[Moçambique] Estudantes do ensino secundário capacitados em cibersegurança

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O Administrador do Distrito de Marracuene, na província de Maputo, Shafee Sidat, considera pertinente a abordagem da literacia digital sobre a segurança, sobretudo para jovens e adolescentes em idade escolar, tidos como vulneráveis a cibercrimes.

O dirigente fez esta declaração recentemente, em Marracuene, no decurso de um seminário dedicado aos alunos do ensino secundário. Na ocasião, justificou a sua posição com o facto de nesta faixa etária haver relatos de perigos relacionados com o uso das tecnologias de informação e comunicação.

Recentemente, tivemos um ataque cibernético a nível nacional, nos sites de instituições públicas e parece que não estávamos preparados. Agora, começamos com estes debates e acreditamos também que estes fóruns vão despertar as pessoas sobre a necessidade de estarem preparadas para esta guerra cibernética que o mundo está a enfrentar”, disse.

Sidat considerou de vital importância a formação, pois, a partir dos estudantes, o país estará preparado para fazer face aos fenómenos desta natureza.

O seminário, realizado e promovido pelo Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC), tinha por objetivo debater e transmitir conhecimentos sobre a cibersegurança aos alunos do ensino secundário.

Por seu turno, o administrador para a área corporativa do INTIC, Luís Canhemba, referiu que uma das apostas do Governo, através da sua instituição, é transformar a Internet numa ferramenta cada vez mais segura para os utilizadores nacionais.

Na utilização da Internet corremos vários perigos, pelo que é necessário adotar um comportamento adequado para proteger as pessoas, a sua privacidade e os seus dispositivos eletrónicos, tais como computadores e telefones”, disse.

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Salientou que um criminoso pode usar os meios digitais para ter acesso a dados confidenciais guardados nos dispositivos, apenas por o utente não respeitar algumas medidas básicas de segurança. No entanto, é necessário adotar boas práticas para o uso seguro, consciente e responsável da Internet, em todos os quadrantes da sociedade.

No panorama atual, adiantou, “a segurança cibernética não é apenas um risco para as instituições, mas também o é sob ponto de vista social, pois, a dado momento, ela deixou de ser apenas um assunto técnico do sector de tecnologia de informação e tornou-se uma responsabilidade de todos que usam os meios digitais, incluindo, evidentemente, os estudantes”.

Segundo ele, visando criar uma capacidade coletiva nacional, envolvendo o sector público e privado, a sociedade civil, a academia e o cidadão em geral, o Governo aprovou um instrumento legal quer visa mitigar os efeitos dos ataques incidentes cibernéticos no país.

Para os próximos meses, o INTIC tem programadas outras atividades de formação e capacitação em todo o país.

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