AOPF&AONOG: Jornada de implementação do IPv6 na Unitel

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Durante o Fórum Telecom 2017 realizado pelo Jornal Expansão, a Unitel havia dado garantias de que já estava a trabalhar na implementação do iPv6, avançando que processo estava a decorrer paulatinamente nas infraestruturas da empresa. Seis anos depois a Unitel partilhou publicamente como está a decorrer a sua jornada para a implementação do IPv6 durante o Angola Peering Forum (AOPF) realizado de 9 a 10 de novembro sob organização do Angolan Network Operators Group (AONOG).

A apresentação efetuada por Walter Ernesto (Service Provider Specialist, Peering Coordinator e IP solution Architect) da Unitel, englobou vários aspetos técnicos sob tema principal “EDGE NETWORK” Desafios e Recomendações, onde abordou uma síntese dos fatores que impulsionaram a transformação da borda da rede da Unitel, do investimento contínuo em infraestruturas para diversificar e aumentar a resiliência do ecossistema nacional das telecomunicações, a médio e longo prazo.

Como é que se encontra jornada da Unitel para o IPv6?

Pelo que foi apresentado, o quadro acima demonstra que o trabalho de casa já esta a ser efetuado e que a Unitel encontra-se na fase 4 e 5 para a implementação do IPv6. A nível de Edge Network, Backbone e ICT & Wholesale já está preparada, estando atualmente a trabalhar no que concerne aos Datacenter e nos aspeto sobre o Mobile & Residential para implementar o IPv6 na sua rede. Nesta jornada a empresa apresenta ainda os métodos de transição na rede móvel:

  • Dual Stack (IPv4 e IPv6) – Em termos de vantagens oferece a simplicidade, implementação gradual, não requer NAT64 e mantém a rede IPv4 existente. Ao nível de desvantagens requer a implementação fim-a-fim do IPv4 e do IPv6, problemas com o socket APIs e IPs literais, não resolve o problema de exaustão do IPv4, não otimizado para a rede móvel e o IoT.
  • 464XLAT – Em termos de vantagens oferece a implementação somente do IPv6, suporte socket APIs e IPs literais, engenharia de tráfego e QoS, não requer o DNS64 e utiliza o mesmo NAT64 como PLAT, ideal para a rede móvel e IoT. Ao nível de desvantagens é limitado a TCP, UDP e ICMP, requer terminais que suportem o CLAT.

Relativamente a implementação do IPv6 na rede móvel, existem uma grande percentagem de terminais que não suportam a CLAT, por motivos de confidencialidade a Unitel não pode partilhar estes dados. Segundo Walter Ernesto, serão explorados métodos alternativos ou combinação de ambos para endereçar esta necessidade dentro a sua rede, com o objetivo principal de entregar um serviço de alta performance ao utilizador final.

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