Google combate rede de crime que infetou um milhão de dispositivos

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A gigante tecnológica Google anunciou nessa última terça-feira(7), que está a lutar contra uma rede de crime ‘cibernético‘ que atacou cerca de um milhão de dispositivos eletrónicos, adiantando ter aberto um processo contra ‘hackers‘ russos, responsabilizados pela empresa.

Conhecida nas lides como Glupteba, a rede de dispositivos infetados – ou “botnet” – que também era usada para minerar bitcoins, ficou inacessível para aqueles que a utilizavam.

Os utilizadores da Glupteba vão tentar certamente recuperar o controlo sobre o ‘botnet’ através de mecanismos de proteção e controlo“, indicaram Shane Huntley e Luca Nagy, do grupo de análise de ameaças do Google, através de um comunicado oficial.

Segundo ainda a Google, a rede maliciosa abrangiu cerca de um milhão de dispositivos, com sistema operativo Windows, ao redor do mundo e tem sido usada em vários crimes, como o roubo de credenciais de utilizadores nos Estados Unidos, Índia, Brasil e Sudeste Asiático.

O comunicado ainda informou que vai entrar com uma acção judicial num tribunal federal de Nova Iorque contra Dmitry Starovikov e Alexander Filippov, pedindo à justiça norte-americana que bloqueie os ‘hackers‘ nas suas plataformas.

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A insegurança dos utilizadores diante da Glupteba já não é novo, isto é, em 2011 vários especialistas em cibersegurança já haviam alertado sobre o seu perigo, que aparentava ser um ‘software‘ livre para descarregar vídeos.

Mas, ao contrário dos “botnets” convencionais, que apenas sobrevivem em determinados sistemas, a Glupteba é programada para encontrar um servidor alternativo, se detetada, para continuar a funcionar, segundo a queixa da Google.

Devido à sua grande dimensão, a rede deverá ser usada para ataques de “ransomware“.

Para manter o controlo sobre um número tão grande de dispositivos, os ‘hackers’ “usam anúncios no [motor de busca] Google sobre ofertas de emprego” que realizam atividades ilegais.

De informar ainda que os ‘hackers’ usaram também os serviços da Google para distribuir o ‘malware’, e onde a empresa foi obrigada a remover cerca de 63 milhões de documentos hospedados no Google Docs e encerrou mais de 1.100 perfis da Google criados para espalhar a Glupteba.

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