Angola registou média semanal de 1.974 ciberataques por organização no Iº Trimestre

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A Check Point Research (CPR) analisou os primeiros três meses do ano e divulgou recentemente as estatísticas e tendências dos ciberataques a nível global relativo ao primeiro trimestre de 2023, revelando que as perturbações no setor continuam em alta.

Embora o volume de ataques tenha aumentado apenas ligeiramente, assistimos a várias campanhas sofisticadas de ciber criminosos que estão a encontrar formas de utilizar ferramentas legítimas para ganhos maliciosos. Um exemplo recente foi a utilização do ChatGPT para a criação de código que pode ajudar os agentes de ameaças menos qualificados a lançar ciberataques sem esforço. A equipa da CPR também descobriu o Ransomware mais rápido alguma vez visto, o que demonstra como os atacantes continuam a cometer crimes cibernéticos.

Apesar do aumento moderado, é importante não ser complacente. Os CISO (Chief Information Security Officer) precisam de se concentrar no desenvolvimento e implementação de uma estratégia de segurança que elimine quaisquer pontos cegos e fraquezas em todo o panorama digital das empresas. Pode tratar-se de um ambiente de desenvolvimento de TI paralelo, de um acesso remoto ou de um vetor de correio eletrónico que constitua uma oportunidade para uma violação cibernética.

Ataques Globais Gerais

 Durante o primeiro trimestre de 2023, a média global de ataques semanais aumentou 7% face ao mesmo período em 2022, com cada organização a enfrentar uma média de 1.248 ataques por semana.

1 em cada 31 organizações em todo o mundo sofreu um ataque de ransomware

Ataques Globais por Indústria 

No primeiro trimestre de 2023, o setor da Educação/Investigação foi o mais atingido com o maior número de ataques, com uma média de 2.507 ataques por organização por semana, o que representa um aumento de 15% em relação ao primeiro trimestre de 2022. O setor Administração Pública/Defesa foi o segundo mais visado, com uma média de 1.725 ataques por semana, o que indica um aumento de 3% em relação ao ano anterior.

O setor da Saúde registou um aumento significativo de ataques, com uma média de 1.684 ataques por semana, o que representa um aumento substancial de 22% em relação ao ano anterior. No entanto, a mudança mais significativa ocorreu no setor do Retalho, que registou o maior aumento, de 49%, em relação ao ano anterior, com uma média de 1.079 ataques por semana. O setor da Educação/Investigação continuou a ser o mais afetado, com muitas instituições ainda a debaterem-se com a necessidade de assegurar redes e pontos de acesso alargados durante a transição para o ensino à distância.

Ataques Globais por Região

No primeiro trimestre de 2023, a região de África registou o maior número médio de ciberataques semanais por organização, com uma média de 1.983 ataques, indicando uma ligeira redução de 2% em comparação com o primeiro trimestre de 2022. Por outro lado, a região da Ásia-Pacífico registou o aumento anual mais significativo na média de ataques semanais por organização, com um aumento de 16%, atingindo uma média de 1.835 ataques por organização, seguida da região da América do Norte, que registou um aumento anual de 9%, chegando a 950 ataques semanais médios por organização.

Qual é o caso de Angola no Iº trimestre de 2023?

Especificamente sobre Angola, os dados da CPR revelam que houve uma média semanal de 1.974 ataques por organização, valor que retrata uma queda de 42% face ao mesmo período do ano passado e representa a maior diminuição percentual entre todos os países analisados neste relatório.

Há um reconhecimento crescente dos perigos colocados pelos ciberataques e das suas consequências, como evidenciado pela introdução de regulamentação e políticas em vários países. Nos Estados Unidos, a regulamentação relativa à cibersegurança foi recentemente revista e os reguladores estão atualmente a analisar propostas destinadas a melhorar a comunicação de incidentes, a divulgação de informações, a supervisão e a modernização de legislação desatualizada.

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