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Terça-feira, Agosto 5, 2025
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Interpol desmantela grupo de ransomware Ragnar Locker

Esta semana, autoridades policiais e judiciais de onze países desmantelaram uma das gangues de ransomware mais perigosas. A ação, coordenada internacionalmente pela Europol e Eurojust, foi dirigida contra o grupo de ransomware Ragnar Locker. O grupo foi responsável por vários ataques de alto perfil a infraestruturas críticas em todo o mundo.

No âmbito de uma operação entre 16 e 20 de outubro, foram realizadas buscas na República Checa, Espanha e Letónia. O “alvo principal” do grupo de ransomware foi preso em Paris, França, em 16 de outubro, e a sua casa na República Tcheca foi revistada. Nos dias seguintes, cinco suspeitos foram interrogados em Espanha e na Letónia. No final da semana de ação, o principal autor, suspeito de ser um promotor do grupo Ragnar, foi presente aos juízes de instrução do tribunal regional de Paris.

A infraestrutura do ransomware também foi apreendida em países como a Holanda, Alemanha e Suécia. O site de divulgação de dados associados ao grupo foi encerrado na Suécia. No entanto, o desmantelamento da infraestrutura pode não ser suficiente para acabar com as atividades do grupo.

O Ragnar Locker tem estado ativo desde dezembro de 2019 e tem como alvo dispositivos com o sistema operativo Windows. O grupo emprega uma estratégia de extorsão dupla, exigindo pagamento por ferramentas de desencriptação e ameaçando tornar públicos os dados sensíveis roubados.

Embora esta seja uma vitória significativa para as agências de aplicação da lei, o grupo pode ser capaz de configurar rapidamente outros servidores para substituir os que foram apreendidos. Além disso, as organizações afetadas por um ataque de ransomware podem agora ter perdido um método para negociar com o grupo.

Esta operação destaca a importância da cooperação internacional no combate ao cibercrime. Ainda assim, o futuro deste grupo de ransomware permanece incerto. O que é claro é que a luta contra o cibercrime é uma batalha contínua que requer esforços coordenados a nível global.

Quénia celebra a produção local de Smartphones de baixo custo

O Presidente William Ruto apresentou na segunda-feira a East Africa Device Assembly Kenya Limited (EADAK), uma empresa comum de operadores de redes móveis locais, incluindo a Safaricom, a Jamii Telecommunications e a empresa chinesa Shenzhen TeleOne Technology.

A instalação, sendo desenvolvida para cumprir a promessa do governo de estabelecer uma capacidade local de montagem de smartphones, tem capacidade para produzir até 3 milhões de dispositivos de telemóveis por ano.

Os aparelhos, que estarão disponíveis em todo o país nas lojas Faiba e nos revendedores, bem como nas lojas Safaricom e na plataforma online Masoko, custarão 50 dólares.

“Esta fábrica de montagem contribuirá para a agenda do governo de aumentar a inclusão digital no país. Conseguimos atingir um preço acessível através de uma estratégia de colaboração que incluiu parcerias comerciais e regulamentos governamentais benéficos”, afirmou o Presidente da EADAK, Joshua Chepkwony.

Na cerimónia, o CEO da Safaricom, Peter Ndegwa, afirmou que o lançamento sublinha a fé da empresa de telecomunicações no poder da ligação para transformar vidas e promover o sucesso económico.

Este acordo sublinha o nosso empenho inabalável na expansão da cobertura 4G e na capacitação dos quenianos através de smartphones baratos e de alta qualidade, bem como na criação de oportunidades de emprego e no crescimento da nossa economia”, afirmou.

Os telemóveis “Neon 5” “Smarta” e 6 12″ “Ultra” habilitados para 4G serão os dispositivos, âncora no lançamento, com outros dispositivos que expandem a gama de produtos a serem oferecidos nos próximos meses, incluindo um tablet fabricado localmente

Projetos tecnológicos do ambiente e à área social marcam Angola na iENA 2023

Projetos tecnológicos ligados ao ambiente e à área social são os destaques da comitiva angolana que representa o nosso país na 74ª edição da Feira de Ideias, Invenções e Novos Produtos (iENA 2023).

Os projetos propõem garantir um ambiente mais saudável e pouca poluição, como é o caso do projeto e-waste (Waste Manegement System) voltado à recolha de resíduos sólidos, indicando eco-pontos de deposição e recolha seletiva de lixo.

Segundo o coordenador da comitiva angolana, Padoca Calado, para esta edição, Angola faz-se representar por inventores de universidades, instituições de investigação e freelancers, com projetos distintos.

A Universidade Agostinho Neto (UAN) leva para o evento o “E-Resíduos” – Sistema de Gestão de Resíduos, com o objetivo de facilitar a gestão e o rastreamento de resíduos, desde a coleta até ao descarte adequado, otimizando rotas, identificando pontos de coletas e promovendo a reciclagem e o reaproveitamento de materiais.

Por seu turno, a Plataforma Consciência Ambiental oferecerá acesso a conteúdos educativos sobre questões ambientais relevantes, como mudanças climáticas, conservação da biodiversidade, gestão de resíduos e uso sustentável de recursos naturais.

Já o Sistema de Monitoramento da Qualidade do Ar ambiental visa coletar, processar e analisar dados relacionados à poluição atmosférica, permitindo, quando necessário, as medidas adequadas de mitigação para proteger a saúde pública e o meio ambiente.

MAIS: Angola conquista 14 medalhas na Feira de Ideias, Inovação e Novos Produtos

Entre os projetos consta ainda o Sistema de segurança no trânsito- um acessório computacional projetado para monitorar, analisar e melhorar a segurança nas vias de tráfego, cujo objetivo principal é reduzir acidentes.

Os participantes angolanos levaram ainda Crónicas de Njinga Mbandi, um jogo que retrata a história de libertação de Angola e traz temáticas sobre a cultura africana.

O jogo permite ainda conhecer os hábitos e costumes do povo angolano e o percurso histórico da luta de libertação nacional como: armas utilizadas, trajes, trincheiras, tipos de habitações de refúgio bem como os tratados.

Para esta 74ª edição da Feira de Ideias, Inovações e Novos Produtos (IENA 2023), a delegação angolana é composta por 10 pessoas, entre responsáveis de universidades e inventores, com 32 projetos inscritos.

Tens um Xiaomi? Saiba agora quando vai atualizar para o HyperOS

A Xiaomi quer mudar o panorama dos smartphones e outros dispositivos móveis com o HyperOS. Esta é uma novidade que a marca preparou como o seu novo sistema operativo, trazendo assim muitas melhorias. Agora que está apresentado, é hora de o conhecer melhor e descobrir que equipamentos vão receber já o HyperOS da Xiaomi? Veja a lista completa.

Apresentado oficialmente na passada semana, têm surgido mais informações sobre como o HyperOS funcionará e que equipamentos o vão poder usar. É certo que será o Xiaomi 14 a revelar esta novidade, mas em breve será aberta a muitos mais equipamentos.

MAIS: Xiaomi anuncia HyperOS, substituto do MIUI em 2024

Ao contrário de outras propostas, o HyperOS vai estar acessível em todos os mercados onde a Xiaomi tem presença, incluindo nos mercados globais. Este é um passo importante, visto que garante assim o acesso a todo este ecossistema de forma alargada e com todas as suas funcionalidades, independentemente dos smartphones ou outros dispositivos.

Com uma lista de equipamentos suportados muitos alargada, a Xiaomi veio agora revelar os primeiros a receber o HyperOS. Esta é uma lista apenas focada no mercado da China, mas que rapidamente deverá ser alargada a todos os mercados onde a marca tem os seus equipamentos.

Produtos Dispositivos Data de lançamento
Smartphones Xiaomi MIX Fold 3

Xiaomi MIX Fold 2

Xiaomi 13 Ultra

Xiaomi 13 Pro

Xiaomi 13

Redmi K60 Extreme Edition

Redmi K60 Pro

Redmi K60

dezembro 2023 – janeiro 2024
Tablets Xiaomi Pad 6 Max 14

Xiaomi Pad 6 Pro

Xiaomi Pad 6

dezembro 2023 – janeiro 2024
Smart TVs Xiaomi TV S Pro 65 Mini LED

Xiaomi TV S Pro 75 Mini LED

Xiaomi TV S Pro 85 Mini LED

Outros dispositivos Xiaomi Smart Camera 3 Pro versão PTZ

Xiaomi Sound speaker

 

Como pode ser visto na lista acima, a Xiaomi não se limitará a lançar o HyperOS aos seus smartphones ou tablets. A marca tem também este sistema presente nos seus smartwatches, TVs e até em dispositivos IoT que tem atualmente no mercado e acessíveis a todos.

É interessante ver que a Xiaomi tem já o HyperOS pronto para ser usado de forma alargada, com prazos de lançamento para novos dispositivos no final do ano. O resto dos mercados chegará depois, mas no início de 2024, o que é muito positivo para a disseminação deste novo sistema operativo.

Projeto “Cidadão Digital” chega a província de Benguela

O projeto CIDADÃO DIGITAL, que tem como objectivo a utilização segura dos canais digitais e a implementação da segurança financeira digital, foi lançado lançou, na última semana, em Benguela, de modo a promover a utilização segura dos canais digitais de pagamento e evitar ameaças financeiras.

Segundo o Administrador da Empresa Interbancária de Serviços (EMIS), Pedro de Abreu, o objetivo da campanha na província é de alcançar mais de 60 mil pessoas até 2024 e que o projeto começou em setembro do ano passado, em Luanda, onde foram alcançadas mais de 200 mil pessoas.

Por sua vez, em nome do Governo Provincial de Benguela, o director da Educação local, Edmundo Salupula, disse que é importante sensibilizar a população no uso das novas tecnologias de informação, mostrando-se confiante no êxito da iniciativa na província.

O CIDADÃO DIGITAL é um projeto da EMIS com o apoio do Banco Nacional de Angola (BNA), que visa ainda dar a conhecer as “melhores práticas” de utilização e formas de se evitar as ameaças financeiras dos utilizadores nas plataformas digitais.

Podes saber mais sobre o projeto clicando aqui.

API do Threads está em desenvolvimento, garante Adam Mosseri

O diretor do Instagram, Adam Mosseri, disse ontem que a API do Threads está em desenvolvimento. Isto dará aos programadores a possibilidade de criar diferentes aplicações que envolvam a rede social.

API

Uma Application Programming Interface (API) é um intermediário de software que permite que duas aplicações “conversem” entre si. Cada vez que usa uma app como o Facebook, envia uma mensagem ou verifica a previsão do tempo no seu smartphone, tudo o que é apresentado é a reposta ao seu pedido a uma API.

O assunto surgiu quando Mosseri respondeu ao jornalista Casey Newton, que estava a conversar com um utilizador sobre uma experiência semelhante à do TweetDeck do X para o Threads. O diretor do Instagram expressou apreensão sobre o facto de os editores postarem um monte de conteúdo e, por sua vez, ofuscarem os restantes criadores de conteúdo.

Estamos a trabalhar nisso. A minha preocupação é que isso signifique muito mais conteúdo de editor e não muito mais conteúdo de criador, mas ainda parece algo que precisamos de fazer.

MAIS: Threads atinge mais de 100 milhões de usuários mensais

Disse Mosseri num post.

Threads diz que não é “antinotícias”, mas que “não vai amplificar ativamente as notícias”. As publicações de notícias dependem de ferramentas de terceiros e integrações com diferentes redes sociais para publicar automaticamente em plataformas como o X, LinkedIn e Facebook.

Com a falta de disponibilidade de APIs em plataformas mais recentes, como o Threads, os editores têm que publicar conteúdo manualmente, o que não é ideal para organizações de notícias que postam um monte de artigos por dia.

ZAP realiza evento para discutir o futuro na inovação e tecnologia.

Na celebração do seu terceiro aniversário, a ZAP Empresas reuniu vários especialistas do sector das tecnologias de informação de várias empresas, clientes e parceiros para juntos debaterem o futuro das indústrias.

Com o tema “SHAPING THE FUTURE – O papel e o impacto da inovação e da tecnologia na criação de oportunidades para as indústrias no futuro”, o evento contou com a partilha de experiências, preocupações e conquistas do mercado angolano nas diversas indústrias de forma informal, num painel composto pelo Secretário de Estado das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Engº. Pascoal Alé Fernandes, o PCE da EMIS, Engº. José Matos, o PCE da Angola Cables, Engº. Ângelo Gama, e o Drº António Veríssimo, Partner da Deloitte, com a moderação de Irioleny Freitas, da ZAP.

A contínua e crescente aposta na modernização de todas as áreas de negócio é uma prioridade da ZAP e, por isto, o ZAP Empresas reforça o compromisso no desenvolvimento de um portfólio de produtos e soluções inovadores para atender as necessidades de cada empresa, com serviços especializados, soluções de internet profissional de fibra de alta velocidade até 1Gbps e tráfego ilimitado, que se adaptam as ambições do mercado.

Elon Musk quer transformar Twitter num substituto para os bancos

O líder da rede social X (ou Twitter), Elon Musk, afirmou numa reunião com os trabalhadores da empresa que espera que a plataforma seja capaz de lidar com a vida financeira dos utilizadores até ao final de 2024.

“Quando digo pagamentos, quero dizer toda a vida financeira de alguém” explicou Musk. “Se envolve dinheiro, estará na nossa plataforma. Dinheiro, títulos, o que for. Não é apenas enviar dinheiro a um amigo. Estou a falar de não precisas de uma conta no banco”.

MAIS: X (ex-Twitter) ganha recurso de chamadas de áudio e vídeo

Foi neste ponto que a CEO da X, Linda Yaccarino, adiantou que esta “grande oportunidade” deverá surgir em 2024. Ficarei muito surpresa se não tivermos lançado isto até ao final do próximo ano, adiantou Yaccarino.

Sublinhar que há algum tempo que Musk manifesta as suas intenções de transformar a X em mais do que uma rede social, tornando claro o seu desejo de tornar a plataforma uma ‘super app’ capaz de lidar com várias áreas da vida dos seus utilizadores.

Governo defende a aposta na inovação tecnológica da União Interparlamentar

O Governo Angolano defende a aposta na inovação tecnológica como solução aos desafios da União Interparlamentar e da Administração Parlamentar, de modo a dar resposta a vários quesitos da instituição.

Segundo o secretário-geral da Assembleia Nacional, Pedro Agostinho de Neri, falando durante a reunião magna da associação, o Executivo tem prevista a aprovação de uma nova Lei Orgânica, que corresponderá melhor aos desafios que se colocam a nível da Administração Parlamentar.

Sendo assim e com o processo de desmaterialização e introdução da digitalização, esclareceu Pedro Agostinho de Neri, a Assembleia Nacional encara com seriedade os desafios do futuro.

Concluímos que, se conseguirmos desmaterializar na ordem dos 90 por cento, estaremos a reduzir consideravelmente os custos e a aumentar a eficiência e a eficácia da nossa prestação”.

O processo de inovação tecnológica que o Parlamento angolano está a implementar, segundo o deputado, visa dar resposta a um dos quesitos da União Interparlamentar.

“Em dias, teremos a rádio e televisão parlamentar instalada. É um avanço enorme que vamos observar, porque temos as condições todas criadas do ponto de vista técnico e tecnológico”, assegurou.

Pedro Agostinho de Neri acrescentou, a finalizar, que a Administração Parlamentar de Angola reputa de “grande importância” a Associação dos Secretários-Gerais da UIP, em virtude de representar “uma plataforma de troca de experiências e de boas práticas”, bem como de melhoria das ações de gestão dos Parlamentos de todo o mundo.

Panorama da regulamentação do iGaming e apostas desportivas em África em 2023

[Foto de Michał Parzuchowski em unsplash.com]

O aumento da popularidade e da procura por jogos de azar online e apostas desportivas ganhou força em África nos últimos anos, acompanhando assim uma tendência global que se iniciou na Europa e na Ásia. A diversidade das nações africanas está igualmente patente nos jogos de azar online e nas apostas desportivas, que continuam ilegais em 38 dos 54 países. Muitas destas proibições têm a sua origem na legislação da era colonial que visava coibir as práticas ilegais de jogo e não foram capazes de acompanhar a legislação progressiva do jogo.

São cada vez mais os jogadores que se registam em sites de apostas desportivas e casinos online na esperança de ganhar dinheiro ou, simplemente desfrutar de bónus sem depósito. No entanto, este boom de atividade é mais arriscado em África do que em outras partes do globo, devido à menor regulamentação das apostas online.

Nos últimos 12 meses, várias autoridades reguladoras africanas atualizaram a sua legislação, enquanto o número de recursos online dedicados ao jogo responsável continua a crescer.

África do Sul: a maior nação à espera de um projeto de lei reformulador para o iGaming

A África do Sul, o país com maior PIB per capita do continente, desempenha um papel fundamental na indústria. Aproximadamente metade de todas as receitas de jogos de azar em África são gerada neste país , sendo as apostas desportivas as maiores contribuidoras. A popularidade das apostas em desportos como o rugby, corridas de cavalos, futebol e críquete deverá duplicar nos próximos cinco anos, tornando-se numa jurisdição africana privilegiada para as apostas.

O seu Programa Nacional de Jogo Responsável (NRGP – National Responsible Gambling Programme), estabelecido após a era do Apartheid, é um dos reguladores mais progressistas de África e regula com sucesso as atividades de jogo offline. No entanto, o seu âmbito não se estende à maior parte das formas de jogo online, criando uma lacuna regulamentar neste setor em rápido crescimento.

Existem esperanças de que a Lei do Jogo Remoto de 2014 possa ser revisitada, o que poderia levar à legalização total dos jogos de azar na Internet, algo que ainda gera discussão no país.

Quénia: um líder em legislação progressista

O Quénia emergiu como um ator importante na legislação africana progressista em jogos de azar online.

Desde 2011, os jogos de azar online, incluindo apostas desportivas, são legais. Notavelmente, as apostas desportivas online foram legalizadas em 2010 – antes de países europeus como Protugal – o que deu início à vibrante indústria que os quenianos desfrutam hoje.

A abordagem do país envolve a privatização do seu sector de jogos de azar online, promovendo uma concorrência saudável entre os quase 100 operadores. O Conselho de Controle e Licenciamento de Apostas regula e licencia atividades de jogos de azar, mantendo a integridade e a proteção do jogador, enquanto as plataformas não licenciadas são bloqueadas para garantir a segurança do jogador.

O imposto transparente de 20% sobre sobre as receitas brutas do jogo e um imposto de 15% sobre os ganhos contribuem para as receitas do país.

Esta abordagem orientada para os jogadores implementada no Quénia, permite tanto os locais como os turistas que visitam as principais atrações turísticas do Quénia, possam jogar jogos de azar online.

Botswana: uma indústria de jogos subestimada

O Botswana pode não se destacar como um candidato óbvio entre os estados com as leis do jogo mais progressivas, mas supera a maior parte das outras nações africanas da região.

O jogo é legal desde 1961 e a Lei do Jogo de 2012 unificou a indústria sob a jurisdição da Autoridade de Jogos do Botswana. A entidade supervisiona o licenciamento, enfatizando a legalidade e as regras transversais. Embora os jogos de azar online careçam de regulamentações específicas, os jogadores podem atualmente apostar livremente, incentivados por uma onde de jogadores que cresce rapidamente no meio digital, tanto locais como turistas.

Os “desportos sangrentos”, que envolvam caça ou maus tratos de animais, bem como as apostas nestes desportos são proibidas. Ainda assimm a média anual de 1,8 milhões de visitantes do país é um reflexo do seu ambiente favorável ao jogo.

A Autoridade de Jogos de Azar do Botswana licencia várias formas de jogos de azar, mas as licenças de jogos de azar online ainda não foram emitidas. Um imposto transparente aplica-se às receitas brutas, enquanto os detalhes sobre a tributação dos ganhos do jogo permanecem indefinidos.

A postura adaptável do Botswana significa que a base legal existente coloca o país bem posicionado para implementar práticas de jogo responsáveis para os jogadores, incluindo o fornecimento de material educativo online.

Gana: um exemplo de responsabilidade

O Gana distinguiu-se como uma nação interessada em abraçar atividades de apostas e jogos de azar offline e online através de uma legislação abrangente. Regulados pela Comissão de Jogos do Gana (GGC – Ghana Gaming Comission), tanto os jogos de azar online como offline são totalmente legais e regulados, com licenças emitidas para operadores de casino e de apostas desportivas.

Esta abordagem garante um ambiente de jogo controlado e responsável para jogadores que continuam a gerar uma grande procura pelas soluções de iGaming.

O envolvimento do GGC estende-se aos jogos de azar online. Esta entidade providencia uma estrutura regulatória que promove o jogo honesto, práticas de jogo responsáveis e integridade da indústria.

Muitos especialistas acreditam que o Gana conseguiu colmatar a lacuna legislativa entre os jogos de azar offline e online, de modo que agora os jogadores online beneficiam da mesma protecção e supervisão regulamentar que os jogadores presenciais.

A luta por mais regulamentação

Muitos países africanos proíbem o jogo e recusam-se a aceitar a ideia de uma indústria regulamentada de iGaming, devido ao receio que tal conduza os jovens africanos ao vício do jogo e a sites de apostas sem escrúpulos.

Em alguns destes países, um impulso fervoroso para uma melhor regulamentação do jogo está a ganhar força. As preocupações em torno da protecção dos jogadores levaram a esforços de colaboração como o Fórum Africano de Reguladores de Jogos (GRAF – Gaming Regulators Africa Forum), que está a reunir as nações para implementar quadros regulamentares eficazes.

Este esforço colectivo reúne reguladores nacionais de jogos de azar de vários países africanos numa conferência internacional, incluindo Namíbia, Botswana, Suazilândia, Zimbabué, Quénia, Malawi e África do Sul. Opera sob um Memorando de Entendimento (MoU), enfatizando a tomada de decisões baseada no consenso entre os seus membros.

Em acção desde 2003, o GRAF é uma das maiores esperanças do continente para uma indústria de jogo mais segura para os seus jogadores. Se as suas ideias e propostas forem aprovadas, poderemos ver posições mais progressistas em África muito em breve.