Governo elogia uso do Angosat-2 no combate à seca no sul do país

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O Executivo angolano destacou recentemente os progressos registados com a Tecnologia Espacial no apoio às políticas de combate à seca no Sul do país, por via da produção de mapas e informações, ajudando o Governo na tomada de decisões, com o Angosat-2.

Para o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, falando na apresentação e atualização dos dados do trabalho desenvolvido, um ano depois do lançamento do projecto, dirigido pela investigadora norte-americana e diretora do Space Enabled Research Group, MIT Media Lab, Danielle Wood, ressaltou que “o projeto está no bom caminho. Mais uma vez, temos cá os especialistas norte-americanos que trabalham connosco. Vamos, agora, nesta fase, recolher, de outros Departamentos Ministeriais, informações de suporte daquilo que temos sobre a análise da seca no país”.

O responsável reitera que existe um conjunto de informações, desde 2019, que hoje permite saber, com recurso a imagens de satélite e base de dados, o que aconteceu nos últimos anos em relação às questões climáticas no Sul do país.

Estamos a observar não só aquilo que se vê na face da Terra, mas também sobre o que está no subsolo”, disse Mário Oliveira, frisando que o projeto de apoio ao Programa Espacial Nacional é a contribuição das Telecomunicações e Tecnologias de Informação para um melhor ambiente sócio-económico do país.

Temos apoio do Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos EUA, no estudo do fenómeno da seca no país. De um tempo a esta parte, há um conjunto de desenvolvimentos com o nosso Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), com recurso a imagens e programas de satélites, para, de facto, estudarmos o fenómeno, muito particularmente, na província do Cunene”, ressaltou Mário Oliveira.

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Sobre o projeto de suporte ao programa do Executivo para mitigar o impacto da seca no país, o ministro disse que é mais abrangente, pois vai permitir, também, com recurso às plataformas espaciais, fazer um estudo demográfico sobre a densidade populacional e as questões mais severas do ponto de vista ambiental.

Com ele, vai ser possível que as diferentes estruturas governamentais, o Governo Central, realizem ações para a melhoria da qualidade de vida das populações e, consequentemente, do crescimento da economia, e saber qual a participação de cada região do país no desenvolvimento económico”, explicou o ministro.

Mário de Oliveira disse que, com esta tecnologia, é possível criar uma base de dados capaz de permitir a tomada de decisões para ultrapassar situações climáticas naturais, que o homem não controla.

O homem não controla por si só a seca. Mas hoje em dia está em condições, recorrendo a estudos científicos, para minimizar estas questões de forma a que as nossas populações e a economia não sofram muito nos períodos de desastres ambientais e naturais, fruto da própria natureza”, salientou.

Com estudos, acrescentou, vai ser possível ter informações para mitigar os desastres, o que faz a economia crescer, assim como o país controlar as doenças e a extinção de algumas espécies na terra, que vão ser protegidas e salvaguardadas.

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