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Quinta-feira, Dezembro 18, 2025
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África: A transformação digital sob ameaça cibernética

A Microsoft publicou oficialmente a 6.ª edição do Microsoft Digital Defense Report, um relatório onde destaca as grandes tendências de cibersegurança entre julho de 2024 e junho de 2025.

A expansão das redes móveis e da Internet de banda larga levou milhões de africanos a entrar no mundo digital nos últimos anos. Essa conectividade crescente tem impulsionado a inovação, o comércio e os serviços financeiros digitais. Contudo, os mesmos factores abriram novas portas para ataques cibernéticos.

A Microsoft observa um aumento contínuo de ataques de phishing, ransomware e exploração de falhas em servidores e dispositivos não actualizados. Esses ataques visam frequentemente instituições governamentais, universidades, bancos e pequenas empresas.

Embora a África Subsariana represente uma pequena fração da actividade global de Estados-nação, a tendência é ascendente. O continente está a tornar-se mais visado à medida que as infraestruturas digitais se expandem e as economias nacionais se tornam mais dependentes de sistemas em linha.

Um dos maiores desafios para os governos e organizações africanas é a escassez de profissionais de cibersegurança e a falta de políticas unificadas de defesa digital. Muitos países ainda estão a desenvolver equipas nacionais de resposta a incidentes (CSIRT) e centros de partilha de informação.

Países mais visados na África Subsariana

  • A região representa cerca de 1 a 2 % da actividade global de ciberataques de Estados-nação, um aumento face aos anos anteriores.

  • África do Sul, Nigéria e Quénia são identificadas como os países mais visados, devido ao seu nível de digitalização, presença de serviços financeiros avançados e papel de hub tecnológico regional.

  • Etiópia e Gana também aparecem entre os países com incidentes monitorizados, especialmente relacionados com ameaças de espionagem e campanhas de phishing.

  • Angola e Moçambique registaram atividades pontuais associadas a ataques de reconhecimento e exploração de vulnerabilidades em redes governamentais e infraestruturas críticas.

Origem dos ataques e motivações

  • China, Rússia, Irão e Coreia do Norte estão entre os principais Estados-nação identificados como origem das operações dirigidas à África.

  • As motivações incluem espionagem tecnológica, acesso a dados governamentais e diplomáticos, e influência geopolítica através de campanhas de desinformação e ataque a infraestruturas estratégicas.

A China mostra interesse crescente em países africanos com projectos de infra-estrutura digital e telecomunicações, enquanto Rússia e Irão mantêm operações de influência política e recolha de informação.

Sectores mais atacados em África

  • Governo e administração pública
  • Educação e investigação científica
  • Tecnologia da informação (TI)
  • Energia e comunicações

A Microsoft recomenda integração precoce de segurança nos projectos de transformação digital, adoção de autenticação multifator (MFA) e formação contínua de pessoal técnico.

Apesar dos desafios, há sinais de progresso. Vários países africanos estão a adoptar estratégias nacionais de cibersegurança, e cresce o número de parcerias público-privadas focadas em infra-estruturas críticas e capacitação digital.

O relatório conclui que a resiliência digital africana dependerá da capacidade dos países em cooperar regionalmente, investir em tecnologias seguras e formar a próxima geração de especialistas em segurança cibernética.

WhatsApp vai limitar mensagens enviadas sem resposta para reduzir spam

O WhatsApp está a implementar novas restrições para reduzir o envio de mensagens não solicitadas (spam). A plataforma vai limitar a quantidade de mensagens que utilizadores individuais e empresas podem enviar para pessoas que não respondem.

Inicialmente criado para conversas entre contactos pessoais, o WhatsApp foi ganhando novas funcionalidades, como grupos, comunidades e contas comerciais. Com essas mudanças, o volume de mensagens aumentou significativamente, tornando difícil para muitos utilizadores acompanhar tudo o que recebem.

Com esta nova medida, todas as mensagens enviadas para pessoas que não respondem vão contar para um limite mensal, tanto para utilizadores comuns como para empresas. Por exemplo, se alguém conhecer uma pessoa numa conferência e lhe enviar três mensagens sem obter resposta, essas três mensagens contam para o limite.

O WhatsApp ainda não divulgou qual será exactamente o número máximo permitido, pois está a testar diferentes limites nesta fase experimental. No entanto, quando um utilizador ou empresa estiver perto de atingir o limite, o aplicativo vai exibir um alerta, através de um pop-up com a contagem das mensagens enviadas, para evitar que fiquem temporariamente impedidos de mandar novas mensagens.

Apple lança nova geração dos Vision Pro com IA e chip mais potente

A Apple apresentou, esta quarta-feira (15), a segunda geração dos óculos de realidade virtual Vision Pro.

De acordo com a empresa, o novo modelo vem equipado com recursos de inteligência artificial, maior autonomia de bateria e uma renderização de ecrã mais avançada.

O dispositivo passa agora a utilizar o processador M5, desenvolvido pela própria Apple. Segundo a marca, este chip garante um desempenho mais rápido, imagens mais nítidas e uma duração de bateria superior. Nos Estados Unidos, o novo Vision Pro chega ao mercado com o preço base de 3.499 dólares.

O sistema operativo é o visionOS 26, que integra as funcionalidades do Apple Intelligence – a plataforma de inteligência artificial da empresa.

“A integração dos widgets no espaço virtual do utilizador permite que reapareçam sempre que o Vision Pro é activado, facilitando tarefas como verificar a hora ou o clima, ouvir música ou podcasts, decorar o ambiente com fotos ou aceder ao ChatGPT”, explicou a Apple.

A empresa garante ainda que os óculos dão acesso a mais de um milhão de aplicações e a centenas de filmes em 3D que podem ser assistidos directamente no dispositivo.

Além dos Estados Unidos, a nova geração dos Vision Pro já está disponível na Austrália, Canadá, França, Alemanha, Hong Kong, Japão, Emirados Árabes Unidos e Reino Unido.

Estado da Nação: João Lourenço destaca avanços da ciência e tecnologia em Angola (Parte 2)

Nesta segunda parte, apresentamos mais uma síntese dos pontos destacados por João Lourenço no seu discurso sobre o Estado da Nação. Ao longo da intervenção, o Chefe de Estado apresentou dados e medidas que reforçam a aposta na investigação científica, na formação tecnológica e na aplicação prática do conhecimento, pilares essenciais para a diversificação económica e para a soberania nacional.

Incentivo à investigação científica e inovação tecnológica

João Lourenço anunciou a continuidade do Prémio Nacional de Ciência e Inovação, uma iniciativa que visa reconhecer o mérito e estimular a criatividade dos investigadores e inovadores angolanos. O prémio, que vai este ano na sua segunda edição, representa um importante passo no incentivo à produção de conhecimento científico de utilidade pública e empresarial.

O Presidente informou ainda que está prestes a ser concluído o Parque de Ciência e Tecnologia de Luanda, acompanhado da reabilitação do Centro Nacional de Investigação Científica, que contará com seis laboratórios de referência. Segundo o Chefe de Estado, estas infraestruturas marcam uma nova fase no desenvolvimento científico e tecnológico do país, criando condições para que Angola avance na investigação aplicada e na transferência de tecnologia.

Formação e qualificação em áreas tecnológicas

O discurso destacou também o papel da formação profissional e tecnológica como base para o crescimento sustentável do país. João Lourenço referiu que existem actualmente mais de 305 especialidades formativas, abrangendo sectores como tecnologia, informática, construção civil, artes e ofícios, agricultura e turismo.

Estado da Nação: João Lourenço destaca avanços da ciência e tecnologia em Angola (Parte 1)

O Presidente sublinhou que um dos grandes desafios nacionais é adequar a formação às necessidades reais do mercado de trabalho, razão pela qual o Executivo pretende expandir a oferta formativa em domínios com maior potencial de absorção de mão-de-obra qualificada. Esta aposta visa preparar a juventude angolana para as exigências do mercado global e reduzir a dependência de mão-de-obra estrangeira em sectores técnicos.

Soberania tecnológica e investigação científica marinha

O Chefe de Estado lembrou a aquisição do navio oceanográfico “Baía Farta”, que se tornou um símbolo da soberania tecnológica e científica de Angola no domínio marinho. A embarcação tem permitido ao país realizar investigação científica em alto mar, o que reforça a autonomia nacional na exploração e gestão dos recursos oceânicos.

João Lourenço realçou que a aposta em tecnologia e conhecimento é fundamental para a afirmação de Angola como um Estado capaz de gerar soluções próprias, sustentáveis e adaptadas à sua realidade económica e ambiental.

O discurso sobre o Estado da Nação de 2025 confirmou a ciência e a tecnologia como eixos estratégicos do desenvolvimento nacional.

Google Cloud estende parceria com a Digicloud África

De acordo com a Digicloud Africa, como distribuidora da Google Cloud desde 2018, o seu papel expandido permite que revendedores e parceiros ajudem as empresas a fortalecer as suas defesas com produtos e serviços de segurança de nível empresarial do seu portfólio, apoiados pela experiência global da Google e pelo conhecimento local africano.

Isso ocorre num momento em que as taxas de crimes cibernéticos na diáspora aumentaram de forma acentuada. O Relatório de Avaliação de Ameaças Cibernéticas em África 2025, da INTERPOL, revela que 90% dos países da região consideram necessária uma melhoria significativa na capacidade de aplicação da lei e nos processos judiciais, face ao nível e ao impacto das ameaças cibernéticas que enfrentam.

A plataforma Google Cloud Security Operations ajuda os profissionais de segurança a modernizar o seu centro de operações de segurança para além da monitorização e resposta a alertas, fornecer às empresas capacidades integradas, inteligência de ameaças de primeira linha e cargas de trabalho de segurança com IA necessárias para identificar e proteger contra os autores das ameaças.

A Google observou ainda que, apesar de ser um mercado único e diversificado, as ameaças que as empresas africanas enfrentam do ponto de vista da cibersegurança são globais, pelo que a empresa continua a procurar estratégias para ajudar as organizações a identificar e proteger-se contra essas ameaças.

“Dada a dedicação e o sucesso da Digicloud Africa com o Google Cloud em África nos últimos sete anos, eles eram o parceiro certo para nos ajudar a levar os produtos de segurança do Google Cloud aos nossos clientes em África”, disse Wunan Li, líder global do Google Cloud Security.

Gregory MacLennan, CEO e cofundador da Digicloud Africa, destacou que, ao colaborar com um revendedor através da Digicloud, as empresas podem receber o apoio de que necessitam para implementar e operar com sucesso estas soluções.

“Ao disponibilizar estes produtos a parceiros focados na cibersegurança, estamos a levar a vasta experiência e a ampla gama de soluções do Google Cloud a mais empresas em todo o continente”.

Estado da Nação: João Lourenço destaca avanços da ciência e tecnologia em Angola (Parte 1)

Nesta primeira parte, apresentamos uma síntese dos pontos destacados por João Lourenço no seu discurso sobre o Estado da Nação. Ao longo da intervenção, o Chefe de Estado apresentou dados e medidas que reforçam a aposta na investigação científica, na formação tecnológica e na aplicação prática do conhecimento, pilares essenciais para a diversificação económica e para a soberania nacional.

Expansão das telecomunicações e inclusão digital

Num dos trechos mais expressivos do discurso, João Lourenço apresentou números que demonstram o crescimento acelerado da conectividade digital em Angola. Em 2002, o país contava com cerca de 140 mil subscritores de rede móvel; em 2010, o número aumentou para 9,3 milhões.

No primeiro semestre de 2025, Angola atingiu 26 275 023 subscrições de telefonia móvel, 10 501 761 subscrições de internet fixa e móvel e 1 888 477 subscrições de televisão por assinatura.

O Presidente destacou ainda que o país possui mais de 20 mil quilómetros de fibra óptica, com ligações terrestres à República Democrática do Congo, Zâmbia e Namíbia, além de ligações por cabos submarinos com o Brasil e com os principais sistemas da costa ocidental africana. Estes avanços consolidam a modernização das infraestruturas digitais e ampliam a cobertura tecnológica nacional.

Satélite ANGOSAT-2 e o Programa Espacial Nacional

O Presidente anunciou que Angola tem actualmente em operação o satélite de comunicações ANGOSAT-2, através do qual está a ser implementado o Projecto Conecta Angola, responsável por levar comunicações a zonas recônditas de 13 províncias. Esta realização consolida a presença do país no espaço e amplia a cobertura de serviços digitais e de telecomunicações em todo o território nacional.

João Lourenço destacou ainda a intenção de consolidar o Programa Espacial Nacional, com a criação da Agência Espacial e da Academia Nacional de Cibersegurança, instituições consideradas fundamentais para reforçar a soberania digital, garantir a protecção de dados e promover uma cultura nacional de segurança cibernética.

O Presidente sublinhou que estas iniciativas representam o compromisso do país em acompanhar os avanços tecnológicos globais, assegurar autonomia estratégica e competictividade digital.

Spotify fecha parceria com a Netflix para distribuição de podcasts em vídeo

O Spotify vai levar seus podcasts em vídeo para a Netflix a partir do próximo ano. A novidade, anunciada nesta terça-feira, faz parte da estratégia da plataforma para ampliar sua presença em conteúdos visuais e fortalecer o negócio de publicidade.

No lançamento, a parceria entre Spotify e Netflix vai disponibilizar uma seleção com curadoria de podcasts nas áreas de desporto, cultura, estilo de vida e crimes reais, produzidos pelo Spotify Studios e The Ringer. Com o tempo, o catálogo será expandido para incluir conteúdos de outros estúdios e géneros, segundo a empresa.

Essa iniciativa reforça o investimento crescente do Spotify em podcasts de vídeo. A empresa começou por lançar ferramentas que permitiam a qualquer criador publicar os seus programas em formato visual. No ano passado, introduziu incentivos financeiros para os hosts com melhor desempenho e lançou um Programa de Parceiros que permite a monetização desses conteúdos, uma clara competição com o YouTube.

Mais recentemente, o Spotify também passou a oferecer ferramentas sociais que aumentam a interação entre criadores e audiência, como enquetes, sessões de perguntas e respostas, comentários e outros recursos.

Moçambique inaugura o seu primeiro Centro de Recursos Digitais

 

A informação foi anunciada pelo Conselho Municipal de Maputo, e a iniciativa está alinhada com o Programa Municipal Juventude Digital, que visa a promoção universal das plataformas de informação e comunicação em todos os bairros do município.

O Centro de Recursos Digitais, com acesso gratuito à internet (Wi-Fi), está localizado na Biblioteca do Edifício-Sede do CMM, na Praça da Independência, e dispõe de dezasseis computadores destinados a apoiar o ensino, a aprendizagem e a inclusão tecnológica dos jovens.

A implementação do projecto ocorre cerca de um ano depois de o Município de Maputo ter assinado um memorando de entendimento com a operadora de telefonia móvel Movitel, para a sua execução.

Segundo o Presidente do Município, Razaque Manhique, a iniciativa contribui para que a juventude e os munícipes tenham acesso à informação de utilidade pública e educativa.

Na ocasião, o Município recebeu cinquenta e cinco computadores, dos cento e cinco previstos, destinados ao apetrechamento dos Centros de Recursos Digitais a serem criados nos próximos cinco anos.

Para breve, espera-se que a iniciativa se estenda a mais sete distritos municipais, cada um com um centro semelhante, ampliando assim as oportunidades de acesso ao mundo digital e virtual.

Conversas eróticas com o ChatGPT vão ser permitidas a partir de dezembro de 2025

A partir de dezembro de 2025, os utilizadores adultos do ChatGPT vão poder ter acesso a conversas com teor erótico, anunciou na terça-feira o presidente da OpenAI, Sam Altman.

Segundo o responsável, essa abertura será possível graças à implementação mais completa da restrição de idade dentro da plataforma.

“Em dezembro, à medida que reforçamos o controlo da idade e seguindo o princípio de tratar os adultos como adultos, vamos permitir mais conteúdos, incluindo material erótico para utilizadores verificados”, afirmou Altman na rede social X.

Na mesma publicação, o presidente da OpenAI abordou também as limitações aplicadas ao ChatGPT em matérias ligadas à saúde mental. Reconheceu que as salvaguardas criadas para proteger pessoas vulneráveis acabaram por desagradar a muitos utilizadores que não enfrentam esse tipo de problema.

“Sabemos que essas restrições tornaram o sistema menos útil e agradável para muitos utilizadores sem questões de saúde mental, mas, pela gravidade do tema, optámos por fazer o que considerámos certo”, explicou Altman.

Recorde-se que vários utilizadores já tinham acusado a empresa de censura devido às limitações impostas ao conteúdo.

Quénia recorre à IA para gerir as suas finanças

 

Dr. Chris Kiptoo observou que, em todo o mundo, os governos estão a aproveitar a IA para fortalecer a previsão de receitas, o acompanhamento de despesas, a gestão da dívida e a monitorização da conformidade.

Chris Kiptoo afirma que, no Quénia, vemos o potencial da IA para melhorar a eficiência e a transparência fiscal, desde a melhoria da administração tributária e a detecção de anomalias nos gastos públicos até ao apoio à elaboração de orçamentos baseados em evidências.

Com análises de dados precisas e em tempo real, os decisores políticos podem alinhar melhor as decisões fiscais com as realidades económicas, reduzir as perdas e optimizar a utilização dos recursos.

Presidente da Zâmbia defende transformação digital para impulsionar África

De acordo com Kiptoo, o Quénia já deu passos significativos no sentido da transformação das finanças públicas.

“Através do Sistema Integrado de Informação de Gestão Financeira, digitalizamos os processos de aquisição, pagamentos e acompanhamento das despesas. Estamos agora a explorar como as ferramentas de aprendizagem automática podem melhorar ainda mais a precisão das previsões e detectar os riscos fiscais mais cedo”.

Dr. Kiptoo participou no Fórum Combinado MEFMI 2025, realizado em Washington, D.C., juntamente com as reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, onde partilhou a jornada, as oportunidades e os desafios do Quénia no aproveitamento da IA para a gestão fiscal.

O Fórum, com o tema “Inteligência Artificial em Macroeconomia”, proporcionou uma plataforma oportuna para explorar como a IA pode ser aplicada para fortalecer a gestão fiscal, a política monetária e o sector financeiro em toda em África.