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Domingo, Dezembro 21, 2025
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Rede fixa em Angola perdeu 77 mil subscritores em cinco anos

A rede de telefonia fixa em Angola perdeu pouco mais de 54% dos subscritores nos últimos seis anos. No período de 2018 a 2022, os números mostram que a área tinha 171.858 utilizadores de telefones fixos passando para os 93.968, o que significa que 77.890 empresas e pessoas deixaram de usar os serviços anteriormente instalados, cenário que contrasta com o quadro das comunicações móveis que vão ganhando pujança ano após ano, num mercado liderado pela Unitel.

Dados do Instituto Angolano das Comunicações (INACOM) apontam que a rede de telefonia fixa é liderada pelo operador TV Cabo com 45% da quota do mercado, equivalente a 42 mil subscritores. Os 55% são divididos entre a MSTelcom com 36% , pouco mais de 33 mil utilizadores, depois a estatal Angola Telecom com 17% com quase 16 mil subscrições e a Startel com 2% que representa 1.879 ligações.

TV Cabo lidera o mercado de telefonia fixa com 45% da quota do mercado. Plataformas móveis podem estar a “roubar” clientes à rede fixa.

O diretor geral da Paratus, Francisco Leite, considera que a perda de clientes da rede fixa apresenta-se como uma tendência natural, uma vez que os operadores deixaram de investir na telefonia fixa, que era o seu core business, e passaram a focar na conectividade, por exemplo.

“O aumento de plataformas de comunicação móveis e a convergência dos serviços aumenta a preponderância da mobilidade”, disse. Por sua vez, o engenheiro de Eletromecânica Kleber da Cruz considera que este quadro de menos clientes na rede fixa deve-se um pouco à falta de credibilidade nestes serviços pela instabilidade do sinal causada pelo roubo constante dos cabos de cobre, que representam 90% da infraestrutura e a sua falta de material para reposição imediata.

“A instabilidade da rede e as novas tecnologias levam os clientes à procura de alternativas mais sólidas”, referiu, ao acrescentar que a Angola Telecom, por exemplo, iniciou um processo de descontinuidade da rede fixa, principalmente em Luanda. Conforme o engenheiro, a nível das províncias, a Angola Telecom ainda tem fornecido serviços de telefonia para alguns clientes residenciais e empresariais.

[MWC 2023] Xiaomi levará robô humanoide para o evento

A Xiaomi já confirmou que lançará a linha Xiaomi 13 durante a  Mobile World Congress (MWC) 2023 que ocorrerá no fim de fevereiro e início de março, e que vai contar com cobertura exclusiva da redação da MenosFios.

Agora a chinesa também revelou que levará o seu robô humanoide CyberOne ao evento. O anúncio foi feito por meio de uma publicação no Twitter oficial da empresa.

O CyberOne foi anunciado pela Xiaomi em agosto de 2022 como um concorrente para os robôs da Tesla. O modelo da chinesa tem 1,77m de altura e pesa cerca de 52 kg. Dentre as atividades, o CyberOne consegue carregar até 1,5 kg em cada mão, além de realizar atividades avançadas como responder perguntas e até tocar bateria.

Vale dizer que o CyberOne ainda não pode ser comprado, mas a Xiaomi deve aproveitar o evento para mostrar novas capacidades do robô humanoide, pois a sua última aparição foi em dezembro do ano passado num vídeo no YouTube. Dessa forma, esta seria uma bela oportunidade para conhecê-lo de perto.

MAIS: MWC22: HMD Global revelou três novos modelos da linha Nokia C

Além do robô e da linha Xiaomi 13, a empresa também deve anunciar novos aparelhos da linha Redmi. Outras fabricantes como Huawei, Honor, OnePlus, realme e ZTE também estarão presentes na MWC 2023 que ocorrerá entre 27 de fevereiro e 2 de março.

De informar que a MENOSFIOS estará presente no evento, entre os mais de 80 mil visitantes esperados, para dar a conhecer aos nossos seguidores todas as novas tendências do mercado de telecomunicações nesse mapa extenso de fios, redes e dados, bem como sobre a tecnologia que está revolucionando os serviços de rede do consumidor mundial, a 5ª geração de redes móveis, também conhecida como 5G.

Conheça alguns grupos de hackers mais perigosos do mundo

 

mundo todo é alvo constante de criminosos cibernéticos. Na tentativa de desabilitar computadores, roubar dados ou usar um sistema violado para lançar golpes adicionais, os hackers estão sempre a inovar com diferentes métodos. Malwarephishingransomwareman-in-the-middle são apenas alguns tipos de ameaças oriundas de um universo obscuro e perigoso.  

Numa sociedade cada vez mais digital, as invasões tornaram-se sofisticadas e só aumentam. Além disso, visam sempre a uma pessoa, a uma organização ou a um país. O ano de 2022, por sinal, evidenciou ataques hackers a instituições e empresas de grande porte a nível mundial. Independentemente do tipo de ameaça, os prejuízos de toda a espécie podem acontecer. Dados sigilosos, da própria empresa e de terceiros, sempre ficam em jogo, sem contar os danos financeiros para recuperar o que foi perdido e, de facto, potencializar a segurança.  

A fim de se atentar ainda mais a esse universo paralelo, que tal conhecer alguns dos principais grupos de cibercriminosos dos últimos tempos?

  • The Shadow Brokers

Esse coletivo obteve os arquivos da NSA em 2013, supostamente extraídode um servidor de teste da própria Agência de Segurança Nacional norte-americana. Isso incluía informações sobre todos os tipos de explorações de espionagem. Ninguém sabe ao certo onde o Shadow Brokers se origina, mas as teorias incluem um insider no grupo de Operações de Acesso Sob Medida da NSA. 

  • Lazarus Group

O misterioso Grupo Lazarus pode estar por trás do assalto que levou USD 81 milhões do Banco Central do Bangladesh, em 2016. Não se sabe muito sobre essa organização, quem está nela ou de onde opera, mas pesquisadores do fornecedor de segurança Kaspersky a rastrearam por mais de um ano. Entre as suas ações, o grupo implanta malwares especialmente desenvolvidos para burlar a segurança e, em seguida, fazer transações. Como dito, ninguém sabe ao certo o local de operação do Lazarus, no entanto, ao estudar uma coleção de amostras de malware, o Kaspersky encontrou uma conexão estranha com um servidor de comando e controle de um endereço IP “muito raro” na Coreia do Norte. 

  • Equation Group

O Equation Group refere-se à sombria Unidade de Operações de Acesso Sob Medida da NSA. O grupo ficou famoso por ser associado ao Stuxnet, um ataque altamente sofisticado (especialmente, no ano de 2010) que destruiu com sucesso as centrífugas nucleares do Irão, embora haja suspeitas de que a unidade tenha informado o ataque em vez de tê-lo perpetrado. Segundo a empresa Kaspersky, o grupo é “único em quase todos os aspetos das suas atividades”.

Usam ferramentas que são extremamente complicadas e caras para desenvolver bem como extraem dados e ocultam o trabalho de maneira “excecionalmente profissional”. O grupo mantém uma grande infraestruturas de comando e controle, localizada em mais de 100 servidores e 300 domínios, incluindo hosts em países como EUA, Reino Unido, Panamá, Costa Rica, Colômbia, Alemanha e Holanda. 

  • Carbanak/Fin7

O grupo chamado Carbanak era procurado por agências de polícia internacional há pelo menos cinco anos, devido ao roubo de USD mil milhões e a uma série de crimes cibernéticos e redes de caixas eletrotónicos hackeadas. Carbanak (também apelidado de Fin7) enviou campanhas de phishing altamente direcionadas, em outras palavras, spear phishing, para enganar funcionários de bancos a fazer o download de malware

Desde o final de 2013, a gangue usou um tipo de malware próprio, Anunak e Carbanak, e depois uma versão modificada do software de testes de segurança chamado Cobalt Strike. O fornecedor de segurança americano FireEye observou que o grupo apontou a sua campanha de phishing à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA. 

É importante se informar sobre cibersegurança e investir em agilidade e proteção sempre – independentemente do porte e do segmento da empresa. Estar um passo à frente nessa questão pode evitar que invasores se aproveitem de brechas para propagar arquivos maliciosos e causar danos muitas vezes irreparáveis.

[Moçambique] INTIC quer maior controlo de crimes cibernéticos

O Instituto Nacional de Tecnologias de Informação (INTIC) de Moçambique defende um maior controlo de crimes cibernéticos através da adoção de um quadro regulador sobre a matéria, uma ferramenta essencial para mitigar o tráfico de pessoas.

O Presidente do Conselho de Administração (PCA) do INTIC, Lourino Chemane, disse que a aprovação de um instrumento que regule a matéria vai permitir maior controlo e melhorar a segurança cibernética em Moçambique.

Recentemente, o INTIC recorreu a dados estatísticos de entidades internacionais como as Nações Unidas (ONU), União Europeia (UE), entre outras, porque no país ainda existe um mecanismo de análise de dados sobre o tráfico de pessoas. Atualmente o INTIC está elaborar uma proposta sobre o sistema de certificação digital que será submetida ao Conselho de Ministros, cujo objetivo é a sua entrada em vigor até 2023.

De acordo com Chemane, o instrumento irá permitir a introdução de assinaturas eletrónicas, um mecanismo que vai elevar a autenticidade da informação e a mitigação de crimes cibernéticos.

Estamos na fase de implementação e acreditamos que ainda nos próximos tempos iremos introduzir a matéria que vai permitir aos dirigentes, cidadãos, funcionários de Estado e outros assinar documentos com confiança e segurança”, disse Chemane, em Maputo, durante o lançamento da semana das celebrações do Dia Mundial da Luta Contra o Tráfico de Pessoas.

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Segundo a fonte, os dados divulgados pela UE e ONU, em 2021, revelam um aumento significativo de casos relacionados com o tráfico de pessoas com base no uso de tecnologias de informação e comunicação.

Estão na lista destes crimes a exploração sexual, trabalho forçado, adoção ilegal, aliciamento, intimidação, entre outros.

O dirigente citou um relatório da Polícia Internacional (INTERPOL) de 2021 que destaca os tipos de crimes praticados em Moçambique e a sua distribuição.

De acordo com a fonte, cerca de 10 milhões de crimes cibernéticos foram registados no país, alguns relacionados com o tráfico de pessoas.

Para eliminar este mal, o INTIC recomenda investimento numa resposta abrangente, aceleração da integração global entre governos, estabelecimentos e uso correto de dados para aprimorar os esforços nacionais e promover adoção de um modelo global para combater esses crimes.

São vítimas do tráfico mulheres, crianças, jovens e emigrantes usados na exploração sexual, prática de serviços ou trabalhos forçados, ou mesmo para extração de órgão humanos e mendicidade.

Telegram reage e nega as acusações de falta de segurança do WhatsApp e do seu CEO

A guerra entre o WhatsApp e o Telegram escalou nos últimos dias com acusações graves. O CEO do serviço da Meta apontou o dedo à proposta de Pavel Durov e acusou-a de espiar para a Rússia.

As publicações de Will Cathcart, o CEO do WhatsApp, surgiram esta semana no Twitter e têm por base um artigo da revista Wired. São várias as acusações de que é simples à Rússia e a outros países acederem às mensagens, colocando também em causa a segurança das conversas.

A resposta do Telegram não demorou a surgir, numa publicação realizada no telegraph. Em 9 pontos apresentados em detalhe, todas as acusações e provas, tanto da Wired como do CEO do WhatsApp, são decompostas e explicadas.

O Telegram revela que o artigo da Wired inclui alguns erros graves como resultado de ignorar comentários do Telegram e de especialistas entrevistados. Por exemplo, as alegações de que o poderia ter fornecido dados às autoridades da Rússia são baseadas em ignorar deliberadamente as evidências de que o telefone da ativista russa – e não a sua atividade no Telegram – foi acedido.

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Além disso, mais dois erros estão aparentemente presentes no artigo. A alegação de que alguém poderia identificar com precisão a localização de um utilizador através da API do Telegram está incorreta. Isso nunca foi possível, como afirma o responsável do WhatsApp.

A alegação de que a criptografia do Telegram não foi auditada também é falsa. Qualquer um pode verificar independentemente a integridade e a implementação da criptografia do serviço usando o código-fonte aberto, protocolo de criptografia aberto e compilações reproduzíveis. Isso foi até já realizado, sendo dado como exemplo a Universidade de Udine, em Itália.

Este parece ser um processo que ainda não estará terminado e mais informações vão surgir no futuro imediato. O Telegram vai atualizar a sua publicação e decompor mais algumas das provas apresentadas e que o WhatsApp aproveitou para apontar o dedo à sua concorrente direta.

Aplicativo nigeriano cria aplicação bancária virtual para crianças

A Nigeria Sproutly é uma aplicação bancária virtual para crianças com menos de 17 anos de idade, que fornece produtos de poupança digital e um cartão de débito com controlo parental incorporado.

Fundado em julho de 2021 por Pierre Nwoke, Maxwell Agu e Príncipe Akachi, a Sproutly fornece às crianças uma conta poupança baseada em aplicações para lhes permitir poupar, gerir e gastar o sue dinheiro, ao mesmo tempo que possibilita aos pais controlar os fluxos de saída e estabelecer objetivos através de uma aplicação dos progenitores.

Estes também podem solicitar empréstimos para servir as necessidades imediatas das crianças através da funcionalidade de Sproutly Overdraft, com a Sproutly a oferecer também um serviço de cobrança de propinas chamado Bursary.

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A Sproutly foi construída para tentar resolver todas estas questões, concentrando-se inicialmente em alguns desafios centrais, mas a startup tem planos para expandir o âmbito da sua oferta.

Já tem mais de sete mil crianças e três mil pais na sua lista de espera. Ativa inicialmente na Nigéria, a Sproutly quer expandir-se para o Gana e o Quénia nos próximos tempos.

O que é Forense Computacional em Cibersegurança

Forense Computacional em Cibersegurança é o ramo da segurança cibernética que se concentra na coleta, preservação, análise e apresentação de provas digitais em situações de investigação de crimes cibernéticos. Estes crimes podem incluir invasão de sistemas, roubo de dados, fraude eletrônica, entre outros. O objetivo da Forense Computacional é garantir que as evidências digitais sejam coletadas de forma precisa e confiável, a fim de serem usadas como provas válidas em casos legais.

O processo de Forense Computacional envolve a identificação e coleta de evidências digitais, preservação da integridade dessas evidências, análise de dados para encontrar informações relevantes e apresentação destas informações numa forma compreensível para a justiça. Isso inclui o uso de ferramentas especializadas, técnicas e processos para preservar a integridade das evidências digitais e evitar a manipulação ou alteração desses dados.

A importância da Forense computacional é cada vez mais evidente devido ao crescimento constante de ataques cibernéticos e roubo de dados. Os especialistas em Forense computacional são capazes de rastrear e identificar atividades maliciosas, recuperar dados perdidos e fornecer provas para ajudar a resolver casos de fraude, roubo de propriedade intelectual e outros delitos cibernéticos.

Forense Computacional é uma área importante da segurança cibernética, pois permite que os investigadores coletem e preservam as evidências digitais necessárias para ajudar a resolver crimes cibernéticos. Além disso, a Forense Computacional é uma parte fundamental da resposta a incidentes de segurança cibernética, ajudando a identificar as causas e a prevenir futuros ataques.

A coleta de evidências digitais é o primeiro passo no processo de investigação. Isso envolve a identificação e coleta de todas as evidências digitais relevantes para o caso, incluindo arquivos, mensagens de e-mail, registos de login e muito mais. É importante garantir que as evidências sejam coletadas de forma a preservar a sua integridade e autenticidade.

Investir num curso de Forense computacional é investir na sua carreira e na sua capacidade de proteger a sua empresa ou a organização contra-ataques cibernéticos. Ao adquirir habilidades e conhecimentos nesta área, você estará preparado para lidar com incidentes de segurança cibernética de forma eficaz e fornecer evidências valiosas para ajudar a resolver casos. Além disso, você estará em posição de identificar e corrigir pontos fracos na segurança, ajudando a proteger a sua organização contra futuros ataques.

[MWC 2023] Acompanhe no MENOSFIOS toda a cobertura do evento

A semana do dia 27 de fevereiro prepara uma jornada de oportunidades e discussões em Barcelona, lar da 37ª edição do Mobile World Congress (MWC), encontro que já se tornou peça-chave para o entendimento de tendências do mercado de telecomunicações nesse mapa extenso de fios, redes e dados.

É nessa linha que a MENOSFIOS estará presente no evento, entre os mais de 80 mil visitantes esperados, para ver como a tecnologia está revolucionando os serviços de rede do consumidor mundial, desde a 5ª geração de redes móveis, também conhecida como 5G.

O Congresso Mundial Móvel há muito que é o local para se ligar e fazer negócios na indústria móvel. A nossa marca é agora MWC e isso para garantir a inclusão do ecossistema mais vasto. Isto é mais que móvel, trata-se de incluir todas as indústrias que dependem e utilizam a tecnologia móvel. Este ano, estamos realmente a ir além da mobilidade. Em 2022, mais de metade dos participantes no evento eram de indústrias adjacentes e esperamos mais este ano”, disse Lara Dewar, CMO da GSMA, informando ainda que no tema principal da ‘Velocidade’ foram definidas cinco faixas: Aceleração 5G, Realidade+, Fintech, Openet e Tudo Digital.

Para a edição deste ano, a nossa redação vai mostrar-lhe o mais recente espaço do evento espaço chamado ‘Journey to the Future’, um espaço de narrativa imersiva que oferecerá aos participantes uma viagem experimental e tangível para o futuro da tecnologia. Este espaço terá a cápsula Hyperloop da empresa espanhola Airtificial, “sendo a próxima geração de mobilidade de alta velocidade”, segundo John Hoffman, CEO da GSMA.

MAIS: MWC 2023 vai incluir o congresso Sports Tomorrow realizado pelo FC Barcelona

As startups presentes na feira vão receber também destaque dos nossos jornalistas, onde vamos colocar os holofotes em algumas das mais brilhantes e excitantes startups, “4 anos a partir de agora” (4YFN). Estaremos presentes no pavilhão inteiro dedicado a elas, onde se espera que esteja com mais de 700 startups de todo o mundo.

O ‘4YFN’ promoverá a discussão em torno da inovação, com tópicos como a saúde digital, a edtech, a tecnologia de fronteira, a greentech e, obviamente, a mobilidade.

 “O nosso programa de investidores inclui uma comunidade de mais de 1000 jogadores internacionais e mais de 200 startups lançar-se-ão na ‘Área de Descoberta’ para atrair a atenção e o dinheiro destes investidores”, frisou o CEO.

Uma das grandes preocupações para esta nova edição do MWC foi a possível ausência da China, um dos países líderes em tecnologia, devido às restrições que muitos países reintroduziram para os viajantes desse país em resultado do aumento crescente dos casos de COVID que o país asiático está a registar após a sua abertura no início deste ano.

Mas fora isso, estaremos aqui (desde as nossas redes sociais e plataforma web) para dar-lhe a conhecer tudo o que acontece na edição de 2023 do Mobile World Congress. Estaremos a sua espera.

“Team Jorge”: a máquina de desinformação digital que terá influenciado dezenas de eleições em todo o mundo

Uma investigação de um consórcio internacional de jornalistas revelou como uma equipa de consultoria israelita usou ataques informáticos, técnicas de ‘hacking’, sabotagem, perfis falsos nas redes sociais e desinformação disseminada de forma automatizada para influenciar e manipular mais de três dezenas de eleições em todo o mundo.

A unidade é gerida por Tal Hanan, de 50 anos, antigo membro das forças especiais israelitas que agora desenvolve atividade sob o pseudónimo ‘Jorge’, pelo que a equipa é conhecida pelo nome de código ‘Team Jorge’. O israelita terá estado envolvido em tentativas de manipulação de eleições nas últimas duas décadas, segundo relatam os jornalistas que integram o consórcio de investigação, de meios de comunicação como o The Guardian, o Le Monde, o El País ou o Der Spiegel.

A investigação revela como a desinformação é usada como arma pelo grupo, que leva a cabo um serviço privado que manipula eleições sem deixar rasto, mas que também trabalha com clientes empresariais. Segundo revelou o líder do grupo, Tal Hanan, a jornalistas infiltrados, os serviços estão disponíveis para serviços secretos, campanhas políticas e empresas privadas, e declarou que já trabalhou com figuras e empresas em África, na América do Sul e Central, nos EUA e na Europa.

Um dos serviços mais importantes que a Team Jorge oferece é um pacote de programas informáticos de nome Soluções Avançadas de Impacto nos Media (AIMS, na sigla original). Através deste sistema, o grupo diz controlar um verdadeiro exército de mais de 30 mil avatares ou perfis falsos em várias redes sociais, como Twitter LinkedIn, Facebook, Telegram e Instagram bem como plataformas como o Gmail ou o YouTube. Alguns dos perfis falsos que a empresa cria até têm carteiras de criptomoedas e contas de Airbnb.

Os jornalistas infiltrados marcaram reuniões com Tal Hanan, fingindo ser consultores que trabalhavam para um país politicamente instável em África, e que queriam atrasar eleições, pelo que procuravam os serviços da Team Jorge.

“Completámos atividade em 33 eleições presidenciais”
Em mais de seis horas de reuniões (ocorridas no final do ano passado), gravadas secretamente pelos jornalistas, Hanan garantiu que a equipa inclui “membros de agências governamentais”, com experiência nas áreas de finanças, redes sociais e campanhas, bem como de “guerra psicológica”, com escritórios em seis pontos do mundo.

“Estamos agora envolvidos numa eleição em África. Temos uma equipa na Grécia e outra nos Emirados Árabes Unidos… Basta seguirem as provas. Completámos atividade em 33 eleições de nível presidencial, 27 das quais com sucesso”, disse ‘Jorge’ numa das reuniões, garantindo estar a trabalhar também em dois “grandes projetos” nos EUA, mas ressalvando que não se envolve diretamente na política norte-americana.

Não foi possível confirmar todas as ‘garantias’ de Hanan, que podem ter sido exageradas para garantir os potenciais clientes, ao mesmo tempo que a investigação também revela que a Team Jorge também inflaciona os preços cobrados pelos seus serviços.

Dizendo receber pagamentos de várias formas, como criptomoedas ou em numerário, garantiu cobrar entre 6 e 15 milhões de euros para interferir em eleições. No entanto, emails revelados pelo The Guardian revelam que a empresa, anteriormente, tentou fechar acordos com a polémica consultora inglesa Cambridge Analytica (envolvida no escândalo de exploração de dados do Facebook) por entre 160 mil e 600 mil euros.

Outros documentos revelam que a Team Jorge trabalhou secretamente para manipular a campanha presidencial na Nigéria em 2015, juntamente com a Cambridge Analytica, algo que Alexander Nix, diretor da consultora, que, entretanto fechou, nega.

Rede de 30 mil perfis falsos usada para informações falsas. ‘Jorge’ capaz de entrar em contas de Telegram (e não só)
Nas tentativas de negócio com a Cambridge Analytica, a Team Jorge dizia ter o software de desinformação AIMS com uma capacidade de 5000 ‘bots’, ou perfis falsos, que podiam enviar mensagens em massa e servir de propaganda, já tinha sido usado em 17 eleições.

Nas reuniões com os jornalistas infiltrados, Hanan disse que a rede de perfis falsos já estava alargada a mais de 30 mil e explicou como funcionava a criação. Bastava escolher um ‘avatar’, nacionalidade, género e uma fotografia. Num exemplo dado, ‘Jorge’ não conseguiu explicar de onde vinham as fotografias, utilizadas para dar maior credibilidade ao perfil falso, mas os jornalistas apuraram que são roubadas de redes sociais.

Foi verificado que esta rede de perfis falsos foi usada para falsas campanhas nas redes sociais, envolvendo disputas comerciais, no Reino Unido, Canadá, Suíça, Alemanha, México, Senegal, Índia ou Emirados Árabes Unidos.

A Meta, dona do Facebook, já tomou medidas e eliminou alguns perfis falsos criados a partir do programa AIMS, após os jornalistas partilharem informação. “As últimas atividades do grupo estavam relacionadas em fazer circular petições falsas ou enviar histórias inventadas para meios de comunicação”, explica um porta-voz da Meta.

Nas reuniões, Hanan mostrou como conseguia invadir contas de email Gmail e até de Telegram, considerada uma app segura e com conteúdo encriptado. Mas cometeu um erro e deixou uma mensagem mal apagada, que permitiu aos jornalistas depois confirmarem que, de facto, conseguia entrar nas contas pessoais, que disse pertenceram a quenianos envolvidos na eleição geral e próximos de William Ruto, que acabou por vencer a corrida presidencial no Quénia.

Após entrar na conta e enviar mensagens, Hanan apagava-as para não deixar rasto.

O líder da ‘Team Jorge’ congratulou-se com a capacidade do grupo de explorar vulnerabilidades nestes sistemas e disse também usar outros métodos menos convencionais, como enviar um brinquedo sexual encomendado pela Amazon para casa de um político para que a mulher deste pensasse que ele estava a ter um caso extra marital.

Israel pode estar envolvida no escândalo
A investigação sobre as ações da ‘Team Jorge’ podem envolver Israel e gerar tesão internacional, já que o país tem estado sob pressão diplomática devido ao facto de exportar armas cibernéticas que podem pôr em causa a democracia e os direitos humanos.

Para piorar a situação, tudo indica que Hanan fez parte das operações do grupo através da empresa Demoman International, que está registada num site oficial gerido pelo Ministério da Defesa de Israel, indicado como promotor de exportação de materiais e equipamento de defesa.

O Ministério da Defesa de Israel recusa comentar o caso. Já Tal Hanan, o líder da ‘Team Jorge’, não quis comentar as ações do grupo e disse precisar de “autorização” de uma autoridade não especificada para poder comentar o caso. No entanto, garantiu: “Para ser claro, eu nego qualquer ilegalidade”. Também o irmão, Zohar Hanan, envolvido nas ações do grupo, diz que trabalhou “toda a vida seguindo a lei”.

Mundial do Catar trouxe mais de 335 mil assinantes de televisão

O número de subscritores de TV por assinatura cresceu 16%, para 335.005 entre o III e o IV trimestre de 2022, período em que foi realizado o Mundial de Futebol no Catar. Os assinantes saíram de 1,70 milhões no terceiro trimestre para 2,03 milhões nos últimos três meses do ano, calculou o Expansão com base nos dados do Instituto Nacional das Comunicações (INACOM).

Trata-se de um “resgate” de clientes, depois da tendência negativa que se assistia desde o início de 2019, altura em que a crise económica e a pirataria chegaram a roubar perto de 300 mil subscritores entre 2020 e 2021 às três operadoras, nomeadamente Zap, Dstv e a TVCabo.

Os números começaram a subir em novembro, quando atingiram 1,86 milhões de subscritores, contrariando a tendência negativa que se mantinha até setembro, que chegou a cair para 1,70 milhões de assinantes. Em dezembro de 2022 chegou a 2,03 milhões, sendo o recorde do número de subscritores de TV por assinatura no País, que tinha sido afixado em 2018 na altura da realização da copa do mundo da Rússia, com mais de 1,83 milhões.

Em termos práticos, foi exatamente em novembro (início da fase final do mundial, dia 18) e dezembro (fim do campeonato do mundo, dia 20) que os números de subscritores de televisão deram uma reviravolta. É também um período do ano com relativo poder de compra.

“Acreditamos que o IV trimestre de 2022 foi positivamente impactado pela excelente performance do Mundial de Futebol da FIFA do Catar bem como o período festivo do fim do ano”, explica Estefânia Sousa, diretora de assuntos corporativos da Multichoice Angola ao Expansão.

No entanto, depois de 2018, os números conheceram uma trajetória descendente, empurrados também pela crise financeira e a pirataria começou a ganhar terreno face às operadoras.

Se a tendência da “força do futebol” se mantiver pode voltar- -se a assistir à queda dos subscritores neste ano, não de forma tão acentuada como no ciclo anterior, até porque a economia voltou a crescer em 2021 após cinco recessões. No entanto, a pirataria ainda persiste e os subscritores de internet prosperam, proporcionando outras formas de ver televisão, como é o caso das plataformas de streaming.

De acordo com Francisco Ferreira, diretor Geral da TVCabo Angola, a valorização do Kwanza e a estabilização do cambial que se assiste pode ser importante para fazer crescer os subscritores, porque permite que os operadores façam mais investimentos em equipamentos e, sobretudo, vai ajudar na compra dos serviços, sendo feitos em moeda estrangeira no exterior.