Operadoras de TV por assinatura queixam-se de roubos dos seus equipamentos

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As operadoras de TV por assinatura do país, queixam-se actualmente de furtos dos seus equipamentos e onde já informaram ao Instituto Nacional das Comunicações (INACOM) sobre essa situação, revela o jornal Expansão.

De acordo com o jornal angolano, as operadoras nacionais queixam-se de constantes e recorrentes furtos dos seus materiais técnicos, bem como o uso indevido das suas infra-estruturas, que são colocadas ao longo do percurso até chegar à residência dos clientes, e onde acusam os piratas de serem os autores destes roubos.

A comitiva das empresas alega que o INACOM não tem feito nada para travar esses incidentes, e onde esses roubos têm visado equipamentos para a melhoria da qualidade e expansão dos serviços piratas, o que tem “causado prejuízos financeiros avultados” por se tratar de material importado, estando em causa a quebra de serviço aos clientes e atrasos na instalação de novos assinantes.

As operadoras de TV por assinatura dizem ainda que esse fenómeno tem agravado o estado de degradação da confiança dos subscritores das operadoras, pois a ideia com que se fica “é que os serviços contratados não têm qualidade“.

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Embora que este tipo de crimes possa inibir o investimento em equipamentos e a expansão dos serviços, as operadoras referem que têm vindo a fazer um esforço financeiro enorme para a reposição dos serviços e para aumentar a qualidade do sinal.

Segundo várias fontes ouvidas pelo jornal Expansão, é difícil estimar em números o prejuízo causado, mas acreditam que a situação é muito “grave quando se pensa que estes roubos estão a financiar uma actividade paralela que é ilegal e que não paga impostos e nem gera riqueza para o País“. Estes crimes são cometido há anos com “alguma conivência da polícia nacional“, de acordo com outra operadora. “Quando há intervenção das forças da ordem os resultados não são satisfatórios“, queixa-se.

Ainda nessa senda, as operadoras confirmam que têm notificado as autoridades competentes sobre a ocorrência de diversos furtos e uso indevido do sinal de TV, e onde o INACOM tem conhecimento das ocorrências, mas pouco ou nada tem vindo a fazer.

Por outro lado, fontes ligadas ao INACOM, consultadas pelo jornal Expansão, revelam ainda que o regulador reconhece haver apresentação de queixas por parte dos operadores e que há pirataria nos serviços de televisão por assinatura. E, sem abrir muito o assunto, garante que o regulador “está a elaborar um programa abrangente com foco na sensibilização e criminalização” para tentar travar o avanço destes crimes.

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