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Domingo, Agosto 17, 2025
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WhatsApp lança “Privacidade Avançada” para impedir partilha de chats

O WhatsApp encontra-se a disponibilizar uma nova funcionalidade para as conversas de grupo, que pode ajudar a evitar que certos conteúdos acabem por “sair” dessas conversas. A nova função impede que os participantes numa conversa possam reencaminhar os conteúdos para terceiros, ou eventualmente, possam partilhar os mesmos por outros meios.

Esta função pretende adicionar uma camada adicional de segurança e privacidade, para conversas onde podem ser partilhados conteúdos sensíveis ou privados, e que não se espera que venham a ser partilhados fora desta.

A funcionalidade encontra-se disponível para conversas de grupo, mas também para conversas individuais, onde se pretenda um pouco mais de proteção. Por agora, a mesma necessita de ser ativada pelo administrador da conversa de grupo ou por uma das partes na conversa individual.

proteção adicional de conversas

Caso a mesma seja activada, o reencaminhamento de mensagens é directamente desactivado. Além disso, o download automático de conteúdos multimédia também é desativado, prevenindo que os mesmos possam ficar guardados nos dispositivos. O acesso com plataformas de IA da Meta também é bloqueado, para prevenir que os dados possam ser partilhados com os modelos da empresa.

Segundo o WhatsApp, a funcionalidade foca-se para conversas que podem conter pessoas que não são relactivamente próximas com o utilizador, mas onde sejam partilhados temas que podem ser considerados sensíveis.

A plataforma refere ainda que, além das proteções aplicadas atualmente, espera-se que mais ferramentas e formas de bloqueio na partilha de conteúdos venham a surgir nos próximos tempos. A empresa indica ainda que pode demorar algumas semanas para que o sistema fique ativo em todas as contas da plataforma de mensagens.

Especialistas discutem os riscos cibernéticos na Aviação Civil

segurança cibernética no sector da Aviação Civil estará em destaque na segunda edição do Workshop sobre Cibersegurança, promovido pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC). O evento, que acontece sob o lema “Aviação e Cibersegurança no Mundo Digital”, vai reunir especialistas para debater os desafios e soluções em um cenário de crescentes ameaças virtuais.

O encontro será dividido em dois painéis temáticos:

  1. Tecnologia e Segurança Cibernética – Com foco em serviços digitais, produtividade e soluções tecnológicas para proteger infraestruturas críticas do setor.
  2. Comunicação e Resiliência Cibernética – Abordando estratégias de comunicação, combate à desinformação e fortalecimento da segurança digital na aviação civil.

O workshop visa não apenas alertar para os riscos, mas também apresentar medidas práticas para aumentar a proteção de dados, prevenir ataques e garantir a continuidade operacional em um sector essencial para a economia e a segurança nacional.

Revolução digital: Multicaixa Express concentra 58% das transações

Pelo nono mês consecutivo, o Multicaixa Express é o canal mais usado pelos angolanos na rede multicaixa, depois de destronar os caixas automáticos (vulgo ATMs) em Junho do ano passado.

Com cerca de 401 milhões de operações no primeiro trimestre deste ano, e 3,7 biliões Kz de dinheiro transacionado, o Express foi responsável por 58% do total das operações e 40% de volume transaccionado entre Janeiro e Março, segundo cálculos do Expansão com base relatórios mensais da de acordo com os dados da Empresa Interbancária de Serviços (EMIS).

A revolução digital

Na base está a preferência dos agentes bancários para o digital que é actualmente a principal solução para facilitar as transacções financeiras, uma vez que permite maior celeridade nas operações e também evita longas filas nos ATMs.

Das 401 milhões de operações no Multicaixa Express, as consultas foram as mais frequentes, representando 69% do global, seguido dos pagamentos e transferências com 15% e 12% respectivamente. Quanto ao volume de dinheiro transaccionado, dos cerca de 3,7 biliões Kz, 93% foram transferências e 7% pagamentos.

1,9 Milhões de usuários no Express

O Express tem actualmente mais de 1,9 milhões de usuários válidos e é o canal que mais cresce na rede Multicaixa, em número e volume de operações. Um dos catalizadores foi o reforço da segurança, que foi posto em causa nos primeiros anos, juntamente com a rapidez nas operações, que garantem uma escapatória segura as longas filas dos ATM.

Este cenário, ao que tudo indica, passa a ser o novo normal e é um sinal de que a digitalização ganhou terreno face aos meios tradicionais, segundo explica o economista Heitor Carvalho para o Jornal Expansão. “O Multicaixa Express já conquistou o mercado, funciona bem e melhor do que os outros, a não ser que surja outro canal que ofereça maior facilidade, rapidez ou segurança. Mas se manterá firme e continuará a expandir-se“, disse.

O Multicaixa Express é um canal mobile interbancário que permite associar um conjunto de cartões multicaixa à aplicação móvel Express. O aplicativo permite aos clientes bancarizados (com acesso a um cartão) pagamentos, transferências bancárias, consultas, pedido de levantamentos sem cartão, ou gestão de cartões, através de um telemóvel.

Com o triunfo do Multicaixa Express, os caixas automáticos passam a ser o número dois na preferência dos clientes bancários. Este canal, que aos poucos vai perdendo a preferência com o crescimento dos canais digitais, também é ameaçado pelos TPA´s que já registam mais operações desde 2023 e não está longe de alcançar o tradicional ATM relativamente ao volume de dinheiro transaccionado. E a culpa é da antiga história das longas filas no início e final do mês que se verificam nos caixas e do aumento crescente do número de comerciantes que fazem uso do TPA nos estabelecimentos comerciais, até mesmo informais.

Delegação Feminina Angolana Marca Presença na Cimeira Global Women in Tech 2025

Cinco profissionais angolanas do sector tecnológico representarão o país na Women in Tech Global Summit, um dos principais eventos internacionais dedicados à capacitação feminina nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (STEAM).
A 4.ª edição da cimeira, que decorre de 23 a 25 de Abril de 2025, em Osaka, Japão, destaca o talento feminino e reforça o compromisso com a inclusão e a inovação.
Sob o tema “Designing Future Society of Our Lives“, a cimeira reúne 650 delegados de 60 países, incluindo 80 oradores especialistas, para debater temas como Inteligência Artificial, blockchain, cibersegurança e tecnologias sustentáveis. Um dos momentos mais aguardados é o lançamento do Protocolo de Osaka para a Equidade de Género em Sociedades Digitais Inovadoras e Sustentáveis, um marco para o sector tecnológico global.
A participação das profissionais angolanas evidencia a importância de promover a representatividade feminina em STEAM.

Conheça as representantes angolanas

Abaixo o perfil das cinco mulheres seleccionadas para representar Angola são referências no sector tecnológico e inspiram outras jovens a seguirem carreiras nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática :
  • Jaqueline Ngulo: MBA em Gestão de Tecnologia da Informação, administradora de sistemas BSS-OSS, activista digital, escritora, membro da Ordem dos Engenheiros Angolanos, directora de parcerias e financiamento da comunidade feminina de tecnologia da informação e CEO fundadora da VEUMA.
  • Lucilene Fortes: Especialista em sistemas de informação e CEO fundadora da TRYBU.
  • Marilda Sungu: Profissional de virtualização, administradora de sistemas e membro da comunidade feminina de tecnologia da informação.
  • Yara Pimentel: Especialista de sistemas e activista digital.
  • Sandra Catraio: Consultora de negócios e analista de suporte de sistemas, membro da comunidade feminina de tecnologia da informação e comunicação.
A presença desta delegação na cimeira representa mais um passo para Angola no cenário tecnológico global, promovendo a quebra de barreiras culturais, sociais e incentivando a participação feminina no sector. 
Em comunicado oficial, a empresa TIS revelou que proporcionou o suporte necessário para que as representantes angolanas participassem na Women in Tech Global Summit.

Cibercrime como serviço: o negócio dos hackers

A ideia do hacker solitário, que sozinho decifrava sistemas e encontrava qualquer tipo de informação que pretendia, está a tornar-se obsoleta. O novo protagonista do submundo digital opera de forma muito mais pragmática: como uma empresa. A tendência emergente do Crime como Serviço (CaaS) está a transformar o cibercrime num negócio escalável, acessível e surpreendentemente organizado.

Inspirado no modelo SaaS (Software as a Service), o CaaS oferece desde malware a pedido até pacotes completos de ransomware com suporte técnico, tudo acessível na deep e dark web, segundo relata o jornal espanhol El País. Há fóruns que funcionam como marketplaces, serviços de assinatura, suporte para personalização e até planos “premium” com funcionalidades extras.

“Você pode encontrar credenciais à venda, serviços de lavagem de dinheiro ou mesmo kits completos para ataques”, explica Constantinos Patsakis, investigador do Athena Research Center (Grécia), em entrevista à Cyber Magazine.

Esse novo ecossistema permite que qualquer pessoa, com ou sem conhecimento técnico, seja um “ladrão de dados”. “Eliminam a parte mais difícil do processo. É como comprar um software pronto e só aplicar”, reforça Marc Almeida, do projeto europeu CIRMA. O conceito de “clique e ataque” substitui a programação tradicional — e esse modelo está a ganhar escala.

MAIS: Priorizar os utilizadores melhora a cibersegurança corporativa

Segundo um relatório da Darktrace, publicado pela Cyber Magazine, 57% dos cibercrimes em 2025 já são realizados por meio de Malware como Serviço (MaaS), uma fatia que cresceu 17 pontos percentuais desde meados de 2024.

Frente a esse cenário, o projecto europeu SafeHorizon, coordenado por Patsakis e apoiado por órgãos públicos e privados em diversos países da UE, tem como objetivo mapear e compreender esse novo modelo criminoso. “Estamos a recolher dados, a fazer engenharia reversa e a entender como estes grupos operam”, explicou Patsakis.

Com o cibercrime a operar como qualquer outro serviço digital, incluindo até suporte via Telegram e Discord, o desafio agora é pensar como combater uma estrutura que se profissionaliza à mesma velocidade das startups legítimas.

WhatsApp agora traduz mensagens em tempo real no Android

O WhatsApp está a fazer melhorar a sua app móvel a um ritmo acelerado. São muitas funcionalidades que esperam para ser lançadas e que lentamente vão sendo incluídos. Uma nova começa agora a ser vista e permitirá ultrapassar barreiras linguísticas nas conversas, tanto nas privadas como em grupo. Por agora está no Android, mas será aberta a todos.

Há algum tempo que sabemos que o WhatsApp está a desenvolver uma funcionalidade de tradução de mensagens. Agora, parece que esta funcionalidade está a progredir o suficiente para poder ser vista numa versão estável muito em breve. Na última versão beta para Android, as traduções de mensagens em conversas e canais já começam a ser implementadas.

MAIS: Falha no WhatsApp pode levar utilizadores do Windows a instalar malware

Quando esta funcionalidade estiver disponível, os utilizadores serão solicitados a escolher entre uma seleção de idiomas suportados, como espanhol, português, hindi ou russo. Uma vez selecionado, a aplicação irá descarregar o pacote correspondente. Os utilizadores terão também a opção de descarregar um pacote de idioma especial, que essencialmente detetará automaticamente o idioma da conversa e o traduzirá diretamente.

Podem contar com diferentes definições de tradução, dependendo do que se considerar adequado e da conversa que está a ser tida. Os utilizadores podem optar por ativar o traduzir automaticamente ou manual. Com a tradução automática, à medida que as mensagens são enviadas noutro idioma, a aplicação irá traduzir. Na tradução manual, terá de selecionar a mensagem específica e selecionar a opção de tradução.

WhatsApp traduzir mensagens Android

Estas traduções são processadas no dispositivo e alimentadas pela mesma solução interna utilizada pela ferramenta de transcrição de correio de voz do Android. Isso garante que a tradução é realizada no dispositivo, preservando a encriptação de ponta a ponta. De notar que, como as traduções são feitas localmente e não na cloud, é provável que algumas traduções não sejam totalmente precisas.

Os utilizadores poderão enviar feedback sobre as várias traduções para que a aplicação as possa melhorar com o tempo. Poderão ativar ou desativar estas preferências de tradução a qualquer momento no ecrã de informações da conversa. Os pacotes de idiomas descarregados também podem ser geridos e eliminados nas definições de armazenamento do WhatsApp.

O recurso de tradução não se limita às conversas privadas, mas estende-se também aos grupos e canais. Este é mais um passo para trazer esta funcionalidade de tradução para a versão estável da aplicação em breve.

ANGOSAT-2: 80% comercializado e em expansão em África

Mário Oliveira, ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, disse em entrevista ao Jornal de Angola, publicada sábado último (19), que a  capacidade do ANGOSAT-2 em banda C já está comercializada em mais de 80%, enquanto a banda Ku, actualmente em 30%, deverá atingir 60% até final do ano.

A nível da região, o satélite angolano já presta serviços na Zâmbia, numa altura em que estão feitos testes com a África do Sul, através da empresa Sentech, e aguarda-se pela efectivação do contrato, segundo o governante.

Segundo Mário Oliveira, o sector está perfeitamente alinhado com a visão de curto, médio e longo prazo que o Executivo propõe para o país, conforme estabelecido no Plano de Desenvolvimento Nacional 2023 – 2027, no Livro Branco das TIC 2023 – 2027, na Estratégia de Longo Prazo para Angola — ELP Angola 2050, bem como nos objectivos de desenvolvimento sustentável.

“O ANGOSAT-2 é um marco do sector das Telecomunicações de Angola. É um satélite de elevada performance que, entre outros benefícios, tem levado ao fortalecimento da conectividade nacional e impulsionado a economia digital, que está a contribuir para a redução da dependência de Operadores Internacionais e dos custos indexados ao dólar”, avançou Mário Oliveira.

A capacidade de conectividade do ANGOSAT-2 viabiliza:

  • A expansão dos serviços de telecomunicações em qualquer parcela do território nacional;
  • A promoção da inclusão digital;
  • A expansão da internet;
  • O apoio a sectores estratégicos como defesa e segurança, agricultura, educação, saúde, urbanismo, sector petrolífero e mineiro, entre outros serviços que requerem elevada fiabilidade e capacidade de interligação.

De acordo com o ministro, os principais Operadores (Infrasat, MS Telcom, ITA) têm tido a oportunidade de alargar a capacidade na oferta e prestação de serviços às populações com recurso ao ANGOSAT-2.

Sectores como petróleos, mineiro, financeiro, transportes e agricultura – que muito contribuem para a economia nacional – utilizam recursos de satélite para a gestão das suas actividades operacionais.

O programa Conecta Angola já criou oportunidades para mais de 350.000 cidadãos angolanos residentes em zonas recônditas, permitiu o acesso gratuito à Internet. Até ao momento, foram instalados 23 kits do Conecta Angola em 16 províncias do país.

“O ANGOSAT-2 não é apenas infraestrutura, é uma afirmação geopolítica”, destacou o ministro. Com parcerias regionais e planos de expansão, Angola posiciona-se como um hub tecnológico na SADC, alinhado com a Agenda 2063 da União Africana.

O próximo passo é aumentar a comercialização para operadores internacionais e consolidar a presença em mais países africanos até 2025.

Priorizar os utilizadores melhora a cibersegurança corporativa

Não são raras as situações em que este equilíbrio é alterado em detrimento da segurança. De acordo com uma investigação recente, uma elevada percentagem de colaboradores opta por contornar os protocolos de segurança da empresa, dando prioridade à sua própria produtividade e evitando complexações na execução das tarefas.

No entanto, isso não significa que não valorizem a segurança. Contrariamente ao que se pensa, a maioria reconhece o seu papel crucial na proteção da empresa. Um inquérito da Ernst & Young a 1000 colaboradores nos Estados Unidos, revelou que 34% receiam tomar medidas que deixem a sua organização vulnerável a cobertáquese.

Isso sublinha a necessidade de adotar uma abordagem de cibersegurança centrada no ser humano (CHC), que procure conceber processos e soluções que sejam seguros, intuitivos e alinhados com as motivações e necessidades dos utilizadores. É essencial evitar ameaças internas que são causadas por ferramentas de segurança concebidas de forma não otimizada, pela sobreposição de medidas desnecessárias ou pela falta de consideração pelo feedback dos utilizadores.

Vantagens da implementação de soluções de cibersegurança centradas no ser humano

Quando as medidas de segurança complicam o acesso aos recursos necessários, gera-se um atrito que dificulta as operações diárias. Soluções que asseguram o equilíbrio correto entre segurança e facilidade de utilização são essenciais para ultrapassar este desafio, além de proporcionar vantagens importantes, tais como:

  • Conformidade do utilizador e práticas seguras: conceções intuitivas guiam o utilizador através de processos seguros, facilitando a adoção de boas práticas e diminuindo o risco de violações de segurança.
  • Processos de autenticação eficientes: a autenticação é um pilar fundamental da cibersegurança. Elementos como os ecrãs de início de sessão, os mecanismos de reposição de password e as interfaces de autenticação multifatorial (MFA) devem ser concebidas tendo em conta a usabilidade, incentivando os utilizadores a adotar e a utilizar corretamente os métodos de autenticação fortes.
  • Reduzir o erro humano: uma solução centrada no utilizador ajuda a reduzir as probabilidades de ocorrência de erros que comprometam a segurança. Elementos como a prevenção de erros e instruções claras ajudam a desenvolver uma interface que evita violações de segurança.
  • Criar confiança e adoção pelos utilizadores: se as medidas de segurança forem difíceis de compreender, os utilizadores podem evitá-las ou desativá-las. No entanto, quando estas medidas são claras, transparentes e fáceis de utilizar, incentivam a adoção e o cumprimento dos protocolos de segurança por parte dos colaboradores.

MAIS: Ataques cibernéticos? O DNS pode ser a sua maior defesa

A cibersegurança eficaz exige uma abordagem holística que combine a tecnologia e as pessoas. Em muitas grandes empresas, oferecem soluções como a autenticação multifatorial (MFA), que se destacam pela facilidade de uso e recursos inovadores, como o DNA do dispositivo e a proteção contra ataques de bombardeio do MFA.

Estas funcionalidades não só aumentam a segurança como também proporcionam uma experiência intuitiva aos utilizadores, atingem o equilíbrio certo entre eficácia e usabilidade. Isto permite que os profissionais cumpram os protocolos de segurança sem que estes se tornem um fardo adicional, integrando a proteção naturalmente nos seus fluxos de trabalho diários.

Em suma, dar prioridade ao factor humano na estratégia de cibersegurança não só reforça a experiência do utilizador como se torna um pilar fundamental para proteger a organização. Este cuidado não só reduz os riscos, como também promove uma cultura de cibersegurança em que todos contribuem ativamente para a defesa contra ameaças digitais.

EUA acusam Google de monopolizar publicidade online

O Governo de Joe Biden processou a Google em janeiro de 2023 num tribunal federal na Virgínia (leste dos Estados Unidos), exigindo que o grupo fosse forçado a alienar os seus bens.

O julgamento foi concluído em novembro de 2024 com a apresentação dos argumentos finais pelo governo dos EUA e pela Google, após três semanas de audiências sem júri, em setembro.

“Os demandantes provaram que a Google se envolveu conscientemente numa série de ações anticoncorrenciais para alcançar e manter o poder de monopólio nos mercados de servidores de anúncios e de troca de anúncios na Internet”, concluiu a juíza numa decisão de 115 páginas divulgada hoje.

“Durante mais de uma década, a Google ligou o seu servidor de anúncios e as suas bolsas de anúncios através de cláusulas contratuais e integração tecnológica, o que permitiu à empresa estabelecer e proteger a sua posição monopolista em ambos os mercados”, continuou.

Segundo a magistrada, o grupo também “garantiu o seu monopólio impondo políticas anticoncorrenciais aos seus clientes e eliminando características favoráveis de determinados produtos”.

Concluiu que, ao fazê-lo, a Google causou “danos significativos” aos seus clientes e impediu que os rivais competissem com ela.

A juíza deu um prazo de sete dias para que as partes apresentem um cronograma para a continuação do procedimento, de forma a determinar as soluções para esta situação. Depois, pronunciará a sua sentença.

A gigante tecnológica já indicou que pretende recorrer da decisão, num comunicado enviado à agência France-Presse (AFP) pela vice-presidente, Lee-Anne Mulholland.

“Ganhámos metade deste caso e vamos recorrer da outra metade. Discordamos da decisão do tribunal em relação às nossas ferramentas de publicação”, acrescentou.

O desfecho do caso pode ser determinado pela nova administração e o presidente Donald Trump deu a entender, em outubro, que não era a favor da divisão da Google, sublinhando que penalizaria os Estados Unidos no panorama internacional.

Por volta das 17:15 (hora de Lisboa), as ações da Alphabet, empresa-mãe da Google, caíam 1,26% na bolsa de Nova Iorque.

O governo norte-americano acusou a Google de controlar o mercado de anúncios em banners em sites, incluindo os de muitos meios de comunicação, e de usar isso para cobrar preços artificialmente elevados e partilha injusta de receitas.

Segundo a acusação, o grupo apoiou-se em três softwares de gestão de publicidade considerados essenciais pela maioria dos sites.

A advogada da Google, Karen Dunn, denunciou a interpretação errónea da lei por parte do ministério.

A empresa alegou que o caso se baseava numa versão desatualizada da Internet, ignorando o contexto atual, onde os anúncios são também colocados nos resultados de pesquisa, aplicações móveis e redes sociais.

Noutro julgamento, um júri de um tribunal federal em Washington considerou o Google culpado de práticas anticoncorrenciais em pesquisas na Internet.

Aguarda ainda que o magistrado decida sobre as restrições que lhe serão impostas.

As autoridades, que processaram a Google em 2020, exigiram que a empresa se desfizesse do browser Chrome. Também querem proibi-lo de fazer acordos com fabricantes de smartphones para instalar o seu motor de busca por defeito.

Angola debate novas leis para combater fake news e reforçar cibersegurança

O Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS) submeteu à consulta pública as propostas de lei sobre Disseminação de Notícias Falsas pela Internet e de Cibersegurança, que visam fortalecer o Estado democrático e a segurança nacional.

A proposta de lei sobre a disseminação de informações falsas na Internet tem como objectivo reforçar o processo democrático por meio do combate à desinformação e do fomento à diversidade de informações no espaço virtual em Angola.

O diploma visa responsabilizar as plataformas digitais por suas políticas de desinformação e elevar os índices de transparência sobre conteúdos pagos disponibilizados para o usuário, desencorajar a utilização de contas inautênticas, assim como a utilização de contas inautênticas para disseminar desinformação nas aplicações da web.

MAIS: Angola vai investir Kz 50 mil milhões para expansão de internet

Já o projecto de lei da cibersegurança tem como objectivo assegurar a criação da capacidade do Estado angolano em matéria de cibersegurança, por intermédio da implementação de um plano operacional de ciberdefesa e dotá-lo dos meios orçamentais indispensáveis à sua implementação, bem como através da estruturação das unidades operacionais de ciberdefesa, capacitando os efectivos das mesmas e da melhoria do suporte tecnológico, adequando-o aos desafios e ameaças que enfrentamos.

Com a presente proposta de alteração da Lei de Protecção das Redes e Sistemas Informáticos pretende-se tornar Angola numa Nação segura do ponto de vista cibernético, sem prejuízo da preservação dos dados pessoais dos cidadãos.

A proposta propõe-se criar e desenvolver uma capacidade legal, institucional e operacional que garanta um ambiente seguro e atractivo no ciberespaço nacional, garantindo um espaço cibernético seguro, que fomenta uma cultura de cibersegurança responsável entre os cidadãos e as instituições públicas e privadas.

Criar um quadro jurídico-legal e técnico-operacional alinhado aos desafios actuais da segurança cibernética, aumentar a resiliência institucional, operacional e juridicolegal do Estado angolano face à ciberameaças, ciberataques e cibercriminalidade constam também dos objectivos do diploma.

No Pacote Legislativo de Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social consta o Projecto de Decreto Presidencial que aprova a Estratégia Nacional de Cibersegurança, que visa maximizar a resiliência de Angola no combate à cibercriminalidade, promover a inovação tecnológica, assim como gerar e garantir recursos para o Estado.

O processo de consulta pública teve início em Março deste ano e vai decorrer até ao dia 30 deste mês, através do site https://consultapublica.minttics.gov.ao.