Ataque à Vodafone: Hacker russo pôs à venda acesso ilegal ao sistema de uma operadora portuguesa.

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As forças de segurança de Portugal, propriamente a Polícia Judiciária (PJ), encontra-se nesse momento a seguir uma pista de um pirata informático russo, no caso do ciberataque à Vodafone, adiantando que o mesmo hacker terá posto à venda o acesso ilegal ao sistema de uma operadora portuguesa, revela o Expresso.

Segundo o jornal português, o hacker russo anunciou, isto é, em 24 de janeiro último, estar à procura de compradores para o acesso ilegal ao sistema informático de uma companhia de telecomunicações portuguesa, com receitas entre 1 e 4 mil milhões de dólares.

O pirata informático terá feito o anúncio no fórum online russo Exploit.in, de acesso pago, onde comummente piratas informáticos transacionam dados e informações, na maioria das vezes ilegais.

Vou ouvir as vossas propostas de preços”, escreveu o hacker russo, propondo como ponto de partida 2500 dólares (cerca de um milhão e trezentos mil kwanzas).

MAIS: O que se sabe (até ao momento) sobre o ciberataque à Vodafone Portugal

A licitação foi identificada por uma empresa norte-americana de cyber intelligence, a Mandiant, que controla habitualmente este tipo de fóruns fechados, bem como transações e ameaças na chamada darkweb.

Uma fonte ouvida pelo ‘Expresso’, responsável por investigar os últimos ciberataques em Portugal, incluindo o da Vodafone, confirmou estar “a investigar a mensagem do hacker russo”, como pista para os mais recentes casos.

De referir que nos últimos dias foi avançado a noticia que a várias suspeitas de que piratas informáticos russos estivessem por trás dos mais recentes ataques informáticos, quer na Europa, quer em Portugal, como o da Vodafone.

Analistas de cibersegurança sublinham ainda que existe um padrão comum nos últimos incidentes, contrário àquele que se observava até então: não há pedidos de resgate. O único objetivo é destruir ou condicionar as infraestruturas críticas dos Estados.

Nesse sentido, suspeitam que os hackers se tratem de “agentes estatais numa ação de ciberguerra”, apontando para a Rússia, em mais um movimento da guerra híbrida que tem em marcha na tensão com a NATO pela Ucrânia.

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