A biotecnologia tem que ser vivida pelos moçambicanos

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Fazer da biotecnologia uma ciência mais conhecida e, acima de tudo, aplicada em todo o país, assumindo-se que é a força motriz para o desenvolvimento, é o desafio do Centro Nacional de Biotecnologia e Biociências (CNBB).

Segundo Valter Nuaila, investigador auxiliar e coordenador da área de investigação e infraestruturas de pesquisa no CNBB, a pretensão justifica-se pelo potencial da biodiversidade que o país reúne e das diferentes características das zonas agroecológicas.

Com isto tudo acredito que a biotecnologia devia já ter sido abraçada de diversas formas possíveis, pois isso ajudar-nos-ia, até certo ponto, na solução ou mitigação das várias crises que nos têm abalado, como a insegurança alimentar, desnutrição e desemprego”, disse.

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Nuaila faz menção ao facto de muitas comunidades não saberem como ter comida por longo período, recorrendo à técnica simples, mas duradouras de conservação dos seus alimentos. Desafia, por isso, as pessoas capacitadas a levarem o seu conhecimento ao serviço das comunidades.

A biotecnologia deve ser vivida pelos moçambicanos. Eles devem compreendê-la e assumi-lá como um caminho do bem-estar e desenvolvimento”, resumiu.

O investimento em laboratórios especializados no desenvolvimento da biotecnologia ainda se revela baixo, tal como acontece com a divulgação deste conceito, apesar de ser transversal e imprescindível à vida.

Para mudar este cenário, o CNBB está a preparar uma campanha de disseminação deste ramo da ciência e tirar proveito da informação prestada pelo Presidente da República no último simpósio promovido pelo Instituto de Investigação Agronómica de Moçambique (IIAM) sobre os desafios da investigação agrária, em que uma delas é a biotecnologia, ao anunciar uma verba para apoiar os laboratórios.

Já fizemos uma radiografia da situação atual da biotecnologia em Moçambique e vimos a necessidade de expandir a divulgação desta área em todo o país”, concluiu.

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