

Startup angolana cria cantor digital com IA que já ultrapassa 320 mil visualizações

Uma startup angolana está a liderar uma nova tendência no cruzamento entre tecnologia e cultura. Trata-se da Tech By Tech, responsável pela criação de Zézito Digital, um cantor baseado em Inteligência Artificial que já soma mais de 320 mil visualizações no YouTube e 86 mil reproduções no Spotify com o tema “Semba da Cura”.

O artista digital acaba de lançar “Mesa Vazia”, uma música com abordagem mais madura e crítica, que utiliza tecnologia de IA para dar voz a temas sociais como conflitos familiares, falta de diálogo, mercantilização da fé e educação no seio das famílias angolanas.

Zézito Digital integra o projecto Cantores Digitais de Angola, que adopta um modelo híbrido, combinando intérpretes humanos, compositores nacionais, produtores musicais e engenheiros de software. As performances reais são transformadas em personagens digitais com identidade, voz e estética próprias.

O projecto encontra-se registado no SENADIAC, assegurando protecção da propriedade intelectual, e já foi destacado pelo portal internacional Business Insider como um dos primeiros ecossistemas africanos que une IA e criatividade humana.

Apesar de ser um artista digital, Zézito Digital também actua ao vivo, com formatos que vão do playback a espectáculos imersivos com projecções digitais. A agenda de actuações para 2025 encontra-se aberta.

A Tech By Tech é uma startup angolana especializada em soluções de Inteligência Artificial para música, cultura e produção digital, contando actualmente com mais de 200 agentes digitais publicados na OpenAI Store.

Passaporte electrónico começa a ser emitido em Angola nos próximos dias

A emissão do passaporte electrónico em Angola deverá arrancar nos próximos dias, com uma capacidade prevista de até 60 documentos por hora, no âmbito do processo de modernização e digitalização dos serviços migratórios do País.

A informação foi avançada pelo Ministério do Interior (MININT), através do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), durante a apresentação oficial do novo documento de viagem, realizada esta terça-feira, dia 16, na sede do MININT, em Luanda.

Durante a cerimónia, foram apresentadas as etapas de implementação do passaporte electrónico, as principais diferenças face ao modelo anterior, o seu alcance e reconhecimento internacional, bem como a capacidade técnico-operacional dos equipamentos envolvidos no processo de emissão.

O passaporte electrónico angolano passa a contar com quatro modelos: o ordinário, com 40 páginas; o ordinário de 48 páginas; o diplomático, igualmente com 48 páginas; e o passaporte para estrangeiros, com 12 páginas. O título de viagem para refugiados terá 32 páginas.

Para o SME, a introdução do passaporte electrónico representa um marco importante para o Estado angolano, ao reforçar a segurança documental, alinhar Angola com os normativos internacionais de identificação e controlo migratório e facilitar a mobilidade dos cidadãos no espaço internacional.

Relativamente ao início da emissão, o MININT e o SME não avançaram uma data concreta, mas garantem que o processo terá início já nos próximos dias.

Com vista ao aumento da eficiência e da capacidade de resposta dos serviços, foram construídos dois centros de emissão do passaporte electrónico, localizados nas províncias de Luanda e do Huambo, concebidos para garantir maior cobertura, celeridade no atendimento e descongestionamento dos serviços migratórios.

FONTE: NOVO JORNAL

IndabaX Angola consolida a presença de Angola no ecossistema africano da Inteligência Artificial

O Deep Learning Indaba Angola (IndabaX Angola) realizou-se no dia 11 de Dezembro, nas instalações da Universidade Católica de Angola (UCAN), reunindo estudantes, investigadores, docentes e profissionais do sector tecnológico, num evento marcado por forte presença institucional e liderança académica consistente.

Mais do que um simples encontro, o IndabaX Angola representou um momento estratégico de construção efectiva de capacidades locais, promovendo o desenvolvimento da investigação científica e a valorização do talento jovem angolano na área da Inteligência Artificial (IA).

Durante o evento, ficou evidente que Angola está a assumir, de forma estruturada e responsável, o seu lugar no ecossistema africano e internacional de IA, apostando numa visão de longo prazo baseada no conhecimento, na academia e na inovação tecnológica.

O IndabaX Angola integra um movimento continental presente em mais de 35 países africanos, cujo objectivo é aproximar a academia dos jovens investigadores, criando um espaço para a apresentação de projectos científicos e soluções tecnológicas no domínio da Inteligência Artificial e do Deep Learning.

A iniciativa surge em alinhamento directo com o Deep Learning Indaba, reconhecido como o maior movimento africano de capacitação em Inteligência Artificial. Esta ligação representa um marco importante para Angola, que passa a integrar, de forma formal e estratégica, uma rede internacional dedicada à promoção do talento, da investigação e da inovação tecnológica em todo o continente africano.

[Angola] Angosat 2 ganha novo hub esta terça-feira

O “HUB” do satélite de telecomunicações angolano está localizado no Centro de Controlo e Missão de Satélite (MCC), instituição sob tutela do GGPEN, na Funda.

O novo espaço reforça o compromisso do Estado com a democratização do acesso às telecomunicações e a expansão da conectividade em Angola, através do satélite ANGOSAT-2.

Esta infr-aestrutura permitirá que qualquer “startup” ou operador de telecomunicações aceda, de forma simples e directa, às capacidades do ANGOSAT-2 promovendo modelos de negócios baseados em terminais VSAT para conectividade remota.

ANGOSAT-2 marca nova etapa no desenvolvimento tecnológico de Angola

O “HUB” integra-se ainda no fortalecimento do Programa Conecta Angola – Social e Comercial, que disponibiliza 31 pontos de conectividade e já beneficiou mais de 366 mil cidadãos, muitos deles em zonas onde nunca existiu rede.

Com o novo “HUB”, o Estado passa, igualmente, a oferecer uma plataforma moderna que permite ampliar serviços, criar novos postos de trabalho, impulsionar a economia digital e garantir o acesso para todos.

Este lançamento serve para apresentar ao país uma infra-estrutura estratégica para democratizar o acesso à conectividade, facilitar o crescimento do ecossistema de startups e fortalecer as telecomunicações, a inovação e a economia digital.

O evento marca também o lançamento do portal Conecta Angola Comercial que permitirá às empresas solicitar kits, serviços e capacidades do ANGOSAT-2 de forma integrada e transparente.

A meta ainda é que essas empresas actuem como parceiras do Executivo na missão de diminuir a info-exclusão levando serviços de internet às zonas recônditas do país.

Starlink chega a São Tomé e Príncipe e amplia a conectividade digital no arquipélago

A Starlink confirmou ontem a activação do serviço através de anúncios coordenados na rede social X. A iniciativa prepara o terreno para a compra, instalação e integração imediata do sistema na nação insular situada ao largo da costa da África Central.

Com esta medida, São Tomé e Príncipe passa a integrar a lista crescente de países africanos que ganham acesso ao sistema de internet por satélite de órbita baixa da SpaceX.

Elon Musk, CEO da SpaceX e empresário responsável pela Tesla e pela X, amplificou a notícia ontem na sua plataforma social. Ao partilhar o mapa actualizado da cobertura da Starlink em África.

“A internet de alta velocidade e baixa latência da Starlink está agora disponível em São Tomé e Príncipe”. A publicação registou mais de 1,5 milhões de interacções poucas horas após a sua divulgação.

Zâmbia investe em Starlink para expandir internet nas áreas rurais

Ben MacWilliams, representante da Starlink na SpaceX, reforçou no LinkedIn o impacto do momento para a nação insular. “A Starlink está agora disponível em São Tomé e Príncipe, o nosso 26.º mercado em África”, afirmou.

A declaração de MacWilliams sublinhou o impulso acelerado do serviço em todo o continente, à medida que a Starlink se aprofunda em mercados carentes.

A activação segue a expansão metódica da Starlink em África nos últimos 12 meses. Durante este período, o fornecedor global de Internet por satélite obteve aprovações regulamentares e iniciou operações na Somália, Chade, Lesoto, Guiné-Bissau e República do Congo.

Com mais de 20 mercados africanos agora activados, a empresa continua a avançar, apesar de enfrentar obstáculos de licenciamento em vários países importantes. Para São Tomé e Príncipe, uma nação há muito limitada pelo seu afastamento e infra-estrutura terrestre limitada, a chegada da Starlink introduz uma nova era.

O pequeno país com uma população de apenas 240 000 pessoas tem historicamente dependido de cabos submarinos e redes terrestres irregulares, com investimento limitado em actualizações da infra-estrutura principal.

Embora os custos de hardware da Starlink continuem elevados para muitas famílias, espera-se que o serviço atraia departamentos governamentais, operadores turísticos, bancos e famílias de rendimentos mais elevados, à semelhança dos padrões de adoção observados noutros locais de África.

Para uma nação que enfrenta tanto o isolamento geográfico como uma lacuna no acesso digital, a entrada da Starlink representa uma oportunidade rara de acesso directo a banda larga de alta velocidade, sem ter de esperar por novos cabos ou torres.

Cabo submarino 2África reforça a soberania tecnológica e a conectividade do país

Mário Oliveira considerou que o 2África constitui uma das maiores redes de cabo submarino do mundo, que circunda o continente africano com os pontos cardeais costa, ocidental e oriental, e que conecta África, Europa e Ásia, passando por mais de 33 países.

“Estamos a presenciar a entrada em funcionamento de uma grande infra estrutura, que com certeza vai contribuir para o desenvolvimento do nosso país, no domínio da digitalização da nossa sociedade, da nossa economia e para a transformação digital de Angola”.

O ministro apontou que a presença do cabo submarino em Angola garante conquistas à Unitel como operadora nacional, para o sector das Tecnologias de Informação e Comunicação, o que vai contribuir para o alargamento da malha em terra, garantir maior conectividade e Internet de qualidade para os cidadãos.

O governante disse que a infra estrutura vai também contribuir para o aumento de plataformas digitais em cada espaço onde existirem angolanos, independentemente da localização geográfica.Espera se que com o cabo submarino 2África os serviços da Banca, Saúde, Educação, Agricultura cheguem aos cidadãos com a qualidade requerida, através da tecnologia, que contribui para o desenvolvimento da intelectualidade humana.

O ministro Mário Oliveira felicitou a Unitel por ter abraçado o projecto em nome de Angola, tendo considerado que o sector surge, actualmente, como base para o desenvolvimento, pelo facto de as tecnologias e a Comunicação Social facilitarem a conectividade de serviços, formação e informação dos cidadãos.

Para o presidente do Conselho de Administração da Unitel, Aguinaldo Jaime, a estação de aterragem do cabo submarino comporta elevados padrões internacionais de modernidade, garantindo que a sua implementação trará benefícios ao país em termos de maior capacidade e eficiência na transmissão de dados.

A infra estrutura permite que o país dê um salto estrutural na transformação digital, como o aumento significativo da capacidade internacional da banda larga, maior velocidade e estabilidade para os serviços fixos e móveis.

“Estamos a presenciar a entrada em funcionamento de uma infra estrutura que vai contribuir para o rápido desenvolvimento do país”.

Para Aguinaldo Jaime, o 2África é um dos mais relevantes projectos de infra estrutura digital da última década a nível mundial, por se tratar de um cabo submarino de nova geração, com capacidade projectada superior a 180 Tbps, utilizando a mais recente tecnologia de transmissão de dados.

Segundo o PCA da Unitel, representa muito mais do que a activação de uma nova infra estrutura tecnológica, mas uma visão, ambição e compromisso para o desenvolvimento social e económico do país.

Para Angola, avançou, foram adicionadas 2,3 Tbps por segundo, capacidade que permite ao país responder às necessidades tecnológicas da próxima década, com maior segurança, modernidade e escalabilidade.

“Esta acção faz parte das prioridades assumidas pelo Executivo angolano, no período 2023 2027, alinhadas com a Angola 2050, no âmbito da inclusão digital no país”, disse.