Projectos tecnológicos em Angola não chegam a ser negócio por falta de apoio

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Vários projectos tecnológicos inovadores não chegam a avançar por falta de apoio empresarial e institucional por parte do do Estado Angolano, segundo o director-geral do Instituto de Telecomunicações (ITEL), Cláudio Gonçalves.

De acordo com o académico, que falava em entrevista ao Jornal Expansão, a falta de apoios é um velho problema em Angola, por existir ainda uma colaboração muito tímida entre as academias e os empresários. Mas acredita que, com o surgimento do Digital.ao, uma incubadora tecnológica nacional, será o início de uma nova era para os projectos.

Todo e qualquer país consegue desenvolver-se se juntar sector empresarial, académico e governamental. Os três precisam estar unidos, porque o governo vai trazer a regulamentação necessária, os benefícios e as facilidades para o sector empresarial apostar em iniciativas académicas. Então, quando os três caminharem juntos, os projectos terão outra dinâmica“, disse o Director-Geral.

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Cláudio Gonçalves frisou ainda que os que os estudantes jovens angolanos têm conhecimentos de empreendedorismo, mas precisam também amadurecer os projectos para que sejam comercialmente viáveis, embora seja a falta de apoio empresarial o grande problema.

Por isso, nas palavras do professor de engenharia informática do ISUTIC, Silva Vunda, o financiamento é dos aspectos mais delicados na transformação de um projecto em negócio,  onde os alunos devem ser ensinados a compilar a informação do mercado, estudar a viabilidade e possuir um bom plano de negócios, porque senão os projectos vão continuar sem pernas para andar.

É verdade que não é fácil, mas também os empresários precisam começar a olhar para estes projectos e acreditarem mais no que é feito e no que pode dar futuramente, porque se não existir essa ousadia, obviamente, que não haverá novos caminhos“, reiterou.

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