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Sábado, Agosto 23, 2025
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Crimes Cibernéticos: Interpol detém mais de 1.200 pessoas em África

De acordo com a agência espanhola de notícias, Efe, a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) deteve 1.209 pessoas que alegadamente terão feito cerca de 88 mil vítimas, recuperando 97,4 milhões de dólares, quase 84 milhões de euros, e desmantelaram 11.432 “infra-estruturas maliciosas”.

A agência policial internacional destacou que a chamada operação Serengeti 2.0 recebeu o apoio do sector privado, com informações, orientação e formação que ajudaram os investigadores a identificar mais eficazmente os supostos criminosos.

Em Angola, foi possível desmantelar 25 centros de mineração de criptomoedas onde operavam 60 cidadãos chineses responsáveis pela validação ilegal de transacções ‘blockchain’ para gerar essas moedas virtuais, exemplifica a Interpol, acrescentando que na Zâmbia foi descoberta uma fraude de investimento online em grande escala, que se estima ter feito cerca de 65 mil vítimas, que perderam cerca de 300 milhões de dólares, o equivalente a 258,6 milhões de euros.

Satélites sob ataque, o espaço tornou-se o novo campo de batalha

Os burlões atraíam as vítimas através de campanhas publicitárias em que lhes prometiam altos rendimentos se investissem em criptomoedas, para o que tinham de descarregar várias aplicações.

Graças a essa descoberta, 15 pessoas foram detidas e várias provas foram confiscadas, como domínios, números de telemóveis e contas bancárias, anunciou a Interpol, apontando que as investigações continuam para tentar localizar colaboradores no estrangeiro.

Bolsonaro: criptografia do WhatsApp é um fiasco?

A divulgação de diálogos privados entre Jair Bolsonaro e o filho Eduardo Bolsonaro pela Polícia Federal levantou uma questão delicada: afinal, se o WhatsApp garante criptografia de ponta a ponta, como foi possível recuperar as conversas?

O episódio expõe as limitações práticas dessa camada de proteção quando o dispositivo físico é apreendido.

No relatório oficial, identificado como Relatório Final N.º 3305694/2025, a Policia Federal afirma que as mensagens foram recuperadas directamente do telemóvel do ex-presidente.

Muitos conteúdos tinham sido apagados, mas foram restaurados através de softwares de extração de dados. Os peritos conseguiram reconstruir diálogos e cruzá-los com outros elementos da investigação.

Alguns ficheiros multimídia, como áudios, permaneceram inacessíveis, um reflexo dos limites da técnica.

Ou seja, não houve cedência de dados pela Meta, dona do WhatsApp, nem quebra direta da criptografia de ponta a ponta. A análise incidiu no dispositivo apreendido.

A Policia não revelou que softwares utilizou, mas no mercado internacional são conhecidas soluções como o Cellebrite Premium, ferramenta de origem israelita usada em investigações forenses.

Este tipo de software é capaz de aceder ao sistema de ficheiros do telemóvel, desbloquear dispositivos protegidos e reconstruir dados apagados.

Apesar de a criptografia proteger comunicações em trânsito, entre remetente e destinatário, as mensagens ficam armazenadas localmente em bases de dados do próprio WhatsApp no telemóvel. É nesse ponto que softwares forenses exploram vulnerabilidades ou recorrem a técnicas de recuperação.

Casos semelhantes já ocorreram no Brasil, como no processo do homicídio de Henry Borel. Ainda assim, os detalhes técnicos permanecem sigilosos: as vulnerabilidades exploradas pelas ferramentas de perícia são mantidas em segredo comercial.

Este episódio evidencia uma realidade incómoda: a criptografia de ponta a ponta protege a transmissão de mensagens, mas não garante inviolabilidade absoluta quando o dispositivo é comprometido. Na prática, o elo mais frágil continua a ser o telemóvel do utilizador.

A dúvida que fica é se a percepção pública de “segurança absoluta” no WhatsApp não será, afinal, uma promessa maior do que a tecnologia realmente consegue oferecer.

A era dos telemóveis está a chegar ao fim, garante Bill Gates

Os smartphones são uma parte indispensável da vida quotidiana há mais de uma década. Desde a verificação de e-mails à navegação nas redes sociais e acesso a informação, estes dispositivos moldaram a forma como se interage com o mundo. Mas Bill Gates acredita que esta era está a chegar ao fim e prevê um futuro em que as tatuagens electrónicas se tornarão a nova norma.

De acordo com a Medium, Gates identifica as tatuagens electrónicas, desenvolvidas pela Chaotic Moon e posteriormente adquiridas pela Accenture, como o próximo grande salto na tecnologia pessoal. Em vez de segurar um telefone nas mãos, estas tatuagens podem permitir comunicar, aceder à internet e até monitorizar a saúde, tudo sem um ecrã à vista.

A principal vantagem? Estão incorporadas na pele, permitindo interagir com o mundo através de gestos simples ou do toque. As tatuagens serão discretas, mais intuitivas e alimentadas por minúsculos nano condensadores, que não requerem baterias ou ecrãs volumosos, o que as torna uma alternativa mais subtil aos dispositivos móveis actuais.

Como funcionam? Pense nelas como aplicações temporárias na pele que utilizam tinta inteligente preenchida com nano condensadores. Estas tatuagens podem comunicar com os dispositivos circundantes, permitindo-lhe fazer coisas como enviar mensagens, navegar na web ou até mesmo desbloquear portas — tudo com um simples deslizar ou gesto.

Além da comunicação, também podem monitorizar sinais vitais como o ritmo cardíaco, a temperatura corporal e até detectar potenciais problemas de saúde antes que se tornem graves. São, na sua essência, um rastreador de saúde e uma ferramenta de comunicação combinados. E como são invisíveis significa que já não é preciso estar a segurar um telemóvel. É uma experiência fluida, onde a tecnologia se torna parte de si, e não algo que transporta.

Por mais entusiasmante que possa parecer, levanta questões sobre privacidade. Estas tatuagens recolheriam uma quantidade imensa de dados pessoais, desde a sua localização até às suas métricas de saúde. Quem é o proprietário desses dados? Como garantir a sua protecção?

Ainda assim, há vantagens inegáveis. As tatuagens podem substituir a necessidade de palavras-passe, cartões de crédito ou até chaves físicas. Em teoria, podem proporcionar um nível de segurança muito mais robusto do que tudo o que existe hoje, graças à sua singularidade biométrica.

Há também o impacto social. Se estas tatuagens se tornarem populares, isso poderá significar o fim do vício dos ecrãs. Sem a distracção constante de olhar para o ecrã de um smartphone, é possível experimentar uma interacção mais focada e menos fragmentada com a tecnologia. Esta mudança pode alterar os comportamentos sociais e até a forma como as pessoas se relacionam.

Cabo Verde e Japão vão reforçar cooperação em IA

Cabo Verde e Japão vão reforçar a cooperação em áreas como inteligência artificial, mobilização de água e economia azul, anunciou hoje o primeiro-ministro cabo-verdiano, após um encontro em Yokohama com o homólogo japonês.

“Convergimos quanto à prioridades na qualificação técnica dos recursos humanos, nomeadamente na inteligência artificial, em infraestruturas de mobilização da água e no desenvolvimento da economia azul”, afirmou Ulisses Correia e Silva, na sua página oficial do Facebook.

No encontro, realizado à margem da 9.ª Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento de África (TICAD), o chefe do Governo adiantou que o projeto de abastecimento de água em Santiago, financiado em 150 milhões de dólares (128 milhões de euros) pela agência japonesa de cooperação JICA, “depois de vários contratempos e ajustes, vai arrancar”, estando já na fase de aprovação para que a construtora japonesa inicie as obras.

Segundo Correia e Silva, o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, “encorajou” Cabo Verde a abrir uma embaixada em Tóquio, na sequência da decisão já tomada pelo executivo cabo-verdiano.

“Colocámos à consideração do Governo japonês a celebração de um acordo de isenção de vistos para passaportes cabo-verdianos diplomáticos e de serviço”, acrescentou.

Na reunião, Cabo Verde defendeu ainda o reconhecimento das suas especificidades como pequeno Estado insular em desenvolvimento (SIDS), sobretudo no acesso a financiamento concessional e a donativos no quadro da cooperação com o Japão.

À margem da conferência, Ulisses Correia e Silva também foi recebido em visita de cortesia pelo presidente da Câmara Municipal de Yokohama, com quem abordou oportunidades de cooperação em áreas como gestão da água, tratamento de resíduos, administração portuária e formação profissional.

O autarca destacou as relações já existentes com cidades africanas, como Abidjan e Cotonou, e manifestou interesse em estabelecer parcerias também com cidades cabo-verdianas.

A TICAD decorre até sexta-feira em Yokohama, no Japão, com o tema ‘Fortalecimento das parcerias para o desenvolvimento sustentável do continente africano’, tendo entre os participantes o Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, o presidente em exercício da União Africana e chefe de Estado angolano, João Lourenço, e o primeiro-ministro são-tomense, Américo Ramos.

Na intervenção feita na TICAD, Ulisses Correia e Silva defendeu que “a abordagem da criação de valor através dos recursos naturais é tão válida para o sol, o vento e o mar, como para os minerais e as terras raras”, depois de apresentar as principais iniciativas que o arquipélago está a executar para capitalizar as suas especificidades geográficas.

“A questão é a mesma, para a África: como criar valor que dinamiza a economia e beneficia as pessoas através da aplicação dos recursos para reduzir a pobreza, criar empregos decentes e aumentar a qualidade de vida dos cidadãos”, continuou o primeiro-ministro, concluindo que “o Japão tem boa experiência na gestão, investigação científica, conhecimento, tecnologia e quadro institucional para a criação de valor a partir de recursos naturais escassos, que deve inspirar África”.

UNITEL reforça presença em Cabinda com serviço 5G

Desde o dia 6 de julho de 2025, Cabinda passou a contar com cobertura da rede 5G da UNITEL. A chegada desta tecnologia reforça a estratégia da operadora em impulsionar a inovação e garantir maior inclusão digital em todo o país.

Com a nova infraestrutura, os clientes da província podem aderir ao serviço NETCASA 5G, uma solução que disponibiliza internet fixa com velocidades que variam entre 25 e 200 Mbps, e utiliza a tecnologia FWA (Fixed Wireless Access). Esta tecnologia assegura ligações mais estáveis, com menor latência e uma relação custo-benefício mais vantajosa.

MAIS: UNITEL promove conectividade e inovação na Expo-Huíla 2025

Além da internet fixa, a expansão do 5G traz ainda mais velocidade e fiabilidade às comunicações móveis. A UNITEL disponibiliza planos adaptados às diferentes necessidades das famílias, garantindo maior qualidade no acesso digital.

Com esta implementação, Cabinda junta-se às demais províncias já abrangidas pela rede 5G, consolidando a posição da UNITEL como líder na transformação digital em Angola.

Angola e Japão fortalecem parceria estratégica em telecomunicações

O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, reuniu-se esta quinta-feira (21), em Yokohama, com o ministro dos Assuntos Internos e Comunicação do Japão, Seiichiro Murakami, à margem da 9ª Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento de África (TICAD9).

O encontro serviu para o reforço da cooperação entre Angola e o Japão no sector das telecomunicações, com enfoque na partilha de estratégias para o aprimoramento da infra-estrutura tecnológica e garantia de um crescimento inclusivo e sustentável.

MAIS: África precisa modernizar e integrar tecnologia na agricultura

Na ocasião, o governante angolano destacou a necessidade de maior colaboração no domínio dos sistemas de satélites, do arranque da televisão digital terrestre e da possibilidade de fabrico de equipamentos para a operadora pública Angola Telecom.

Angola e Japão desenvolvem relações de cooperação em diversos sectores, sendo as telecomunicações e as tecnologias de informação apontadas como áreas estratégicas para a diversificação económica e a inovação digital.

África precisa modernizar e integrar tecnologia na agricultura

A diplomata abordava a temática sobre a Agenda 2063 da União Africana (UA) e o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) (Agenda 2030 das Nações Unidas), no âmbito do 12º Fórum Nacional da Mulher Rural, realizado na província do Huambo.

Disse que esta agenda africana enquadra os propósitos das Nações Unidas (ONU) que propõe a dinamização dos mecanismos, para o aumento da produtividade com a implementação da agricultura mecanizada, focada na sustentabilidade dos projectos sobre a segurança alimentar. Referiu que se regista um fluxo significativo da urbanização da população do continente africano e a demanda económica aumenta cada vez mais, daí que o mercado de alimentos deverá atingir um bilião dólares de norte-americanos até 2030.

Esta situação, acrescentou, precisa da activação das políticas públicas no domínio da agricultura, através do envolvimento directo da mulher rural apoiada na inclusão tecnológica. Disse que, em média, são gastos um valor aproximado de 110 biliões de dólares norte-americanos/ano, para a exportação de produtos para o continente africano, num contexto de diversas crises globais, marcadas com catástrofes naturais e conflitos armados em várias regiões do planeta.

África pressionada a desenvolver quadro de resiliência da Internet

Sinalizou que o continente africano necessita da soberania alimentar e este conceito está longe de ser uma retórica, mas prioridade que deve ser associada aos distintos programas de combate à pobreza, com a viabilização da agricultura sustentável, numa altura em que são registados perto de 60 por cento de terras aráveis que permanecem ainda sem exploração e com enormes potencialidades.

Esclareceu que África é um dos continentes do planeta com 60 por cento da população com menos de 35 anos ou seja, 420 milhões de pessoas tem 15 a 35 anos de idade e ela deverá dobrar até dois 2040, daí a razão da definição de políticas públicas exequíveis para atender a esta demanda alimentar em fase de crescimento.

Afirmou que 75 por cento da população tem acesso às ferramentas digitais, sobretudo, a nível da inovação e tecnologia, mas é fundamental a capitalização destas valências para a modernização da agricultura e adoptar mecanismos de reinvenção nos momentos de crises, num processo que passa pela canalização dos conhecimentos neste domínio. Disse que as alterações climáticas têm, também, contribuído no alcance deficiente da sustentabilidade económica.

Considerou que para a promoção da agricultura sustentável no continente africano são precisos a incorporação das novas tecnologias nas comunidades rurais, a capacitação digital das mulheres envolvidas na productividade, a disponibilização de infra-estruturas adequadas nestas zonas e a afinação da força de trabalho, sobretudo, aquela mais voltada para o campo, para elevar as opções de segurança alimentar.

Recomendou o reforço do acesso à terra para as mulheres rurais, dos recursos produtivos, da integração na cadeia de valor agrícola e a garantia da participação económica e liderança, com a multiplicação da produtividade apoiada na mecanização dos sistemas agrários, no melhoramento dos serviços de saúde, no saneamento, na redução da desigualdade estrutural e na ampliação da oportunidade na educação.

Disse ser importante a construção de infra-estruturas apropriadas para a preservação dos produtos agrícolas, para evitar os desperdícios e elevar a segurança alimentar no continente africano, que perde perto de 30 por cento dos resultados produtivos por falta de capacidade de escoamento e conservação dos alimentos produzidos.

O fórum abordou, entre outros, assuntos sobre o empoderamento social e económico da mulher no meio rural, a mecanização e a inovação para o desenvolvimento sustentável da agricultura.

WhatsApp renova visual das reações com emojis para acabar com a confusão

A pensar em tornar a experiência mais limpa e organizada, a plataforma está a testar uma nova interface que promete arrumar a casa e facilitar a visualização das interações. A novidade foi detetada na mais recente versão beta da aplicação para iPhone.

Uma interface mais limpa para os canais

A principal alteração chega aos canais, onde o volume de reações pode rapidamente tornar-se caótico. Em vez de uma lista vertical interminável com cada reação individual, a nova abordagem é muito mais compacta e inteligente. Ao tocar numa mensagem, a plataforma passa a agregar as reações, mostrando cada emoji seguido de um contador numérico.

Esta mudança torna a visualização da popularidade de uma mensagem muito mais rápida e intuitiva, eliminando a poluição visual e otimizando o espaço no ecrã. Para aceder a este novo painel, basta tocar numa mensagem que já tenha recebido reações de outros membros.

novas funcionalidades do whatsappNos grupos de conversação, a abordagem é ligeiramente diferente, mas o objetivo de organização mantém-se. O WhatsApp optou por manter a lista vertical, uma vez que nestes contextos é importante saber qual contacto específico reagiu. No entanto, o design foi totalmente renovado para ser mais fluído e visualmente agradável.

Cada linha continua a exibir o nome do contacto e o emoji utilizado, mas a apresentação está mais limpa, o que facilita a navegação mesmo em grupos com muitos participantes activos.

De momento, esta remodelação visual está em fase de testes e disponível apenas para um número limitado de utilizadores na versão beta do WhatsApp para iOS. Segundo o WABetaInfo, ainda não existe uma data prevista para o seu lançamento na versão estável da aplicação para o público em geral.

UNITEL promove conectividade e inovação na Expo-Huíla 2025

A UNITEL está de regresso à Expo-Huíla, que decorre de 20 a 24 de Agosto no Pavilhão Nossa Senhora do Monte, integrando a 123ª edição das Festas de Nossa Senhora do Monte.

Sob o lema “O Futuro é para Todos”, a maior operadora de telecomunicações de Angola reforça o seu compromisso com a inovação, a inclusão digital e o desenvolvimento da região sul do país.

Com um stand de 72 m², a UNITEL apresentará as suas mais recentes soluções, incluindo os novos Planos Redes Sociais, Planos Mais, Planos Net ao Dia, o portfólio UNITEL Empresas e o serviço de pagamentos móveis UNITEL Money. Estas ofertas destacam o papel da operadora em transformar a experiência digital e facilitar o acesso a serviços tecnológicos para indivíduos e empresas.

Teodoro Fernandes, Director de Marketing e Negócios Digitais da UNITEL, sublinhou a relevância do evento: “A nossa participação na Expo-Huíla é sempre estratégica. É uma oportunidade de estarmos mais próximos dos nossos clientes e parceiros empresariais da região sul, demonstrando como a tecnologia pode transformar vidas e negócios.

Durante os cinco dias da feira, a UNITEL promoverá workshops dedicados às Pequenas e Médias Empresas (PMEs) e ao UNITEL Money, com foco em temas como inovação, empreendedorismo e inclusão financeira.

Estas iniciativas visam capacitar os participantes com ferramentas e conhecimentos para alavancar os seus negócios e promover a literacia financeira na região.

A UNITEL convida todos os visitantes a explorar o seu stand e a participar activamente neste evento, celebrando a conectividade, a inovação e as oportunidades que a tecnologia proporciona. A Expo-Huíla 2025 promete ser um momento de partilha e descoberta, reforçando o papel da UNITEL como motor de desenvolvimento digital em Angola.

Satélites sob ataque, o espaço tornou-se o novo campo de batalha

Quando a Rússia realizou este ano o seu desfile do Dia da Vitória, piratas informáticos apoiantes do Kremlin desviaram um satélite em órbita que fornece serviços de televisão à Ucrânia.

Em vez da programação normal, os telespectadores ucranianos viram imagens do desfile transmitidas por Moscovo: ondas de tanques, soldados e armamento. A mensagem tinha o objetivo de intimidar e era uma ilustração de que a guerra do século XXI é travada não só em terra, no mar e no ar, mas também no ciberespaço e nos confins do espaço exterior.

Desativar um satélite pode ser um golpe devastador sem uma única bala, e pode ser feito visando o software de segurança do satélite ou interrompendo a sua capacidade de enviar ou receber sinais da Terra.

“Se conseguirmos impedir a capacidade de comunicação de um satélite, podemos causar uma perturbação significativa”, disse Tom Pace, Diretor Executivo da NetRise, uma empresa de cibersegurança centrada na proteção das cadeias de abastecimento.

“Pense no GPS”, disse Pace, que serviu nos fuzileiros navais antes de trabalhar em questões cibernéticas no Departamento de Energia. “Imagine se uma população o perdesse e a confusão que isso causaria.”

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Os satélites são o desafio a curto prazo

Mais de 12.000 satélites em funcionamento orbitam atualmente o planeta, desempenhando um papel fundamental não só nas comunicações de radiodifusão, mas também nas operações militares, nos sistemas de navegação como o GPS, na recolha de informações e nas cadeias de abastecimento económico. São também fundamentais para os esforços de deteção precoce de lançamentos, que podem alertar para a aproximação de mísseis.

Isto torna-os uma vulnerabilidade significativa em termos de segurança nacional e um alvo privilegiado para quem procura minar a economia ou a prontidão militar de um adversário – ou infligir um golpe psicológico, como fizeram os piratas informáticos que apoiaram a Rússia quando desviaram os sinais de televisão para a Ucrânia.

Normalmente, os piratas informáticos procuram o elo mais fraco no software ou hardware que suporta um satélite ou controla as suas comunicações com a Terra. O dispositivo em órbita pode ser seguro, mas se estiver a funcionar com software desatualizado, pode ser facilmente explorado.

Quando as forças russas invadiram a Ucrânia em 2022, alguém atacou a Viasat, a empresa de satélites sediada nos EUA utilizada pelo governo e pelas forças armadas da Ucrânia. A pirataria informática, que Kiev atribuiu a Moscovo, utilizou malware para infetar dezenas de milhares de modems, criando uma falha de energia que afectou vastas áreas da Europa.

Os responsáveis pela segurança nacional afirmam que a Rússia está a desenvolver uma arma nuclear baseada no espaço, concebida para destruir de uma só vez praticamente todos os satélites na órbita baixa da Terra. A arma combinaria um ataque físico que se propagaria para o exterior, destruindo mais satélites, enquanto a componente nuclear seria utilizada para fritar os seus componentes electrónicos.

As autoridades americanas desclassificaram informações sobre a arma depois que o deputado Mike Turner, R-Ohio, emitiu um alerta público sobre a tecnologia. Turner fez pressão para que o Departamento de Defesa fornecesse um briefing confidencial aos legisladores sobre a arma, que, se implantada, violaria um tratado internacional que proíbe armas de destruição em massa no espaço.

Turner disse que tal arma poderia tornar a órbita baixa da Terra inutilizável para satélites por um período de até um ano. Se fosse utilizada, os efeitos seriam devastadores: potencialmente deixando os EUA e os seus aliados vulneráveis a perturbações económicas e até a um ataque nuclear.

A Rússia e a China também perderiam satélites, embora se acredite que sejam menos dependentes dos mesmos tipos de satélites que os EUA.

Turner comparou a arma, que ainda não está pronta para ser utilizada, ao Sputnik, o satélite russo que lançou a era espacial em 1957.

“Se esta arma nuclear anti-satélite fosse colocada no espaço, seria o fim da era espacial”, disse Turner. “Nunca se deveria permitir que fosse para o espaço exterior. Isto é a crise dos mísseis de Cuba no espaço”.

Explorar a Lua e mais além

Minerais valiosos e outros materiais encontrados na Lua e em asteróides podem levar a futuros conflitos, à medida que as nações procuram explorar novas tecnologias e fontes de energia.

O administrador interino da NASA, Sean Duffy, anunciou este mês planos para enviar um pequeno reator nuclear para a Lua, afirmando que é importante que os EUA o façam antes da China ou da Rússia.

“Estamos numa corrida para a Lua, numa corrida com a China para a Lua”, disse Duffy. “Para ter uma base na Lua, precisamos de energia e de alguns dos principais locais da Lua. … Queremos chegar lá primeiro e reivindicar isso para a América”.

A Lua é rica num material conhecido como hélio 3, que os cientistas acreditam poder ser utilizado na fusão nuclear para gerar enormes quantidades de energia. Embora essa tecnologia esteja a décadas de distância, o controlo da lua nos anos que se seguem pode determinar quais os países que emergem como superpotências, de acordo com Joseph Rooke, um perito em cibersegurança baseado em Londres que trabalhou na indústria de defesa do Reino Unido e é agora diretor de perceção de riscos na empresa Recorded Future.

O que os EUA estão a fazer para garantir a segurança no espaço

Os países estão a esforçar-se por criar os seus próprios foguetões e programas espaciais para explorar as perspectivas comerciais e garantir que não dependem de satélites estrangeiros. É uma proposta cara e difícil, como ficou demonstrado na semana passada, quando o primeiro foguetão de fabrico australiano se despenhou após 14 segundos de voo.

A Força Espacial dos EUA foi criada em 2019 para proteger os interesses americanos no espaço e para defender os satélites dos EUA de ataques de adversários.

O serviço espacial é muito mais pequeno do que os serviços mais bem estabelecidos, como o Exército, a Marinha ou a Força Aérea, mas está a crescer.

As forças armadas dos EUA operam um vaivém espacial não tripulado utilizado para realizar missões militares confidenciais e investigação. A nave, conhecida como X-37B, regressou recentemente à Terra após mais de um ano em órbita.

A Força Espacial considerou o acesso ao espaço um interesse vital para a segurança nacional.

“O espaço é um domínio de guerra e cabe à Força Espacial contestar e controlar o seu ambiente para atingir os objectivos de segurança nacional”, afirma-se na declaração.

O domínio americano no espaço tem sido largamente inquestionável durante décadas, após o fim da Guerra Fria e a queda da União Soviética. Mas as novas ameaças e a concorrência da Rússia e da China mostram a necessidade de uma resposta agressiva, dizem as autoridades americanas.

A esperança, disse Turner, é que os EUA possam tomar medidas para garantir que a Rússia e a China não consigam levar a melhor e que o potencial assustador das armas espaciais não se concretize.

É preciso prestar atenção a essas coisas para que elas não aconteçam“, disse Turner.