Angola quer 80% da população com acesso aos serviços de banda larga até 2030

O secretário de Estado para as Telecomunicações, Pascoal Fernandes, afirmou, esta sexta-feira, em Luanda, ser pretensão do Executivo que, no mínimo, 80% da população angolana tenha acesso, até 2030, aos serviços de banda larga até 2030.

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De acordo com as projeções, em 2030 a população de Angola deverá passar dos atuais 34 milhões de habitantes, com cerca de 33% a ter acesso à Internet. Cerca de 1% têm a sua própria conexão rápida à Internet, que é pelo menos mais rápida que a antiga RDSI (mais de 256 kBit/s).

Os dados indicam que, até 2021, o país contava com 11,25 milhões de usuários de internet, 272.889 habitantes de banda larga, 120 mil e 01 pessoas com acesso aos telefones fixos e 15,33 milhões com telemóveis.

O responsável disse que o Executivo pretende, até a referida data, que 50% dos lares do país estejam conectados à internet e que 65% dos jovens e 60 por cento dos adultos tenham alcançado pelo menos um nível mínimo de proficiência nas habilidades digitais sustentáveis.

Pascoal Fernandes, que falava na abertura da XI Reunião de Ministros das Comunicações da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), acrescentou que Angola quer ainda que 40% da população esteja a usar serviços financeiros digitais.

Para atingir este desiderato, o secretário de Estado realçou a entrada em operação dos cabos submarinos internacionais “MONET” e “SACS”, a conclusão da construção do satélite ANGOSAT 2, a entrada em operação do Centro Nacional de Monitorização do Espectro Rádio Elétrico, bem como a expansão paulatina pelo território nacional da rede de mediatecas de Angola, bem como dos projetos N´Gola Digital e Angola On-line.

No que diz respeito a segurança digital, o secretário de Estado destacou a inserção de matérias de combate aos crimes informáticos no novo Código Penal e a tomada de medidas para garantir segurança na utilização das redes e serviços de comunicações eletrónicas, bem como na proteção dos dados dos cidadãos e das organizações contra os ataques cibernéticos.

Por seu turno, a secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, referiu que o Executivo angolano considera a comunicação digital como um elemento importante no processo de inclusão social.

Segundo Esmeralda Mendonça, o Executivo tem primado pela elaboração de políticas afirmativas e de massificação dos investimentos em projetos ligados aos domínios das telecomunicações, tecnologias de informação e comunicação.

De acordo ainda com a secretária de Estado, foram criadas políticas no sentido de garantir maior acesso aos grupos mais vulneráveis aos serviços digitais, sejam estes de internet, telefonia móvel, meios de informação ou de comunicação.

Durante o encontro, que teve como lema “Desafios das Comunicações na Era Digital”, Angola assumiu a presidência rotativa da Reunião de Ministros das Comunicações da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), em substituição da Guiné Equatorial.

A Reunião de Ministros das Comunicações da CPLP, constituída pelos ministros e secretários de Estado dos nove estados-membros, é realizada a cada dois anos, essencialmente voltada às ações de concertação e cooperação nos sectores em que são responsáveis.KAM/MAG

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