Recursos Humanos têm novo inimigo: falsos perfis do LinkedIn criados com IA

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Os gestores de Recursos Humanos das empresas sempre se depararam com currículos aldrabados, com experiências e skills falsas. No entanto, com o avanço da tecnologia, evoluem também os esquemas e os departamentos têm um novo problema em mãos: perfis do LinkedIn falsos, criados com a ajuda de Inteligência Artificial (IA).

Cada vez mais, é preciso ter cuidado… em todos os contextos.

Desde sempre que os gestores de Recursos Humanos se deparam com currículos que não correspondem ao verdadeiro percurso dos candidatos. Se antes as informações falsas chegavam a estes profissionais através dos currículos, agora, chegam também através de uma plataforma que deve conhecer bem: o LinkedIn – com a ajuda de IA.

O LinkedIn é uma plataforma americana que se dedica às redes empresariais, por forma a conectar profissionais de várias áreas e promover o desenvolvimento da carreira dos seus utilizadores. Aliás, adquiriu de tal forma relevância no mundo empresarial, que é normalmente solicitado o perfil do candidato, a par do CV e de outros documentos comuns.

Aparentemente, a IA já chegou ao LinkedIn e tem ajudado à criação de perfis executivos falsos, que combinam textos retirados de outras contas (essas legítimas e verdadeiras) e imagens geradas pela tecnologia. Perante este cenário, os departamentos de Recursos Humanos têm enfrentado o problema de perceber a legitimidade e a veracidade das informações que constam nos perfis.

MAIS: LinkedIn continua a ser a marca mais utilizada em tentativas de phishing

A alertar para este problema está, por exemplo, o jornalista e especialista em segurança e cibercrime Brian Krebs. Há uns dias, este alertou para o “grande número” de perfis no LinkedIn de supostos executivos que afirmam ser Chief Information Security Officers (CISOs) em grandes empresas – a sua dimensão é comprovada com a presença na Fortune 500.

De acordo com o especialista, quando, há uns dias, pesquisou o CISO de uma multinacional de energia, o primeiro resultado que o Google apresentou dizia respeito a uma conta falsa, tendo o verdadeiro aparecido em segundo lugar. Mais do que isso, o jornalista deu a conhecer o caso de outra pessoa que, não sendo o CISO de outra gigante de energia, conseguiu incluir-se na lista de executivos, num site especializado.

Recebemos mais de 500 pedidos de perfis falsos para aderir todas as semanas.

Disse um dos chefes de um grupo de profissionais de sustentabilidade do LinkedIn com mais de 300.000 membros, revelando que o problema se agrava desde o início do ano.

Embora o especialista tenha as suas teorias, a razão que está a motivar esta enchente de falsos perfis no LinkedIn não é conhecida, pelo que deve ter cuidado quando se conectar a alguém novo na rede.

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