As redes 4G apoiam as comunidades durante a pandemia do Covid-19

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Grande parte do que se fala actualmente, no espaço das telecomunicações, foca-se na implantação da tecnologia 5G, as novas redes móveis que irão potenciar as condições para que se dê a quarta revolução industrial (4IR). Contudo, é na verdade a tecnologia 4G – LTE – que está a providenciar conectividade de importância vital durante a actual pandemia do Covid-19, quando as comunidades mais necessitam.

De nome completo Long Term Evolution, o LTE é a tecnologia de rede usada por 52% dos dispositivos móveis do mundo. Sendo assim, é esta tecnologia 4G que sustenta as iniciativas digitais inovadoras de apoio às comunidades durante a pandemia de Covid-19.

A pandemia e o confinamento submeteram a humanidade a desafios mortais. Pessoas, países e organizações estão a enfrentar estes desafios, muitas vezes lançando mão aos nossos recursos de telecomunicação em evolução. Porém, a nova era trouxe consigo oportunidades que os inovadores também puderam explorar, graças à conectividade 4G. Assim permanecerá a médio prazo.

“Até 2025, LTE continuará a fazer o levantamento pesado,’’disse Henry Calvert, chefe do futuro programa de redes da Rede 2020 no Global System for Mobile Communications (GSMA), “As nossas redes 4G permanecerão essenciais… Elas continuarão a ser importantes nos próximos cinco a sete anos,’’ ele afirmou.

Na sua intervenção na recente conferência GSMA LTE 2020, Calvert referiu que durante a pandemia, a LTE destacou-se no fornecimento de telesaúde e telemedicina, bem como na expansão dos serviços de rede para pontos de apoio aos doentes através de hospitais e outros serviços de saúde.

Para além do significante papel que a 4G tem, ao apoiar os serviços de saúde, esta também supre as necessidades de dados e conectividade inerentes aos novos estilos de vida que se desenham desde o confinamento.

Calvert disse que as operadoras relataram um aumento, por cliente, de mais de 70% , no uso de dados , durante a pandemia, impulsionado por serviços online e pelo consumo de serviços de vídeo por demanda como a Netflix, que recentemente reportou  a adição de 15,8 milhões de assinantes em um ano – mais que o dobro das expectativas.

“Houve até um apelo aos fornecedores de vídeos sob demanda, para que reduzissem a qualidade dos vídeos que implantam e, encorajam as pessoas a usarem a definição padrão ao invés da TV de alta definição, para então se preservar a capacidade das redes para educação, saúde e negócios online” afirmou.

“À medida que a transformação continua, o foco está na expansão da capacidade 4G,” referiu. “Mas, a transformação para 5G será obviamente necessária no futuro, para responder às demandas online.”

Durante a pandemia da COVID-19, as redes 4G foram também fundamentais no suporte a aplicativos de rastreio de contactos, os quais podem localizar e notificar remotamente os contactos de indivíduos infectados, protegendo sempre a privacidade dos usuários. As redes LTE forneceram também dados grátis, para apoiar no rastreio dos contactos, fazendo o máximo possível para garantir que a infecção não se alastra mais.

A LTE também ampara as recentes mudanças nos estilos de vida, visto que há uma grande proporção da população a trabalhar, a educar os seus filhos, a comprar e a socializar a partir de casa, usando as plataformas digitais.

A LTE é de suma importância para este novo paradigma, devendo, portanto, permanecer a infra-estrutura prioritária a curto prazo, enquanto as sociedades enfrentam a pandemia.

“Os nossos grupos de inteligência da GSMA indicam que haverá uma queda a curto prazo na implantação do 5G,” explanou Calvert. “ Mas rapidamente se recuperará, atingindo os níveis normais. Ainda vemos o lançamento de redes 5G, pois agora sabemos que responder à demanda de dados atendida por nossas redes LTE só pode melhorar com 5G.”

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