16.6 C
Angola
Sábado, Novembro 8, 2025
Início Site Página 3

CEO da Zoom acredita que a IA vai encurtar a semana de trabalho

O fundador e director executivo da Zoom, Eric Yuan, acredita que os assistentes de inteligência artificial (IA) vão, finalmente, permitir-nos trabalhar menos dias por semana. Falando na conferência TechCrunch Disrupt 2025, realizada na segunda-feira, Yuan abordou a integração da IA nos produtos da sua empresa de videoconferência, incluindo a funcionalidade de “gémeo digital”, um avatar de IA capaz de falar e interagir em nome do utilizador.

O executivo chegou a usar o seu próprio avatar de IA numa chamada de apresentação de resultados com investidores, demonstrando o potencial da tecnologia e a forma como esta pode ultrapassar os “limites da comunicação”, afirmou.

Durante a conferência, Yuan destacou o tempo e a dedicação que a Zoom tem investido na IA e na criação dos produtos certos para o mercado. Segundo ele, a empresa dedica várias horas de reuniões estratégicas a explorar as possibilidades da tecnologia, acreditando firmemente no seu poder de transformação do trabalho.

Yuan também sugeriu que os companheiros de IA poderão ter muitos outros usos além das simples reuniões por videoconferência. Num exemplo futurista, descreveu uma situação em que dois executivos estariam a negociar um contrato via Zoom, mas, em vez de passarem horas numa chamada, poderiam enviar os seus gémeos digitais para tratarem dos detalhes preliminares.

O CEO acrescentou ainda que a IA poderá ajudar a gerir e-mails, filtrar mensagens importantes e priorizar respostas, poupando tempo e aumentando a produtividade. Além disso, acredita que a IA vai reforçar o ecossistema de soluções da Zoom, que inclui ferramentas como quadros brancos digitais e documentos colaborativos.

“Hoje, ainda é preciso fazer tudo manualmente nestes produtos para conseguir realizar o trabalho. Mas, com o tempo, a IA vai ajudar-nos nisso”, afirmou Yuan.

“E, ao fazê-lo, já não teremos de trabalhar cinco dias por semana. Dentro de cinco anos, poderemos ter semanas de trabalho de três ou quatro dias esse é o objectivo”, concluiu.

[Angola] Divulgação de fake news passará a ser punida

Segundo o Executivo angolano, através do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de informação e Comunicação Social (MINTTICS), o diploma emerge no âmbito do crescimento tecnológico e da expansão de novas plataformas de comunicação social.

Para o ministro Mário Oliveira, o diploma surge como resposta ao “acentuado e elevado número de notícias falsas no actual contexto nacional e internacional”, impulsionado pela expansão das novas plataformas digitais e pela insuficiência de instrumentos jurídicos tradicionais para o combate a este fenómeno”.

“Hoje o mundo caminha para a regulação do ambiente digital, para podermos, ou que as sociedades possam, de facto, proteger os países, as organizações e, sobretudo, os seus cidadãos”, disse o ministro, que, no relatório de fundamentação, se socorria do n.º 4 do artigo 40º da Constituição da República de Angola para defender que “as infracções cometidas no exercício da liberdade de expressão e de informação fazem incorrer o seu autor em responsabilidade disciplinar, civil e criminal nos termos da lei”.

Segundo o documento que esteve em “consulta pública” no site do MINTTICS, a lei é aplicável “mesmo que as actividades sejam realizadas por pessoa residente ou sediada no exterior do País, desde que sejam informações falsas disseminadas para o público-alvo do território nacional ou integrante do mesmo grupo económico que possua representação em Angola”.

A proposta de lei tem 34 artigos e cinco capítulos e, de acordo com o MINTIICS, surge na sequência de existir “um acentuado e elevado número de notícias falsas no actual contexto nacional e internacional”.

O documento diz que “aquele que disseminar intencionalmente informação falsa na internet e cause dano significativo à ordem pública, direitos fundamentais, integridade individual ou à segurança nacional é punido com a pena de um a cinco anos, caso provoque perturbação da ordem pública ou prejudique processos administrativos”.

A pena de três a oito anos será para quem disseminar informações falsas “a incitar o ódio, violência, discriminação, honra ou o bom nome”.

Segundo o MINTTICS, o documento tem como objectivos “fortalecer o processo democrático por meio do combate à desinformação e do fomento a diversidade de informações na internet em Angola; responsabilizar as plataformas digitais pelas suas políticas de desinformação; procurar elevar os índices de transparência sobre conteúdos pagos disponibilizados para o usuário e desencorajar a utilização de contas inautênticas para disseminar desinformação nas aplicações de internet”.

O artigo 13.º da proposta de Lei, relativo às “Regras de funcionamento”, propõe que os provedores de aplicação que prestarem serviços de mensagem privada (como a Meta ou o Telegram, por exemplo) devem desenvolver políticas de uso que limitem o número de encaminhamentos de uma mesma mensagem a no máximo cinco utilizadores ou grupos.

O governo angolano entende que apesar deste tipo de disseminação não ser um acontecimento recente, com a existência da Internet tudo se tornou mais rápido e eficaz, sendo insuficientes as “ferramentas tradicionais do direito” tendo em vista o seu combate.

Neste âmbito considera-se urgente, de acordo como o Governo, “a necessidade de se adaptar uma abordagem legal suficientemente abrangente e integrada das informações falsas ocorridas na internet”.

Além da proposta sobre as “fake news”, o Governo apreciou, também para envio à Assembleia Nacional, a proposta de Lei da Cibersegurança, diploma que visa ajustar o quadro normativo aplicável à cibersegurança com a rápida evolução verificada no sector.

Ainda no âmbito do sector das Telecomunicações, Tecnologias de informação e Comunicação Social, foi apreciado o projecto de decreto presidencial que cria o Centro Nacional de Cibersegurança e aprova o seu estatuto orgânico.

Threads lança “publicações fantasmas” que desaparecem após 24 horas

A Threads, rede social da Meta e principal concorrente do X (antigo Twitter), anunciou um novo recurso que permite aos utilizadores partilhar publicações temporárias, conhecidas como “posts fantasmas”, que desaparecem automaticamente após 24 horas.

A funcionalidade começa a ser disponibilizada a partir desta segunda-feira, para todos os utilizadores da plataforma em todo o mundo.

Com este novo formato, os mais de 400 milhões de utilizadores mensais do Threads poderão expressar ideias ou participar em conversas que se apagam automaticamente ao fim de um dia, promovendo interações mais espontâneas e menos permanentes.

Os “posts fantasmas” podem ser criados através de dispositivos móveis, seleccionando o ícone de fantasma na janela de composição de publicações. Depois de publicada, a mensagem surge na linha do tempo dos outros utilizadores envolta por uma bolha pontilhada, distinguindo-a de outras publicações tradicionais.

Outros utilizadores, tanto em computadores como em telemóveis podem responder ao post fantasma, mas essas respostas são enviadas directamente por mensagem privada (DM) ao autor da publicação, não sendo exibidas na linha do tempo pública.

Por baixo da publicação, é possível ver ícones sorridentes que indicam se alguém gostou ou respondeu ao conteúdo. No entanto, apenas o autor consegue visualizar o número exacto de reacções e interacções, bem como quem participou.

Após o período de 24 horas, as publicações desaparecem da linha do tempo, mas permanecem acessíveis ao autor na secção “Arquivado”, disponível no menu principal de configurações do aplicativo.

Trump e Xi vão formalizar acordo sobre o TikTok na quinta-feira, diz Secretário do Tesouro dos EUA

Os Estados Unidos e a China estão prestes a avançar com um acordo relativo ao TikTok, segundo afirmou o Secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent.

Bessent recordou que, no mês passado, ambos os países já haviam chegado a uma estrutura preliminar de entendimento durante reuniões em Madrid. Posteriormente, o Presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva para facilitar a concretização da transacção.

Em entrevista ao programa Face the Nation, da CBS, neste domingo, Bessent revelou que os dois países chegaram a “um acordo final sobre o TikTok”.

“Chegámos a um entendimento em Madrid e, a partir de hoje, todos os detalhes estão acertados. Espera-se que os dois líderes consumem esta transacção na quinta-feira, na Coreia”, disse o responsável.

O secretário recusou-se a revelar detalhes do acordo, mas adiantou:

“O meu mandato era garantir que os chineses concordassem em aprovar a transacção, e acredito que conseguimos alcançar esse objectivo nos últimos dois dias.”

Trump tem prolongado sucessivamente o prazo de uma lei que obriga a empresa chinesa ByteDance, dona do TikTok, a vender o aplicativo ou, caso contrário, ver-se proibida de operar nos Estados Unidos.

Nos termos da ordem executiva, as operações do TikTok nos EUA, incluindo o algoritmo de recomendação, o código-fonte e a moderação de conteúdo passarão a estar sob controlo de um novo conselho de administração, com a Oracle a assumir a responsabilidade pela segurança operacional.

Entre os investidores na nova joint venture estarão a Oracle (liderada pelo aliado de Trump, Larry Ellison), a Fox Corporation (proprietária da Fox News), a Andreessen Horowitz e a Silver Lake Management. A participação da Fox foi aparentemente confirmada pelo próprio Trump

[Angola] Mulheres debatem sobre a cibersegurança e a inovação tecnológica

O Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), por via da Direção Nacional de Políticas de Cibersegurança e Segurança Digital, realizou, em Luanda, o Seminário Nacional de Cibersegurança: A Mulher no Mercado da Cibersegurança.

Sob lema “Por um Futuro Digital Mais Seguro e Inclusivo”, o evento teve como propósito analisar o papel preponderante do género feminino no sector da cibersegurança, o encontro foi fundamental para estimular o debate público, o reforço da cultura de cibersegurança em Angola, e a promoção do empoderamento feminino no sector tecnológico.

A resiliência digital das organizações começa nos seus colaboradores

Segundo uma nota de imprensa do MINTTICS, o debate procurou incentivar políticas que fortaleçam um ecossistema digital seguro e inclusivo em Angola.

A sessão contou com a participação de distintas entidades governamentais, especialistas nacionais e internacionais, representantes do sector empresarial, do meio académico e da sociedade civil, e destacou o papel estratégico da mulher na transformação digital e na protecção do ciberespaço.

MWC 2025: Criada força-tarefa africana para proteger crianças no ambiente digital

A Unicef e a GSMA lançaram esta semana, na MWC Kigali 2025, na capital do Ruanda, a Força-Tarefa Africana para a Proteção Infantil Online (COP), uma iniciativa que visa reforçar a segurança, os direitos e o bem-estar das crianças no mundo digital.

A força-tarefa servirá como uma plataforma multilateral para liderar, coordenar e promover esforços de proteção infantil online em toda a África, ao mesmo tempo que ajuda a desenvolver capacidades nacionais e regionais para manter as crianças seguras online.

A directora de Políticas Públicas da GSMA África, Caroline Mbugua, que liderou a criação da força-tarefa, conversou com a Connecting Africa à margem da conferência em Kigali.

Ela disse que o esforço visa reunir diferentes partes interessadas, desde governos, organizações internacionais, operadoras móveis, prestadores de serviços de plataforma e outros actores do sector privado, para criar uma estratégia comum em torno da garantia da segurança digital das crianças menores de 18 anos.

MWC 2025: as telecomunicações no centro da transformação de África

Os parceiros da coligação até ao momento incluem a Axian Telecom, a Child Helpline International, a Interpol, o Centro Internacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas (ICMEC), a Internet Watch Foundation, o MTN Group, a MtotoNews, a Orange, a Paramount Africa, a Safaricom, a Vodacom e representantes da juventude da Nigéria e do Ruanda.

Mbugua disse que a empresa de redes sociais TikTok também concordou em trabalhar com a força-tarefa e que o Google e a Meta também manifestaram interesse.

Angola conta com 260 pontos de internet grátis e 174 salas digitais

Um total de três novas salas de informática e dois pontos de acesso gratuito à internet foi inaugurado, esta quinta-feira, em Luanda, pelo ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira.

Com esta iniciativa, o país passa a dispor de 260 pontos de internet gratuitos e 174 salas digitais em funcionamento, no âmbito dos programas de inclusão tecnológica promovidos pelo Executivo.

De acordo com o Jornal de Angola, entre as instituições beneficiadas constam a Escola de Deficientes Visuais do Golfe 1, a Escola Angola e Cuba e o Instituto Médio Industrial Simione Mucune.

Na ocasião, Mário Oliveira reafirmou o compromisso do Governo com a inclusão digital, destacando a importância de garantir o acesso às tecnologias de informação a alunos com deficiência. O ministro sublinhou, igualmente, o papel fundamental das parcerias com os operadores de telecomunicações na implementação dos programas Angola Digital, Angola Online e Conecta Angola.

Durante a jornada, foram ainda entregues equipamentos de apoio a estudantes com necessidades especiais e material electrónico destinado a reforçar as aulas práticas no Instituto Simione Mucune.

 

Netflix sofre impacto bilionário por disputa fiscal no Brasil

A Netflix registou um lucro abaixo do esperado no terceiro trimestre de 2025, após contabilizar uma despesa bilionária relacionada a uma disputa fiscal no Brasil. Segundo o balanço financeiro divulgado na terça-feira (21), a empresa lucrou 2,5 mil milhões de dólares entre Julho e Setembro, valor inferior aos 3 mil milhões previstos pelos analistas.

A plataforma de streaming explicou que o resultado foi afectado por um processo tributário “em andamento” no Brasil, o que obrigou a companhia a registar uma despesa extraordinária de 619 milhões de dólares.

Com o anúncio, as acções da Netflix recuaram, fazendo o valor de mercado da empresa cair de 527 mil milhões para 494 mil milhões de dólares (de 2,8 para 2,6 biliões de reais) no mesmo dia.

Disputa fiscal no Brasil

A despesa está relacionada à Contribuição de Intervenção no Domínio Económico (Cide), um imposto brasileiro cuja aplicação foi ampliada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em Agosto. A mudança passou a atingir também empresas estrangeiras de tecnologia e streaming, como a Netflix.

A empresa não costuma divulgar quanto factura especificamente no Brasil, mas admitiu que o impacto da nova interpretação da Cide afectou directamente os seus resultados globais.

O caso reacende o debate sobre a tributação de serviços digitais no país, uma questão que também envolve outras gigantes tecnológicas e que pode servir de precedente para futuras cobranças em diferentes mercados.

Usuários do Instagram já podem editar Stories com ferramentas de IA da Meta

A Meta está a levar as suas ferramentas de edição com Inteligência Artificial (IA) directamente para o Instagram Stories, permitindo que os utilizadores usem prompts de texto para adicionar, remover ou alterar elementos em fotos e vídeos ou até transformá-los completamente.

Até agora, as opções de edição com IA no Instagram estavam limitadas às interacções com o chatbot Meta AI. Com a nova actualização, essas ferramentas passam a estar integradas de forma mais acessível, dentro da própria interface dos Stories.

Os novos recursos podem ser encontrados no menu “Restyle”, localizado na parte superior do ecrã, ao tocar no ícone do pincel. A partir daí, o utilizador pode escolher entre as opções “adicionar”, “remover” ou “alterar”, e depois descrever na barra de texto o que pretende modificar.

Por exemplo, é possível pedir para mudar a cor do cabelo, adicionar uma coroa, ou inserir um fundo de pôr do sol.

A Meta incluiu ainda efeitos predefinidos, que permitem mudar o estilo da imagem ou até o vestuário, como adicionar óculos de sol, uma jaqueta de motoqueiro ou aplicar um efeito aquarela. Nos vídeos, é possível criar efeitos como neve a cair ou chamas a aparecer na cena.

Estas actualizações fazem parte do esforço contínuo da Meta para reforçar a presença da IA nas suas plataformas e manter-se competitiva no mercado. Recentemente, a empresa começou a testar o recurso “Escreve com Meta AI”, que ajuda os utilizadores a gerar comentários inteligentes para publicações.

No mês passado, a Meta também lançou um novo feed de vídeos gerados por IA, chamado “Vibes”, no aplicativo Meta AI uma estratégia que parece estar a resultar. Segundo dados da Similarweb, o número de utilizadores activos diários da aplicação aumentou para 2,7 milhões em 17 de Outubro, face aos 775 mil registados há quatro semanas.

Para responder a preocupações dos pais, a Meta anunciou ainda novas ferramentas de controlo parental, que permitem desactivar conversas com personagens de IA e acompanhar os tópicos que os adolescentes discutem com o chatbot Meta AI.

MWC 2025: as telecomunicações no centro da transformação de África

A indústria móvel continua a ser uma pedra angular do crescimento de África, representa quase 8% do PIB da África Subsaariana, cerca de 140 mil milhões de dólares em 2023 e sustenta 4 milhões de empregos. Até 2030, essa contribuição poderá aumentar para 280 mil milhões de dólares, desde que sejam implementadas políticas favoráveis.

Foi neste contexto que o Mobile World Congress Africa 2025 (MWC), organizado pelo Global System for Mobile Communications (GSMA) teve lugar de 21 a 23 de outubro em Kigali capital do Ruanda e reuniu os principais intervenientes que moldam o futuro digital de África.

No centro desta transformação está o poder da tecnologia móvel, afirmou Vivek Badrinath, CEO da GSMA

Ruanda, um exemplo de África conectada, agora possui 99% de cobertura móvel e 13 milhões de ligações activas. De acordo com Paula Ingabire, Ministra das TIC, o país passou de 500 mil para 5 milhões de utilizadores 4G em apenas dois anos e formou 4,5 milhões de cidadãos em competências digitais. «Devemos criar soluções concebidas em África, construídas para África e prontas para o mundo», enfatizou.

No entanto, os desafios permanecem. Como apontou Mourad Mnif, director de consultoria da PwC Tunísia: “A cobertura 4G atinge 65% da África Subsaariana, mas apenas 23% da população realmente a utiliza”. O custo dos smartphones, o baixo nível de alfabetização digital e as regulamentações instáveis continuam a impedir o pleno potencial do sector. “A saturação do mercado, o aumento dos custos de energia e a queda na rentabilidade limitam os investimentos e, consequentemente, a qualidade dos serviços”.

Várias alavancas são identificadas: tornar os smartphones mais acessíveis, reduzir os impostos do sector, incentivar a partilha de infraestruturas e desenvolver competências locais, todas medidas essenciais para garantir que a revolução móvel beneficie a todos.

Para além das telecomunicações, o surgimento da inteligência artificial está a abrir um novo capítulo. À margem do MWC Kigali, a GSMA, em conjunto com operadoras como Airtel, MTN, Orange, Vodacom, Ethio Telecom, Axian Telecom e parceiros como Cassava Technologies, Masakhane African Languages Hub e Lelapa AI, anunciou uma iniciativa pan-africana para desenvolver modelos de linguagem de IA inclusivos e soberanos.

Apoiada por um estudo de viabilidade da GSMA, a iniciativa centra-se em quatro pilares: dados, capacidade computacional, talento e políticas. Serão criados grupos de trabalho para cocriar ferramentas e partilhar resultados em próximos eventos da GSMA.

De acordo com vários participantes do MWC Kigali, uma convicção sobressai com clareza: os dispositivos móveis e a inteligência artificial são hoje os dois grandes motores do futuro de África.

Mas para que essa dupla revolução seja verdadeiramente transformadora, a África deve investir ousadamente no seu povo, nos seus dados e nas suas línguas. O desafio não é mais apenas conectar o continente, mas permitir que ele crie, programe e inove por conta própria.

A ascensão digital de África já não é uma promessa: é uma força em formação, determinada a moldar a sua própria revolução tecnológica.