Relatório da Interpol sobre ameaças cibernéticas destaca o lado negativo do aumento digital em África

Com dados extraídos dos países membros da Interpol, parceiros privados e investigação conduzida pelo seu Gabinete de Operações de Cibercrime em África, o mais recente Relatório de Avaliação de Ameaças Cibernéticas em África da Interpol analisa o ano de 2022 e fornece uma visão abrangente das tendências das ameaças cibernéticas na região africana.

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Entre as ciberameaças mais proeminentes identificadas no relatório da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal, uma organização intergovernamental com 195 países membros) estão as campanhas de comprometimento de correio eletrónico empresarial. Estas são de baixo custo e baixo risco, mas muito lucrativas para os cibercriminosos.

O phishing também é uma preocupação crescente em África. À medida que cada vez mais pessoas recorrem a serviços e aplicações em linha, tornam-se cada vez mais vulneráveis a ataques de phishing.

Também estão a aumentar rapidamente os ataques de ransomware, em que os cibercriminosos têm como alvo instituições governamentais, retalhistas e públicas, enquanto uma ameaça emergente e iminente para os compradores em linha surge sob a forma de trojans e ladrões bancários, que podem prejudicar a confiança nos pagamentos financeiros em linha.

Não é difícil obter diferentes tipos de trojans e stealers em fóruns clandestinos, o que facilita aos cibercriminosos o lançamento das suas campanhas. A evolução das funcionalidades dificulta as autoridades policiais investigarem estes crimes.

As burlas em linha são cada vez mais frequentes e, em África, tiram partido dos baixos níveis de literacia digital. A extorsão cibernética também precisa de ser monitorizada, sugere o relatório, uma vez que anda de mãos dadas com a proliferação da Internet e das tecnologias móveis.

Por último, o relatório da Interpol destaca o crimeware-as-a-service (CaaS), que se está a tornar popular em África devido à sua facilidade de utilização, acessibilidade e falta de consequências devido aos fracos quadros jurídicos relacionados com a aplicação do cibercrime.

O CaaS refere-se a qualquer programa informático ou conjunto de programas concebidos para facilitar atividades ilegais em linha. Spyware, kits de phishing, sequestradores de browser e key loggers, entre outros, estão disponíveis para os atacantes através de CaaS, o que proporciona aos criminosos uma forma fácil de efetuar ataques com motivações financeiras contra sistemas e empresas vulneráveis.

A região africana está a assistir a um crescimento e desenvolvimento sem precedentes no sector da tecnologia digital, particularmente na tecnologia financeira e no comércio eletrónico. As potenciais desvantagens deste crescimento acelerado são destacadas no relatório, que pode ser descarregado do sítio da Interpol.

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