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Sexta-feira, Agosto 22, 2025
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Consultório MenosFios. Como eliminar a sua conta do TikTok

Com o TikTok no centro de uma verdadeira guerra nos EUA, muitos utilizadores equacionam a sua permanência nesta rede social. Cada vez mais países ponderam proibir a sua utilização e isso tem assustado os utilizadores. Hoje mostramos como podem eliminar uma conta do TikTok, de forma simples e rápida.

EUA, Canadá e outros países têm já medidas que querem diminuir ou bloquear a utilização do TikTok em dispositivos oficiais. As causas e as razões são também conhecidas, com alguns a apontarem o dedo e a reclamarem de excesso de zelo por parte dos legisladores nesta proposta.

Ainda assim, muitos utilizadores já tomaram a decisão de abandonar o TikTok e assim abandonarem esta rede social. O processo não é complicado e na verdade permite ao utilizador 2 opções, uma mais radical e a outra mais comedida. Em ambos os casos o processo parece ser revestível no TikTok.

       

Em primeiro lugar o utilizador deve abrir apenas a app TikTok no smartphone e escolher no menu interior a opção Perfil. Aqui, dentro da nova área aberta, devem escolher o menu que está presente no topo do lado direito, com 3 barras horizontais.

No menu extra que for apresentado, agora na zona inferior, devem escolher a opção Configuração e privacidade e depois Conta, logo no início desta nova área. Avancem depois com a escolha de Desativar ou excluir conta e chegam à área pretendida. Aqui podem escolher Desativar conta ou Excluir conta permanentemente.

                 

Importa reter que no primeiro caso a conta pode ser reativada a qualquer momento, sem perda de dados ou que os conteúdos possam ser vistos. Já no segundo caso, a conta é eliminada, mas apenas ao fim de 30 dias, podendo o utilizador reverter o processo durante este mês no TikTok.

Para terminar o utilizador só precisa de realizar mais alguns passos, em que na verdade o TikTok vai procurar confirmar a vontade do utilizador, apagar a conta. É uma forma simples e que permite abandonar esta rede social, que cada vez mais está a ser avaliada e escrutinada pelos governos e pelas autoridades.

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Esse foi o Consultório MenosFios de hoje, onde pedimos que os nossos leitores as comentem e que contribuam com informações adicionais que julguem serem necessárias sobre esse mesmo tema.

Todas e quaisquer questões que gostassem de ver aqui respondidas devem ser colocadas no canal de comunicação exclusivo e dedicado ao consultório Menos Fios.

Falamos do email criado para esse fim: [email protected]. Este é o único ponto de receção das questões que nos enviarem. Usem-no para nos remeterem as vossas questões, as vossas dúvidas ou os vossos problemas. A vossa resposta surgirá muito em breve.

Startups angolanas impulsionam economia com inovação nos serviços

As startups angolanas têm desempenhado um papel fundamental na economia, actuando, principalmente, no sector das Tecnologias de Comunicação, associadas aos serviços de entregas, transportes, gestão de frotas e rotas (táxis privados), o que tem contribuído para a geração de empregos e inovação de serviços, na opinião de vários especialistas.

Em entrevista ao Jornal de Angola, o economista e docente universitário Divava Ricardo frisa que as principais responsabilidades das startups no país passam por empreender e inovar em conformidade com as leis, em geral, e em particular com o cumprimento das leis fiscais vigentes em Angola, como das contribuições à Segurança Social dos seus colaboradores.

Para o docente universitário, das 83.722 empresas existentes em Angola, segundo os dados do Recenseamento de Empresas e Estabelecimentos (REMPE-2019), do Instituto Nacional de Estatística (INE), 72.752 estão nas zonas urbanar, que correspondem cerca de 86,9 por cento, e 13,1 por cento nas zonas rurais, com 10.971 empresas.
Já para o Angola Startups Summit-2024, Divava Ricardo preconizou a participação de mais de 150 startups, um número que permite aferir a dimensão nacional desse tipo de empresas. Apontou que o REMPE-2019 apresenta dados que indicam que 48,7 por cento das empresas existentes no país estão concentradas em Luanda.
Para o economista, em termos de contribuição económica, a expansão da economia digital por meio do aprimoramento dos meios de pagamento, eficiência nos serviços de distribuição e transportes, parecem ser os sectores de maior relevância em termos de contributo das startups no país.
As startups, por serem empresas inovadoras que mudam a forma de fazer negócio dentro de um determinado segmento, têm um papel de ruptura da tipologia de bens e serviços, em termos qualitativos e quantitativos, cujo impacto pode ir desde o aumento da produtividade, redução de custos operacionais à qualidade de vida dos clientes.
As startups estão, sobretudo, no sector das Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC) sob a forma de aplicativos e carteiras digitais que auxiliam actividades comerciais e de transporte”, disse.
Acrescentou que as startups, por regra, na agricultura está mais ligada à implementação de pesquisa e desenvolvimento e não à inovação de processos burocráticos e comunicação.
Acrescentou que o sector agrícola nacional por estar ancorado, sobretudo, na agricultura familiar, não se encaixa nas condições ideais para a criação de startups na tipologia existente no momento em Angola.

WhatsApp vai permitir adicionar músicas às atualizações de estado

O WhatsApp está a preparar um botão para adicionar músicas às atualizações de estado, e encontra-se agora em fase de testes beta tanto para dispositivos iOS como para Android.

As atualizações de estado são publicações, quer sejam imagens ou vídeos, que duram 24 horas e nas quais é possível adicionar autocolantes e texto, bem como utilizar a ferramenta lápis para desenhar.

O WABetaInfo notou que a versão beta do WhatsApp para Android 2.25.2.5 incorporava uma função para acompanhar estes conteúdos com música, adicionando o símbolo de uma nota musical no topo da interface.

MAIS: Meta revela grandes mudanças para as conversas no WhatsApp

Agora foi verificado que esta funcionalidade, integrada no Instagram e no Facebook há algum tempo, também fará parte da versão da aplicação para dispositivos com o sistema operativo Android.

A implantação desse botão é resultado de um acordo entre a Meta, dona do WhatsApp, e a Universal Music Group (UMG) para trazer às suas plataformas músicas da produtora, conforme anunciado em agosto de 2024.

[AngoTIC 2025] Conheça os principais temas do evento

A conectividade, inteligência artificial, cibersegurança e o DNA Digital serão os principais temas da edição de 2025 do Angotic, que ocorrerá de 12 a 14 de junho próximo com o tema “A Comunicar, A Modernizar e a Desenvolver Angola”.

O ANGOTIC 2025, Fórum Internacional de Tecnologias de Informação e Comunicação de Angola, é um evento global de tecnologias de informação e comunicação, realizado e promovido pelo Governo de Angola, através do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, que além de outras, visa promover o debate em torno de temas, atuais, globais e futuros das TICs, promover a partilha de conhecimentos, facilitar o networking para entidades governamentais, expositores, especialistas, apresentar as inovações bem como as tendências do sector.

Segundo o ministro das Telecomunicações, Tecnologias e Comunicação Social, Mário Oliveira, o ANGOTIC é uma ferramenta crucial para a transformação do sector tecnológico do país.

Para o ministro do MINTTCS, “o sucesso alcançado nas edições anteriores do ANGOTIC, dá-nos confiança de afirmar que este evento vai-se tornando num dos mais importantes para a jornada da transformação digital, não só de Angola, mas também do continente africano“.
O ANGOTIC é um momento crucial para o sector tecnológico nacional na busca de alinhamento com os nossos parceiros nacionais e internacionais“, acrescentou.
Mário Oliveira sublinhou, ainda, que o maior fórum internacional tecnológico se tornou numa plataforma para discussão de temas relevantes e da exploração de oportunidades que se abrem para a transformação digital das organizações.
Na edição 2025, os temas a serem abordados estarão centrados na conectividade, inteligência artificial, DNA digital, cibersegurança e em criar confiança nas empresas.
O ANGOTIC como fórum tecnológico constitui-se, com certeza, numa plataforma importante para os desafios que o Ministério das Telecomunicações, Tecnologias e Comunicação Social tem desenvolvido no âmbito da transformação digital de Angola“, concluiu.

Donald Trump lança memecoins antes da entrada na Casa Branca

O mercado das criptomoedas tem estado bastante atento aos mercados dos EUA, mais concretamente à tomada de posse de Donald Trump. E em parte, isto deve-se também a algumas novidades que o mesmo revelou nos últimos dias.

Na última sexta feira, Trump anunciou o lançamento surpresa da sua própria memecoin, $TRUMP, que rapidamente chamou à atenção – por alguns pela positiva, reforçando a aposta em criptomoedas do futuro presidente dos EUA, como pela negativa, por se tratar de uma memecoin e possivelmente um esquema.

Pouco tempo depois, também a primeira dama Melania Trump lançou a sua própria memecoin $MELANIA, no Domingo.

Como seria de esperar, rapidamente ambas as memecoins ganharam a atenção da comunidade, e aumentaram consideravelmente de valor, captando atenção de investidores nas mesmas e de entusiastas.

A $TRUMP, apenas algumas horas depois do seu lançamento – que foi anunciado na X de Trump – atingiu valores recorde de 73 dólares por unidade, elevando o seu capital para 14.6 mil milhões de dólares. No entanto, tal como acontece com praticamente todas as memecoins, o valor da mesma caiu drasticamente nas horas seguintes.

No dia da tomada de posse, 20 de Janeiro, $TRUMP tinha perdido quase 30% do seu valor máximo, passando agora para os 45 dólares por unidade. Também a $MELANIA caiu quase 28%, para os 5.47 dólares por unidade. Isto ocorreu apenas alguns minutos depois de Trump entrar efetivamente para a Casa Branca.

Em contrapartida, o Bitcoin atingiu novos valores recorde, contrariando a tendência das memecoins que o presidente dos EUA apoiou horas antes.

É importante relembrar que, durante a sua campanha, Trump demonstrou-se aberto a apoiar os criptoactivos, tendo mesmo passado a ideia de criar novas regulamentações para as moedas virtuais.

Porém, existem alguns críticos que apontam o facto que $TRUMP e a $MELANIA são basicamente duas criptomoedas lançadas apenas para enganar os utilizadores, tendo em conta que se tratam directamente de memecoins – que são bem conhecidas por não terem qualquer plano a longo prazo, e que podem perder completamente todo o seu valor em apenas algumas horas. É bastante provável que, quem invista nestas duas criptomoedas, venha a perder todo o seu investimento.

Apple planeia nova solução para combater o sobreaquecimento na Série iPhone 17

A Apple deverá adotar com a próxima geração de telemóveis – a série iPhone 17 – uma nova solução para lidar com o sobreaquecimento dos equipamentos.

De acordo com o site MyDrivers, a Apple deverá integrar em todos os modelos da série iPhone 17 o que é conhecido como câmaras de vapor, pequenas áreas no interior do telemóvel seladas com metal e pequenas quantidades de líquido que, ao aquecerem com o calor emitido pelo processador, ajudam por via de evaporação a dissipar o calor.

MAIS: iPhone dobrável da Apple pode chegar apenas em 2026, revela Bloomberg

Serve notar que esta solução já é usada numa boa parte dos telemóveis Android, pelo que devemos ver uma evolução também nos iPhones desenvolvidos pela Apple.

BDA disponibiliza 79 milhões de dólares para apoiar startups angolanas

O Banco Africano de Desenvolvimento (BDA) vai disponibilizar 79 milhões e setenta e seis mil dólares para assegurar o acesso ao crédito das startups angolanas, no âmbito do Projecto Crescer.

Segundo o que foi revelado em comunicado oficial, o financiamento será celebrado entre o Ministério das Finanças e o BDA e busca estabelecer as bases para um investimento público sustentável, voltado para o fomento da empregabilidade e do empreendedorismo juvenil, para contribuir para o desenvolvimento socioeconómico e a redução da pobreza.

MAIS: OGE 2025. Startups angolanas vão receber medidas de apoios

Pelo que pode ler-se no Despacho Presidencial n.º 21/25 de 16 de Janeiro, o Presidente da República, João Lourenço, autorizou a ministra das Finanças, com a faculdade de subdelegar, a proceder à negociação e à assinatura do referido acordo de financiamento e toda a documentação relacionada, em representação da República de Angola.

Com duas incubadoras tecnológicas em Luanda e Huambo, a Digital.ao, o país está a promover a inovação e a transformar ideias criativas da juventude em negócios viáveis e sustentáveis para promover a inclusão digital e o desenvolvimento económico.

Instagram testará alteração para se aproximar do estilo do TikTok

O Instagram vai começar a testar uma alteração que tornará a rede social mais parecida com a app de vídeos TikTok.

Ao invés de quadrados a representarem publicações, a grelha nos perfis do Instagram passará a ser composta por retângulos – uma mudança que foi anunciada pelo próprio responsável pela rede social, Adam Mosseri

Sei que muitos de vocês gostam muito de quadrados. E as fotografias em quadrados são como que um legado do Instagram. Mas, neste momento, a maioria do que foi carregado para o Instagram, sejam fotografias ou vídeos, têm orientação vertical, explicou Mosseri.

MAIS: Instagram terá funcionalidades de IA generativa em 2025

O responsável pelo Instagram admitiu que a mudança podia ser uma “chatice”, mas nota que “seria uma pena” cortar as fotografias e vídeos que foram carregadas para a rede social.

Penso que, a longo-prazo, as pessoas ficarão entusiasmadas em verem mais fotografias e vídeos a serem visíveis no perfil como queriam em vez de cortadas de forma agressiva, notou Mosseri de acordo com o site Mashable.

O papel da criptomoeda na redução da divisão financeira de África

África é um continente de contradições: recursos escondidos sob a superfície, cidades contidas em fronteiras invisíveis e um espírito empreendedor sufocado por sistemas ultrapassados. Durante séculos, os forasteiros tentaram moldá-la, domesticá-la e extraí-la. Mas a África não é barro; é fogo – imprevisível, inflexível e agora a queimar um caminho em frente com a criptomoeda como chama.

Não se trata de uma tendência tecnológica, nem de uma moda importada que nos impressione. Em África, as criptomoedas ainda são a rebelião disfarçada de inovação. É o jovem programador em Lagos, farto de bancos falidos, que envia valores para o outro lado do oceano em segundos. É o agricultor do Zimbabué, excluído da moeda do governo em que ninguém confia, que troca cereais por Bitcoin. É a sobrevivência tornada sexy, um dedo do meio ao sistema que esqueceu as pessoas para quem foi construído. E, no fundo, é também outra coisa: uma ponte sobre as economias fracturadas de um continente desesperado por se ligar.

Criptografia sem fronteiras

As fronteiras de África sempre foram mais ideia do que realidade, traçadas por forasteiros sem qualquer consideração pelas vidas que atravessam. No entanto, durante décadas, o comércio entre essas fronteiras foi sufocado por moedas que oscilam como joelhos em mau estado e bancos que cobram taxas como ladrões de estrada. As criptomoedas não se limitam a contornar esta disfunção; eliminam-na.

Imaginemos o seguinte: um comerciante no Quénia precisa de têxteis do Gana. Tradicionalmente, este processo teria passado por um pântano de intermediários, flutuações das taxas de câmbio e semanas de atraso. Hoje, esse mesmo comerciante converte os seus ganhos numa moeda estável – indexada a algo sólido, como o dólar americano – e paga instantaneamente; nenhum burocrata toca na transação. É por isso que o preço da Bitcoin em USD passou a fazer parte do vocabulário quotidiano de quem navega neste novo mundo.

Mas o que está em causa é a justiça. Quando o custo de movimentar dinheiro através das fronteiras passa de 15% para quase zero, não se trata apenas de um ganho financeiro – trata-se de liberdade.

A revolução das remessas

Falemos de remessas. É uma palavra que não recebe crédito suficiente pelas vidas que apoia. Quase 100 mil milhões de dólares entraram em África em 2022, enviados por trabalhadores – um exército invisível que trabalha no estrangeiro para manter as suas famílias à tona. O senão? Os intermediários recebem a sua parte, muitas vezes 10%, por vezes mais, e drenam milhares de milhões das pessoas que mais precisam.

Entra a criptografia. Com um telemóvel e um conhecimento básico de carteiras digitais, os trabalhadores podem enviar valores para casa sem o estrangulamento da Western Union sobre os seus salários. Um imigrante somali em Minneapolis pode enviar Bitcoin para a sua família em Mogadíscio em minutos, sem intermediários. A família pode convertê-lo em moeda local ou utilizá-lo directamente – sem papelada, sem taxas usurárias.

Peer-to-Peer: O novo caminho de ferro clandestino

O movimento criptográfico africano não está a acontecer nas salas de reuniões elegantes dos arranha-céus de Luanda ou nos espaços de co-working à beira-mar da Cidade do Cabo. Está a acontecer peer-to-peer, uma transação de cada vez, impulsionada pela necessidade e pelo engenho.

Na Nigéria, onde o governo tentou estrangular as criptomoedas, os comerciantes adaptaram-se da noite para o dia. Eles não lutaram contra o sistema; eles o contornaram. Plataformas peer-to-peer como a Paxful tornaram-se a tábua de salvação, liga directamente os compradores e os vendedores; não era necessário nenhum intermediário. Isto não é rebelião pela rebelião – é a sobrevivência na sua forma mais pura.

E não é só na Nigéria. Em todo o continente, as criptomoedas tornaram-se o grande nivelador. Não é preciso ter uma conta bancária, uma pontuação de crédito ou a aprovação do governo. Tudo o que precisa é de um smartphone e de vontade de aprender.

As infra-estruturas são a última fronteira

É claro que a viagem das criptomoedas por África não é fácil. A conetividade é o elo mais fraco do continente. Embora a penetração dos smartphones esteja a aumentar, as zonas rurais continuam a debater-se com o acesso à Internet. Sem ela, as carteiras de criptomoedas não passam de promessas vãs.

Mas se África ensinou alguma coisa ao mundo, é que a necessidade é a mãe da invenção. As empresas em fase de arranque estão a construir sistemas de cadeia de blocos que funcionam offline, para que os agricultores das aldeias rurais possam ter as mesmas ferramentas que os comerciantes da cidade. Os quiosques alimentados a energia solar estão a levar a Internet a zonas fora da rede e os programadores locais estão a criar soluções para África e não para Silicon Valley.

O papel dos governos: Amigo ou inimigo?

Para cada história de sucesso das criptomoedas, há um governo a tentar reprimir. Alguns estão a adoptá-las com cautela, como a África do Sul e o Quénia que estão a elaborar regulamentos para equilibrar a inovação com o controlo. Outros, como a Nigéria e Angola estão a proibir e a restringir a economia criptográfica, empurrando-a para a clandestinidade, mas sem nunca a parar.

A tensão é grande. Os governos temem o que não conseguem controlar, e as criptomoedas são a própria definição de incontrolável. Mas os mais inteligentes vão perceber: a criptomoeda não é uma ameaça à governação – é uma ferramenta para reconstruir a confiança. Com sistemas transparentes, as finanças descentralizadas podem acabar com a corrupção, simplificar os serviços públicos e tornar a tributação justa.

África é o laboratório global

África não está a seguir a revolução das criptomoedas; está a liderá-la. O continente está a testar a tecnologia de uma forma que nenhuma hackathon de Silicon Valley poderia imaginar. Está a provar que as criptomoedas não são apenas um activo ou um esquema de enriquecimento rápido. É uma tábua de salvação, uma ferramenta, uma ponte.

O que funciona aqui – redes peer-to-peer, stablecoins para comércio transfronteiriço, blockchain para transparência – funciona em todo o lado. África está a ensinar-nos que a inclusão financeira não é um pormenor, que a descentralização não é uma moda passageira e que a necessidade é a mãe de todas as invenções importantes.

A revolução das criptomoedas em África não tem a ver com os manos da tecnologia ou com gráficos. Tem a ver com as pessoas – construtores, negociantes, traficantes – que tomam o que nunca lhes foi dado: controlo financeiro. Da cidade do Cabo ao Cairo, o continente está a mostrar-nos que a criptomoeda não é apenas dinheiro. É poder, agência e a capacidade de escrever a sua própria história.

E África não está apenas a virar a página. Está a queimar o livro. Devíamos estar atentos, porque enquanto o resto de nós fala do futuro do dinheiro, África está a vivê-lo.

Governo instalou mais de 141 pontos de internet gratuita pelo país

O Governo angolano já instalou mais de 141 pontos públicos de internet gratuita em todo o país, no âmbito do programa “Angola Online”, sendo executado pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS).

A informação foi revelada pelo ministro Mário Oliveira, frisando que está em carteira “outros projectos que têm contribuído para o aumento da literacia digital. Importa destacar o Programa Conecta, que tem beneficiado as populações no interior do país”, disse.

A par disso, explicou o governante, foi lançado, no passado mês de Dezembro, o Projecto Ilumina Angola, que tem como objectivo cobrir o país com comunicações, internet e conectividade.
Mário Oliveira avançou que o Ministério, nos últimos meses, tem vindo a receber solicitações de empresários do ramo agro-industrial na perspectiva do acesso à internet para poderem fazer uso do conjunto de equipamentos de suporte à produção agrícola e animal.
Pretendemos expandir o acesso à internet sem discriminação, beneficiando não só as instituições públicas, mas também privadas, como tem sido feito. Por isso, com os parceiros vamos criar as condições para que as novas províncias do Cuando, Moxico Leste e Icolo e Bengo possam, num curto espaço de tempo, ter acesso a serviços de telecomunicações com qualidade “, frisou.

O “Angola Online” conta ainda com o apoio de várias empresas nacionais tecnológicas, com destaque para a Angola Telecom, TV Cabo, Internet Technologies Angola (ITA), UNITEL e a Zap Fibras, no âmbito das suas responsabilidades sociais, ao passo que nas áreas suburbanas serão instalados através do sistema VSat, ou seja, por via satélite e em cada ponto de acesso instalados 100 megabytes, para um alcance de 100 metros de distância, acoplados com pára-raios.

Marcos Damião frisou também que o processo de revitalização e colocação de novos pontos de acesso de internet gratuita começou no dia 23 do corrente mês e já permitiu com que as pessoas que vivem em zonas mais carenciadas das províncias de Luanda, Zaire, Moxico e Namibe beneficiem da iniciativa.