Indústria extrativa entre os principais beneficiados das soluções tecnológicas do Angosat-2

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Várias empresas mineiras, petrolíferas, agrícolas já se tem beneficiado das soluções tecnológicas vindo do Angosat-2, onde que se socorrem às imagens deste satélite para apoiar a monitorização das suas atividades económicas.

Uma das soluções inovadoras é plataforma TECH-MINAS, que consta do Top 100 dos melhores projetos do mundo da inteligência artificial, estando alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), onde permite as empresas do sector localizar minerais com precisão, gerar alertas e monitorar a atividade das indústrias.

Segundo o técnico do Departamento de Estudos de Mercado do GGPEN, Hugo do Nascimento, uma outra solução que está ser bem aproveitada pelas variadas instituições é o TECH-AGRO, que está disponível para o monitoramento e mapeamento das áreas de cultivo, identificação automática do tipo de cultivo e estimativa da produtividade da colheita.

Diante da disponibilidade dessas soluções tecnológicas no mercado nacional, fica provado, mais uma vez, que o ANGOSAT-2 se encontra em fase comercial e está a ser utilizado para a prestação de serviços de telecomunicações aos operadores nacionais, revelou o ministro Mário Oliveira.

A criação das respectivas plataformas é uma das amostras mais evidentes que o ANGOSAT-2 está ao serviço da nação angolana e das empresas que operam em Angola. Temos um conjunto de operadores nacionais que já prestam serviços de comunicação por via do Satélite Angolano, que está a funcionar com toda a normalidade como qualquer satélite que opera no mundo”, assegurou.

MAIS: Empresas angolanas já exploram os serviços comerciais do Angosat-2

O Angosat-2 foi lançado no dia 12 de outubro de 2022, na Rússia, sendo um projeto do Executivo que faz parte do Programa Espacial Nacional, com o objetivo de diminuir a exclusão digital em Angola e no continente africano, permitindo expandir serviços de telecomunicações às zonas mais recônditas a preços competitivos.

O satélite comporta uma série de serviços, cobrindo o continente africano, com maior ênfase para a região Sul e parte significativa do Sul da Europa.

A sua capacidade de transmissão é de sete vezes maior do que o primeiro Satélite Angolano (ANGOSAT-1), possuindo seis “transponders” na Banda C, 24 na Banda KU e, como novidade, um retransmissor na Banda KA, contra 16 “transponders” (retransmissores) na Banda C e seis na Banda KU do aparelho anterior, lançado sem sucesso, em 2017, a partir do cosmódromo de Baikonur, Rússia.

Sendo um satélite de Alta Taxa de Transmissão (HTS), disponibiliza 13 gigabytes em cada região iluminada (zonas de alcance do sinal do satélite), baseando-se na plataforma Eurostar-3000, com aproximadamente 15 anos de vida útil.

O ANGOSAT-2 começou a ser construído a 28 de abril de 2018, nas instalações da Airbus, em França, onde foi instalada toda a carga útil do satélite, componente que permite o seu funcionamento.

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