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Sexta-feira, Dezembro 19, 2025
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Startup NARISREC lança campanhas para promover o descarte adequado de resíduos eletrónicos

A startup angolana NARISREC, que consiste numa plataforma online “e-waste” de gestão e comercialização de resíduos eletrónicos, vai criar várias campanhas de sensibilização para promover práticas adequadas para o descarte de materiais electrónicos.

Segundo Décio Silva, Director de Operações da startup, as referidas campanhas buscam envolver todos os sectores da sociedade na implementação de hábitos sustentáveis.

A proposta é conscientizar a comunidade para que assuma a responsabilidade de descartar correctamente os seus resíduos electrónicos. Para isso, instalamos ecopontos devidamente estruturados e adaptados para receber esses materiais, permitindo um processo seguro e eficiente”, afirmou.

Foi revelado ainda que a NARISREC conta já com cinco ecopontos localizados estrategicamente em Luanda, incluindo áreas como a Fortaleza e os supermercados. O mais recente foi inaugurado no Expo Garden.
Para Décio Silva o plano de expansão contempla a instalação de mais 12 ecopontos na capital e a ampliação para outras províncias, como Cabinda, onde já existe um centro de tratamento local.
Estamos a avançar com cautela, garantindo condições logísticas e técnicas para replicar esse modelo em outras regiões do país. É um projecto que demanda não só infra-estrutura, mas também educação e sensibilização das comunidades”, disse.
Sobre a educação ambiental, Décio Silva revelou que a empresa tem investido em workshops e campanhas educativas para promover a mudança de mentalidade sobre a gestão de resíduos e essa abordagem é fundamental para engajar diferentes sectores da sociedade, desde o público em geral até empresas privadas.
É preciso que cada entidade, incluindo empresas privadas, implemente sistemas internos de sustentabilidade e eduque seus colaboradores. Se cada um fizer a sua parte, o impacto será significativo para o país”, destacou.
Apesar dos avanços, continuou, a NARISREC enfrenta desafios relacionados ao suporte estatal e ao acesso a investimentos sob a necessidade de regulamentação específica para resíduos electrónicos e de maior apoio do governo às iniciativas privadas voltadas à reciclagem.

Como testar a IA DeepSeek no seu computador e smartphone

A DeepSeek tem vindo a ganhar destaque nos últimos dias, com a chegada do seu modelo de IA que promete revolucionar o mercado da IA. A empresa chinesa apresentou recentemente o seu modelo R1, que promete ultrapassar as capacidades do o1 da OpenAI – certamente uma promessa de peso.

Além disso, este modelo é inteiramente aberto, portanto, qualquer um o pode usar livremente nos seus projetos, e também possui custos consideravelmente inferiores face aos modelos rivais da OpenAI.

Mas como é que o pode testar? Bem, a plataforma encontra-se disponível gratuitamente, no mesmo formato que o ChatGPT. A mesma pode ser usada via a web, ou por aplicações móveis – e via API, para quem pretenda desenvolver as suas próprias aplicações.

Para testar via a web basta aceder ao site da DeepSeek, em https://chat.deepseek.com/

Depois de se aceder, será necessário registar uma conta – ou fazer o login via a conta da Google – tal como o ChatGPT. A interface é também ela parecida com a oferta da OpenAI, onde se encontra a lista de chats realizados com a mesma, e que podem ser acedidos no futuro.

deepseek

A interface encontra-se em inglês, mas os utilizadores podem escrever diretamente na plataforma em Português, que o sistema reconhece o mesmo e responde de igual forma.

Para quem pretenda a aplicação para dispositivos móveis, esta encontra-se disponível atualmente para iOS e Android, tendo uma forte integração com ambos os sistemas.

A proposta da DeepSeek é certamente interessante, e uma boa forma de combinar com as ferramentas existentes de IA – para quem usa as mesmas no dia a dia.

Duas contas do WhatsApp no iPhone? Funcionalidade a caminho

O site WABetaInfo está a avançar com a notícia de que o WhatsApp começou a testar no iPhone a possibilidade de usar duas contas em simultâneo no mesmo dispositivo.

A publicação refere que a opção se encontra a ser testada na mais recente versão beta do WhatsApp para os telemóveis da Apple, o que indica que o lançamento pode estar mais próximo do que julga.

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Como recorda o site GSMArena, esta opção foi lançada para telemóveis Android em outubro de 2023 – chegando portanto com algum atraso aos iPhones.

Publicidades chegam a rede social Threads

O responsável pelo Instagram, Adam Mosseri, anunciou que a Meta começou a exibir anúncios publicitários na Threads.

Mosseri referiu que esta exibição ainda é um “pequeno teste”, explicando que os anúncios surgirão sob forma de publicações com imagens nos ‘feeds’ entre os ‘posts’ partilhados pelos utilizadores. Sabe-se também que o teste está a ser feito com uma “pequena percentagem de pessoas” nos EUA e Japão.

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“Sabemos que haverá muito ‘feedback’ sobre como devemos abordar os anúncios e queremos garantir que se pareçam com publicações da Threads que considerem relevantes e interessantes”, escreveu Mosseri.

Inclusão digital no ensino é chave para reduzir desigualdades, defende MINTTICS

A inclusão digital no ensino angolano vai permitir promover o desenvolvimento social, reduzir as desigualdades e modernizar o processo educativo em todo o país, na opinião do director nacional de Telecomunicações e Tecnologias de Informação do MINTTICS, Matias Borges.

O dirigente que falava durante o Dia Internacional da Educação, sob o lema “Educar para Inovar, Conectar para Transformar”, frisou que o acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) é fundamental para transformação e criação de oportunidades para o desenvolvimento social e económico do país.

As TICs não só facilitam o acesso remoto à educação, como também permitem a disseminação de conteúdos, melhoram a comunicação entre professores e alunos e capacitam os estudantes com habilidades indispensáveis para a era digital”, destacou.

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Em sua abordagem, Matias Borges considerou a integração das tecnologias no sistema de ensino um passo importante para ampliar o alcance da educação em Angola, utilização de tecnologias que permitem levar o ensino a locais distantes, garantir a continuidade dos estudos em situações adversas e modernizar as metodologias de transmissão de conhecimentos.

Além disso, reforçou a importância da capacitação dos professores e da sensibilização de estudantes e famílias sobre o uso responsável das ferramentas digitais como parte do processo de inclusão tecnológica.
Matias Borges reiterou o compromisso do Governo angolano em continuar a investir em tecnologias que promovam a inclusão e a inovação na educação, para que o acesso às TICs seja uma realidade cada vez mais abrangente em Angola.

Google introduz nova funcionalidade no Android para reforçar segurança

A Google anunciou o Identity Check, uma funcionalidade do Android 15 que utiliza a biometria para proteger regiões importantes do telefone. Esta é ativada caso alguém aceda ao smartphone fora de locais fidedignos. Desta forma, os seus dados ficam protegidos mesmo que o seu telefone seja roubado, e os ladrões sabem o PIN que bloqueia o seu ecrã.

A gigante das pesquisas detalhou a verificação de identidade numa publicação do seu blog. Revelou que os smartphones Pixel e os Samsung com a One UI 7 serão os primeiros a obtê-la. Como o One UI 7 estará inicialmente disponível apenas nos novos Galaxy S25, terá de se esperar um pouco para ativar em mais dispositivos.

A verificação de identidade será opcional, pelo que os utilizadores vão ter de a ativar no menu Proteção contra roubo do seu smartphone com o Android 15. Após ativar esta opção, exigirá autenticação biométrica para “aceder a determinados recursos confidenciais quando estiver fora de locais fidedignos”.

       

A Google afirma que a Verificação de Identidade permitirá uma proteção melhorada para as definições do dispositivo e as Contas Google que pode utilizar em dispositivos compatíveis. Trará também “segurança adicional” para as contas Samsung. Um atacante teria mais dificuldade em assumir o controlo destas contas, o que poderia proteger todos os tipos de dados.

A Verificação de Identidade exigirá autenticação biométrica quando o utilizador ou outra pessoa tentar aceder a essas contas, ou definições a partir de um local desconhecido. No entanto, é possível definir locais fidedignos na aplicação, para que a biometria não seja necessária em casa, no trabalho e noutros locais onde passa muito tempo.

Uma vez ativado, o Identity Check impossibilitará os ladrões de fazerem coisas como alterar o PIN do telefone, desativar a biometria e desativar a proteção contra roubo. Além das contas Google e Samsung, as chaves de acesso também estarão protegidas. O Theft Detection Lock, que utiliza algoritmos de IA no dispositivo para determinar se um telefone pode ter sido roubado à força, funciona agora em mais dispositivos. Precisa do Android 10 ou posterior para ativar a funcionalidade.

Angola tem 38º pior serviço digital prestado pelo Estado

Angola ocupa a posição 156 entre os 193 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) no Índice de Desenvolvimento de Governo Electrónico (EGDI) de 2024, de acordo com uma pesquisa publicada pela organização internacional, sendo assim o 38.º pior no ranking.

Já entre os Países membros da SADC, Angola ocupa o sexto pior lugar, na posição 11 num grupo de 16 Estados. De acordo com o documento, o País tem 0,41 pontos numa escala de 0-1 e faz parte do grupo de países de médio desempenho.

Os serviços digitais prestados pelo Estado angolano apresentam ainda muitas debilidades, tanto na qualidade dos serviços prestados como em termos de infraestruturas capazes de dar resposta às necessidades da população.

Apesar dos avanços feitos como a criação do Instituto de Modernização Administrativa (IMA), e do Portal dos Serviços Públicos Electrónicos do Governo (SEPE), que permite aos cidadãos realizarem várias actividades online, como consultar o NIF, agendar serviços médicos, ou solicitar benefícios, alguns serviços ainda são prestados de forma analógica e mesmo aqueles que já foram digitalizados ainda apresentam outros desafios em termos de eficiência.

O sistema de recrutamento do Estado, por exemplo, que já é feito parcialmente online no Portal dos Serviços Públicos Electrónicos do Governo (SEPE), gerido pela Escola de Administração e Politicas Públicas ENAPP, ainda é alvo de constantes reclamações por parte da população que participa dos concursos públicos, que se queixam de falhas no portal durante a realização dos testes sendo algumas vezes necessário repetir o processo.

Até mesmo os serviços digitais prestados pela Administração Geral Tributária (AGT), que é reconhecido como um dos grandes projectos de modernização da administração pública e de extrema importância, é muitas vezes alvo de reclamações em termos de funcionamento dos canais digitais.

Outro exemplo é o caso do pagamento de luz que é digitalizado apenas para clientes do serviço pré-pago. Para quem ainda usa o serviço pós-pago o processo ainda é feito presencialmente e pago em muitos casos em cash, o que aumenta os riscos de fraudes. Estes sistemas de pagamento (misto) dos serviços públicos persistem em outras instituições como as administrações, por exemplo.

De acordo com Sílvio Almada, presidente da Associação Angolana de Provedores de Serviços de Internet (AAPSI) há ainda uma grande necessidade de criação de infra-estruturas de telecomunicações e a divulgação destes serviços de modo a que alcancem todas as franjas da sociedade.

O responsável apontou ainda a importância da interligação das bases de dados das instituições públicas do Estado e a disponibilização das informações públicas que acabam também por aumentar a credibilidade do próprio Estado.

Sílvio Almada fez ainda referência à necessidade de se investir na literacia digital e melhorar o acesso às novas tecnologias e a internet.

Segundo a Conta Geral do Estado de 2023, o Governo previu investir naquele ano cerca de 2,35 mil milhões de Kz na modernização administrativa através do IMA, tendo executado apenas 71% do valor previsto, cerca de 1,67 mil milhões Kz. Já para 2024, segundo o OGE do ano passado, a projecção baixou 22% para 1,84 mil milhões, mas voltou a subir 30% para 2,39 mil milhões Kz em 2025, segundo o orçamento deste ano. O que indica que o Estado pretende investir mais na modernização da administração pública.

A pesquisa de governo electrónico publicada bianualmente pela ONU, avalia a qualidade dos serviços online, das infraestruturas de telecomunicações e capacitação humana. O relatório mostra que em 2024 a Dinamarca, Estónia e Singapura lideram o ranking de 193 Estados-membros. Já em África, a África do sul, as Ilhas Maurícias e a Tunísia ocupam as melhores posições.

Apesar das crises globais recentes, países e regiões em todo o mundo aceleraram os seus esforços em estratégias de governação digital. O relatório aponta avanços significativos em governança digital, impulsionados por investimentos em infraestruturas resilientes e tecnologias de ponta, como inteligência artificial e computação em nuvem.

No entanto, a pesquisa também destaca que muitos países ainda enfrentam desafios para implementar essas inovações nos serviços públicos e na participação dos cidadãos, elementos essenciais para alcançar os objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

No geral, 71,5% dos Estados-membros agora estão nos níveis alto ou muito alto. Melhorias na prestação de serviços e infraestruturas de telecomunicações impulsionaram a média global do índice, reduzindo a proporção da população que fica para trás no desenvolvimento digital de 45% em 2022 para 22,4% em 2024.

A digitalização da administração pública melhora a eficiência administrativa, fortalece a transparência, aumento a participação do cidadão, reduz o tempo de espera para a realização de serviços e reduz a necessidade de documentos físicos.

Cloudflare diz ter impedido maior ciberataque DDoS já detetado

A Cloudflare partilhou o seu mais recente relatório trimestral de ameaças cibernéticas e revela que, no dia 29 de outubro de 2024, detetou o maior ataque informático do tipo Denial of Service (DDoS) alguma vez reportado.

Um ataque deste tipo tem como objetivo sobrecarregar um sistema ou servidor com pedidos de acesso, levando a que fique temporariamente indisponível. Como conta o Bleeping Computer, a Cloudflare diz que detetou pedidos de acesso de cerca de 5.500 endereços de IP por segundo.

MAIS: Os ataques DDoS aumentaram 40% nos últimos seis meses

O ataque terá durado apenas 80 segundos e, de acordo com a Cloudflare, foi impedido graças ao seu sistema de defesa automático. “Não exigiu intervenção humana, não disparou quando alerta e não causou degradação de desempenho. Os sistemas funcionaram como o esperado”, notou a empresa.

 

Telecomunicações em Angola precisa de mais empresas privadas, defende TIS TECH

O sector das telecomunicações em Angola precisa de mais empresas privadas, na opinião de Wilson Oliveira, CEO da TIS TECH.

Falando em entrevista ao Jornal Expansão, o gestor frisa que “hoje temos no sector económico das telecomunicações alguns privados e alguns públicos” mas “é uma realidade que precisamos de ter mais privados no sector das telecomunicações.

É um processo importante para o crescimento da rede de telecomunicações. É necessário que tenhamos mais operadores privados, e os operadores privados que possam ir às províncias, como Moxico, Zaire e outras“, disse.

MAIS: Tis Tech vai formar mais de 1.000 técnicos em problemas tecnológicos

Segundo ainda Wilson Oliveira, uma outra questão que deve-se debater é sobre a falta de quadros nacionais nas tecnologias, onde hoje em Angola temos uma realidade bem distinta.

Temos o ISPTEC e outras universidades a produzir e a formar muitas pessoas, como a Universidade Católica de Angola, a Universidade Gregório Semedo e outras. Hoje temos um ecossistema que produz profissionais. Acredito, e já disse isso noutras paragens: talvez precisamos acertar, já que as pessoas saem da universidade com um conhecimento específico, mas conhecimento precisa dar match [combinar] com as necessidades do mercado. Ou seja, se o mercado precisa de laranjas, você forma laranjas. Se você formar maçãs e o mercado precisar de laranjas, tem o trabalho de transformar a maçã em laranja“, concluiu.

Sobre o mais recente relatório da ONU sobre governação electrónica, que mede o índice de digitalização dos serviços dos Estados, que posiciona Angola no lugar 156 entre 193, o CEO da TIS TECH deu o seu parecer.

Este índice demonstra que ainda temos um longo caminho a percorrer. Demonstra que temos muito trabalho para fazer, que temos de trabalhar e temos de implementar mais sistemas, facilitar e simplificar os processos para o cidadão. A implementação do Simplifica, veio, provavelmente, para endereçar essa questão da governança digital, com o IMA [Instituto de Modernização Administrativa], que é o vector para esse processo de modernização do Estado. Vi, no ano passado, uma série de apresentações do próprio IMA em projectos para modernização e para dirigir essa questão da economia digital. Temos muito trabalho a fazer. Isso é um facto. E empresas como a TIS mostram, também, que o sector de tecnologia em Angola tem grande potencial ainda para crescer“, finalizou.

ANPG vai investir 207,7 milhões de kwanzas em licenças Microsoft Unified Support

A aquisição de licenças Microsoft Unified Support da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) vai custar mais de 207,7 milhões de Kwanzas (cerca de 225,1 mil dólares), segundo o Despacho Presidencial n.º 284/24, de 9 de Dezembro assinado pelo Presidente da República, João Lourenço.

Pelo que revela o documento, é delegado ao PCA da ANPG a competência de, com a faculdade de subdelegar, conduzir todos os procedimentos que levarão, por contratação simplificada, à celebração e assinatura do contrato para a aquisição do referido suporte informático.

Realce-se que a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis deve mudar-se, nos próximos momentos, das Torres do Carmo, na Ingombota, para a nova sede, um edifício localizado à entrada da Cidade Alta, comprado pelo Estado angolano ao Banco Económico por 100 milhões de dólares.

As futuras instalações da ANPG já custaram aos cofres públicos, além do valor da compra, cerca de 62 milhões de dólares, designadamente 35 milhões para apetrechamento, 14,8 milhões USD para transferência física da infra-estrutura tecnológica e modernização de activos operacionais da sede antiga para a nova e 12 milhões de dólares para a actualização do sistema de ar condicionado.