Governo vai apoiar as universidades na II edição do Congresso Internacional sobre “Ciência e Inovação”

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O Governo Angolano vai apoiar as universidades que pretendam ser as promotoras da II edição do Congresso Internacional sobre “Ciência, Inovação e Desenvolvimento na Lusofonia”, segundo a Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança.

Falando no I Congresso Internacional de Ciência, Inovação e Desenvolvimento na Lusofonia, no Mindelo, na Ilha de São Vicente, em Cabo Verde, a responsável afirmou que os trabalhos apresentados demonstram os resultados de investigações, que podem contribuir para terem um impacto na vida das pessoas.

Muitas vezes fica-se com a ideia de que a investigação tem que ser orientada para a resolução de um problema específico, como no caso da investigação aplicada”, disse.

A ministra aproveitou a ocasião para visitar várias instituições de ensino, com realce para a Universidade Técnica do Atlântico, que tem um Instituto de Ciências Náuticas, Engenharia e Ciências do Mar, que colabora com a Universidade do Namibe, para preparar um plano de ação com vista a superar alguns problemas em relação a cursos ligados às Ciências Náuticas.

Maria do Rosário Bragança informou que de 30 de novembro a 1 de dezembro deste ano, Angola vai realizar a VIII Conferência Nacional sobre Ciência e Tecnologia, que contará com a apresentação de trabalhos de investigadores angolanos e de outros países, onde espera que Cabo Verde tenha uma participação importante.

A professora da Universidade Lusófona de Portugal Maria de Lurdes Machado defendeu que as instituições de ensino superior devem desenvolver sistemas internos, externos e outros, para serem analisados pelas agências mundiais de avaliação de qualidade.

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Maria de Lurdes Machado disse que a qualidade é um grande desafio, avançando que o ensino superior no mundo tinha 260 milhões de estudantes em 2016, e de acordo com as projeções da UNESCO, esse número deve atingir 600 milhões em 2040.

A docente acrescentou que para se atingir a qualidade existem vários desafios mundiais, desde a globalização, a internacionalização e as exigências do mercado de trabalho que precisa de estudantes competentes.

A Professora informou haver estudos que apontam que 36 por cento dos diplomados das instituições a nível mundial não adquirem ganhos cognitivos ao longo da sua formação e isso representa um grande desafio. “Neste âmbito, são colocadas questões sobre o que se ensinar aos estudantes para adquirirem as competências necessárias para lidarem com os desafios mundiais, desde competências emocionais, linguísticas e digitais”. Felicitou o desafio lançado pela Vice-Presidente da República de Angola, Esperança da Costa, para que o II Congresso Lusófono se realize em Luanda.

“O repto lançado pela Vice-Presidente de Angola demonstra que a nível político existe a preocupação em apostar na criação de iniciativas para colocar as instituições de Ensino Superior no leque das melhores do mundo e garantir que os diplomados adquiram competências necessárias para concorrerem no mercado de trabalho”.

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