Especialistas defendem que a inclusão digital vai contribuir para empregabilidade em Angola

1354

Especialistas manifestaram a opinião que a inclusão digital poderá incidir positivamente para a empregabilidade e renda dos cidadãos nacionais, segundo o que viu-se no “Fórum sobre Direitos Digitais”, co-organizado pela ONG Mwana Pwo, a Associação Mãos Livres e a Internews (Zâmbia), nessa semana na União dos Escritores Angolanos, na capital da país.

Para o engenheiro em tecnologia de informação, Alfredo Capitomolo, que no evento falou sobre o “Contexto angolano sobre literacia digital e democratização da Internet”, estar familiarizado com as tecnologias de informação gera “mais e melhores”oportunidades de emprego, visto que o conhecimento amplia o leque de vagas, sem contar que facilita o acesso a cadastros para postos de trabalho já existentes ou futuros.

Na opinião do especialista, o acesso à cidadania também pode ser potencializado com a inclusão digital. Serviços online como emissão de documentos pessoais, o levantamento de direitos ou de informações oficias de entidades ou do governo, e transacções bancárias facilitam a vida de quem actualmente tem essa vantagem.

Alfredo Capitomolo informa ainda que as tecnologias podem ser um factor catalisador de cidadania, bem como melhora as formas de as pessoas interagirem e como acedem os serviços fundamentais.

MAIS: Manuel Homem: As Mediatecas ajudam na inclusão digital da sociedade angolana

Quando o assunto é sobre o desenvolvimento humano, o Engenheiro diz que o conhecimento nunca esteve tão disponível e acessível para as pessoas, com acesso a informação a toda a hora e com vantagem em promover “a janela de conhecimentos” que as tecnologias disponibilizam.

Abrir as janelas do conhecimento é o primeiro benefício da inclusão digital. O acesso a diferentes culturas, saberes, locais dos mais remotos cantos do planeta e todo tipo de informação que se desejar a um clique precisa ser possível a muitas mais pessoas”, disse no seu discurso.

Por outro lado, para Guilherme Neves, jurista da Associação Mãos Livres e que também discursou no fórum, frisou que Angola tem assistido um grande avanço significativo em legislação sobre os direito digitais, isso tudo para regularizar o uso das tecnologias de informação.

Adiantou ainda que o nosso país é um dos países em África com mais acesso e uso das tecnologias e das redes sociais, consubstancialmente e sem restrições.

Guilherme Neves finalizou que “os custos para o acesso a Internet são demasiado altos para a maior parte dos cidadãos”, acrescentando que, se por um lado existe a política do estado em fazer que as pessoas através do direito digital tenham direito a informação, em partilharem informação, por outro existe o direito a carência de acesso ao direito digital, que está mais concentrado nas urbes, mas o acesso não existe nas zonas rurais.

De informar que o fórum foi um encontro de debates sobre os direitos digitais em Angola, com presença de especialistas em várias áreas.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui