Cabo Verde investe fortemente em cibersegurança depois de ataque cibernético

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O governo de Cabo Verde investiu mais de 1,8 milhões de euros em um ano para proteger a sua rede privativa do Estado, depois de ter sofrido um ataque cibernético, que durante várias semanas condicionou os serviços públicos.

Essa informação foi revelada pelo primeiro-ministro daquele arquipélago, Ulisses Correia e Silva, em um debate com os parlamentares do país, com o tema “Transformação Digital e Economia Digital“.

Cabo Verde foi sim alvo de um ataque informático assim como vários países do mundo. O importante é que nós estamos a tomar medidas para reduzir as vulnerabilidades, disse Correia e Silva, fazendo alusão  fatídico acontecimento no dia 26 de novembro de 2020, quando a Rede Tecnológica Privativa do Estado (RTPE) foi vítima de um ciberataque em larga escala, com impacto grave sobre os seus sistemas, tendo o Núcleo Operacional da Sociedade de Informação (NOSi) avançado que teve origem internacional e estava a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República e pela Interpol.

Na reunião parlamentar, o primeiro-ministro revelou que, desde dezembro do ano passado o NOSi já investiu mais de 1,8 milhões de euros para uma “nova arquitetura” de proteção da rede do Estado.

O político prosseguiu dizendo que Cabo-Verde vai contemplar com uma segurança mais fluida e dedicada à deteção e de intrusão, monitorizando as ameaças em tempo real, implementando uma nova arquitetura de autenticação da rede, com alta disponibilidade e elevado nível de segurança, bem como novos serviços de correspondência através de e-mail, para garantir eficiência e transparência e segurança.

Não estamos na mesma situação em que estávamos antes do ciberataque. Houve medidas e a situação vai permitir reduzir as vulnerabilidades“, continuou Correia e Silva, informando que o país está a melhorar o seu nível de compromisso com a cibersegurança.

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O ataque do ‘software’ malicioso ‘ransomware’ obrigou à suspensão temporária de alguns serviços públicos em Cabo Verde.

É uma rede criminosa internacional que tem células espalhadas por vários países e, não temos essa evidência, mas está em aberto a possibilidade que poderemos, eventualmente, ter alguma célula em Cabo Verde“, assegurou na altura o presidente do NOSi, Carlos Pina.

Falando sobre a questão de haver necessidade de existir uma rede secundária, o líder organizacional reconheceu então que esse é um problema que será resolvido com a entrada em funcionamento do Data Center do Mindelo, propriamente na ilha de São Vicente.

De informar que a RTPE é uma plataforma tecnológica que permite o acesso dos agentes do Estado a serviços comuns como, por exemplo, a Internet e correio eletrónico, bem como a soluções aplicacionais de gestão nas mais diversas áreas da administração do Estado e da governação de Cabo-Verde.

Segundo o que foi revelado, o ataque de Novembro de 2020 foi através do ‘ransomware‘ apelidado de ‘WannaCry‘, famoso em atacar empresas e instituições.

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