Mercados dos satélites continuam a ser apetecíveis para os governos africanos

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Os mercados dos satélites continuam a ser apetecíveis para vários governos africanos, onde se estima que em 2050 será um dos mais populosos do mundo, segundo o diretor-geral do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), Zolana João.

O especialista que falava durante a cerimónia de abertura oficial dos serviços do satélite Angosat-2, disse que para fazer face a esses desafios do futuro, os operadores tradicionais estão a trabalhar em planos estratégicos há anos para tomarem conta desta fatia do mercado, considerando-a “extremamente significativa”.

Por isso, o satélite angolano foi construído para ser competitivo a nível do mercado internacional, e não só africano.

Zolana João afirmou ainda que um dos maiores especialistas de dados da Indústria Espacial de África (Spacy África) estima que a “SS” faturou, no continente, cerca 300 milhões de dólares, entre 2020 e 2021. A Economia Espacial está a crescer e vai se tornando muito competitiva.

“Vamos ter uma competição séria, onde vamos competir com grandes gigantes. Hoje só falamos de transformação digital, revolução digital e quarta revolução industrial”, enfatizou, adiantando que não é possível fazer nada disso sem conectividade.

MAIS: Instituições provinciais já beneficiam dos serviços do ANGOSAT-2

O diretor acrescentou que “há vários anos que os números mostram que África investe biliões de dólares, mas ainda assim é o continente menos conectado do mundo”. Por isso, os satélites como o Angosat-2 e o esforço gigantesco do Executivo vão ajudar a responder a algumas preocupações da ITIU, no âmbito das Nações Unidas e da União Africana.

Zolana João recordou que com a colocação em órbita do Angosat-2 foi possível poupar quase 85 por cento de combustível.

Se continuarmos assim, ao nível de operação, vamos estender o tempo de vida do satélite, que, no contexto operacional, é uma das grandes condicionantes”.

Hoje temos dificuldades de chegar às zonas rurais porque o Capex não compensa, tal como os esforços que os operadores têm desenvolvido, pontualizou.

A Banda C, com distinção para K-1, prosseguiu, é um bime homogéneo que cobre toda a África e parte Sul da Europa.

Infelizmente com isto também se perde potência. No HTS os Bimis foram redimensionados para cobrir um terço do território nacional, cerca de 300 quilómetros de raio, o que contribuiu para melhor potência, sinal, maior eficiência e competição”, frisou o especialista.

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