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Sábado, Dezembro 20, 2025
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Movicel afunda no mercado e perde 2 milhões de clientes em seis anos

A Movicel perdeu quase 2 milhões de subscritores de telefonia móvel desde 2018, altura em que detinha mais de 18% dos cartões SIM activos em Angola, com cerca de 2,4 milhões de subscrições.

Em seis anos, a operadora detida maioritariamente pelo Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) viu 79% dos seus subscritores abandonarem os serviços, ficando actualmente com apenas 520.959 cartões activos, em contra-ciclo com o crescimento do mercado das comunicações móveis em Angola.

A maior perda de utilizadores foi em 2019-2021, altura que a operadora perdeu 1,2 milhões de subscritores de rede móvel celular entre o final de 2019 e o 1.º trimestre de 2021, uma queda de 45% face a 2018.

A desistência dos serviços daquela que foi a segunda maior operadora do mercado provada pela baixa qualidade dos serviços de voz e internet, inflacionamento de preços, má gestão financeira e a crise económica também já empurraram os desistentes para portabilidade, isto é, já que empurraram os subscritores a optar por outra operadora. Neste período, o aumento generalizado dos preços, em Setembro de 2020, foi considerada a “gota de água” para a “tempestade perfeita” que levou à debandada de muitos utilizadores actuais.

Nos últimos seis anos, a intensa “luta” por quota de mercado, além de ameaçar a liderança da Unitel, levou inclusive à entrada pública de dados de infraestruturas roubadas da Angola Telecom, que estava tecnicamente desactualizada. Com a entrada da Africell, em 2022, a operadora que nasceu da Angola Telecom ainda foi mais penalizada.

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Hoje, o mercado tem 26 milhões de utilizadores de rede móvel – só desde que a Africell entrou no mercado, o número de subscritores em todo o País subiu 10,7 milhões – e espera-se que crescido em 2024, esse crescimento decresceu a um ritmo inferior do que aquele que foi verificado nos últimos anos.

A Unitel lidera com 73% das subscrições (mais de 19 milhões), seguida da operadora de origem norte-americana Africell com origem no Líbano, a deter 25% (6,5 milhões) e a Movicel tem somente 2% do mercado, com 521 mil subscrições, conforme os dados de 2024 do Instituto Angolano das Comunicações (INACOM).

Com os seus poucos mais de 521 mil clientes, a operadora nesta altura vive uma decadência (quase) total de serviços com encerramento de várias lojas, atrasos salariais e dificuldades em pagar fornecedores, que consequentemente resultam na dificuldade de fazer e receber chamadas de voz na rede, conforme reclamação de vários clientes, que apenas usam os cartões SIM para os serviços de dados. Também se queixam do fraco serviço de apoio ao cliente.

Nos dados também caiu

Aquela que já foi considerada a melhor operadora de internet móvel no País, com tarifários mais acessíveis, viu também os seus subscritores de dados caírem quase pela metade nos últimos 6 anos para 350.251, calculou Expansão com base nos dados de 2024 do INACOM. A queda foi maior entre 2023 e 2024.

Actualmente, a Movicel tem apenas 3% da quota do mercado, ou seja, por cada 100 subscritores de dados tem apenas 3, a Unitel tem 60 e a Africell tem 37, num universo de mais de 12,6 milhões de utilizadores da rede de dados em 2024.

Como as organizações podem sobreviver à era da agressão cibernética

Em plena era da interconectividade, o conflito entre nações deixou de se limitar aos campos de batalha físicos. Segundo a Palo Alto Networks, o mundo está hoje mergulhado numa verdadeira guerra fria cibernética — uma confrontação invisível, mas permanente, onde Estados-nação recorrem a ataques digitais com o objetivo de desestabilizar economias, sabotar infraestruturas e conquistar vantagens geoestratégicas.

A diferença em relação ao passado assenta entre a dissuasão nuclear, que outrora mantinha o equilíbrio de forças, e hoje vivermos sob uma ameaça contínua, de baixa visibilidade, mas com um impacto crescente. Os ataques já não se limitam à obtenção de inteligência: são pensados para provocar disrupções concretas em setores vitais.

A nova face do conflito digital

Os protagonistas deste conflito são bem conhecidos — China, Rússia, Irão e Coreia do Norte continuam a liderar a lista de agentes com capacidades cibernéticas avançadas. No entanto, a forma como atuam tem evoluído. A Palo Alto Networks documenta, por exemplo, operações de grupos ligados à Coreia do Norte que se fazem passar por recrutadores de empresas tecnológicas. Após simular processos de recrutamento credíveis, induzem candidatos a instalar malware disfarçado de ferramentas de desenvolvimento.

Saiba o que é o Threat Intelligence (Inteligência de Ameaças)

Mais preocupante ainda é a crescente aliança entre Estados e grupos cibercriminosos. Esta colaboração encoberta, baseada na partilha de técnicas, recursos e plataformas, torna extremamente difícil identificar os autores dos ataques e responder eficazmente. O resultado é um campo de batalha digital cada vez mais opaco e sofisticado.

Todas as organizações estão na linha de fogo

Contrariamente à perceção comum, o risco não está limitado a empresas com ativos estratégicos. O que está verdadeiramente em causa é a superfície de ataque — e esta cresce todos os dias. A transformação digital, o trabalho remoto, a migração para a cloud e a proliferação de dispositivos IoT expõem todas as organizações, independentemente da sua dimensão ou setor.

Hoje, um simples portátil ou até um termostato inteligente pode ser o ponto de entrada para um ataque de largo alcance. E com o recurso crescente à inteligência artificial, os cibercriminosos estão a criar campanhas de phishing quase indistinguíveis da comunicação legítima, pondo à prova até os colaboradores mais atentos.

Prepare-se para o inevitável: cinco medidas concretas

Face a este cenário, a Palo Alto Networks e a sua unidade de inteligência, Unit 42, destacam cinco estratégias fundamentais para as organizações enfrentarem a realidade de um mundo digital em conflito:

  1. Integrar o risco geopolítico na continuidade do negócio: Organizações que operam além-fronteiras precisam de antecipar ameaças transnacionais e adaptar-se às exigências regulatórias que delas decorrem.
  2. Adotar uma segurança baseada em identidade e IA: A defesa tradicional perimetral já não é suficiente. É crucial identificar comportamentos anómalos desde a origem, recorrendo a plataformas com inteligência artificial.
  3. Investir numa abordagem de segurança cloud global: Os criminosos não respeitam fronteiras técnicas ou legais. Qualquer falha, por menor que seja, será explorada.
  4. Transformar a inteligência de ameaças em ação: Informação por si só não basta. É necessário traduzi-la em decisões operacionais e estratégicas, desde os centros de operações de segurança aos conselhos de administração.
  5. Redefinir o papel dos líderes tecnológicos: O CIO e o CISO já não são apenas técnicos. São estrategas de resiliência organizacional, responsáveis por preparar a empresa para o risco sistémico de origem cibernética.

A cibersegurança deixou de ser um tema exclusivamente técnico. É uma questão de sobrevivência organizacional, de estabilidade económica e até de segurança nacional.

A guerra cibernética não se anuncia. Já começou. E ignorá-la é, em si, uma vulnerabilidade.

NBA aposta na Inteligência Artificial para prevenir lesões nos jogadores

A NBA está a dar mais um passo significativo na intersecção entre desporto e tecnologia: o uso de Inteligência Artificial (IA) para prevenir lesões nos jogadores, com destaque para os preocupantes casos de lesões no tendão de Aquiles, que têm afectado várias estrelas da liga nos últimos anos.

As lesões graves, especialmente no tendão de Aquiles, tornaram-se um tema recorrente na NBA, ao afastar os atletas das quadras por longos períodos e compromete, em muitos casos, o seu rendimento após o regresso. A decisão surge num contexto em que as lesões voltaram a ser protagonistas nos Playoffs da NBA de 2025, com nomes como Damian Lillard, Jayson Tatum e Tyrese Haliburton afastados das suas equipas em momentos cruciais.

Diante disso, a liga decidiu actuar de forma preventiva, investindo em soluções tecnológicas com base em IA que permitem antecipar sinais de alerta antes que o problema se manifeste fisicamente.

Como funciona a tecnologia?
A NBA, em colaboração com empresas especializadas em análise biométrica e inteligência artificial, está a implementar um sistema que recolhe e processa dados detalhados dos jogadores durante os treinos e jogos. Entre os dados recolhidos estão:
– Padrões de corrida e movimento;
– Distribuição de esforço muscular;
– Frequência de impulsão e impacto nas articulações;
– Dados cardíacos e respiratórios em tempo real.

A IA analisa esses parâmetros e identifica padrões irregulares ou anomalias que podem indicar sobrecarga ou risco iminente de lesão. Assim, as equipas técnicas e médicas podem agir rapidamente, ajustando o plano de treinos, dando repouso ao jogador ou reforçando a preparação física numa zona específica do corpo.

Segundo o comissário da NBA, Adam Silver, “a tecnologia vai permitir-nos proteger os atletas e prolongar as suas carreiras.” A aplicação inicial da IA está focada justamente na prevenção de lesões no tendão de Aquiles, devido à gravidade e à recorrência entre jogadores de elite.

Exemplos recentes, como o caso de Klay Thompson, mostraram como esse tipo de lesão pode alterar o percurso de uma carreira, mesmo com recuperação.

Impacto desportivo e financeiro
O objectivo da NBA não é apenas preservar a saúde dos atletas, mas também minimizar o impacto desportivo e financeiro das lesões. Um jogador lesionado representa um risco para os resultados da equipa, para o retorno dos patrocinadores e para o espectáculo geral da liga.

Com a utilização da IA, espera-se que haja uma redução significativa nas lesões de longa duração e, por consequência, um aumento da competitividade e do nível técnico da NBA ao longo da temporada.

Esta aposta coloca a NBA como pioneira na adopção da IA no desporto de alta competição, num caminho que outras ligas deverão seguir. A tecnologia não substitui o olhar clínico dos profissionais de saúde, mas oferece um suporte de dados objectivo e detalhado para decisões mais acertadas.

A integração da IA na prevenção de lesões é mais uma prova de que o futuro do desporto será cada vez mais orientado por dados, e a NBA continua na vanguarda desta transformação.

Saiba o que é o Threat Intelligence (Inteligência de Ameaças)

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Na área da cibersegurança e proteção de dados, são vários os conceitos que não são muito conhecidos da sociedade em geral. Já ouviu falar em Threat Intelligence (Inteligência de Ameaças)?

Threat Intelligence, ou inteligência de ameaças, envolve a colecta, análise e utilização de informações sobre potenciais riscos de segurança cibernética. Este processo nos permite não apenas identificar as ameaças, mas também entender as suas origens, métodos operacionais e alvos prováveis. Ao transformar dados brutos em insights práticos, conseguimos antecipar comportamentos maliciosos e implementar medidas de defesa proactivas.

Num contexto onde as ciberameaças crescem diariamente em volume e sofisticação, as organizações precisam de mais do que ferramentas de segurança tradicionais para se protegerem. É aqui que surge a Threat Intelligence ou Inteligência de Ameaças, uma prática essencial para qualquer estratégia de cibersegurança moderna.

Metade das empresas paga resgate após ataques de ransomware

A importância da Threat Intelligence se reflete na nossa capacidade de proteger dados críticos e sistemas de informação contra ataques cibernéticos. As empresas enfrentam ameaças de várias formas, como malware, phishing e roubo de dados. A inteligência de ameaças fornece uma camada extra de proteção, permite responder rapidamente a incidentes.

Para que serve o Threat Intelligence?

  • Fornece contexto sobre atacantes, motivações, métodos e alvos.
  • Permite à organização tomar decisões informadas sobre segurança.
  • Ajuda a antecipar ataques antes que causem impacto.

Quando se fala em Threat Intelligence, incluem-se:

  • Indicadores de Comprometimento (IoCs) – IPs, domínios, hashes de malware.
  • Táticas, Técnicas e Procedimentos (TTPs) – como os atacantes operam.
  • Análise de ameaças – quem está a atacar, porquê, e com que objectivo.
  • Medidas de mitigação – como proteger a organização.

Quais são os tipos de Threat Intelligence?

Tipo Descrição Utilizadores
Estratégica Informação de alto nível sobre tendências de ameaças e motivações. Direção, CISO, gestão de risco.
Tática Detalhes sobre TTPs usados por atacantes. Equipas de SOC, Blue Team.
Técnica Indicadores técnicos (IoCs) como IPs, domínios ou hashes. Analistas de segurança, engenheiros de redes.
Operacional Informação sobre ataques em curso ou planeados. Equipas de resposta a incidentes.

Para uma implementação eficaz, devemos integrar a inteligência de ameaças com os sistemas de segurança já em uso, como firewalls, sistemas de detecção de intrusão e soluções SIEM. Esta integração permite que os dados de ameaça sejam aplicados em tempo real, com objectivo de melhorar a nossa capacidade de resposta a incidentes.

Microsoft remove acesso ao kernel do software de segurança

A Microsoft está a preparar uma mudança radical no Windows que irá alterar fundamentalmente a forma como o antivírus e a segurança dos terminais funcionam.

É o que relata o The Verge. O gatilho é o incidente global do ano passado, em que uma actualização defeituosa do CrowdStrike levou a que mais de 8,5 milhões de máquinas Windows se avariassem. Para mitigar esses riscos, a Microsoft quer que o software de segurança deixe de ser executado ao nível do kernel.

Juntamente com empresas de segurança como a CrowdStrike, Bitdefender, ESET e Trend Micro, a Microsoft está a trabalhar numa nova plataforma de segurança. Esta colaboração é surpreendente, tendo em conta que são concorrentes diretos. No entanto, os parceiros estão a dar um grande contributo para a conceção e os requisitos técnicos.

Microsoft transforma o Bloco de Notas com novas funções

De acordo com David Weston, responsável pela segurança dos sistemas operativos na Microsoft, trata-se de um esforço de colaboração em que a Microsoft não está a impor as regras do jogo, mas a desenvolver as novas normas em conjunto com a indústria.

A Microsoft quer atenuar os riscos

Tradicionalmente, o software antivírus e de deteção tem tido um acesso profundo ao kernel, o coração do sistema operativo que tem acesso direto ao hardware e à memória. Este facto torna o software poderoso, mas também vulnerável. As consequências de um erro são muitas vezes graves, como demonstrou o incidente do ano passado. A Microsoft pretende reduzir este risco e manter este software fora do kernel a partir de agora.

As alterações serão primeiro testadas numa pré-visualização privada, na qual as empresas de segurança podem dar feedback. O processo será incremental: o software antivírus e de deteção de pontos finais será o primeiro. Outras aplicações, como os sistemas anti-cheat para jogos, seguir-se-ão mais tarde. Trata-se de um desafio especial na indústria dos jogos, onde os utilizadores tentam frequentemente contornar a segurança.

A Microsoft está a assistir a uma procura crescente destas alterações, especialmente por parte dos clientes afectados pelo incidente CrowdStrike. Ao mesmo tempo, a empresa está a introduzir uma nova opção de recuperação numa próxima actualização do Windows: Quick Machine Recovery. Isso deve fazer com que os sistemas que param de inicializar voltem a funcionar rapidamente por meio do ambiente de recuperação do Windows.

Por fim, o icónico ecrã azul de bloqueio está a desaparecer. A Microsoft está a substituir definitivamente o conhecido “Ecrã Azul da Morte” por um ecrã preto, como parte de inovações mais amplas na plataforma.

Ciberataque expõe dados da maioria dos cidadãos paraguaios

As informações pessoais de cerca de 7,4 milhões de cidadãos paraguaios foram comprometidas e colocadas à venda na dark web, na sequência de um ciberataque que terá tido origem na infeção por malware do dispositivo de um funcionário público.

O incidente, que afectou diversos organismos governamentais, foi revelado por duas empresas de cibersegurança que analisaram os dados e traçaram a origem do ataque.

A empresa norte-americana Resecurity foi a primeira a alertar para a publicação dos dados, que terão sido disponibilizados online a 13 de junho, depois de o governo do Paraguai se ter recusado a pagar um resgate exigido pelos atacantes. Segundo os investigadores, os cibercriminosos pediam 7,4 milhões de dólares em troca da não divulgação da informação.

As informações roubadas terão tido origem, pelo menos, em duas entidades estatais: a Agência de Trânsito Nacional e Segurança Rodoviária e o Ministério da Saúde Pública e Bem-Estar Social. De acordo com os peritos da Resecurity, os atacantes conseguiram manter acesso prolongado aos sistemas governamentais, provavelmente através da infeção de um ou mais funcionários de IT com malware do tipo infostealer.

A Hudson Rock, outra empresa especializada em segurança digital, confirmou esta hipótese e indicou que a violação poderá estar relacionada com a infeção de um funcionário com acesso privilegiado ao domínio do Ministério da Saúde. As credenciais deste colaborador terão sido recolhidas em abril de 2023 pelo Redline Infostealer.

Munida destas credenciais roubadas, a Brigada Cyber PMC obteve acesso não autorizado a sistemas críticos, permitindo-lhes desviar o enorme conjunto de dados”, explicaram os investigadores da Hudson Rock. “As credenciais comprometidas proporcionaram uma porta traseira para a infraestrutura do governo do Paraguai, destacando o potencial devastador dos infostealers quando se infiltram em contas com elevados privilégios”.

O Redline Infostealer já tinha estado sob escrutínio internacional. Em outubro, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou o cidadão russo Maxim Rudometov por envolvimento no desenvolvimento e operação deste malware.

A Hudson Rock alertou ainda para a crescente utilização de infostealers em ataques direcionados a sectores críticos na América Latina, nomeadamente a administração pública e a saúde. O Paraguai, sublinham os especialistas, tornou-se um alvo particularmente atrativo devido ao ritmo acelerado de digitalização dos serviços estatais e à sua crescente importância geopolítica na região.

Grupo Paratus impulsiona a inclusão digital nas escolas africanas

A Paratus, um fornecedor de serviços de telecomunicações em África, lançou o EduLink, uma solução de conectividade destinada a fornecer acesso à Internet a escolas em locais remotos e mal servidos em todo o continente africano.

A Paratus afirmou que o EduLINK utiliza a tecnologia de satélite de baixa órbita terrestre da Starlink para ligar as escolas através de uma campanha denominada “capacitar a educação em qualquer lugar”.

De acordo com a empresa, o pacote EduLINK fornece Internet de alta velocidade a escolas qualificadas no Botswana, Eswatini, Quénia, Moçambique, Malawi, Ruanda e Zâmbia, com dois terabytes de dados prioritários por mês, seguidos de um buffer de dados para melhorar a aprendizagem online e o acesso a recursos digitais.

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Paratus disse que a solução só é oferecida a escolas que tenham um certificado de ensino reconhecido. “Paratus EduLINK não se trata apenas de conectividade, mas de criar igualdade de acesso à educação”, disse Barney Harmse, presidente executivo do Grupo Paratus.

Harmse disse ainda que a mudança tem o objectivo de superar o obstáculo digital para milhares de estudantes que merecem as mesmas possibilidades que todos os outros, não importa quão remota seja a sua localização.

A Paratus também está presente em Angola, após a fusão com a antiga empresa ITA. Actualmente, é uma das operadoras de telecomunicações de referência no país, fornece circuitos a diversas empresas em todo o território nacional.

Instagram e TikTok planejam lançar apps para televisões

O YouTube revelou no começo do ano que há mais pessoas a assistirem a vídeos na plataforma através da televisão do que no telemóvel, dando assim conta da relevância crescente destes dispositivos para a aplicação.

Agora, parece que os principais rivais do YouTube planejam seguir esta mesma estratégia na esperança de ‘roubar’ a atenção dos consumidores de conteúdo. Diz o site The Information que tanto o Instagram como o TikTok estão a considerar desenvolver aplicações pensadas para o ecrã de maior dimensão das televisões.

Dado que o YouTube também permite assistir aos vídeos de curta duração Shorts, não será certamente difícil para o Instagram e para o TikTok levarem o seu formato vertical para os ecrãs horizontais das televisões.

O objectivo da Meta é trazer para TVs a exibição dos Reels, o que faria com que o aplicativo entre na disputa pela atenção do usuário até então focado exclusivamente no YouTube com o Shorts (que está já integrado aos apps de TV).

Já no caso do TikTok, o foco é refinar as  soluções já existentes, mirando em especial no consumo de conteúdos mais longos, podendo não só estimular a ampliação da presença de conteúdos longos na plataforma como de impulsionar o streaming esportivo e de novelas.

No entanto, serve adiantar que nem o Instagram nem o TikTok comentaram oficialmente estes rumores, pelo que teremos de continuar atentos para saber quando é que as duas empresas planeiam lançar aplicações dedicadas para televisão.

[Angola] Telemóveis com crescimento mais baixo em cinco anos

O número de subscritores de serviços de telemóveis em 2024 aumentou apenas 3% face a 2023 para 26,4 milhões. Esse foi o menor crescimento dos últimos cinco anos, de acordo com o relatório de 2024 do INACOM, entidade reguladora do setor.

O relatório destaca que o mercado está a atingir uma fase de maturidade, ou seja, já está bem consolidado e com menos espaço para crescimento rápido.

Durante o período 2020–2023, a média anual de crescimento foi de 22%, sendo que o ponto mais alto foi em 2022, altura em que o mercado foi “aquecido” com a entrada de um novo operador, a Africell, que implantou as operações apenas em Luanda.

Neste período, o mercado cresceu 55% para 23,7 milhões de cartões SIM ativos. Com a expansão para outras províncias do país, a operadora de origem americana, em 2023, conseguiu aumentar a sua base de clientes de 8,5% para 25,7 milhões de subscritores.

Assim, a taxa de penetração de telemóveis manteve-se em março de 2023, à volta dos 75%, abaixo da taxa média em África, fixada em 83%, e da média mundial (103%), conforme a Statista, plataforma alemã que estuda o crescimento digital no mundo.

Já em termos da quota do mercado, a Unitel continua líder com 73% da quota do mercado, com os seus mais de 19,3 milhões de assinantes, não registando uma mudança importante (p.p.) face a 2023. Imediatamente a seguir vem a Africell, que aumentou a sua presença para 25,5%, e já conta com mais de 6,6 milhões de subscritores.

A operadora privada, que está apenas em três províncias (Luanda, Benguela e Huíla), beneficiou também da morosidade da Movicel, que já foi um dos líderes do mercado de telemóvel, mas tem vindo a perder subscritores, e em 2024 perdeu mais 2,2 p.p em 2024.

Em relação aos subscritores de internet móvel, o mercado cresceu 2,5% para 12,6 milhões de subscritores, impulsionado pelo aumento de outros dispositivos (além dos telemóveis) que se conectam à internet, que aumentou 79,3%, para 3,12 milhões em relação ao ano anterior. Já os telemóveis com internet cresceram apenas 1,4% para 9,52 milhões.

No segmento de internet móvel, a taxa de penetração fixou-se em 36% para cada 100 habitantes, tendo crescido 4 p.p. em relação a 2023. Este crescimento esteve associado à melhoria na cobertura de rede, associada à introdução de pacotes de dados mais atrativos e acessíveis, segundo o INACOM.

[Angola] Pagamentos digitais crescem 35% em 2024

 

O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Manuel Tiago Dias, revelou que, em 2024, foram processadas 2,5 mil milhões de operações com instrumentos de pagamentos electrónicos num montante de 74 biliões de kwanzas.

Os dados apresentados nesta segunda-feira, 30 de Junho, no ciclo anual de conferências do BNA sob tema “Instrumentos Alternativos de Pagamentos”, revelam um crescimento de 35% face ao ano anterior.

Apesar do avanço, Manuel Tiago Dias admitiu que ainda há um “longo caminho a percorrer” para garantir o acesso da população não bancarizada e reduzir a dependência do dinheiro físico.

A transformação financeira em África: pagamentos digitais impulsionam o progresso

O governador salientou que o BNA está empenhado em modernizar o sistema de pagamentos, tornando-o “mais seguro, inclusivo e acessível”, com especial ênfase nos jovens e mulheres.

Como parte da Estratégia Nacional de Inclusão Financeira, o BNA vai intensificar campanhas de educação digital, em parceria com o governo, bancos e operadores de pagamentos. A iniciativa visa capacitar comerciantes, taxistas e vendedores informais, como as “quitandeiras”.