Relatório indica que telemóvel do primeiro-ministro espanhol foi alvo do programa Pegasus

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O Governo espanhol revelou esta segunda-feira(02) que os smartphones do primeiro-ministro Pedro Sánchez e da ministra da Defesa, Margarita Robles, foram alvo de escutas ilícitas com recurso ao sistema Pegasus, o software de espionagem israelita.

As escutas terão acontecido em Maio e Junho de 2021.

As notícias foram avançadas pelo próprio governo espanhol, através de um relatório oficial do Centro de Criptologia Nacional, e indicam que os smartphones do primeiro-ministro Pedro Sánchez e da ministra da Defesa Margarita Robles, foram alvo de escutas ilícitas com recurso ao programa Pegasus.

De acordo com a informação partilhada, estas escutas aconteceram em Maio e Junho do ano passado, a Pedro Sánchez e Margarita Robles, respetivamente.

Tratam-se de factos confirmados e de enorme gravidade que confirmam que se verificam intrusões às instituições estatais.

Estamos perante intervenções ilícitas e externas.

|Referiu Félix Bolaños, porta-voz do governo espanhol

Há que salientar que o sistema Pegasus já havia sido referido num escândalo de espionagem em Espanha há poucos dias e que envolvia 65 pessoas relacionadas com a luta independentista catalã.

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Deputados do Parlamento Europeu, de Espanha e da Catalunha, jornalistas, ativistas, líderes da Generalitat e advogados teriam sido vítimas do sistema, supostamente a mando do Estado espanhol, uma vez que só os governos detêm este programa israelita.

Assim, é levantada a questão sobre quem estará por detrás destes ataques já confirmados, sendo que poderá estar em causa alguma entidade governamental estrangeira.

Os smartphones de todos os membros do governo serão agora alvo de análise para perceber se terão sido também intersetados pelo spyware Pegasus.

A empresa NSO Group é uma organização israelita que está por trás da criação do avançado spyware “Pegasus” que tem como alvo essencialmente os iPhones.

Em particular, o spyware Pegasus é capaz de permitir que os hackers tenham acesso ao microfone, à câmara e a outros dados confidenciais de utilizadores do iPhone. Embora as versões anteriores do spyware exigissem que os utilizadores clicassem num link enviado através da app Mensagens (iMessage), a versão mais recente é um exploit sem clique.

Isto quer dizer que os utilizadores atingidos pelo malware nem precisam clicar ou interagir com o ataque para ele ser eficaz.

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