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Quinta-feira, Dezembro 18, 2025
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Moçambique garante regulamentação para serviços de cloud no país

O Ministro das Comunicações e Transformação Digital de Moçambique, Américo Muchanga, anunciou que, nos próximos cinco anos, o governo vai investir na criação de centros de dados e num quadro regulatório adequado para permitir a adopção segura e eficiente de serviços de computação em nuvem.

A iniciativa tem como principal objectivo garantir que instituições financeiras e demais empresas passem a hospedar os seus serviços dentro do país, reduzindo a dependência de servidores estrangeiros e reforçando a soberania digital.

Segundo o ministro moçambicano, esta medida vai permitir maior segurança, rapidez e confiabilidade nas operações digitais, especialmente no sector financeiro.

“Estamos a trabalhar para que Moçambique tenha capacidade própria de armazenamento e gestão de dados críticos, especialmente no sector financeiro”, afirmou Américo Muchanga.

A criação dos data centers faz parte de uma estratégia mais ampla do Ministério das Comunicações e Transformação Digital (MCTD), que pretende acelerar a transformação digital do país, promover a cooperação entre plataformas e garantir que os dados dos moçambicanos permaneçam em território nacional.

Angola e Moçambique aprofundam parceria tecnológica nas finanças públicas

Além de modernizar o sistema financeiro, esta medida representa uma oportunidade para fortalecer o ecossistema tecnológico moçambicano. Startups, fintechs e jovens empreendedores poderão beneficiar-se de uma infra-estrutura mais estável, segura e acessível.

Para os profissionais e criadores que vivem da tecnologia,  programadores, desenvolvedores, empreendedores digitais e criadores de startups, esta decisão poderá ampliar o início de uma nova era.

Com servidores e serviços hospedados localmente, a internet tende a tornar-se mais rápida e confiável, criando as condições ideais para o crescimento da inovação.

Eduardo Clemente defende que o uso da tecnologia na banca deve assentar em três pilares: serviço ao cliente, eficiência e gestão de dados

O Administrador Executivo do Standard Bank de Angola (SBA), Eduardo Clemente, afirmou que o futuro da banca passa por uma adopção estratégica da tecnologia, baseada em três pilares essenciais: serviço ao cliente, eficiência operacional e gestão de dados. A declaração foi feita durante a Angola International Executive Finance Summit (AIEFS), realizada no sábado, 29 de Novembro, em Luanda, onde o SBA foi distinguido como “Empresa do Ano do Sector Financeiro” e “Estratégia Financeira do Ano”.

No painel intitulado “O futuro dos bancos na era inteligente – desafios e novos modelos de negócios”, Eduardo Clemente sublinhou que, em Angola, a maior parte dos bancos continua a operar de forma tradicional, oferecendo sobretudo crédito, depósitos e serviços transaccionais. Para o gestor, a tecnologia, especialmente a inteligência artificial, tem potencial para transformar este modelo e criar novas oportunidades.

Segundo explicou, a IA pode melhorar significativamente o atendimento ao cliente, analisando comportamentos, sugerindo produtos alinhados ao perfil do utilizador e simplificando processos, reduzindo assim a necessidade de deslocações às agências. Podem mesmo ser criados agentes digitais capazes de funcionar como “analistas financeiros pessoais”, ajudando o cliente a tomar decisões mais informadas.

No campo da eficiência, Clemente destacou que ferramentas tecnológicas permitem reduzir erros, automatizar tarefas repetitivas e direccionar as equipas para actividades de maior valor, como análise e inovação. Um dos exemplos mais relevantes é o uso de RPAs (Robotic Process Automation), que já contribuem para melhorar processos internos, acelerar operações e aumentar a satisfação do cliente.

O terceiro pilar mencionado foi a criação de novos modelos de negócio, ainda raros no mercado angolano. Através da gestão e análise de dados, os bancos podem desenvolver serviços inovadores, como análises financeiras personalizadas e soluções digitais que reforcem a sua relevância no ecossistema financeiro.

Para o Administrador Executivo do SBA, os bancos devem reflectir sobre o seu posicionamento estratégico: investir mais em tecnologia, apostar na eficiência interna ou avançar para modelos de negócio totalmente novos. “A tecnologia não deve ser vista como risco, mas como oportunidade para fazer melhor e diferente”, afirmou.

União Africana realiza primeira Conferência sobre Agricultura Digital

A Comissão da União Africana, através do Departamento de Agricultura e Desenvolvimento Rural, está a realizar, de 1 a 3 de Dezembro, a primeira Conferência da União Africana sobre Agricultura Digital, na sua sede, em Adis Abeba (Etiópia).

Com o lema “Moldando a Política Agrícola para o Futuro da África: Inovação, Resiliência Climática e Transformação Digital”, o encontro pretende acelerar a adopção de tecnologias digitais no sector agrícola, reforçando a produtividade, a sustentabilidade e a resiliência no continente.

A conferência aborda temas como serviços de extensão digital, inovações tecnológicas aplicadas à agricultura, acesso aos mercados, cadeias de valor, agricultura inteligente face às mudanças climáticas, políticas e regulamentação, bem como gestão e protecção de dados.

O evento vai igualmente focar-se na partilha de experiências, no reforço de parcerias para impulsionar a inovação digital, na capacitação de agricultores e comunidades rurais e na apresentação de iniciativas bem-sucedidas de agricultura digital, de modo a inspirar novos investimentos.

Recorde-se que, em 2020, o Conselho Executivo da UA orientou a elaboração de estratégias sectoriais no âmbito da Iniciativa de Políticas e Regulamentação para a África Digital (PRIDA), tendo a agricultura sido definida como prioridade.

Desta orientação resultou a Estratégia de Agricultura Digital (DAS), adoptada em Fevereiro de 2024, que visa garantir maior acesso e preços acessíveis à internet em todo o continente.

A iniciativa está alinhada à Agenda 2063 da UA “A África que Queremos” e apoia a criação de um Mercado Único Digital para África, integrando projectos como o PIDA e a Área de Livre Comércio Continental Africana (AfCFTA).

A conferência reúne decisores políticos, académicos, empresas tecnológicas, startups, agricultores, organizações do sector, instituições de pesquisa, ONG, parceiros de desenvolvimento e investidores.

FONTE: GIRANOTÍCIAS

Facturação Electrónica vai aumentar a transparência, reduzir custos e elevar a eficiência das empresas em Angola

A Cegid, líder europeia em soluções de gestão empresarial na cloud para as áreas Financeira, Recursos Humanos, Contabilidade, Retalho e Empreendedorismo, realizou hoje, no Hotel Intercontinental, uma sessão de esclarecimento dedicada ao novo regime de facturação electrónica, que começará a vigorar de forma faseada em Angola a partir do próximo ano.

Numa altura em que as empresas angolanas atravessam uma fase transitória de adaptação ao novo modelo, a Cegid destacou que a facturação electrónica representa uma oportunidade estratégica para reduzir custos operacionais e garantir processos administrativos mais rápidos, rigorosos e eficientes. O envio electrónico das facturas à Autoridade Geral Tributária (AGT) reforça igualmente a segurança e a credibilidade dos dados, promovendo um ambiente de maior transparência e confiança no mercado angolano.

A sessão foi conduzida por Pedro Montez, especialista em Fiscalidade angolana e Legal Watch Senior Manager da Cegid na Ibéria e África. Segundo o responsável, as tecnologias actualmente ao dispor das empresas permitem acelerar operações internas e melhorar o reporting fiscal ao Estado.

“Vários países, nos mais diversos continentes, têm vindo a adoptar a facturação electrónica. Angola está na linha da frente deste movimento de digitalização, promovendo transparência nas transacções, confiabilidade da informação financeira e maior produtividade das empresas factores essenciais para a competitividade no mercado”, destacou Pedro Montez.

Com a entrada em vigor do Decreto Presidencial n.º 71/2025, que define a estrutura de dados e o modelo oficial da facturação electrónica em Angola, o país dá um passo decisivo na modernização dos seus sistemas de gestão e no cumprimento das normas fiscais.

“Este é um momento histórico para Angola. As empresas precisam agora de seleccionar sistemas de informação que garantam o reporte rápido e conforme ao Estado, ao mesmo tempo que aumentam a eficiência operacional”, acrescentou o gestor.

Angola e Moçambique aprofundam parceria tecnológica nas finanças públicas

Em Angola, o Serviço de Tecnologias de Informação e Comunicação das Finanças Públicas (SETIC-FP) assume a responsabilidade pela implementação, gestão e modernização das infraestruturas tecnológicas que sustentam o sistema das finanças públicas, funções que, em Moçambique, competem ao Centro de Desenvolvimento de Sistemas de Informação de Finanças (CEDSIF, IP).

A mesa redonda, que decorre até 4 de Dezembro, tem por finalidade aprofundar a cooperação institucional e consolidar os esforços de modernização digital no sector público, promover uma partilha estruturada de experiências destinada a identificar boas práticas, desafios convergentes e oportunidades de inovação conjunta.

O programa do encontro contempla sessões técnicas, apresentações, visitas guiadas e debates temáticos, envolvendo o Serviço de Desenvolvimento de Sistemas de Informação – SDSI, o Gabinete de Coordenação de Projectos – GACOP, o Serviço de Modernização e Reformas – SEMOR  e o Serviços de Gestão de Produtos e Clientes SGPC, que irão partilhar conhecimentos sobre arquitectura de sistemas, segurança da informação, gestão de projectos, operação de infra-estruturas críticas e processos de transformação digital.

Manuel António dos Santos, Presidente do Conselho de Administração do CEDSIF, IP, recebeu a delegação angolana e salientou a importância estratégica deste intercâmbio, sublinhou o papel da cooperação regional no reforço dos ecossistemas tecnológicos das finanças públicas.

Por sua vez, o Chefe da Delegação e Director-Geral Adjunto para a Área de Sistemas de Informação do SETIC-FP, Leonel Fernando Cambango, manifestou o interesse da instituição em alargar a sua presença às províncias de Angola, recordou que “a vida faz-se nos municípios”. Enfatizou a necessidade de desenvolver sistemas mais amplos, inclusivos e integrados, capazes de cobrir todo o território nacional e de elevar a qualidade dos serviços públicos prestados ao cidadão.

A delegação angolana informou que o SETIC-FP presta actualmente suporte a mais de 100.000 utilizadores das Finanças Públicas e a 7.000 utilizadores internos do ministério das finanças, números que demonstram a dimensão e o impacto das suas operações.

No encerramento do primeiro dia de trabalhos, o CEDSIF, IP e o SETIC-FP reconheceram os desafios associados ao desenvolvimento de soluções tecnológicas críticas, nomeadamente a modernização de infraestruturas, a segurança e a interoperabilidade dos sistemas. Ainda assim, reafirmaram que o reforço da cooperação e a partilha contínua de conhecimento vão permitir alcançar resultados mais sólidos, sustentáveis e compactíveis com as exigências da administração pública moderna.

[Angola] Presidente aprova USD 43 milhões para modernização digital da AGT

O Presidente da República, João Lourenço, determinou a realização de um concurso limitado por prévia qualificação, destinado à contratação de serviços especializados de tecnologias de informação, medida enquadrada no programa de transformação digital da AGT.

Estes serviços de tecnologia de informação especializada servirão, para a capacitação dos técnicos para o controlo, melhoria e fiscalização do sistema informático tributário.

Angola arrecada 40 milhões de kwanzas por mês com domínios .AO

Segundo o despacho, a iniciativa visa assegurar a evolução permanente das soluções tecnológicas, a introdução de novos módulos e a integração de componentes que aumentam a capacidade de actuação da Administração Geral Tributária, de forma coerente, perante as exigências da gestão pública digital actual.

Será a ministra das Finanças, que pode subdelegar, a aprovar as peças do procedimento, bem como a verificar a validade e legalidade de todos os actos praticados, nomeadamente a celebração do respectivo contrato.

Angola Cables anuncia Kubernetes e prepara GPUs para Inteligência Artificial na cloud nacional

 

A Angola Cables está a reforçar a sua oferta de serviços de valor acrescentado na plataforma Clouds2Africa, avançando para tecnologias de ponta que colocam o país no mapa da inovação digital. Durante o evento de lançamento do novo nó “Luanda-02”, realizado na sexta-feira, 28 de Novembro, a empresa apresentou a integração do Kubernetes para orquestração de contêineres e anunciou que, brevemente, irá disponibilizar GPUs (Unidades de Processamento Gráfico) na cloud.

“Trazemos o orquestrador automático de contêineres, que é o Kubernetes, e brevemente vamos ter também GPUs”, declarou Júlio Chilela, Director de Inovação Tecnológica. Estas tecnologias são essenciais para o desenvolvimento de aplicações modernas, escaláveis e complexas, sobretudo nas áreas de Inteligência Artificial, machine learning e renderização gráfica de alta performance, sectores que até agora dependiam quase totalmente de infraestruturas estrangeiras.

A empresa apresentou ainda o novo serviço Cloud Interconnect, uma solução desenvolvida por técnicos angolanos que permite interligar a plataforma Clouds2Africa a outras clouds públicas internacionais. Com esta funcionalidade, uma organização pode manter dados sensíveis alojados em Angola, por razões de soberania e compliance, enquanto distribui outras cargas de trabalho noutras clouds, gerindo tudo como um único ambiente.

“Conseguimos com isso garantir a parte da soberania dos dados, em que os dados angolanos ficam dentro de Angola e os dados internacionais podem ficar lá fora”, explicou o CEO, Ângelo Gama. Esta abordagem híbrida é vista como um factor decisivo para atrair multinacionais e instituições financeiras que exigem elevados níveis de segurança, desempenho e conformidade.

Fonte: Revistaoutside

Talent Lab da Africell lança CodeFast, um desafio para jovens programadores angolanos

O Talent Lab da Africell anunciou o lançamento do CodeFast, um novo desafio dedicado a jovens programadores entre os 18 e 25 anos, com o objectivo de impulsionar competências tecnológicas e identificar novos talentos no ecossistema digital angolano. O programa disponibiliza apenas 25 vagas, e as inscrições decorrem até 8 de Dezembro.

De acordo com a organização, o CodeFast foi concebido para proporcionar uma experiência imersiva e prática, combinando actividades de debugging, system design e desenvolvimento rápido de MVPs (Minimum Viable Products). Os participantes receberão feedback em tempo real de mentores especializados, além de concorrerem a premiações destinadas aos melhores desempenhos.

O evento principal está agendado para os dias 10 e 11 de Dezembro, nas instalações da Africell, em Luanda. A iniciativa pretende não só testar competências técnicas, mas também incentivar o trabalho colaborativo, o pensamento crítico e a capacidade de inovar sob pressão características essenciais no mercado tecnológico actual.

Para jovens programadores que procuram visibilidade, experiência prática e contacto directo com uma empresa reconhecida pela aposta na inovação, o CodeFast apresenta-se como uma oportunidade ímpar de aprendizagem e networking.

Os interessados podem realizar a inscrição clicando aqui.

Namíbia faz parceria com bancos para combater fraude

O governo da Namíbia está a trabalhar em estreita colaboração com o sector bancário para reforçar as ações de combate à fraude financeira e ao crescente número de crimes cibernéticos no país. A iniciativa reúne o Ministério da Informação e Tecnologia da Comunicação, o Banco da Namíbia e a Associação de Banqueiros da Namíbia, contando ainda com o envolvimento da Equipa de Resposta a Incidentes de Segurança Cibernética e do Conselho Cibernético da Indústria Financeira.

O encontro, realizado na segunda-feira, foi presidido por Linda Aipinge, diretora executiva interina do ministério. A cimeira ocorreu no mesmo dia em que o banco central revelou que, entre janeiro e outubro de 2025, os bancos nacionais perderam mais de N$ 65 milhões (equivalente a US$ 37,59 milhões) devido a esquemas de fraude.
Durante a sua intervenção, Aipinge alertou que, sem um esforço sério de sensibilização pública sobre fraude e segurança cibernética, nenhuma legislação será suficientemente eficaz para travar estas ameaças.
“Uma nação digital segura não surge por acaso. É construída através de ações conscientes”, afirmou. “Mesmo as legislações mais robustas não nos podem proteger se não houver conhecimento e vigilância. A cibersegurança deve ser o escudo de todos.”
A responsável acrescentou ainda que as leis, por si só, não bastam sem cidadãos bem informados. Sublinhou que este esforço conjunto está a pavimentar o caminho para uma Namíbia digital mais segura. A parceria deu origem à primeira Cimeira de Fraude e Cibersegurança, realizada recentemente em Windhoek, capital do país.

FONTE:ITWEBAFRICA

Angola arrecada 40 milhões de kwanzas por mês com domínios .AO

Os valores arrecadados são provenientes das empresas privadas que gerem e registam estes endereços digitais, facilitando a sua identificação online e fortalecendo a segurança no comércio electrónico, precisou o director-geral do INFOSI, André Pedro.

Em declarações à imprensa, sublinhou que os resultados, que já contabilizam mais de 20 mil domínios comercializados, reflectem o crescimento da identidade digital nacional e o avanço do país na consolidação da sua soberania digital.

O referido crescimento, segundo o director, incentiva a adopção de soluções tecnológicas nacionais e reduz a dependência de serviços estrangeiros e onde consta a pretensão de Angola corrigir práticas actuais que ainda desviam dados para fora do território.

Angola entre os 10 países africanos com maior número de data centers

“Estamos a trabalhar para garantir que os dados dos angolanos sejam processados localmente. Isso é soberania digital. Hoje, um simples e-mail enviado de um angolano para outro angolano pode sair do país antes de regressar, deve-se mudar estas acções. É isso que queremos mudar, interligando todos os domínios e infra-estruturas nacionais”, disse.

Informou que o país já dispõe de infra-estrutura suficiente para hospedar conteúdos e soluções nacionais, segundo dados obtidos através do levantamento feito sobre a capacidade instalada dos principais data centers existentes no país.

Entre os operadores mencionados, constam a Angola Cables, Paratus, Raxio, EMEA Telecom e o Data Center do Governo que juntos formam o ecossistema digital angolano.