Exploração comercial do Angosat-2 fraca ou quase inexistente, revela investigação

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A exploração comercial do Angosat-2 por parte de empresas públicas e privada ainda é muito fraca ou quase inexistente, onde atualmente a operação está apenas na fase de receção de candidaturas de futuros clientes, sobretudo, pequenas e médias empresa e startups que pretendem redistribuir o sinal de internet do satélite nas áreas recônditas do País de modo a reduzir a exclusão digital.

Segundo o que revela o Jornal Expansão junto de fontes do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN) e do Infrasat, o Angosat-2 levanta dúvidas sobre a capacidade de comercialização dos serviços e o propósito pelo qual foi lançado, sendo que custou 320 milhões USD e teve, no discurso oficial, o objetivo principal de “melhorar as nossas telecomunicações”, de acordo com o Presidente da República na inauguração do Centro de Controlo e Missão (MCC, na sigla em inglês) no dia 27 de janeiro de 2023, na zona da Funda, na província de Luanda.

De informar que muito tempo atrás o chefe do Departamento de Educação Espacial do GGPEN, Gilberto Gomes, tinha reiterado que já eram várias as empresas angolanas que exploram o Angosat-2, como são os casos da Endiama, no domínio da mineração, aplicativos de gestão do Corredor do Lobito, Gestão de Ativos do Estado, a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e no monitoramento da costa angolana.

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Já o Mário Oliveira, ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), na inauguração do centro da Funda, disse também que o Governo tinha iniciado contactos com países da região e não só, para a comercialização da capacidade do satélite na prestação de serviços de conectividade a entidades e empresas da região“.

Contudo, pelo que divulga o semanário, a procura por clientes estrangeiros continua a não dar frutos. “Até ao momento não houve qualquer contrato assinado de prestação de serviços de conectividade com outros países. Continuamos a contactar os possíveis clientes no estrangeiro”, revelou ao Expansão fonte da Infrasat, empresa responsável pela comercialização os serviços a retalho do segundo satélite angolano.

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