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Quinta-feira, Julho 3, 2025
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Google expande presença em Angola em busca de novos parceiro

Segundo apurou o jornal Expansão, a Google tem representação em África através da empresa Accelera Digital Group – ADG que tem a sua sede no Dubai e escritórios no Quénia, Nigéria, África do Sul e Etiópia. E passa também a ter representação em Angola, que, no fundo, fará a ponte entre o País e a multinacional de tecnologia norte-americana.

Não foram avançados investimentos directos no País, mas a organização garante que é o início de uma caminhada que “poderá dar frutos mais lá para frente”.

“A ideia é mostrar a potenciais clientes angolanos e não só, os serviços da Google como soluções de vários problemas que o continente enfrente e como um veículo de aplicação da Inteligência Artificial em diversos sectores da economia”, disse uma fonte ligada ao evento apontando que África, e Angola em particular, tem sofrido vários ataques cibernéticos que poderiam ser solucionados com altos níveis de segurança desenvolvidos pela multinacional norte-americana.

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A apresentação foi feita no âmbito da 17ª edição da Cimeira de Negócios EUA-África, que reuniu mais de 1.500 delegados, entre líderes políticos, empresários e investidores dos dois continentes.

Importa recordar que no final do ano passado, o presidente da Google Europa, Médio Oriente e África, Matt Brittin, anunciou, durante a sua visita à Nigéria e ao Quénia, um investimento de 3,6 milhões USD, que visa melhorar as competências em Inteligência Artificial e ciência de dados através de vários programas, incluindo a formação de jovens educadores.

A Google é uma empresa multinacional de software e serviços online fundada em 1998 na cidade norte-americana de Menlo Park (Califórnia). É a principal subsidiária da Alphabet Inc e é uma das maiores empresas em todo o mundo e vale, actualmente, cerca de 1,9 biliões USD.

Quadras de basquetebol com tecnologia LED: O futuro do jogo já começou

O basquetebol está a entrar numa nova era com a introdução das quadras com tecnologia LED. Esta inovação, que alia espectáculo visual, interactividade e ferramentas avançadas de análise, está a transformar por completo a forma como se joga, se assiste e se vive o basquetebol – tanto em ambiente competitivo como de treino.

Afinal, o que são quadras LED? São quadras de basquetebol com superfícies de vidro altamente resistentes equipadas com painéis luminosos que funcionam como um ecrã gigante. Isto permite que a quadra projecte imagens, gráficos, animações e dados em tempo real, criando uma experiência dinâmica e imersiva para jogadores, treinadores e público.

Esta inovação trás muitas vantagens e funcionalidades, veja algumas:

  1. Espectáculo e entretenimento: Cada cesto, jogada ou pausa pode ser acompanhado por gráficos animados, reacções visuais e efeitos especiais. Isto eleva o espectáculo para outro nível, tornando cada jogo num verdadeiro evento visual.
  2. Exibição de estatísticas e zonas técnicas: A quadra pode mostrar as zonas de lançamento mais eficazes, mapas de calor, percentagens de acerto, e até indicar posicionamentos defensivos e ofensivos em tempo real.
  3. Personalização e branding: Pode ser rapidamente personalizada com o logotipo de uma equipa, patrocinadores ou identidade visual de uma competição, sem necessidade de trocar pisos físicos. Ideal para grandes eventos e transmissões televisivas.
  4. Ferramenta de treino poderosa: Nos treinos, o treinador pode utilizar um tablet para indicar movimentações tácticas. As instruções aparecem projectadas directamente no campo: setas, zonas de bloqueio, trajectos de passe ou defesa. As anotações podem ser interactivas e sincronizadas com o movimento dos jogadores, melhorando a compreensão táctica e reduzindo erros.

Um dos exemplos mais marcantes do uso desta tecnologia foi o NBA All-Star Game 2024, onde a quadra LED foi usada pela primeira vez numa grande competição profissional. O campo transformou-se numa plataforma interactiva com animações a cada cesto, gráficos informativos em tempo real, e transições visuais incríveis nos momentos de intervalo. O impacto foi imediato: os adeptos vibraram com o espectáculo, e o evento ganhou ainda mais repercussão global nas redes sociais e nas transmissões.

A FIBA também já testou estas quadras em torneios como o Mundial de Sub-19, e tudo indica que a tendência será gradualmente implementada em outras competições internacionais e ligas profissionais.

Embora a tecnologia seja promissora, ainda existem barreiras como o alto custo de instalação, manutenção especializada e adaptação às regras oficiais de jogo. No entanto, com a evolução tecnológica e o aumento da procura, é provável que se torne mais acessível em academias, clubes e centros de treino de alto rendimento.

A segurança de rede é a primeira linha de defesa

A proteção de rede é um conjunto de políticas, práticas e tecnologias projectadas para defender as redes empresariais contra acessos não autorizados, ameaças internas e ataques externos. Esta prática é essencial, pois permite que as empresas controlem quem acessa os seus dados, previne tanto as violações de segurança quanto interrupções operacionais por ataques cibernéticos.

Para qualquer empresa, desde pequenas até grandes corporações, uma rede segura é a primeira linha de defesa contra ataques que podem resultar em perdas financeiras, principalmente se houver a paralisação temporária das operações. Além disso, a proteção de rede assegura a conformidade normativa, uma obrigação legal e regulatória em muitos sectores.

Ao investir em segurança de redes, as empresas não apenas protegem os seus activos, mas também garantem a confiança dos seus clientes e parceiros, pavimentam o caminho para um crescimento sustentável e seguro.

Existem múltiplas ameaças que podem comprometer a rede de uma empresa. Algumas das mais comuns incluem:

  • Malware e Ransomware: Estes programas maliciosos podem roubar informações, danificar arquivos ou bloquear o acesso a sistemas até que um resgate seja pago.
  • Phishing e Ataques de Engenharia Social: Estes ataques manipulam os funcionários para que partilhem informações sensíveis ou concedam acesso não autorizado à rede.
  • Acessos Não Autorizados: Redes inseguras ou senhas fracas permitem que os atacantes ingressem na rede e extraiam dados sensíveis.
  • Ataques de Negação de Serviço Distribuído (DDoS): Estes ataques podem sobrecarregar os sistemas empresariais, diminuindo a velocidade da rede ou interrompendo o acesso a serviços críticos.

Implementar soluções para mitigar estes riscos não só protege os dados, mas também fortalece a confiança dos clientes e parceiros comerciais na empresa.

Contar com um sistema de monitoramento contínuo permite identificar actividades suspeitas em tempo real e responder rapidamente a possíveis incidentes de segurança. A análise regular de logs e padrões de tráfego também ajuda a detectar ameaças antes que causem danos maiores. Esta estratégia proactiva é essencial em um ambiente onde as ameaças evoluem constantemente.

A proteção de rede é uma prioridade inegociável para qualquer empresa que busca resguardar os seus activos digitais e assegurar a continuidade das suas operações. Através de uma combinação de tecnologias avançadas, práticas de segurança estritas e uma cultura de conscientização, as empresas podem reduzir significativamente os riscos associados às ameaças cibernéticas. Proteger a rede de uma empresa é um investimento na estabilidade, na conformidade normativa e na reputação da organização.

Japão bate recorde de velocidade da internet: 1,02 Pbit/s

No entanto, imagine um cenário sem estas barreiras: quanto tempo demoraria a descarregar o catálogo completo da Netflix? Graças a uma inovação extraordinária vinda do Japão, a resposta é quase inacreditável: apenas 1 segundo. Esta é a proeza permitida por uma nova ligação recordista, que atingiu a incrível velocidade de 1,02 petabits por segundo (Pb/s).

Um feito de 1.02 petabits por segundo

De acordo com a IFLScience, em meados de dezembro de 2023, o catálogo da Netflix continha cerca de 18.000 títulos. Assumindo que cada título ocupa, em média, 7 GB de espaço, seriam necessários 123 TB de armazenamento para guardar tudo.

A nova velocidade recorde, alcançada por uma equipa internacional liderada pelo Laboratório de Redes Fotónicas do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicação (NICT) do Japão, torna esta tarefa teórica instantânea. A velocidade de 1,02 Pb/s equivale a aproximadamente 125 Terabytes por segundo (TB/s), mais do que suficiente para descarregar os 123 TB do catálogo da Netflix num piscar de olhos.

A tecnologia por trás da velocidade alucinante

Este avanço foi possível através do desenvolvimento de um cabo de fibra ótica que, em vez de um, contém 19 núcleos de fibra separados. A utilização conjunta destes núcleos permitiu atingir a velocidade estonteante sobre uma distância impressionante de 1.808 quilómetros.

Claro que, na prática, mesmo que a Netflix o permitisse, o processo manual de iniciar o download de cada um dos 18.000 títulos demoraria muito mais do que um segundo. A façanha reside na capacidade de transferência instantânea dos dados assim que o processo fosse iniciado.

detalhes do cabo da velocidade recorde

Distância é a chave para o novo recorde

Esta não é a primeira vez que velocidades desta magnitude são atingidas. Em março de 2023, os mesmos investigadores conseguiram uma velocidade ainda maior, de 1,7 Pb/s. No entanto, o grande diferencial da experiência de abril de 2025 é a distância. Enquanto o teste anterior alcançou 63,5 km, o novo recorde foi estabelecido numa distância de 1.808 km, o equivalente a uma viagem de Berlim a Nápoles.

Este avanço é fundamental, pois demonstra a viabilidade de transferir enormes volumes de dados a velocidades incríveis entre cidades ou continentes, revolucionando a forma como a informação circula globalmente.

O futuro das transferências de dados globais

Vivemos numa era de produção massiva de dados, impulsionada em grande parte pelo desenvolvimento da Inteligência Artificial. Empresas de IA necessitam de aceder a vastos conjuntos de dados para treinar os seus modelos mais avançados. Segundo estatísticas da ExplodingTopics de abril de 2025, são criados quase 403 TB de dados todos os dias. Com a tecnologia do NICT, seria possível descarregar todo este volume em pouco mais de três segundos.

Embora o utilizador comum provavelmente não venha a ter uma ligação de 1 Pb/s em casa, empresas como a Netflix poderiam beneficiar enormemente desta tecnologia para mover dados entre os seus servidores espalhados pelo mundo de forma mais rápida e eficiente do que nunca.

Actualmente, as velocidades de internet mais rápidas disponíveis comercialmente rondam os 400 Gigabits por segundo, o que equivale a cerca de 50 GB/s. Ainda não há previsão para a implementação comercial desta nova tecnologia de fibra de 19 núcleos, mas os progressos contínuos do NICT sugerem que a sua adoção por países e grandes empresas de tecnologia é uma questão de tempo.

Amazon mira Angola como novo destino de expansão

A intenção foi avançada pela responsável de licenciamento e regularização da Amazon, Helen Kyeyune, quando intervinha no painel subordinado ao tema “Trazendo o espaço para a Terra para fortalecer as economias africanas” na 17ª Cimeira de Negócios Estados Unidos da América (EUA)-África.

Fez saber que se reuniu com responsáveis do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS) para concertação de como a multinacional pode prestar serviço em Angola. Garantiu que vão trabalhar em conformidade com os regulamentos em vigor no país.

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Entretanto, Helen Kyeyune falou da aposta da Amazon na melhoria do acesso à Internet nas zonas rurais e aceleração digital no continente africano, para além da prestação de apoios às empresas emergentes, com 17 biliões de dólares/ano.

O painel foi também animado pelo ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário de Oliveira, e responsáveis de empresas do sector.

Inovações tecnológicas marcam o Mundial de Clubes 2025 nos Estados Unidos

 

A edição de 2025 do Mundial de Clubes da FIFA, a decorrer nos Estados Unidos, está a servir como um verdadeiro campo de testes para inovações tecnológicas que prometem revolucionar o futebol. Desde a arbitragem até à experiência do adepto no estádio, várias medidas inovadoras foram implementadas, antecipando o que poderá vir a ser o padrão nos grandes torneios internacionais.

Saiba que inovações são essas:

1. Árbitros com câmeras corporais (body cams)

Pela primeira vez na história de uma competição FIFA, os árbitros estão a utilizar câmeras corporais. Estas body cams fornecem uma perspectiva em primeira pessoa dos lances mais importantes do jogo, sendo utilizadas em transmissões e análises posteriores. O objectivo é aumentar a transparência e aproximar os adeptos da realidade de decisões tão difíceis como as da arbitragem ao mais alto nível.

2. VAR visível nos ecrãs gigantes dos estádios

Outra medida inovadora foi a transmissão das revisões de VAR nos ecrãs gigantes dos estádios. Isto permite que os adeptos acompanhem em tempo real os replays e o processo de tomada de decisão, promovendo maior compreensão e envolvimento.

3. Sistema semi-automático de fora-de-jogo

Combinando sensores na bola com câmaras de alta velocidade, o sistema semi-automático de detecção de fora-de-jogo acelera e automatiza a sinalização de infracções de posicionamento. O sistema envia sinais instantâneos para a equipa de arbitragem, que apenas precisa de validar as decisões. Esta tecnologia já foi testada no Mundial do Catar e está agora a ser utilizada em maior escala.

4. Substituições digitais via tablets

A gestão de substituições também foi modernizada. As equipas técnicas utilizam agora tablets, que vieram substituir os tradicionais papéis e a comunicação manual, com o objectivo de tornar o processo de substituição mais rápido e organizado. Cada equipa recebe um tablet antes do início do jogo para gerir os pedidos de substituição de forma digital, garantindo que todos os envolvidos tenham acesso à informação actualizada e proporcionando uma visão clara das substituições ainda disponíveis.

5. Inteligência artificial para estatísticas em tempo real

Em parceria com a Hawk-Eye, a FIFA introduziu um sistema de inteligência artificial que recolhe e analisa dados em tempo real. Cada toque na bola, corrida, passe ou acção táctica é registado e disponibilizado para comentadores, equipas técnicas e adeptos. Esta tecnologia melhora a qualidade da transmissão e abre portas a novas formas de análise desportiva.

6. Dispositivos tácteis para adeptos com deficiência visual

Num notável avanço em termos de inclusão, o torneio está a disponibilizar dispositivos hápticos que permitem aos adeptos com deficiência visual sentirem em tempo real o que se passa no relvado. Estes dispositivos simulam os movimentos da bola e dos jogadores num tabuleiro tátil, criando uma experiência imersiva e inovadora.

Estas inovações estão também a servir de ensaio para o Campeonato do Mundo de 2026, que decorrerá igualmente nos Estados Unidos (em conjunto com o México e o Canadá). O Mundial de Clubes 2025 funciona assim como um “laboratório vivo”, que permite testar tecnologias e operações logísticas em ambiente real.

Vale realçar que, apesar da crescente sofisticação tecnológica, o futebol continua a ser decidido por pessoas. A tecnologia está disponível para ajudar os árbitros a mitigar o erro, fornecer elementos objectivos e reduzir as injustiças. Contudo, a decisão final permanece nas mãos do árbitro principal, que continua a ter a última palavra. Esta abordagem mantém o equilíbrio entre a precisão digital e a sensibilidade humana, essencial num desporto pautado por emoção e interpretação.

Metade das empresas paga resgate após ataques de ransomware

Ataques de ransomware: quase metade das empresas paga resgateO estudo, intitulado “State of Ransomware 2025”, baseia-se num inquérito a 3.400 líderes de TI e cibersegurança e revela uma complexa realidade sobre o impacto financeiro e operacional destes incidentes.

Apesar da elevada taxa de pagamento, o relatório aponta para uma maior capacidade de negociação por parte das vítimas. Mais de metade das empresas que pagaram o resgate conseguiu um valor inferior ao pedido inicial. Este facto, aliado a uma descida de 50% no pagamento médio de resgates entre 2024 e 2025, sugere uma maior preparação das organizações para mitigar os danos financeiros.

Negociação e o custo de pagar resgate ransomware

O pagamento mediano de um resgate situa-se nos 861 mil euros, de acordo com os dados recolhidos. No entanto, o montante exigido pelos atacantes varia substancialmente com a dimensão da empresa.

Organizações com receitas anuais superiores a mil milhões de dólares enfrentaram pedidos medianos acima dos cinco milhões de dólares. Em contrapartida, para empresas com receitas abaixo dos 250 milhões, o valor médio do pedido foi inferior a 350 mil euros.

O sucesso na redução do montante pago deve-se, em 71% dos casos, a processos de negociação, seja através de equipas internas ou de especialistas externos.

Esta tendência reflete uma maturação na forma como as empresas gerem a resposta a incidentes. Adicionalmente, o custo de recuperação de dados total registou uma queda, passando de uma média de 2,35 milhões de euros em 2024 para 1,32 milhões de euros em 2025.

Ataques de ransomware: Vulnerabilidades continuam a ser a principal porta de entrada

Pelo terceiro ano consecutivo, a exploração de vulnerabilidades de segurança foi a causa principal dos ataques de ransomware. Em 40% dos incidentes reportados, os atacantes aproveitaram uma falha desconhecida pela equipa de segurança da organização.

A falta de recursos foi identificada como um fator que contribuiu para o sucesso do ataque em 63% dos casos, com a escassez de conhecimento especializado a ser o principal obstáculo em grandes empresas e a falta de pessoal a afetar mais as organizações de média dimensão.

O sexto relatório anual ‘State of Ransomware’ destaca ainda que 44% das empresas conseguiram interromper um ataque antes da encriptação dos dados, o valor mais alto registado em seis anos. Simultaneamente, a recuperação através de cópias de segurança (backups) desceu para 54%, a percentagem mais baixa no mesmo período.

As primeiras 24 horas após um ataque de ransomware – o que deve fazer?

As empresas demonstram também maior agilidade, com 53% a recuperar totalmente no prazo de uma semana, um aumento face aos 35% do ano anterior.

Conclusão

Os dados de 2025 mostram que os ataques de ransomware continuam a ser uma ameaça persistente, com quase metade das vítimas a ceder ao pagamento do resgate.

Contudo, o cenário revela sinais de evolução positiva: as empresas negoceiam com mais eficácia, os custos globais de recuperação diminuem e a capacidade de resposta melhora.

A exploração de vulnerabilidades permanece como o principal vetor de ataque, o que reforça a necessidade de uma gestão de segurança proativa e de recursos adequados para proteger a superfície de ataque das organizações.

Operadoras de TV em Angola debatem combate à pirataria no sector

A iniciativa decorreu na última quinta-feira, 19 de junho, no ZAP Cinemas no Shopping Avennida Morro Bento, e permitiu partilhar boas práticas e estratégias para o combate aos crimes desta natureza.

A capacitação reforçou a importância do diálogo e da formação contínua como ferramentas essenciais no combate à pirataria, um fenómeno que continua a colocar em risco, não apenas o desenvolvimento do sector audiovisual em Angola mas também a sustentabilida económica em geral.

Na apresentação “O Impacto da Pirataria na ZAP e em Angola”, Nuno Costa, Subdirector de Engenharia da Direcção de Engenharia e Rede desta empresa, destacou“a necessidade de uma abordagem conjunta e estratégica para o combate à pirataria no sector de televisão por assinatura em Angola”.

Os piratas estão em constante adaptação e a simples existência de leis não é suficiente sem a sua devida aplicação, e uma cultura de denúncia efectiva”, disse Nuno Costa.

Nuno Costa considerou também que, apesar dos “desafios conjunturais”, a “redução dos preços” e a “acessibilidade e qualidade dos produtos” poderão ser “factores-chave para atrair consumidores” e diminuir a “partilha de contas e a criação de redes comunitárias de streaming IP, que tantos danos causam às empresas do sector”.

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No mesmo sentido, Estefânia Sousa, representante da DStv Angola, enfatizou que “o combate à pirataria exige uma abordagem multidisciplinar” que “alie tecnologia, legislação, educação e cooperação entre empresas e autoridades”.

Durante a formação, a responsável partilhou experiências e boas práticas a nível africano no combate ao cibercrime, destacou casos de sucesso e estratégias aplicadas por iniciativas dos PAP, muitas das quais poderão ser replicáveis no contexto angolano.

Pedro Bravo, da operadora NOS, apresentou, por seu turno, o impacto financeiro da pirataria no sector, destacou dados e indicadores financeiros. “A pirataria não é apenas um problema da indústria criativa, é uma ameaça à economia nacional, à saúde pública e à segurança digital”, expôs. “Proteger a propriedade intelectual é fundamental para garantir desenvolvimento, emprego e soberania”, concluiu.

O Programa de Formação Anti-Pirataria foi oficialmente aberto por Teresa Cassola, Directora-Geral do Serviço Nacional dos Direitos de Autor e Conexos (SENADIAC). Na sua intervenção, destacou a complexidade e os impactos nefastos da pirataria, sublinhou que esta prática para além de constituir uma violação dos direitos dos criadores, productores e distribuidores, compromete seriamente a sustentabilidade do sector cultural e criativo, fragilizando a posição dos seus principais protagonistas: os criadores.

Ao encerrar o discurso, Teresa Queta Cassola expressou o desejo de que esta formação constitua um espaço fértil para aprendizagem, partilha de estratégias e reforço do compromisso colectivo entre os parceiros no cambate à pirataria.

O evento contou com a presença de várias instituições como o Instituto Angolano da Propriedade Industrial (IAPI), União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC), Serviço de Investigação Criminal (SIC), Administração Geral Tributária (AGT), Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar (ANIESA) e DSTV.

SADC alinha estratégias para impulsionar banda larga na região

Os Ministros relevantes, agências reguladoras nacionais, decisores políticos e peritos reuniram-se recentemente em Mbabane, Eswatini, para um workshop em que participaram delegações de organizações internacionais, como a União Internacional das Telecomunicações.

O objectivo era estabelecer normas de cobertura da Internet na SADC, promover o acesso à Internet a preços acessíveis, melhorar a inclusão digital e fornecer sistemas para medir o progresso e acompanhar as conclusões.

A SADC é composta por 16 Estados membros: Angola, Botswana, Comores, República Democrática do Congo, Eswatini, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Moçambique, Namíbia, Seychelles, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué.

A reunião de dois dias, o Workshop de Desenvolvimento de Banda Larga e Metas 2030 da SADC, terminou nesta terça-feira, 24 de junho. Savannah Maziya, Ministro das Tecnologias de Informação e Comunicação de Eswatini, abriu oficialmente o workshop.

“A banda larga é a força vital das economias modernas. No entanto, uma implantação significativa exige uma política deliberada, um investimento sustentado e uma ação baseada em dados. Não podemos gerir o que não medimos”, afirmou Maziya.

A ministra disse aos delegados que as políticas nacionais de banda larga são vitais porque indicam a intenção, coordenam a ação e proporcionam a certeza regulamentar de que os investidores e os operadores necessitam.

E prosseguiu: “Como estados-membros, temos de continuar a aperfeiçoar os quadros nacionais para dar prioridade à inclusão, sustentabilidade e inovação.”

Brian Mwansa, secretário executivo interino da Associação de Reguladores de Comunicações da África Austral, também falou no evento, afirmou que a banda larga tem o poder transformador de apoiar o crescimento económico, o desenvolvimento do capital humano, a prestação de serviços públicos e a inclusão social.

“Através da ligação de pessoas e empresas a informações e serviços vitais, a banda larga cria oportunidades de inovação, educação, acesso a cuidados de saúde e melhoria geral da qualidade de vida”, afirmou Mwansa.

A banda larga permite que as populações urbanas e rurais acessem conteúdos educacionais, notícias, serviços públicos e reduz a exclusão digital.

Primeira-Dama inaugura Sala Inteligente no Liceu 14 de Abril

Actualmente, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) desempenham um papel fundamental no desenvolvimento do ensino, ao tornarem as aulas mais dinâmicas, interactivas e acessíveis. Elas facilitam o acesso à informação, promovem a inclusão digital e preparam os estudantes para os desafios de um mundo cada vez mais tecnológico.

No acto de inauguração, a Primeira-Dama da República, esteve acompanhada da ministra da Educação, Luísa Grilo, e do vice-governador de Luanda, Manuel Gonçalves.

Patrocinada pela multinacional de tecnologia Huawei, a “Sala Inteligente”, a segunda no país, tem a capacidade para ensinar mais de 1.000 alunos ao mesmo tempo com dois professores (online e presencial) por meio de tele-aulas, conferências, debates, vídeos, elaborar exames, entre outras funções.

O projecto enquadra-se também nos esforços de promoção da inclusão digital, ao proporcionar acesso a ferramentas tecnológicas, incentivar o uso pedagógico das TICs e reduzir a exclusão no ambiente educacional.