Moçambique. Nyusi destaca papel das telecomunicações na gestão dos desastres naturais

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O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, defendeu que os serviços de telecomunicações no país são um parceiro importante do Governo na gestão dos desastres naturais que ciclicamente afectam o país.

Filipe Nyusi que falava na cerimónia de celebração dos 10 anos da Movitel, e que juntou colaboradores, parceiros e governantes, disse ainda que o crescimento que a operadora vem registrando é fruto do desempenho dos colaboradores.

Como sabem, os últimos anos foram caracterizados por adversidades para o país a nível social e económico, provocado por desastres naturais, com destaque para os ciclones Idai e Kenneth, os ataques no Centro e Norte do país, a suspensão do apoio ao Orçamento do Estado e, muito recentemente, a pandemia da Covid-19. Gostaríamos de agradecer aos nossos parceiros, clientes, accionistas e colaboradores por todo o apoio prestado nesses 10 anos de existência. Aos nossos trabalhadores, moçambicanos e vietnamitas, pela dedicação, espírito de sacrifíco e entrega, vão os nossos agradecimentos“, informou Nyusi.

Ainda no seu discurso, o Presidente de Moçambique defendeu que a operadora tem sido útil na facilitação das comunicações em momentos de crise que o país vem vivendo.

Registamos, com agrado, o papel desempenhado pela Movitel ao estabelecer, com rapidez, as comunicações logo após os ciclones Idai e Kenneth que afectaram o país em 2019, e pelo apoio prestado por esta operadora durante o pico da pandemia da Covid-19. Esta operadora está cada vez mais a mostrar que as tecnologias digitais vieram para revolucionar o nosso desenvolvimento económico inclusivo e sustentável“, frisou.

MAIS: Filipe Nyusi. Sector das Comunicações em Moçambique tem ainda muitos desafios

Os desafios prevalecentes na área das telecomunicações, com destaque para os crimes cibernéticos, não foram esquecidos no discurso de abertura do Chefe de Estado.

É necessário continuar a expandir os serviços de telecomunicações e melhorar a qualidade de serviços prestados, assim como aprimorar os dispositivos de segurança face a ameaças de crimes cibernéticos. Neste sentido, o sector das telecomunicações precisa de mobilizar todos os intervenientes para garantir a protecção das infra-estruturas e usuários das telecomunicações, por forma a evitar esses ataques e utilização indevida dos seus dados. Esperamos que a reforma legal em curso traga soluções muito esperadas sobre crimes cibernéticos, desde burlas e facilitação de sequestros e até transacções financeiras ilícitas que tendem a ganhar espaço com recurso às infra-estruturas e equipamentos do sector das telecomunicações”, reiterou.

Destacar ainda que Filipe Nyusi mostrou que a operadora tem contribuído para a redução das assimetrias no acesso às telecomunicações, principalmente nas zonas rurais.

Em 2011, quando o Governo licenciou a terceira operadora de telefonia móvel, na altura, o país contava com 7,9 milhões de subscritores de telefonia móvel numa população de 24 milhões de habitantes. Grosso número desses subscritores encontrava-se a morar nas grandes cidades, excluindo sobremaneira as comunidades rurais no acesso a esse serviço fundamental por falta de cobertura. Nesse quadro não favorável, o Governo precisava de encontrar um parceiro estratégico com musculatura financeira que dominasse o mercado das telecomunicações e com o conhecimento necessário capaz de expandir os serviços no território nacional. Decorridos 10 anos da Movitel, podemos afirmar que o Governo tomou a decisão certa”, elogiou.

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