Cabo Verde quer que a economia digital contribua 25% no PIB

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O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, traçou como objectivo do seu país a Economia Digital contribuir com 25% do Produto Interno Bruto (PIB), no plano da “ambição” de transformar o arquipélago numa plataforma digital em África.

 O governante que falava no Palácio do Governo, na Praia, na sessão de ontem(12) da assinatura do novo Contrato de Concessão do Serviço Público de Comunicações Electrónicas por 20 anos, com o grupo estatal Cabo Verde Telecom, disse que “Na Economia Digital a nossa ambição é forte”.

Um passo ambicioso e acontece 25 anos depois, num sector em transformações e alterações profundas, intensas e rápidas, diferente do mundo que tínhamos em 1996. Um dos princípios estabelecidos no contrato é o de flexibilidade”, disse Ulisses Correia e Silva, ressaltando o contrato com a Cabo Verde Telecom, que prevê investimentos de 360 milhões de euros no sector das telecomunicações ao longo dos próximos 20 anos.

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Segundo o que foi apurado, Cabo Verde quer ser líder na implementação da rede móvel 5G em África, visto que no final do ano passado concluiu com êxito as transição das emissões de televisão do sinal analógico para o digital (TDT), e onde o primeiro-ministro apontou, sem mencionar prazos, a meta de a Economia Digital gerar tanta riqueza como actualmente o turismo (25% do PIB do país), tendo em conta os vários investimentos públicos na instalação de uma plataforma digital e uma zona económica exclusiva para o sector, nas ilhas de Santiago e de São Vicente.

Passarmos dos 6% da participação da Economia Digital no PIB para 25%. Nós temos possibilidade de o fazer, desde que tenhamos foco, assertividade e haja compreensão também da sociedade sobre a importância da Economia Digital na vida das pessoas, no crescimento e no desenvolvimento da economia”, frisou Correia e Silva.

Cabo Verde tem vantagens comparativas, temos ambição, sim, de fazer com que este país seja uma plataforma digital em África. Temos a ambição de fazer com que Cabo Verde seja um país unificado, apesar de sermos ilhas, pelas tecnologias de informação e comunicação. Ambição de sermos um país que reduz as distâncias com a nossa diáspora, através do digital, e podermos entrar no mercado externo, desenvolver, exportar, criar condições de emprego qualificado para os nossos jovens”, ressaltou.

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Não precisamos ter universidades físicas, edifícios em todas as ilhas. Mas podemos ter ensino superior em todas as ilhas, usando o digital para levar aquilo que nós ensinámos e produzimos aqui na Praia, para que possa ter a mesma qualidade na Brava, em São Nicolau ou no Maio. O digital permite isso”, acrescentou.

Para Ulisses Correia e Silva, a transição digital em curso, com investimentos igualmente na rede de cabos submarinos de telecomunicações ou no alargamento da rede de fibra óptica, vai permitir igualmente unir o arquipélago.

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