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Sexta-feira, Julho 4, 2025
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Financiamento para startups africanas cai 7% em 2024

As startups africanas angariaram, no ano passado, 3,2 mil milhões USD em capital de risco e dívida, em 534 negócios, revelam os dados do último relatório da empresa de capital de risco Partech Africa.O ecossistema registou uma queda de 7% no financiamento total e uma diminuição de 2% no número de negócios financiados, em relação a 2023, queda que afectou sobretudo os financiamentos por endividamento, com as taxas de juro e a depreciação das moedas locais a pesar nos encargos no cumprimento do serviço da dívida.

Estes números mostram uma estabilização após queda acentuada em 2023 (-46% no financiamento e -28% na actividade). Embora o sector não tenha regressado à trajectória de crescimento, o ecossistema tecnológico africano está a sair-se relativamente bem em comparação com outras tendências do mercado global”, conclui o relatório da Partech Africa.

Com o título «Africa Tech Venture Capital 2024», o relatório mostra que África “teve um desempenho relativamente bom em termos de actividade de capital de risco” e que a retracção no financiamento afectou sobretudo os empréstimos, com uma queda de 17%, justificada com o aumento das taxas de juro e o fortalecimento do dólar americano em relação às moedas africanas.

Como a maior parte da dívida disponível continua a ser em moeda estrangeira, estes factores agravaram o custo dos empréstimos e fizeram crescer os encargos dos reembolsos, o que representa um “fardo adicional” para as startups africanas.

Ao todo, o financiamento concedido em 2024, com o recurso à dívida, desceu para os mil milhões USD, enquanto o financiamento, através de capital de risco, manteve-se estável nos 2,2 mil milhões USD, igualando os números de 2023. Já o número de negócios sofreu uma pequena queda de 2%, passando de 547 em 2023 para 534 em 2024.

Depois de um arranque promissor no primeiro semestre do ano, com o primeiro e segundo trimestres a apresentarem um crescimento na contagem de negócios, o primeiro ganho de actividade desde a crise, o ritmo voltou a abrandar no segundo semestre. Embora alguns meganegócios em Fintech tenham ajudado a estabilizar o mercado, o terceiro e quarto trimestres registaram um declínio notável na contagem de negócios”, refere a Partech Africa, que regista um estreitamento nos fluxos de negócio, nas fases de arranque e de consolidação, para a qual não arrisca uma justificação definitiva.

Por países, Nigéria liderou com 103 acordos, no montante de 520 milhões USD (um crescimento de 11%); seguido de África do Sul, com 67 negócios e 459 milhões USD (-16%) e o Egipto, com 89 acordos e 297 milhões USD (-31%). Angola conseguiu um acordo de financiamento, no montante de 1 milhão USD.

Ao todo, startups de 24 países conseguiram financiamentos em 2024. Além dos países que integram o top 10 (ver infografia) conseguiram financiamento a Tunísia (11 acordos, no valor de 24 milhões USD), Camarões (3, de 14 milhões USD), Namíbia (1, de 11 milhões USD), Etiópia (4, de 10 milhões USD), Uganda (13, de 8 milhões USD), Congo (2, de 8 milhões USD), Sudão (1, de 5 milhões USD), Argélia (2, de 4 milhões USD), Somália (1, de 3 milhões USD), Zimbabué (2, de 2 milhões USD), RDC (1, de 2 milhões USD), Zâmbia (1, de 1 milhão USD), Angola (1, de 1 milhão USD) e Seicheles (1, de 200 mil USD).

Angola ganha solução de gestão com IA para os contabilistas

Angola conta agora com uma nova solução de gestão com Inteligência Artificial (IA) para profissionais de Contabilidade em Angola, lançada pela Cegid, companhia europeia que opera no desenvolvimento de soluções e gestão empresarial na cloud.

Segundo o director executivo da empresa, Josep Raventós, a nova solução tecnológica está associada a uma forma diferente de trabalhar com o software de gestão, que trará aumento de produtividade e de eficiência a nível das execuções locais.

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A referida iniciativa, sustentou, destina-se a apoiar os profissionais dos ramos ligados ao sector financeiro como tesouraria, fiscalidade, Enterprise Resource Planning (ERP), Recursos Humanos, Contabilidade, Retalho e Empreendedorismo. O software desenvolvido denominado “Cegid Pulse”, vai permitir automatizar tarefas, alertar, aconselhar e ceder informações de negócios, elevando ao máximo o potencial de cada profissional de Contabilidade, bem como de cada empresa cliente.

Neste processo, além do software já abordado, destaca-se ainda a Cegid Primavera outra geração de ERP para escritórios de contabilidade disponível na cloud e on-premise, concebida para apoiar os profissionais do sector a enfrentar os desafios do presente e do futuro, associando tecnologia avançada e de IA, a solução que visa simplificar e elevar o papel dos contabilistas enquanto consultores estratégicos para os seus clientes.

Site da DeepSeek envia dados de usuários para empresa estatal chinesa, revela investigação

O site da empresa de inteligência artificial DeepSeek tem um código informático que pode enviar informações do utilizador para uma empresa estatal chinesa de telecomunicações que foi proibida nos Estados Unidos, segundo investigadores de segurança, citados pela AP.

A página de ‘login’ do ‘chatbot’ da DeepSeek mostra “conexões” com a infraestrutura de computadores de propriedade da China Mobile, uma empresa estatal de telecomunicações.

Na sua política de privacidade, a DeepSeek reconheceu o armazenamento de dados em servidores dentro da República Popular da China, mas o seu ‘chatbot’ parece estar diretamente ligado ao Estado chinês através da ligação à China Mobile.

Os EUA alegaram a existência de laços estreitos entre a China Mobile e os militares chineses como justificação para impor sanções limitadas à empresa.

A DeepSeek e a China Mobile não responderam aos pedidos de esclarecimentos enviados pela AP.

O código que liga a DeepSeek a um dos principais fornecedores de telemóveis da China foi descoberto pela primeira vez pela Feroot Security, uma empresa canadiana de cibersegurança, que partilhou as suas descobertas com a Associated Press.

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A AP levou as descobertas da Feroot a um segundo grupo de peritos informáticos, que confirmaram de forma independente que o código da China Mobile estava efetivamente presente.

Nem a Feroot nem os outros investigadores observaram a transferência de dados para a China Mobile quando testaram os ‘logins’ na América do Norte, mas não puderam excluir que os dados de alguns utilizadores estivessem a ser transferidos para a empresa de telecomunicações chinesa.

A análise aplica-se apenas à versão web do DeepSeek e não foi analisada a versão móvel, que continua a ser um dos programas mais descarregados nas lojas de aplicações da Apple e da Google.

A Comissão Federal de Comunicações dos EUA negou por unanimidade a autoridade da China Mobile para operar nos Estados Unidos em 2019, citando preocupações “substanciais” de segurança nacional sobre as ligações entre a empresa e o estado chinês.

A tendência é que os utilizadores estejam cada vez mais a colocar dados sensíveis nos sistemas de Inteligência Artificial (IA) generativa, desde informações comerciais confidenciais a detalhes altamente pessoais sobre si próprios.

As pessoas estão a utilizar sistemas de IA generativa para verificação ortográfica, investigação e até para consultas e conversas pessoais.

As implicações desta situação são significativamente maiores porque as informações pessoais e exclusivas podem ser expostas. É como o TikTok, mas a uma escala muito maior e com mais precisão. Não se trata apenas de partilhar vídeos de entretenimento. É a partilha de consultas e informações que podem incluir informações comerciais altamente pessoais e sensíveis“, disse o co-fundador da Feroot, Ivan Tsarynny.

Conheça a quota do mercado de telefonia fixa de Angola em 2024

O setor de telefonia fixa em Angola continua a ser disputado entre quatro operadoras, com a TV Cabo assumindo a liderança do mercado, detendo 44% da quota de subscrição. No entanto, a MS Telecom mantém-se próxima, com 39%, demonstrando um forte posicionamento no segmento.

Fonte: INACOM (via Jornal Expansão)
Fonte: INACOM (via Jornal Expansão)

Os dados são os mais recentes do INACOM, onde mostra que a Angola Telecom, outrora dominante no setor, atualmente possui 15% da quota de mercado, enquanto outras operadoras somam 2% do total, conforme revelam os dados recentes.

A telefonia fixa tem enfrentado desafios significativos em meio ao crescimento da telefonia móvel e das soluções digitais, mas ainda mantém um público fiel, especialmente no setor empresarial e em serviços que exigem maior estabilidade de conexão.

A disputa pelo mercado de telefonia fixa pode ganhar novos contornos nos próximos anos, à medida que as operadoras busquem expandir seus serviços e melhorar a infraestrutura para atender às necessidades dos clientes.

Google planeia investir mil milhões de dólares em inteligência artificial

O CEO da Google, Sundar Pichai, aproveitou os mais recentes resultados financeiros da empresa para adiantar que a gigante tecnológica planeia investir 75 mil milhões de dólares (cerca de 72 mil milhões de euros) no desenvolvimento de Inteligência Artificial (IA).

Os nossos resultados mostram o poder da nossa abordagem diferenciada à inovação em IA e a força continuada dos nossos negócios nucleares, afirmou Pichai aos investidores. Estamos confiantes com as oportunidades adiante e, para acelerar o nosso progresso, esperamos investir aproximadamente 75 mil milhões de dólares em despesas de capital em 2025.

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Serve recordar que, com a Gemini, a Google é uma das empresas mais bem posicionadas no (relativamente) recente desenvolvimento de IA e que tem provocado uma autêntica ‘corrida’ entre as gigantes tecnológicas.

Conheça os dez telemóveis mais vendidos em 2024

O mais recente relatório partilhado pela Canalys indica que a Apple foi a empresa com os telemóveis mais populares de 2024, com sete iPhones entre os dez telemóveis mais vendidos do ano passado.

De acordo com este relatório partilhado pelo site GSMArena, o telemóvel mais vendido de 2024 foi o iPhone 15 da Apple – com 3% do total de 1,22 mil milhões de telemóveis vendidos no ano passado a ser este modelo da marca.

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Segue-se na lista o iPhone 16 Pro Max, o iPhone 15 Pro Max e, só na quarta posição, surge o primeiro telemóvel da Samsung com o Galaxy A15.

Em quinto lugar vem o iPhone 16 Pro, seguindo-se o iPhone 15 Pro, o iPhone 16, o Galaxy A15 5G e o Galaxy S24 Ultra da Samsung e , a encerrar a lista, o iPhone 13.

Unitel domina mercado de telefonia móvel em Angola em 2023

A Unitel manteve a sua liderança incontestável no setor de telecomunicações em Angola, encerrando o ano de 2023 com uma impressionante quota de mercado de 74% na telefonia móvel, de acordo com dados do Instituto Angolano das Comunicações (INACOM).

A Africell, que entrou no mercado angolano em 2022, conquistou uma fatia significativa, atingindo 22% da quota de subscrição de telefonia móvel. Já a Movicel, que já foi a segunda maior operadora do país, viu sua participação reduzir-se para apenas 4%, refletindo as dificuldades enfrentadas nos últimos anos.

Fonte: Nuno Baio
Fonte: Nuno Baio

A predominância da Unitel pode ser atribuída à sua longa presença no mercado, vasta infraestrutura e forte reconhecimento da marca, enquanto a Africell tem apostado em preços competitivos e pacotes atrativos para conquistar clientes. A Movicel, por sua vez, enfrenta desafios operacionais e financeiros que impactaram a sua capacidade de competir de forma agressiva.

Com um mercado em constante evolução e a crescente procura por melhores serviços de telecomunicações, a disputa pela preferência dos consumidores angolanos promete ser cada vez mais acirrada nos próximos anos.

WhatsApp desenvolve funcionalidade para criar eventos em conversas individuais

O WhatsApp está a trabalhar numa nova funcionalidade que permitirá aos utilizadores criarem eventos a partir de conversas individuais, conta o site WABetaInfo.

A capacidade de criar eventos é, neste momento, exclusiva dos grupos de conversa na app de mensagens e ficará em breve disponível também em conversas privadas de forma a permitir que sejam “planeadas reuniões, criados lembretes e coordenados compromissos diretamente através de conversas”.

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Não há ainda informações sobre quando é que estas funcionalidades serão lançadas para a versão final do WhatsApp, mas está já disponível para os utilizadores da versão beta.

SIC prende grupo chinês por mineração de criptomoedas no Kilamba

O Serviço de Investigação Criminal desmantelou nesta semana um centro clandestino de mineração de criptomoedas, que operava sob disfarce de uma fábrica de blocos no bairro Tanque Seco, município do Kilamba.

Segundo o director do Gabinete de Comunicação Social e Imprensa do SIC, Manuel Halaiwa, no local foram instalados dois Postos de Transformação (PT) de 2.500 kVA cada, alimentado por mais de mil processadores específicos para a mineração de bitcoin.

Pelo que foi revelado, a acção era liderada por cidadãos chineses e funciona há mais de três anos sob a fachada da empresa de construção civil Lizago e do Projecto e Construção Limitada.

MAIS: SIC em Cabinda apreende materiais para a mineração de criptomoedas

Manuel Halaiwa ressaltou que a acção integra os esforços das autoridades no combate às actividades ilegais de mineração de criptomoedas no país, uma prática que representa uma ameaça ao sector energético e financeiro nacional.
O responsável alerta que a mineração clandestina de criptomoedas tem impacto directo no consumo irregular de electricidade, podendo resultar em prejuízos avultados para o Estado.

Estudo defende apresentação de contas no sector das TIC

A Associação Angolana de Internet (AAI) defende que as empresas do sector das TIC devem divulgar publicamente contas periódicas, à semelhança do que acontece no sector da banca, no sentido de garantir mais transparência ao mercado, uma medida que consta num documento denominado Estratégias para Redução dos Preços dos Serviços de Telecomunicações, que será brevemente entregue ao Governo e aos operadores.

Este nível de transparência deverá permitir ao INACOM (regulador do mercado) e às entidades que compõe o comité de preços regulados uma melhor avaliação dos eventuais ajustes aos preços dos serviços de telecomunicações no mercado nacional, defende a associação.

No País, os preços das telecomunicações são justificados por factores internos e externos, nomeadamente a inflação e a depreciação do Kwanza face ao Euro e ao Dólar, com este último a ter uma influência enorme nas transacções entre participantes do ecossistema das TICs, já que grande parte dos serviços e produtos são importados por falta de uma indústria de tecnologia e de prestação de serviços a nível nacional.

Os preços das telecomunicações estão no regime de preços regulados, justificado pelo facto de as empresas utilizarem recursos públicos como, frequências, planos de numeração, que são entregues às empresas em regime de concessão. O que significa que as alterações de preços devem ser autorizados pelo regulador, que estabelece previamente limites nos preços dos serviços prestados pelos operadores.

O estudo da AAI a que o jornal Expansão teve acesso, refere que a regulação se justifica também pelo facto de, apesar dos incentivos à concorrência, persistir em Angola as características de um mercado monopolizado, “onde o principal operador [Unitel], detido pelo Estado por via da nacionalização, tem uma quota de mercado superior 80%”.

Segundo o diagnóstico sobre o preço dos serviços de telecomunicações, as boas regras de gestão de serviços públicos aconselham uma acção da regulação para evitar a prática de preços muito altos que prejudiquem os consumidores ou para evitar a prática de preços muito baixos (dumping), que possam levar à falência os pequenos operadores e colocar uma forte barreira à entrada de novos concorrentes.

“Há outras medidas que podem contribuir para melhorar a regulação dos preços, como, por exemplo, a criação de um índice económico composto pelas principais componentes com maior impacto nos custos dos operadores, tais com preços dos combustíveis, custo da força de trabalho, e outras componentes que tenham impacto no aumento dos custos”, diz o estudo.

O documento revela que 25% do preço pago pelos consumidores para aceder à Internet serve para cobrir o custo de acesso aos cabos submarinos do Backbone IP Internacional (rede de telecomunicações que interliga várias redes menores permitidos troca de dados). Isso também se deve aos “actuais efeitos da sobrefacturação dos serviços de uma empresa [Angola Cables], quase monopolista, para cobrir um investimento de questionável interesse e valor para o País, que se apresentam nefastos para o sector das TIC e, em última instância, para os angolanos”.